30 outubro, 2012

"Podemos qualificar mais pessoas sem pedir mais dinheiro ao país"

Os efeitos do Orçamento no ensino superior preocupam-no, mas o homem forte dos politécnicos prefere pensar além da "gestão da miséria". O futuro, diz, está nos consórcios entre instituições

Tal como as universidades, também os politécnicos foram surpreendidos pelo anúncio de cortes orçamentais para 2013 que vão muito além do esperado e do que podem suportar. Sobrinho Teixeira, presidente do Politécnico de Bragança e do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, ainda acredita num recuo do Governo, mas entende que também as instituições podem fazer mais e melhor para reforçar a autonomia num sistema que ainda depende em demasia do Estado. "Devemos caminhar para um sistema de consórcios entre as instituições e gerar sinergias", diz. No caso dos politécnicos, com um papel determinante à escala das regiões.

Os politécnicos foram confrontados com cortes adicionais nas transferências do Estado para 2013. Como vão resolver este problema?
Na prática, os cortes aproximam-se dos 10%. Assim é impossível. A redução das dotações orçamentais que estava prevista era de 3,2% e, sem que houvesse um contacto prévio com as instituições, ficámos a saber que diversas rubricas foram alteradas, quer nas transferências, quer nas receitas próprias. No politécnico de Bragança, por exemplo, tínhamos 240 mil euros na rubrica dos combustíveis [aquecimento] e a verba foi reduzida para 40 mil sem qualquer explicação. Como é que vou dar aulas ao frio? Espero sinceramente que a situação venha a ser corrigida.

E se não for?
Se não for, a nossa autonomia fica em causa e os politécnicos serão incapazes de funcionar. As instituições ainda estão muito dependentes das transferências do Estado. A dependência varia de instituição para instituição, mas, normalmente, anda pelos 60 a 70%. Mas temos feito um caminho de captação de mais receitas próprias. Temos orientado a captação para conseguir aumentar o universo de alunos, nomeadamente para os cursos de especialização tecnológica, e temos aumentado em mestrados profissionais. Por outro lado, temos também vindo a reforçar a nossa relação com os politécnicos dos países lusófonos.

Aumentar as receitas passa por subir o valor das propinas?
Não me parece. Um aumento de propinas só iria afastar os jovens e Portugal precisa de ter mais juventude e público adulto a estudar. Um dos problemas com que nos debatemos é termos uma população pouca qualificada e com baixos salários. Não é à custa dos que só recebem o salário mínimo que o país vai sair da crise. A nossa estratégia não pode ser só a de saber onde vamos cortar. Tem de se apostar na qualificação.

Mas os jovens estão a emigrar...
É um fenómeno péssimo. Como é que vamos gerar riqueza? Esta fuga vai determinar que muitos jovens irão trabalhar para outros países e muitos nem retornarão. Portugal vai ficar com uma população jovem perfeitamente desqualificada, sem perspectivas e sem futuro. A questão é o que podemos nós fazer. E penso que temos que qualificar ainda mais, a pensar nos que ainda cá fiquem.

Pela primeira vez numa década houve uma quebra no número de vagas de acesso ao superior. Porquê?
O sistema politécnico reduziu cerca de duas mil vagas. Foi um ajustamento entre a oferta e a procura - estamos muito dependentes. O problema é que não há uma política de acesso ao ensino superior, tudo depende da dificuldade das provas específicas. E aí temos variabilidades muito grandes. Em 2008, a média do exame nacional de Matemática foi de 12,4. No ano passado foi de 8,2. E não acho que a aprendizagem tenha mudado assim tanto.

O ministro Nuno Crato anunciou a alteração do regime jurídico das instituições e do modelo de financiamento do ensino superior. Na sua opinião, o que deve mudar?
O regime não está correcto e tem sido bastante pernicioso. Ao indexar o financiamento ao número de alunos, tem subvertido a missão das instituições e tem tornado o país mais assimétrico. O financiamento deveria estar alocado às missões de cada instituição. Podemos falar num financiamento fixo, mas deveria haver também um financiamento variável em função dos objectivos fixados para cada missão.

Faz sentido haver tantos politécnicos?
Neste momento, só temos um politécnico nas grandes cidades. A actual rede é adequada. Devemos caminhar para um sistema de consórcios entre as instituições e gerar sinergias. O sistema politécnico tem uma capacidade de inserção nas regiões que é determinante. Temos massa crítica e estamos disponíveis para gerir consórcios e criar centros que sejam avaliados e financiados pela capacidade de envolvimento com as regiões.

Essa integração prevê a redução do número de cursos?
O país só tem a ganhar, se fizer, de facto, esse caminho, mas essa é uma visão derrotista - a de que temos de fechar coisas só por fechar. Mais fundamental é pensar na reorganização global da rede, reduzindo cursos, mas para poder aumentar o número de alunos. Com a actual rede de ensino superior podíamos dar mais oferta para qualificar mais pessoas, sem pedir mais dinheiro ao país.

Que balanço faz do novo regime das bolsas de acção social?
Foram introduzidas algumas alterações que tornaram o sistema mais justo. O problema é que começamos a ter aqui uma população que está no limite. Quem tem rendimentos ligeiramente acima do salário mínimo já não tem direito a uma série de benefícios e essa classe média baixa está, de facto, num grande problema. Começamos a ter um problema de uma franja da população não ter acesso à bolsa.

Que nota dá a este ministério?
Daria uma classificação entre o médio e o bom, com capacidade para evoluir mais. Há abertura para discutir as coisas, capacidade de diálogo e um entendimento dos problemas das instituições. Há muito trabalho de formiga que é feito. Agora, o que me parece é que temos estado demasiado armadilhados na crise e no Orçamento. E mais vale discutir aquilo que podemos fazer, em vez da gestão da miséria. A gestão da miséria só leva a mais miséria.

Publicado em 'Público'.

Politécnicos desafiam ministério a dizer como funcionam com este Orçamento

Sobrinho Teixeira está indignado com o corte previsto pelo Governo para os politécnicos
Os presidentes dos institutos politécnicos assumiram segunda-feira que não se responsabilizam pela execução orçamental, perante os cortes anunciados na sequência da elaboração do Orçamento do Estado, e desafiam o Ministério da Educação e Ciência (MEC) a dizer como funcionarão as instituições.
O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), João Sobrinho Teixeira, denunciou que as instituições viram os orçamentos que já haviam aprovado "alterados à sua revelia", tendo sido confrontadas com um corte adicional de 8%.
Em causa, segundo Sobrinho Teixeira, está "um grave desrespeito" pela autonomia das instituições de ensino superior, que fizeram os respectivos orçamentos para o ano lectivo em curso com base no plafond atribuído pela tutela em Julho.
O corte médio era então de 3,2% e foi com base neste valor que foram assumidos os compromissos com estudantes, professores e outras entidades pelo menos até Setembro do próximo ano, alerta o conselho coordenador dos politécnicos numa nota emitida ontem.
O presidente do CCISP diz por isso ser "impossível funcionar com um corte adicional de 8%", o que implicará que fiquem coisas por pagar.
"Perante este cenário, revelado pelas alterações previstas no Orçamento de Estado para 2013, os politécnicos são peremptórios em afirmar que não há qualquer possibilidade de os dirigentes das instituições se poderem responsabilizar", lê-se no texto.
Omissões graves
João Sobrinho Teixeira diz ainda que o Orçamento do Estado contém "omissões graves" e que as verbas correspondentes à reposição de um ordenado (13.º mês) "não foram respostas em relação aos valores retirados no ano anterior", além de que o acréscimo dos encargos com a Caixa Geral de Aposentações em 5% "não teve a respectiva contrapartida no plafond das instituições", o que se traduz "num aumento incomportável para as instituições".
O responsável do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos lembra ainda o acréscimo de encargos com reduções sucessivas de orçamentos nos últimos anos, que diz serem já superiores a 30%. "Só em 2012 e 2013, as instituições de ensino superior já sofreram um corte de cerca de 12%, a que acresce agora este novo corte", afirma.
Depois desta posição pública, o CCISP vai solicitar audiências à tutela, aos grupos parlamentares e às comissões de Finanças e Educação, esperando conseguir impedir ainda que sejam concretizadas "medidas tão prejudiciais" que afirma porem em causa a sustentabilidade do ensino superior.
"Terá de ser a tutela a dizer como poderemos pôr em prática este orçamento", sublinha.
Publicado em 'Público'.

