24 outubro, 2008

IPB quer fazer de Bragança o distrito mais qualificado

O presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Sobrinho Teixeira, quer transformar o distrito de Bragança no mais qualificado do país.
Um desafio anunciado, ontem, em Torre de Moncorvo, durante a abertura do ano lectivo dos Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s).

“Este ano tivemos a maior entrada de sempre em termos de número de alunos” refere o presidente da instituição acrescentando que a aposta nos CET’s é outro factor já que “a grande maioria dos alunos destes cursos vão depois ingressar no IPB”.
De resto, Sobrinho Teixeira entende que só com a qualificação dos adultos no activo é que será possível aproximar Portugal da média europeia.

“Nos próximos anos não é possível conseguir estreitar o fosso dos 10,9% de trabalhadores no activo com formação superior em relação aos 25% de média da União Europeia esperando que isso seja conseguido apenas através do aumento do numero de jovens no ensino superior” defende Sobrinho Teixeira. “A requalificação do público adulta também tem de ser feita” acrescenta e “só assim é que podemos tornar o distrito de Bragança numa das regiões mais qualificada do país em termos de formação superior”
Ontem, abriu o ano lectivo para cerca de uma centena de alunos divididos por quatro Cursos de Especialização Tecnológica fora da capital de distrito, dois em Moncorvo: Vitivinicultura e Turismo; e outros tantos em Mogadouro: Desenvolvimento de Produtos de Multimédia e Treino Desportivo de Jovens Atletas.
Entretanto, o presidente da Câmara de Moncorvo, Aires Ferreira, anunciou, ontem, que tenciona recuperar a antiga cadeia local para aí colocar a funcionar aqueles cursos. “a câmara pagou quase 90 mil euros com o objectivo de ser um pólo do IPB e enquanto isso não for concretizado a antiga Direcção-Geral do Património do Estado pode exercer o direito de reversão e por isso propomo-nos recuperar o edifício para ali instalar os CET’s” refere o autarca.
Outro objectivo da autarquia de Moncorvo é a adaptação de um edifício antigo, próximo do edifício da Câmara, a uma residência de estudantes.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

23 outubro, 2008

Rosa Mota corre na Praxe Solidária em Bragança


São esperadas mais de duas mil pessoas na Praxe Solidária que se realiza hoje às 21h20, em Bragança, organizada pela Associação Académica, e que conta com a presença da atleta Rosa Mota.
Trata-se de uma iniciativa incluída na Recepção ao Caloiro 2008, que consiste numa corrida de solidariedade, em que os atletas oferecem bens alimentares, no acto de inscrição, que serão entregues a instituições de solidariedade social da cidade.
Esta iniciativa tem como objectivo mostrar que as praxes não são actividades negativas, “uma vez que há muita gente que critica as praxes”, referiu Rui Miranda, presidente da Associação Académica.
A partida para a corrida tem início dos Serviços de Acção Social do IPB, na Avenida Sá Carneiro, e está aberta a toda a comunidade académica e à população de Bragança.

Publicado em 'O Informativo'.

Pós-Graduação em cuidados continuados arranca no IPB

As unidades de cuidados continuados vão poder dar uma resposta mais eficaz, no distrito de Bragança.
A Escola Superior de Saúde acaba de iniciar um curso de pós-graduação nesta área.
Esta formação é dirigida a profissionais de saúde desde enfermeiros, gerontólogos e técnicos da área.
O curso, que tem uma duração de seis meses, arranca com 30 inscritos.
Helena Pimentel, directora da Escola Superior de Saúde de Bragança, explica que a ideia de implementar esta pós-graduação em cuidados continuados surgiu devido às “necessidade formativa dos profissionais de saúde em função do número de unidades de cuidados continuados que estão a abrir na região”.
A responsável pela ESSa justifica ainda que esta necessidade surge em função do envelhecimento demográfico e “das necessidades específicas de saúde direccionadas para este grupo etário”.
Por outro lado, a coordenadora da sub-região de saúde de Bragança, Berta Nunes, acredita que este curso vai dotar os profissionais de maior habilitação para trabalhar nas unidades de cuidados continuados.
Para a responsável “é necessário ainda muita formação para que as pessoas utilizem todas as funcionalidades da rede para que os utentes que estão nas unidades de cuidados continuados sejam bem tratados”, explica.
Berta Nunes refere ainda que “não é fácil lidar com idosos ou doentes em situação terminal que estão nestas unidades” já que “muitas vezes se está a lidar com a morte e com o luto”, acrescenta.
No distrito de Bragança, já existem unidades de cuidados continuados em Freixo de Espada à Cinta, Vila Flor e Mogadouro.
As próximas a abrir serão em Miranda do Douro, Torre de Moncorvo, Vinhais e Vimioso.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

