Não há engano possível, o IPB é mesmo o melhor Instituto Politécnico do país, de acordo com um ranking anual publicado pela própria União Europeia, o U-Multirank.
O Instituto Politécnico de Bragança foi considerada, pelo terceiro ano consecutivo, a sétima melhor instituição de Ensino Superior em Portugal (este ano entre 27 avaliadas), sendo o Politécnico mais bem classificado. “Este resultado traduz, por um lado, a consistência da instituição. Pode ter causado alguma surpresa, não das pessoas da instituição, mas há sempre aquele ranking de perceções que é que tudo o que está relacionado com o Interior não pode ser bom”, destacou Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, ao Mensageiro. Este é um ranking promovido e financiado pela União Europeia, tendo a edição de 2016 avaliado e seriado mais de 1300 Instituições de Ensino Superior em todo Mundo.
As instituições são avaliadas através de 31 indicadores, agrupados em cinco áreas de intervenção: ensino, investigação, transferência de conhecimento, internacionalização e envolvimento regional.
O ranking das instituições é estabelecido de acordo com o número de classificações com a pontuação máxima (categoria A) nos 31 indicadores avaliados. “É uma satisfação grande. Somos a única instituição do Interior presente no top10. Estamos numa posição logo a seguir às universidades clássicas e à frente de muitas outras universidades. É um motivo de satisfação para toda a academia. Mas é um prémio também para a região. Se não tivéssemos esta envolvência com a região, se não tivessemos uma perceção de uma capacidade de acolhimento e diversidade cultural grande como os alunos estrangeiros, também motivo de orgulho pela diversidade cultural, não estaríamos nesta posição”, sublinhou o presidente do IPB, considerando que é “uma vitória coletiva”, pelo que faz questão de “manifestar um agradecimento à casa e à região”.
Esta avaliação positiva já se tem traduzido num aumento de procura, sobretudo por parte de alunos estrangeiros.
“A nível interno, o estigma de estar longe de Lisboa e no Interior é terrível. Vencer este estigma está a ser um trabalho grande. Esta realidade, por três anos consecutivos, começa a dar a ideia de que esta é uma realidade consolidada. A nível internacional, é um fator de sucesso na captação de alunos”, explica o responsável da instituição. “Os alunos de fora da lusofonia escolhem o nosso país pela mais valia de terem um diploma que pode ser apresentado em todos os países que falam português. Depois analisam a instituição. Aí, avaliam, por um lado, a qualidade da instituição, que se mede pelos rankings internacionais, que dão uma ideia da qualidade do IPB. Essas pessoas não questionam o facto de estarmos a 500 quilómetros de Lisboa. Não ponderam ir para uma instituição pior só por estar mais perto da capital. Não há essa visão centralista”, nota. “Por outro lado, é o facto de termos uma relação custo/qualidade de vida favorável, para além da segurança que existe nas nossas cidades”, destaca Sobrinho Teixeira.
Esta presença nos lugares cimeiros dos rankings, quer este quer o que avalia a investigação e onde o IPB tem, também, uma posição de destaque, têm provocado um aumento de alunos estrangeiros. “São cerca de 20 por cento e a crescer”, revelou. E o futuro começa a ficar acautelado: “Iremos abrir mais cursos em língua inglesa, nomeadamente na área da saúde, que começam a ter cada vez mais procura”.
Para além disso, a parceria com a Faurecia é cada vez mais estreita. Para além de intercâmbio de alunos e professores, existe a ideia de “uma escola de linha que estude os processos de produção clean, limpa, sem desperdícios ao longo do processo de fabrico, para que não tenha desperdícios de tempo, rejeições de material”. “O objetivo é tornar as empresas competitivas e trabalhar praticamente sem stocks, avançou Sobrinho Teixeira, que aposta, por outro lado, “na valorização dos produtos locais”.
Publicado em 'Mensageiro'.