Universidades e politécnicos admitem reduzir corpo docente e "cadeiras"

Encargos adicionais com a CGA, introduzidos pelas Finanças sem avisar ninguém, e a não transferência da totalidade das verbas para repor o subsídio de Natal põem em causa instituições do ensino superior
Se a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013 for aprovada tal como está, as instituições do ensino ensino superior serão obrigadas não só a reduzir os encargos de funcionamento como também a cortar no corpo docente, nomeadamente através da não renovação dos contratos dos professores convidados, e, consequentemente, o número de "cadeiras". Em declarações ao PÚBLICO, os presidentes do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, e do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Sobrinho Teixeira, manifestaram a esperança de que a situação ainda venha a ser resolvida em sede parlamentar, mas avisam desde já que se isso não vier a acontecer, o funcionamento das instituições será seriamente afectado.
Em causa está o facto de, em cima do corte de 3,5% acordado em Julho, o Ministério das Finanças ter decidido, por um lado, não transferir a totalidade das verbas relativas à reposição do subsídio de Natal, e por outro, aumentar em cinco pontos percentuais a contribuição para a Caixa Geral de Aposentações (CGA). Uma decisão que não foi comunicada a ninguém e que, sabe o PÚBLICO, até apanhou de surpresa o próprio ministro da Educação, Nuno Crato, que já afirmou que irá tentar resolver o problema. De acordo com as contas do CRUP, que já solicitou uma audiência ao primeiro-ministro, a decisão das Finanças significa que a dotação do OE para as universidades será de apenas 545 milhões de euros em 2013, menos 57 milhões de euros do que em 2012, colocando as universidades "numa situação de ruptura orçamental", que já perderam 200 milhões desde 2005. "Se a proposta de OE for aprovada teremos de rever os orçamentos, afectando o funcionamento das instituições, não só ao nível dos gastos de funcionamento - como por exemplo em electricidade ou segurança -, mas também a capacidade de dar cursos", avisa António Rendas, salientando ainda o impacto negativo na captação de fundos comunitários e na "capacidade competitiva no espaço europeu".
José Marques dos Santos, reitor da Universidade do Porto (UP), afirmou ao PÚBLICO que os cortes agora conhecidos vão "degradar as condições de trabalho e provavelmente o número de professores convidados vai ter de ser reduzido e o número de disciplinas também". O reitor da Universidade do Algarve, João Guerreio, foi ainda mais longe ao admitir à agência Lusa que se estes cortes forem para a frente em 2013 não haverá dinheiro para pagar salários.
Além de considerar "chocante a falta de transparência do processo", o reitor da UP, a universidade com o maior orçamento do país, não tem dúvidas de que "será impossível fazer qualquer obra de manutenção de edifícios e renovação de equipamentos e laboratórios". José Marques dos Santos ainda acredita que o problema vai ser evitado, mas diz que perdeu "a confiança nas pessoas". "Passamos a vida nisto e é desnecessário. Porque não discutem antes? Gastamos horas e horas a remendar o que nunca deveria ter acontecido", acrescentou.
O presidente do CCISP, Sobrinho Teixeira, não tem dúvidas de que a proposta de orçamento "não é executável" e que "fechar as instituições até nem vai representar um ganho acrescido pois mais de 90% das despesas continuam". "A não ser que se cometa a ilegalidade de não pagar os salários aos docentes", acrescentou. Nas contas dos politécnicos, que já pediram uma audiência às comissões parlamentares do Orçamento e da Educação, a mais recente decisão das Finanças implicam uma redução das transferências da ordem dos 23,5 milhões de euros. "Podemos até pensar em reduzir os cursos para metade e o número de alunos, mas isso só era possível em Junho quando nos foi atribuído o plafond do orçamento [que previa um corte de 3,2%]. Agora já temos contratos assinados para o ano lectivo", afirmou Sobrinho Teixeira, que critica ainda a Direcção-Geral do Orçamento por ter "violado a autonomia das instituições" e ter decidido cortar em "determinadas rubricas já depois dos orçamentos estarem selados". O PÚBLICO tentou obter explicações por parte dos ministérios da Educação e das Finanças, mas não obteve qualquer resposta.
Publicado em 'Público'.

Universidades e politécnicos admitem fechar devido a cortes

As universidades equacionam fechar, devido ao rombo nos orçamentos que rondará os 56,888 milhões de euros no próximo ano, revelou o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, ao “Diário de Notícias”.
Também o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CRUP), Sobrinho Teixeira, avisou ao mesmo diário que o impacto negativo do Orçamento do Estado para 2013 estima-se ser de 23,5 milhões, valor que deixa os institutos numa posição frágil para conseguirem cumprir as suas obrigações.
Perante estes números, o Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa, já revelou estar a pensar em fechar alguns serviços, durante o período de férias e exames.
“Se tivermos este tipo de corte, vamos ter de reverter isto para as pessoas, para os materiais, para os serviços de suporte”, disse ao “DN” António Rendas, que não exclui a hipótese de cortes no pessoal.
Chamou ainda a atenção para o facto de nada garantir que, com os cortes, as contas venham a ficar equilibradas, muito pelo contrário. Na sua opinião, as repercussões podem ser muito graves, porque o normal funcionamento das universidades ficará comprometido. “Desde 2011 vimos fazendo cortes, mas nunca sofremos um impacto desta dimensão, na ordem dos 9,4%, face a 2012”, sublinha.
O presidente da CRUP acrescenta ainda que o impacto será mais elevado nas maiores universidades. Contudo, prefere não fazer previsões concretas sobre o fecho de universidades. Garante, sim, que as instituições “não vão baixar os braços” e que se encontram “unidas”, enquanto não forem ouvidas pelo governo. Até porque, segundo as contas da CRUP, o sector já sofreu um corte de 200 milhões de euros desde 2005.
Publicado em 'I'.

26 outubro, 2012

Em análise: Cortes nos politécnicos


Exibido em 'RTP'.

Pagar dívidas com diálogo

Ministro da Educação promete resolver problemas de financiamento dos politécnicos com diálogo
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, prometeu hoje que os problemas de financiamento dos institutos politécnicos decorrentes do Orçamento do Estado para 2013 vão ser resolvidos com diálogo. “São problemas que temos que resolver em diálogo com os presidentes dos institutos politécnicos e com os reitores das universidades”, afirmou o ministro.
Em declarações aos jornalistas à margem da inauguração de um centro escolar no Marco de Canaveses, Nuno Crato recordou que desde 2006 “as instituições de ensino superior sofrem reduções nas transferências do Orçamento do Estado”. “São coisas que nos preocupam. Nós estamos a passar por dificuldades extraordinárias”, lembrou.
Os presidentes dos institutos politécnicos assumiram na segunda-feira que não se responsabilizam pela execução orçamental, perante os cortes anunciados na sequência da elaboração do Orçamento do Estado, e desafiam a tutela a dizer como funcionarão as instituições.
O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), João Sobrinho Teixeira, denunciou que as instituições viram os orçamentos que já haviam aprovado “alterados à sua revelia”, tendo sido confrontadas com um corte adicional de oito por cento.
Publicado em 'Maior TV'.

Cortes nos Politécnicos


Exibido em 'SIC'.

IPB sem dinheiro para aquecimento

O orçamento do Instituto Politécnico de Bragança para o próximo ano não é exequível.
É o próprio presidente quem o diz. Em Junho o Governo tinha informado de que iria haver um corte de 3,5% nos orçamentos para as instituições de ensino politécnico. Mas agora o corte ronda os 8%. “Todo o ano lectivo está planeado em função esse corte que era o que nos disseram que ia acontecer. De repente e sem aviso prévio, aquando da entrega do orçamento de estado, consultámos no site da Direcção-geral do Orçamento vimos que ele tinha sido alterado”, explica Sobrinho Teixeira, acrescentando que “há aqui um agravamento real desse corte em cerca de 8%. Isso é insustentável e o orçamento não é executável”.
O também presidente do Conselhos Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos do lembra que há encargos fixos que têm de ser assumidos e para os quais não há dinheiro. Por isso, considera que só será possível gerir as instituições se houver alterações, caso contrário vai ter de se infringir a lei. “O financiamento que nos é atribuído não cobre sequer esses custos fixos e o problema só pode ser resolvido fazendo uma abordagem diferente aos cortes que foram realizados ou vamos ter de cometer ilegalidades”, avisa. Por isso, “queremos ver com o ministério se há uma forma de resolver isso ou então que as autoridades nacionais nos digam que ilegalidades é que os presidentes estão autorizados a realizar”.
No caso do IPB há um corte de um milhão e meio de euros. Sobrinho Teixeira revela que não há dinheiro para garantir o aquecimento. “Nós tínhamos previsto 240 mil euros para aquecimento, que já era uma redução substancial face a anos transactos e foram-nos retirados 200 mil euros dessa rubrica, restando apenas 40 mil que dá para o mês de Janeiro e pouco mais”, afirma. No próximo ano, o orçamento do IPB será de 14 milhões de euros.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

24 outubro, 2012

É impossível funcionar com um corte adicional de oito por cento


Publicado em 'Correio da Manhã'.

