08 abril, 2016

Dignidade humana debatida no Instituto Politécnico de Bragança


A dignidade humana aos olhos da ciência e da fé esteve em debate, em Bragança, na passada quinta-feira. A iniciativa partiu do Instituto Secular Missionário “Servas do Apostolado”, presentes na diocese, e contou com um painel composto pelo sacerdote António Magalhães e o médico André Reis.
Considerando a dignidade como um dos aspetos centrais da medicina, o clínico de saúde familiar defendeu a necessidade de se modernizar o conceito valorizando as vertentes humana, social e de saúde por forma a se alcançar uma «medicina moderna, mais próxima de quem sofre, mais humanizada, mais atenta a essa pessoa inteira e única, muitas vezes fragmentada e só», disse.
Para o também especialista em cuidados paliativos «a dignidade é um direito inalienável do ser humano, e não pode ser tirado em circunstância alguma. Na prática clínica, a dignidade deve ser o valor, não um valor, capaz de sobrevalorizar a pessoa sobre a doença», frisou o clínico. Recorrendo a passagens bíblicas, o padre António Magalhães elencou diferentes aspetos da dignidade humana lembrando que a família não se pode demitir do seu papel e que a violência, nomeadamente a exercida pelo homem na mulher «não é um caminho».
Defensor da relação fé e ciência, o sacerdote afirmou que «o homem é um ser racional mas também espiritual» sendo que «no contato com o doente tem de haver capacidade no cuidado com o outro não havendo lugar a respostas redutoras», concluiu. Assistiram ao painel cerca de 100 pessoas. A animação musical esteve a cargo do Coro de Santo António - Casa de Trabalho.

Publicado em 'Mensageiro'.

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