Politécnicos alertam: É "impossível funcionar com um corte adicional de 8%"

Os presidentes dos institutos politécnicos assumiram hoje que não se responsabilizam pela execução orçamental, perante os cortes anunciados na sequência da elaboração do Orçamento do Estado, e desafiam a tutela a dizer como funcionarão as instituições.

O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), João Sobrinho Teixeira, denunciou hoje que as instituições viram os orçamentos que já haviam aprovado "alterados à sua revelia", tendo sido confrontadas com um corte adicional de oito por cento.

Em causa, segundo Sobrinho Teixeira, está "um grave desrespeito" pela autonomia das instituições de ensino superior, que fizeram os respetivos orçamentos para o ano letivo em curso com base no ´plafond´ atribuído pela tutela em julho.

O corte médio era então de 3,2% e foi com base neste valor que foram assumidos os compromissos com estudantes, professores e outras entidades pelo menos até setembro do próximo ano alerta o CCISP numa nota emitida hoje.

O presidente do CCISP, Sobrinho Teixeira, diz por isso ser "impossível funcionar com um corte adicional de oito por cento", o que implicará que fiquem coisas por pagar.

"Perante este cenário, revelado pelas alterações previstas no OE para 2013, os politécnicos são perentórios em afirmar que não há qualquer possibilidade de os dirigentes das instituições se poderem responsabilizar", lê-se no texto.

Sobrinho Teixeira diz ainda que o OE contém "omissões graves" e que as verbas correspondentes à reposição de um ordenado (13.º mês) "não foram respostas em relação aos valores retirados no ano anterior", além de que o acréscimo dos encargos com a Caixa Geral de Aposentações em cinco por cento "não teve a respetiva contrapartida no ´plafond´ das instituições", o que se traduz "num aumento incomportável para as instituições".

O responsável do CCISP lembra ainda o acréscimo de encargos com reduções sucessivas de orçamentos nos últimos anos que diz serem já superiores a 30%. "Só em 2012 e 2013, as instituições de ensino superior já sofreram um corte de cerca de 12%, a que acresce agora este novo corte", afirma.

Depois desta posição pública, o CCISP vai solicitar audiências à tutela, aos grupos parlamentares e às comissões de Finanças e Educação, esperando conseguir impedir ainda que sejam concretizadas "medidas tão prejudiciais" que afirma porem em causa a sustentabilidade do ensino superior.
"Terá de ser a tutela a dizer como poderemos por em prática este orçamento", sublinha.

Publicado em 'Económico'.

Politécnicos alertam para colapso

"Não sabemos como cumprir o que está orçamentado sem violar a lei. Vamos pedir ao Governo que nos explique como o fazer." É assim que Sobrinho Teixeira, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superior Politécnicos (CCISP), sintetiza o impacto do Orçamento do Estado para 2013 nestas instituições.

O CCISP estima em "cerca de 23,5 milhões de euros" o corte que os politécnicos irão sofrer no próximo ano. Um valor que já inclui os 3.2% de cortes decididos em meados deste ano - cerca de oito milhões de euros -, a que se somarão "quase mais 8%" referentes a encargos não compensados com os descontos para a ADSE - que sobem de 15% para 2O% - e a reposição do subsídio de Natal.

"A única forma que temos de cumprir o que está orçamentado é despedindo professores dos quadros, o que é ilegal, ou deixando de pagar ADSE", disse ao DN o presidente do CCISP.

Os politécnicos acusam ainda a Direção-Geral do Orçamento de violar a autonomia das instituições ao "decidir" onde estas vão cortar para compensarem o rombo de tesouraria.

"Há politécnicos que sofrem um corte na segurança, outros na luz. No nosso caso (dirige o Politecnico de Bragança), baixaram-me as verbas com o aquecimento de 240 mil para 40 mil" contou Sobrinho Teixeira.

"40 mil euros é o que nos custa o aquecimento do mês de janeiro", prosseguiu. "Talvez pretendam que feche o instituto em fevereiro, quando não houver verba para aquecer as salas de aula". Não foi possível ouvir o Conselho de Reitores em tempo útil.

Publicado em 'Diário de Notícias'.

19 outubro, 2012

IPB ganha investimento de 4,4 ME em novas instalações

O problema da falta de instalações para o ensino superior público em Mirandela, que se arrasta há mais de uma década, está prestes a ser ultrapassado com a construção de um novo edifício, foi hoje anunciado.
A Câmara de Mirandela e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) conseguiram, apesar da contenção financeira nacional, assegurar financiamento para o investimento de 4,4 milhões de euros na construção de instalações para a Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo. Há mais de uma década que aquela que é das mais procuradas entre as cinco escolas do politécnico de Bragança funciona em instalações emprestadas do município de Mirandela. O novo edifício já foi adjudicado à CARI Construtores, empresa do grupo DST, e as obras deverão arrancar ainda durante o mês de Outubro, de acordo com as previsões avançadas pelo construtor, que aponta a conclusão da obra para Outubro de 2014.
As futuras instalações estendem-se por seis mil metros quadrados, num terreno cedido pela câmara de Mirandela, e apresentam 28 salas, dois anfiteatros, uma cantina, uma cafetaria, três laboratórios, uma livraria, duas bibliotecas, uma de consulta e leitura e outra multimédia, e um parque de estacionamento com lugares para 100 viaturas.
Alunos têm crescido
O projecto ficou aquém das pretensões iniciais do município e do IPB, que pretendiam transformar um bairro social da cidade transmontana num pólo universitário, recuperando também alguns apartamentos do mesmo bairro para residências de estudantes. A ideia era resolver dois problemas: o da falta de instalações para o ensino superior e o da degradação do bairro social. O presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, explica que essa parte do projecto não foi aprovada, pelo que será apenas construído o novo edifício num terreno junto ao bairro social. O autarca realçou que esta escola tem registado um crescimento do número de alunos, contrariando a tendência nacional de redução das entradas no ensino superior.
A escola tem mais de mil alunos distribuídos por nove licenciaturas, nomeadamente Gestão e Administração Pública, Informática e Comunicações, Marketing, Multimédia, Solicitadoria, Design de Jogos Digitais, Turismo e Guia Intérprete.
Publicado em 'Jornal Nordeste'.

17 outubro, 2012

Politécnico de Bragança aumentou entradas com acessos alternativos de alunos

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) contabilizou este ano mais cem entradas de alunos do que no ano transato, somando mais de dois mil novos estudantes, a maioria oriunda dos chamados novos públicos.
Os "maiores de 23", os cursos de especialização tecnológica e estudantes estrangeiros representam mais de metade, 55 %, das novas entradas, enquanto que o número de alunos que entraram através do Gabinete Nacional de Ingresso ficou em valores semelhantes ao ano anterior, adiantou hoje à Lusa o presidente da instituição.
Sobrinho Teixeira explicou que as entradas superaram as vagas inicialmente disponibilizadas, 1.870, com o instituto a recorrer à possibilidade legal de alargar esse número, o que permitiu superou as duas mil entradas.
O instituto não escapou, porém, à quebra nacional nas engenharias e ciências agrárias, com vários cursos sem qualquer candidato, em virtude da alteração da forma de acesso, que o presidente do IPB considerou "preocupante", manifestando a expectativa de que, no próximo ano letivo, a situação seja corrigida pelo Ministério da Educação.
As entradas registadas este ano irão permitir ao politécnico de Bragança manter o número total de sete mil alunos que frequentam as cinco escolas superiores.
O responsável sublinhou que o IPB "começou a apostar, desde há algum tempo, em outras formas de acesso, de recrutamento, dentro daquilo que deve ser a missão de uma instituição politécnica e de uma instituição do interior e com grande vocação de internacionalização".
"Eu acho que o politécnico de Bragança está a cumprir, de facto, essa diferenciação, para nem todos fazermos o mesmo", afirmou.
A aposta é para manter nos próximos anos, abrindo a instituição "ao recrutamento de alunos que querem frequentar cursos mais profissionais, de especialização tecnológica e, sobretudo, ao aumento de alunos internacionais".
O IPB contabiliza um milhar de alunos estrangeiros, que representa 13 % do total da comunidade estudantil, ao abrigo de vários programas de intercâmbio, nomeadamente com os países da lusofonia.
"Bragança tem condições ímpares em termos de qualidade e custo de vida para poder acomodar alunos estrangeiros", considerou.
Sobrinho Teixeira lembrou ainda que a instituição transmontana "ficou em primeiro lugar em dois índices do 'ranking' ibero-americano de instituições de investigação, fazendo sobretudo investigação aplicada, ligada àquilo que são os problemas da região".
Publicado em 'Porto Canal'.

16 outubro, 2012

IFPB firma convênios com instituições educacionais em Portugal

O reitor do Instituto Federa de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Batista de Oliveira Silva, conseguiu firmar convênios importantes com instituições educacionais portuguesas durante a viagem de mais de uma semana pela Europa. O resultado disso poderá ser visto em breve, com a possibilidade da ida de servidores, estudantes e professores do IFPB a Portugal para a realização de cursos em várias áreas, também de forma bilateral.
João Batista fez parte da delegação brasileira, composta de 23 reitores de instituições da Rede Federal além de dois pró-reitores e três assessores internacionais, os quais puderam conhecer de perto a estrutura física e funcional e os projetos pedagógicos de renomadas instituições portuguesas.
Durante os dias 29 de setembro a 02 de outubro o Reitor do IFPB, Prof. João Batista de Oliveira e Silva e a Assessora Internacional, Verônica Edmundson, participaram da 2ª Conferencia da Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas – UASnet, em Bragança, Portugal. O encontro reuniu representantes de 18 países.
Antes do evento, na sexta-feira dia 28 de setembro, ao chegar na Cidade do Porto, o Reitor e Assessora Internacional visitaram a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), com a qual o IFPB já tem convênio, para encontrar-se com o Diretor daquela instituição, representado na reunião por seu vice-diretor o Prof. Luís Andrade Ferreira, o qual demonstrou o interesse em estreitar as relações de cooperação técnica com o IFPB.
A programação em Portugal foi definida pela coordenação da UASnet, que reservou os dois primeiros dias, 28 e 29 de setembro, para o estabelecimento de contatos bilaterais com os politécnicos portugueses e instituições de outros países, entre eles Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Lituânia, China, França, Polônia, Portugal, África do Sul, Irlanda, Suíça e Holanda.
Nos dias 1º e 2 de outubro foram realizados amplos debates sobre o sistema das Universidades de Ciências Aplicadas (UAS) e o processo de internacionalização.
A Rede Federal foi apresentada pelo vice-presidente do Conif, Sérgio Pedini, que destacou as particularidades das instituições, o processo de expansão, as modalidades ofertadas e a convergência entre ensino, pesquisa e extensão.
Memorandos
No encerramento da Conferência, o (Conif) assinou dois memorandos de entendimento, o primeiro com o presidente da UASnet Tim Creedon, este acordo permite a inclusão dos Institutos Federais na Rede Européia que congrega instituições da Finlândia, Irlanda, Portugal, Lituânia, Estônia, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Suíça e França.
O segundo foi entre o Conif e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), João Sobrinho Teixeira, para agilizar o processo de reconhecimento, revalidação e equivalência de graus e títulos acadêmicos entre as instituições da Rede e os Institutos Politécnicos portugueses. Como resultado do Memorando assinado, o próximo passo, será a abertura de Edital pela Capes, onde serão destinadas 1.500 bolsas através do Programa Ciência sem Fronteiras, para os Politécnicos de Portugal, exclusivo para nossa Rede.
Visitas técnicas
Ainda no dia 02 de outubro, à tarde, as visitas técnicas iniciaram-se pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB) com o qual firmamos um Convênio de Cooperação Técnica, onde o Reitor do IFPB pode assinar Convênio de Cooperação com este Instituto.
Nos dias 3 e 4 de outubro, a delegação brasileira, participou de visitas técnicas.
O reitor, João Batista seguiu para os Institutos Politécnicos de Viseu, Guarda e Coimbra com os quais firmou também convênio de cooperação técnica, enquanto a Assessora Internacional, a profª Verônica Edmundson seguiu para uma visita a Universidade de Trás -os- Montes (UTAD) a fim de estreitar as nossas relações com aquela universidade e depois, partiu para visitas o Instituto Politécnico de Castelo de Viana e o Instituto Politécnico Porto com os quais o IFPB também firmou convênio.
Deste encontro também, está em andamento negociações da Assessoria Internacional com a Universidade do Algarve em estágio bastante avançado e com algumas Instituições da Irlanda.
Podemos dizer que o resultado desta missão a Portugal foi de muito sucesso, não apenas no âmbito da Rede EPCT, mas também para o IFPB como instituição, pois estes convênios firmados fortalecerão a internacionalização o Instituto com ação no ensino pesquisa e inovação
Portugal está de portas abertas para o IFPB, ressalta o reitor João Batista. “Esta viagem serviu para comprovar que estamos no caminho certo, fazendo os investimentos necessários para fortalecer o nosso modelo educacional e aprendendo com outras experiências”.
Publicado em 'IFPB'.

Missão em Portugal resulta em intercâmbio para estudantes na área de Ciências Aplicadas

O reitor do IFAL (Instituto Federal de Alagoas), Sérgio Teixeira, conclui, nesta quinta-feira (4), o roteiro de viagem à Portugal como integrante da delegação de 21 reitores dos institutos federais que representam o Conif em mais uma missão internacional.
Do dia 29 de setembro a 2 de outubro deste ano, os reitores participaram da 2ª Conferência da UAS (Universities of Aplied Science Network) ou Rede de Universidades de Ciências Aplicadas, evento que ocorreu no Instituto Politécnico de Bragança e que envolveu dirigentes instituições de ensino superior nesta área na Europa e de países dos cinco continentes.
Nesta quinta-feira, o reitor do IFAL e os reitores dos institutos federais do Amazonas, Sergipe, Maranhão e Sul-Rio-Grandense concluem o roteiro de visitas realizadas nos institutos politécnicos das cidades de Castelo Branco, Tomar e Leiria, onde conheceram o ensino nas áreas de Gestão, Estudos Industriais, Tecnologia, Arte e Design, Saúde, Educação, Ciências Empresariais, Ciências Agrárias e Turismo e Tecnologia do Mar.
O evento, apoiado pelo município de Bragança, foi organizado pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), pelo Instituto Politécnico de Bragança e pela UASnet, entidade composta pelos órgãos de representação de instituições de ensino superior politécnico europeias, entre as quais o CCISP, que visa, sobretudo, promover a contribuição do subsistema politécnico no desenvolvimento da estratégia de inovação e de investigação da União Europeia, tendo em vista o aumento da competitividade da mesma.
A 2ª Conferência de UASnet prosseguiu a missão de promover e fortalecer a integração e a contribuição do setor das Universidades de Ciências Aplicadas (UAS) com a estratégia de investigação e inovação na Europa, cujos temas foram "Definição/Perspectivas sobre o papel do sistema UAS", "Investigação aplicada no sistema UAS" e "Internacionalização no sistema UAS". Os representantes brasileiros participaram da conferência com o objetivo de fortalecer o intercâmbio cultural entre os institutos federais e os institutos politécnicos portugueses, inclusive no Programa Ciências Sem Fronteiras.
O evento ficou marcado pelo sucesso de conseguir reunir, em Bragança, representantes de todos os continentes (África do Sul, Canadá, Austrália, China e Macau também se fizeram representar), a fim de impulsionar um intercâmbio a nível mundial, mais do que Europeu, ficando Bragança como nome de um impulso à Internacionalização das Ciências Aplicadas.
No âmbito desta 2.ª Conferência, foi assinado um memorando entre a UASnet e o CONIF - Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Brasil) e em sua sequência, foram assinados mais dois Memorandos: entre o CCISP e o CONIF, representado pelo seu presidente, Denio Rebello Arantes, relativo ao reconhecimento mútuo do grau acadêmico e entre o CCISP e a CAPES - Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Brasil), representado pelo seu presidente Jorge Almeida Guimarães para a realização de intercâmbio de estudantes brasileiros em Portugal e que garantirá a realização da seleção dos candidatos, contemplando 1.500 estudantes de cursos tecnológicos, licenciaturas e engenharias. O programa será composto de um semestre letivo e mais três a quatro meses de estágio. A vinda para Portugal será no início de 2013.
Publicado em 'IFAL'.

Reitor do IFG assina acordos de cooperação com institutos politécnicos de Portugal

O reitor do Instituto Federal de Goiás (IFG), professor Paulo César Pereira, esteve em missão de trabalho em Portugal, na última semana, com o objetivo de participar do Congresso da Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas (2ª Conferência UASnet), realizado em Bragança. Durante a viagem, o Reitor também participou de visitas técnicas a institutos superiores politécnicos portugueses, onde assinou acordos de cooperação acadêmica.
“Durante a estadia em Portugal visitamos os institutos politécnicos de Bragança, Guarda, Viseu e Coimbra e assinamos acordos de cooperação acadêmica com os citados institutos e que permitirão a mobilidade de alunos e servidores na perspectiva de formação e desenvolvimento de pesquisas de forma conjunta”, destacou o Reitor.
A viagem a Portugal foi agendada pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) junto ao Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos de Portugal (CCISP) e teve por objetivo promover a interlocução e articulação entre a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica Brasileira e a Rede Portuguesa.
“Esta ação contribuirá para nossa interação com o conhecimento desenvolvido não somente em Portugal, mas também em outros países da comunidade europeia”, ressaltou Paulo César Pereira ao fazer um balanço da visita a Portugal.
Com a assinatura dos acordos de cooperação entre o IFG e as instituições portuguesas, a expectativa é que, em breve, a Instituição possa estabelecer parceria para envio de seus alunos para temporada de estudos em Portugal.
Publicado em 'IFG'.

Politécnico oferece mandarim a crianças e empresários

As crianças das escolas de Bragança poderão aprender mandarim desde o primeiro ano ao abrigo do intercâmbio do instituto politécnico e universidades chinesas hoje reforçado com a abertura de um Centro de Língua e Cultura Chinesas
O novo centro funciona na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e, além de ser um suporte para os estudantes portugueses que aprendem mandarim e estudantes chineses que aprendem português na instituição, vai abrir-se à comunidade.
O presidente do PB, Sobrinho Teixeira, anunciou hoje que vão ser disponibilizados cursos livres de mandarim para empresários transmontanos e que já no próximo ano letivo quer também levar esta nova aprendizagem às escolas de Bragança.
"O nosso plano, juntamente com a Câmara Municipal (de Bragança) é começar a disponibilizar algumas horas de mandarim para os alunos logo no primeiro ano do primeiro ciclo e isso também tornar-se numa vantagem aqui para a própria região: ter os seus jovens a aprender logo de pequenos a língua mais falada no mundo e que será de futuro também uma língua de comércio e de negócio", adiantou.
O mandarim será ensinado aos mais novos com a ajuda da professora chinesa que acompanha o projeto no IPB e com os próprios alunos chineses que frequentam o instituto.
O politécnico está também apostado em "abrir portas aos empresários da região", oferecendo conhecimento básico de chinês em cursos livres de mandarim.
O IPB tem parcerias com duas universidades chinesas, a de Pequim e Cantão, no âmbito das quais acolhe cerca de 30 estudantes chineses para aprenderem português e ensina mandarim a perto de uma centena de estudantes português.
O intercâmbio envolve alunos e docentes e um professor do politécnico de Bragança faz parte do corpo docente que ensina português a cerca de 500 alunos na universidade de Zhuhai, no sul da China, junto a Macau, que integra a universidade de Pequim.
Sobrinho Teixeira realçou a importância, para a instituição que dirige, destas parcerias, que estão alarga-se também á investigação nas áreas da agricultura e engenharia.
O Centro de Língua e Cultura Chinesas inaugurado hoje em Bragança irá ser também um difusor da cultura chinesa junto da comunidade transmontana, através da realização de espetáculos e outros eventos culturais na cidade e outras localidades da região.
Ailan Fu, vice-presidente da universidade de Zhuhai, esteve presente na inauguração, manifestando satisfação pelo interesse na língua e cultura chinesas e desejou que este intercâmbio possa ser ainda mais estreitado.
A responsável falou aos presentes em chinês, traduzida por alunos da China que se encontram a estudar português em Bragança.
O diretor da instituição chinesa, Mingyuan Zhang, explicou que a preferência dos jovens do seu país pelo português se prendem, sobretudo com o Brasil e o aumento das relações comerciais entre os dois países que criam nos estudantes a expectativa de uma maior facilidade em arranjar emprego num mercado em expansão como o brasileiro.
A constatação foi corroborada por alguns dos jovens chineses a estudarem no politécnico de Bragança, como Isabel, que adotou o nome português para facilitar as relações e que está convencida de que "é mais fácil arranjar emprego no Brasil do que em Portugal".
Publicado em 'DN'.

Centro de Língua e Cultura Chinesas já abriu no IPB

Foi inaugurado ontem o Centro de Língua e Cultura Chinesas no Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
O Centro resulta do protocolo de cooperação, assinado em 2011, entre o IPB e a Universidade de Pequim em Zhuhai. O vice-presidente da Câmara de Bragança, Rui Caseiro, realça que o centro não é, apenas, do Instituto mas também da região transmontana. “É de grande importância não só para o politécnico mas também para o município embora esteja sediado no IPB é uma mais-valia também para os empresários da região”, frisa o vice-presidente da Câmara de Bragança, Rui Caseiro.
O presidente do IPB destaca a importância da aprendizagem do Mandarim nas licenciaturas da instituição de ensino. “Nós estamos a inaugurar um Centro que dá seguimento ao projecto de oferecer o Mandarim aos alunos de licenciaturas do Instituto, nomeadamente dos cursos de Turismo, porque naturalmente cada vez haverá mais turistas chineses”, afirma Sobrinho Teixeira.
A vice-presidente da Universidade de Pequim, não escondeu a sua satisfação com a abertura do espaço. “Estou muito contente de ver tanta gente na inauguração e espero que com o intercâmbio cultural gere mais intimidade entre os dois países”, conta Ailan Fu.
Para além da aprendizagem da língua nos cursos superiores, um dos objectivos do Centro é implementar o Mandarim no 1º ciclo escolar. “Juntamente com a Câmara Municipal, queremos implementar algumas horas de Mandarim no 1º ciclo porque é de pequenino que se torce o pepino”, avança Sobrinho Teixeira.
O IPB e a Universidade de Pequim têm agora um espaço para o intercâmbio de culturas.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

15 outubro, 2012

Provedores do Estudantes reunidos em Bragança

São cada vez mais os alunos do Instituto Politécnico de Bragança que procuram o provedor do estudante.
A figura existe há mais de dois anos e a sua divulgação tem contribuído para a maior procura dos seus serviços. A provedora do estudante do IPB diz que tem sido uma espécie de psicóloga em muitos casos. “A nossa função passa muito por um papel preventivo. É preciso saber ouvir o estudante e muitas vezes com um simples telefonema resolve-se um problema, ou com uma orientação sobre como fazer”, refere Augusta Mata, acrescentando que “temos diversos casos, desde ajuda para interpretação de um regulamento ou até problemas do foro pessoal que gostam de ter alguém que os oiça”.
Declarações à margem do Encontro Nacional de Provedores do Estudante do Ensino Superior que decorreu em Bragança.
Este aumento da procura também se verifica na Universidade Coimbra, a instituição de ensino superior portuguesa onde este órgão existe há mais tempo. O provedor, Rogério Leal, diz que os assuntos que levam os estudantes procurá-lo são muito variados. “A relação dos estudantes com a universidade verifica-se em diversos aspectos e surgem problemas nas cantinas, nas bibliotecas, com os docentes e com os funcionários”, exemplifica. “Aparecem problemas com os serviços académicos porque a resposta a um requerimento não saiu com a rapidez com que devia, com os professores porque as aulas não correm como devem. São sobretudo do foro de secretaria e há que haver bom senso e tentar acelerar os procedimentos”, acrescenta o responsável.
Neste encontro participou também a Universidade de León, em Espanha. A provedora diz que aqui os problemas são outros. “Centram-se sobretudo em aspectos relacionados com os exames e sistemas de avaliação”, afirma Marta de la Varga. “Cada vez mais detectamos problemas nos programas de mobilidade relacionados com datas de exames em que os estudantes não podem estar presentes”, exemplifica.
Os provedores do estudante do ensino superior português e espanhol reunidos em Bragança para debater a sua intervenção.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Politécnicos alertam para consequências da rescisão de contratos a prazo

Os presidentes dos institutos politécnicos estão preocupados com as consequências que as rescisões de contratos a prazo com trabalhadores na função pública podem ter no sector.
Com dezenas de professores nesta situação, as instituições podem ficar sem pessoal para assegurar aulas caso o Governo inclua professores do ensino superior na lista de funcionários a dispensar.

O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) quer “salvaguardar os vínculos dos docentes essenciais para as actividades formativas com as instituições, assegurando também, desta forma, o seu bom funcionamento”, afirma o presidente da instituição, Sobrinho Teixeira. Aquele responsável garante “estar atento” às negociações em curso tendo mantido contactos com os sindicatos do sector para evitar os impactos da medida. “Caso contrário, o sistema pode entrar em colapso”, alerta.

Em causa estão várias dezenas de docentes que, em caso de dispensa pelo Estado, deixariam de poder assegurar as aulas. “Temos sido exemplares na redução de despesa”, recorda Sobrinho Teixeira, lembrando que os cortes no financiamento público nos últimos anos deixaram as instituições com quadros docentes já muito limitados. Os professores em causa têm na sua maioria ligações longas aos institutos politécnicos, onde dão aulas há mais de uma dezena de anos. “Não são trabalhadores a prazo, são pessoas com relações laborais continuadas com o sector”, explica Sobrinho Teixeira.

Estes profissionais apenas têm contratos a prazo por causa de uma determinação da última revisão do Estatuto da Carreira Docente no ensino superior, que reserva os vínculos definitivos para quem já tenha obtido o grau de doutor. Por isso, os politécnicos vivem debaixo de um regime transitório, que se prolonga por mais três anos, durante o qual os professores podem terminar os seus doutoramentos. O presidente do CCISP tem por isso confiança que o Ministério da Educação e Ciência “conheça o sector” e esteja atento às especificidades dos politécnicos quando a medida for discutida pelo Governo.
Publicado em 'Público'.

Espera-se ano de boa castanha

Não se esperam quebras na produção de castanha, este ano, na região. A expectativa é da ARBOREA, a Associação Agro-florestal da Terra Fria. O presidente acredita que este será um bom ano para o sector. “Penso que este ano haverá melhor e mais castanha do que no ano passado. Pode dizer-se que é um ano que alimenta algumas esperanças”, refere Eduardo Roxo. O único problema verificado é mesmo o atraso na maturação do fruto. “A castanha está bastante atrasada pois só agora é que começa a aparecer a variedade mais temporã”, revela, mas “está a aparecer com um calibre razoável e menos bichada”. Quanto àquelas que aparecem mais tarde “ainda não temos uma ideia muito precisa porque os ouriços ainda estão muito atrasados”, acrescenta o responsável.
Declarações feitas à margem de um seminário sobre o castanheiro que decorreu este sábado em Vinhais, organizado pela Montesinho em parceria com o Parque Biológico.
As doenças como a tinta e o cancro foi um dos temas abordado e que, segundo Eugénia Gouveia, docente do IPB, está a preocupar os investigadores devido à sua propagação. “O problema está a aumentar, mas não é uma situação nova. Há anos em que acontece mais do que noutros, mas a morte do castanheiro continua e isso é preocupante porque não há solução em lado nenhum do mundo”, considera, salientando que “não temos qualquer contabilização. Não sabemos quanto aumenta, mas sabemos que aumenta”.
A aposta passa, por isso, pela prevenção e a gestão dos solos, como defende Manuel Ângelo Rodrigues, outro docente do IPB. “Está demonstrado que a forma como se faz a gestão do solo tem alguma influência, não na erradicação da doença, mas sobretudo na contenção da disseminação da doença da tinta”, afirma. “Ser conseguirmos que a doença evolua a um ritmo mais suave, já será uma boa conquista”, conclui. A mobilização e a fertilização dos solos pode também contribuir para a melhoria da produção.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

11 outubro, 2012

Mirandela ganha investimento de 4,4 ME em novas instalações para o ensino superior

Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo.
O problema da falta de instalações para o ensino superior público em Mirandela, que se arrasta há mais de uma década, está prestes a ser ultrapassado com a construção de um novo edifício, foi hoje anunciado.
A Câmara de Mirandela e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) conseguiram, apesar da contenção financeira nacional, assegurar financiamento para o investimento de 4,4 milhões de euros na construção de instalações para a Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo.
Há mais de uma década que aquela que é das mais procuradas entre as cinco escolas do politécnico de Bragança funciona em instalações emprestadas do município de Mirandela.
Publicado em 'Lusa, 2012-10-11 '.

Hino para receber os novos alunos do IPB

O Grupo de Cantares do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) lançou o Hino do Caloiro.
A música serve de mensagem de boas vindas aos novos alunos, que chegam no início de cada ano lectivo. O grupo nasceu há três anos e o elo de ligação foi mesmo a amizade entre alunos do curso de Informática de Gestão. Depois de uma noite de muita cantoria resolveram avançar e formalizar o Grupo.
Actualmente é constituído por 26 jovens músicos/cantores. No seu percurso o grupo já fez mais de 150 actuações. “A ideia de formar este grupo partiu dos alunos de Informática de Gestão e foram angariando pessoas. Não foi fácil mas com trabalho tudo se consegue”, explica o presidente do grupo, Óscar Rico.
Este hino preenche uma lacuna existente na instituição, que não tinha uma música específica para os novos alunos. “Não havia uma música para os novos alunos e nós resolvemos cria-la, agora iremos gravar o nosso cd”, acrescenta. Qualquer aluno do IPB se pode juntar a este grupo que festeja o seu 3º aniversário no dia 29 deste mês.
De referir que o Grupo de Cantares pretende alterar o seu estatuto para tuna mista, para poder participar em festivais e encontros de tunas.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Tomada de posse dos novos membros da AAIPB


Exibido em 'LocalvisãoTV'.

Mais de um milhão de Downloads

Biblioteca Digital do IPB compila cerca de 6500 documentos, dos quais 87 por cento estão em acesso livre
A Biblioteca Digital do IPB ultrapassou, recentemente, um milhão de “downloads”. Os seus artigos foram descarregados mais de um milhão de vezes por pessoas de todo o mundo. Quase meio milhão de “downloads” é feito de Portugal, seguido do Brasil e dos Estados Unidos, com perto de 150 mil e 100 mil downloads, respectivamente.
A Biblioteca Digital do IPB, criada em 2006, é um repositório electrónico onde é depositada toda a produção científica da instituição e pode ser acedido no endereço https://bibliotecadigital.ipb.pt/.
O objectivo deste repositório é permitir o livre acesso à produção científica dos investigadores do IPB, que ganha assim uma maior divulgação e visibilidade.
Esta plataforma também contribui para a preservação da memória intelectual da instituição.
O IPB foi a primeira instituição do ensino superior em Portugal a aprovar uma política de obrigatoriedade de depósito de todas as publicações produzidas pelos docentes/investigadores num repositório. Foi também a primeira instituição portuguesa a interligar a biblioteca digital com outras plataformas, em particular com o sistema de avaliação dos docentes.
“Rapidamente o IPB assumiu nesta matéria uma posição de destaque no panorama nacional, sendo uma das instituições nacionais com maior volume de artigos depositados em livre acesso. Com cerca de 6500 documentos, dos quais 87 por cento estão disponíveis em acesso livre, este repositório posiciona-se em 4.º lugar a nível nacional no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal”, realça a coordenadora dos Serviços de Documentação e Bibliotecas do IPB, Clarisse Pais.
A responsável sublinha que o sucesso da Biblioteca Digital se explica por ter sido uma instituição pioneira a construir uma plataforma desta natureza e a implementar uma política interna de livre acesso, bem como pela qualidade e quantidade de produção científica dos seus investigadores. “Na verdade, se tomarmos os rankings recentes sobre o posicionamento das instituições de investigação a nível mundial, construídos com base na produção científica que é publicada em revistas internacionais de prestígio, o IPB aparece numa posição cimeira no conjunto das universidades portuguesas”, realça Clarisse Pais.
Publicado em 'A VOZ'.

Agrária recebe alunos estrangeiros

Oito licenciaturas com continuidade para Mestrado contaram, este ano, com um ligeiro aumento do número de alunos
Para contrariar a diminuição do número de alunos que procuram as Ciências Agrárias, a Escola Superior Agrária de Bragança (ESAB) aposta na internacionalização. Actualmente, o estabelecimento de ensino da capital de distrito tem parcerias com escolas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), para que os alunos oriundos destes países possam fazer parte da sua formação em Bragança. Actualmente, a escola disponibiliza oito licenciaturas, que têm continuação para mestrado.
O director da ESA, Albino Bento, sublinha que houve uma evolução ao nível das áreas de formação e que a par das formações em Ciências Agrárias, também há cursos virados para as Engenharias, como é o caso de Engenharia do Ambiente ou Biotecnologia.
“Os nossos cursos são iminentemente práticos e estão vocacionados para o empreendedorismo”, sublinha o responsável.
Em termos de empregabilidade, o director da escola não tem dúvidas que os recém-formados na Agrária conseguem colocação no mercado de trabalho com facilidade. Mesmo assim, Albino Bento reconhece que a maioria dos jovens prefere outras áreas de formação, talvez pelo facto de a Agricultura ter sido vista, durante muito tempo, como uma actividade menor. “O reduzido número de alunos regista-se em toda a Europa”, sublinha o responsável.
Albino Bento dá o exemplo da Engenharia Florestal. “Apenas quatro instituições no País têm este curso. O número de vagas é reduzido. Por ano saem menos de 30 engenheiros florestais formados”, salienta o director da ESA.
Este ano, a escola conta com cerca de 900 alunos. “É um número que não gostaríamos de baixar”, ressalva Albino Bento.
A qualidade da formação aliada à investigação é a imagem de marca da ESA. “O grande passo que se deu em termos da qualificação do corpo docente, permite-nos ter uma resposta muito boa em termos de investigação e isso é importante para a nossa oferta formativa”, sublinha o director da Agrária.
O trabalho desenvolvido pelo estabelecimento de ensino também está virado para a comunidade. Em termos de investigação a escola ocupa um lugar pioneiro a nível nacional e também desenvolve projectos de investigação para as empresas, associações e cooperativas locais.
Publicado em 'A VOZ'.

Geração 'Nem nem'

por JOÃO SOBRINHO TEIXEIRA*
Os resultados da segunda fase do Concurso Nacional de Acesso revelaram uma descida global do número de colocados e candidatos face a 2011, sendo que este já tinha sido um ano muito mau quando comparado com 2010.
Poder-se-á argumentar que tal se pode dever a evoluções demográficas ou à (falta de) vontade dos jovens em tirar um curso superior. Mas não creio que assim seja. Se analisarmos o número de candidatos à primeira fase de candidaturas, quando se candidata a grande maioria dos jovens, verificamos que as oscilações têm sido frequentes e abruptas, com um máximo de 53 451 em 2008, ou valores reduzidos em 2005 (39 193) e em 2011 (46 899). Quem conhece o sistema sabe que estas oscilações se devem, sobretudo, à variabilidade da dificuldade das provas específicas de acesso ao ensino superior.
É óbvio que o País não tem uma política de acesso ao ensino superior. Como o nível de aprendizagem ao longo dos 12 anos de escolaridade não parece ter sofrido alterações ao longo dos últimos anos, o que varia é apenas o número de jovens reprovados ou impossibilitados de se candidatarem ao ensino superior. Sorte para a geração de 2008, pouca sorte para as gerações de 2005 e 2011.
Este ano temos um problema acrescido, que condiciona inequivocamente os resultados das colocações das 1.ª e 2.ª fases do concurso nacional. Entrou este ano em vigor uma portaria que determinou maior dificuldade no acesso a alguns cursos, com especial incidência nas áreas das Engenharias e Ciências Agrárias. Embora o princípio que lhe serve de base tivesse a nobre intenção de procurar um maior nível de exigência, que obrigasse a uma melhor aprendizagem e, consequentemente, um maior sucesso escolar no futuro, a ausência de intervenção no sistema educativo anulou desde logo estes objetivos.
O resultado prático foi uma hecatombe generalizada nas áreas das Tecnologias e um desvio dos estudantes para áreas já saturadas em termos de mercado de trabalho e de menor empregabilidade. Pior, acentuou-se a redução do número de jovens em condições de poderem candidatar-se ao ensino superior, face ao que já tinha acontecido em anos anteriores. Pior porque, face à diminuição atual das hipóteses de emprego para quem não tem qualificações específicas, corremos o risco de estar a originar uma geração de jovens potencialmente explosiva do ponto de vista social: a geração "Nem nem" - nem estudam nem trabalham.
Penso que esta situação obriga a uma reflexão conjunta dos agentes que intervêm na área educativa, nomeadamente as instituições de ensino superior e o Ministério da Educação. Tenho a certeza de que as instituições politécnicas, que deram no passado recente um exemplo ao País de capacidade de adaptação aos novos desafios da sociedade, nomeadamente na qualificação de novos públicos e no incremento de formações tecnológicas, terão toda a disponibilidade para encontrar soluções e serão pró-ativas na sua procura.
Custa dinheiro qualificar e recuperar jovens para a qualificação? Custa! Mas porventura muito menos do que o preço que o País tem de pagar por cada jovem que não se qualifica. É que, infelizmente para eles e para todos, não é à custa dos que auferem o salário mínimo que o País pode conseguir gerar receita para sair da crise e ser mais competitivo.
Até lá, e com o receio de que quase nada vá mudar nos próximos tempos, resta-me desejar sorte para os candidatos de 2013. Será bom para eles, mas sobretudo para o País. Sempre teremos menos "Nem nem"...
* PRESIDENTE DO CONSELHO COORDENADOR DOS INSTITUTOS SUPERIORES POLITÉCNICOS
Publicado em 'DN'.

04 outubro, 2012

Número de animais abandonados aumentou em Bragança

São cada vez mais os animais abandonados pelos donos. Desde 2010, o Canil Intermunicipal de Vimioso, recebeu cerca de 1400 cães e gatos.
A informação foi avançada pelo veterinário municipal de Vimioso, Manuel Godinho, que falou à margem da mesa redonda dedicada ao “Quadro Legal de Protecção dos Animais”, que decorreu, ontem, na Escola Superior Agrária de Bragança.
Desde que o Canil abriu portas, em Outubro de 2010, foram muitos os cães e gatos abandonados ou entregues pelos donos. Recorde-se que este canil abrange os concelhos de Vimioso, Mogadouro, Miranda do Douro e Bragança. Manuel Godinho conta que as razões que levam ao abandono são “a idade avançada ou as doenças incuráveis dos animais”. “Não conheço nenhum caso de pessoas que tenham entregado o seu animal por não terem condições económicas para o manter”, concluiu.
O comandante da PSP de Bragança, Amândio Correia, diz que “são muitos os cães abandonados na via pública”. No entanto, a queixa mais frequente dos brigantinos é o barulho causado pelos animais. “Todas as semanas há queixas por barulhos”, sublinhou. Amândio Correia diz que há donos que desconhecem e outros não respeitam a legislação, e revela que a PSP pretende aplicar coimas aos cidadãos que não sabem tratar os seus animais. “Este passo tem que ser integrado numa campanha massiva se informação das entidades administrativas competentes, nomeadamente da Câmara Municipal, com apoio do veterinário municipal e também do delegado de saúde”, frisou.
O objectivo desta mesa redonda foi comemorar o Dia Mundial do Animal, que se assinala hoje, e sensibilizar alunos, professores e comunidade em geral, para a questão do abandono dos animais. A iniciativa foi organizada pela Associação Amica, de Bragança, em colaboração com a Escola Superior Agrária.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Hortas de Lazer

O IPB disponibiliza espaço para produção hortícola

Exibido em 'LocalvisãoTV'.

03 outubro, 2012

Cursos do IPB reconhecidos no Brasil

Os cursos ministrados no Instituto Politécnicos de Bragança vão passar a ser reconhecidos no Brasil.
O acordo entre os representantes dos politécnicos portugueses e brasileiros foi assinado, hoje, em Bragança.
O presidente do IPB, que também é presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, assegura que esta parceria é uma janela de oportunidades para os estudantes dos dois países. “Reconhecimento mútuo dos cursos tirados nos politécnicos portugueses e brasileiros, é um grande passo para os jovens portugueses encontrarem emprego no Brasil e para os estudantes brasileiros virem para Portugal”, realça Sobrinho Teixeira.
Sobrinho Teixeira garante que os politécnicos portugueses vão receber mais de 1500 alunos brasileiros por ano .“Foi um programa extremamente competitivo, onde diversos países, diversas universidades mundiais se posicionaram para receberem esses estudantes brasileiros e é um orgulho que os politécnicos portugueses tenham conseguido posicionar-se para receberem esses alunos”, enaltece o presidente do IPB.
Denio Arantes, presidente do Conselho Nacional das Instituições de Educação do Brasil, sublinha que não há barreiras entre os dois países. “Portugal é um país que tem uma cultura muito próxima, não tem barreira da língua e penso que o sentimento de estranheza que um aluno tem quando vai para o exterior diminui muito ao pensar em ir para Portugal”, constata o responsável. A assinatura dos acordos entre os representantes dos politécnicos dos dois países foi presidida pelo ministro da Educação, Nuno Crato.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Politécnicos portugueses recebem 1.500 estudantes brasileiros

Os institutos politécnicos portugueses vão acolher anualmente mais de 1.500 estudantes brasileiros no âmbito de um protocolo celebrado hoje, em Bragança, entre instituições do ensino superior dos dois países.
A parceria resulta da aposta do Governo brasileiro em qualificar os jovens, proporcionando-lhes o conhecimento de outras realidades de ensino, através do programa “Ciências sem Fronteira”.
Os politécnicos portugueses concorreram com instituições de diversos países e conseguiram entrar nesta parceria, recebendo anualmente, em Portugal, mais de 1.500 estudantes brasileiros, segundo explicou Sobrinho Teixeira, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
“Eu acho que é vitória para nós e também para o próprio país, que consegue ter este dinamismo”, vincou.
O homólogo brasileiro, Dénio Rebelo Arantes, presidente do CONIF, Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, enquadrou esta parceria na aposta que o Brasil está a fazer na expansão da rede de institutos federais que “eram pouco mais de 140 e hoje são cerca de 470”.
O governo brasileiro entende, segundo aquele responsável, que “para qualificar a sua educação é preciso conhecer o que acontece na educação no resto do mundo para poder aproveitar aquilo que tem de melhor”.
“O ‘Ciências sem Fronteira’ é um programa bastante ambicioso, porque não quer apenas aprender com o mundo, mas trocar pessoas, culturas e permitir que o país avance de forma significativa na ciência, na tecnologia, e na educação”, acrescentou.
Portugal foi um dos países escolhidos para esta “troca” pela proximidade cultural.
“Não tem a barreira da língua e eu tenho certeza que aquele sentimento de estranheza que o aluno tem, o receio de ir para o exterior, diminui muito ao pensar em vir para Portugal”, afirmou.
O Brasil também vai receber alunos portugueses, no âmbito desta parceria, mas o processo ainda está em preparação.
As instituições de ambos os países assinaram ainda, em Bragança, um outro protocolo “tendente a um reconhecimento mútuo dos cursos tirados nos politécnicos portugueses e nos politécnicos brasileiros”.
“É um grande passo para um aprofundamento, por um lado da lusofonia, por outro lado também para uma facilitação dos jovens portugueses encontrarem emprego no Brasil e dos jovens brasileiros encontrarem também empregos em Portugal”, considerou o presidente do CCISP.
Sobrinho Teixeira é também presidente do Instituto Politécnico de Bragança, o anfitrião da segunda conferência internacional de Universidades de Ciências aplicadas, que terminou hoje, na cidade transmontana.
O encontro, que juntou representantes de instituições de vários países do mundo, serviu para discutir o papel destas instituições, equivalentes aos politécnicos portugueses, e que, nalguns países da Europa, são já responsáveis por “dois terços” dos estudantes do ensino superior, segundo a organização.
Publicado em 'i'.

Nuno Crato diz que país precisa de engenheiros e técnicos

O país “precisa urgentemente de engenheiros e técnicos” e os institutos politécnicos podem ter um papel fulcral na formação destes profissionais. Quem o diz é o ministro da Educação, Nuno Crato.
O governante falava no encerramento da segunda conferência internacional da Rede de Universidades de Ciências Aplicadas, equivalentes aos politécnicos portugueses, em Bragança, esta terça-feira.
Crato destacou “o grande papel” dos politécnicos na formação técnica e exortou os responsáveis a desenvolverem uma “interacção com o ensino profissional “, que classificou de “muito vantajosa” tanto para os jovens como para estas instituições.
O ministro sublinhou “o papel fundamental que os politécnicos têm no país” e adiantou que estão a trabalhar em conjunto na “melhor maneira de fazer” a interacção com o ensino profissional.
Confrontado com a redução de entradas nos cursos de engenharias atribuída às novas exigências de acesso, Nuno Crato, afirmou que, apesar das necessidades do país destes profissionais, “não pode ser abandonada a exigência na formação dos jovens”.
“Nós queremos ter engenheiros e queremos ter técnicos, mas como é evidente queremos ter engenheiros que tenham uma formação base em Física, em Matemática, numa série de outras matérias que são essenciais e que se adquirem no secundário”, frisou.
Nuno Crato afirmou que está apostado em aumentar o ingresso no ensino superior e considerou que “o povo também continua a apostar”, apesar das dificuldades impostas pela crise.
O ministro classificou como “uma ligeira redução do número de jovens que entraram nas universidades e politécnicos” a quebra registada este ano no acesso ao ensino.
“Isso significa que, mesmo em momentos de grandes dificuldades, os pais, as famílias, percebem a importância da educação e, neste caso particular, a importância da educação superior e estão a apostar nela”, declarou.
Publicado em 'Público'.

IPB acolhe Conferência de Universidades de Ciências Aplicadas

O Instituto Politécnico de Bragança recebe até amanhã a segunda Conferência de Universidades de Ciências Aplicadas.
Este encontro junta instituições de ensino superior de todo o mundo. Para o presidente do IPB, a realização desta conferência em Bragança é uma oportunidade de afirmação internacional para o IPB. “A primeira conferência foi no ano passado na Finlândia. Trazer este encontro para Portugal já foi um esforço enorme, conseguir realizá-lo em Bragança é um reconhecimento dos politécnicos portugueses e da rede de Universidades de Ciência Aplicadas, sendo mais um passo para a afirmação internacional do IPB”, afirma Sobrinho Teixeira, acrescentando que “esta montra nos vai trazer oportunidades ao nível da investigação pois podemos ser seleccionados para futuros projectos de investigação”.
Amanhã vão ser assinados dois protocolos. Um visa o reconhecimento de licenciaturas entre Portugal e o Brasil e outro prevê a vinda de seis mil estudantes para Portugal, nos próximos quatro anos.
“Num deles o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e o Conselho Brasileiro das Instituições da Rede Federal das Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica comprometem-se a reconhecer mutuamente cursos sendo que isso é determinante para a empregabilidade”, revela Sobrinho Teixeira.
O outro “é no âmbito do programa Ciência Sem Fronteira em que o CCISP conseguiu que venham para os diversos politécnicos de Portugal 1500 alunos por ano, num programa de quatro anos”.
Amanhã, a sessão de encerramento desta conferência deverá contar com a presença do ministro da Educação, Nuno Crato.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

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IPB recebe em encontro Universidades de todo o mundo

O Instituto Politécnico de Bragança(IPB) recebe nos dias 29 e 30 de Setembro e um e dois de Outubro cerca de duas centenas de representantes de Universidades de Ciências aplicadas de todo o mundo.
O objectivo deste encontro e segundo o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, é analisar o papel que os politécnicos podem ter no futuro da Europa, "neste encontro, para além deste facto temos aqui quase duas centenas de dirigentes de instituições. presente vai estar a professora Maria Graça Carvalho que vem não só como portuguesa mas também enquanto representante da Comissão Europeia para falar do papel que os Politécnicos das universidades Ciências Aplicadas podem ter no futuro da Europa a chamada Europa das Regiões".
Ainda no decorrer da conferência e segundo avançou Sobrinho Teixeira, "vão se assinados protocolos em que nos vamos comprometer num reconhecimento mutuo dos cursos entre Portugal e o Brasil isto será extremamente importante para nós, porque estando o Brasil em crescimento económico esta será uma janela de oportunidades de emprego para os jovens portugueses até porque o Brasil precisa de mão de obra qualificada para aguentar esse desenvolvimento", justificou. O presidente do IPB disse ainda que esta será uma forma de afirmação da região e do próprio instituto quer a nível Europeu como também a nível mundial. Presentes vão estar representantes dos politécnicos do Canadá, Brasil, Africa do Sul e também da China
Publicado em 'RBA'.

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