13 outubro, 2008

Bragança com Plano Verde

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) está a elaborar o Plano Verde para a cidade, em parceria com a Câmara, que visa desenvolver uma estratégia que apoie o planeamento e a gestão das zonas verdes.

O modelo defendido assume a conservação da estrutura principal, que passa pela salvaguarda de espaços de elevado valor paisagístico e ecológico, como são os florestais e os ligados ao rio Fervença, e no equilíbrio naquilo que são os espaços verdes como os jardins e parques públicos para uso da população. Define ainda que importa salvaguardar corredores, que são as estruturas lineares que permitem uma mobilidade sustentável na malha urbana, que permitam a circulação pedonal ou em bicicleta.
Além dos novos espaços a criar, há também novas perspectivas que se abrem com o Plano Verde, “mas a ideia obedece a um modelo coerente de zonas verdes na cidade, daí que se vá introduzir o manual de boas práticas”, adiantou Artur Gonçalves, um dos professores do IPB responsável pela Plano Verde.

O plano define que haverá vários níveis de intervenção, mantendo espaços com um aspecto mais natural e selvagem, mas devendo cumprir funções ecológicas importantes. Há espaço que deve ser formatado, “é preciso atender a questões de gestão, dispêndio de energia e água”, frisou.
A primeira fase do plano foi apresentada na passada sexta-feira, 3, durante o Encontro Nacional de Técnicos de Espaços Verdes que se realizou em Bragança. Trata-se de uma publicação que serve de guia sobre os actuais espaços verdes, que “é um marco na memória desses locais”, referiu Artur Gonçalves.
A produção do relatório do plano está em fase avançada, e define uma estratégia assente em três estruturas, designadamente principal, secundária e corredores verdes, que vai orientar o planeamento e a distribuição dos espaços verdes.
Após os estudos concluiu-se que a cidade de Bragança está próxima dos valores de referência em termos de espaços verdes, mas é preciso apostar no equilíbrio e na distribuição desses espaços por toda a cidade que está em crescimento, pelo que estes devem acompanhar o processo de urbanização.

Os locais mais usados são o Jardim da Braguinha, Polis, Jardim António José de Almeida, “todos têm aspectos positivos, mas também coisas a melhorar”, disse.
São conhecidos alguns problemas na convivência diária nos espaços verdes, dada a permanência dos animais, e ao facto de nem sempre as pessoas colaborarem na conservação das espécies.
A Câmara vai aumentar as zonas verdes. O Parque Porta-Norte é uma das novidades para onde estão previstos vários equipamentos como pequenos nichos de abrigo a animais em semi-cativeiro, tratamento animais, pombal típico, bem como uma zona lúdica. Outra intenção é a criação do circuito de Manutenção de Santa Apolónia que visa a requalificação da zona pedonal envolvente ao IPB, onde será criada uma ciclovia, numa extensão de três quilómetros, podendo ser enriquecido por três grandes bolsas, ocupando uma área de dois hectares, onde serão implantados espaços verdes, zonas de lazer e circuito de manutenção (cerca de metade do percurso total). O projecto está orçamentado em 1,3 milhões de euros está em fase de apreciação das propostas para adjudicação. As obras poderão arrancar em Fevereiro de 2009. Prevê-se a melhoria da iluminação, mudança da vedação do IPB, “é um bom trabalho”, garantiu o presidente da Câmara, Jorge Nunes. Aliás, a Câmara quer criar uma rede de ciclovias, para ir construindo “com equilíbrio”, justificou.

O Plano Verde surge associado à estratégia da Agenda XXI que transporta um conjunto de conceitos para o Plano de Urbanização, tais como a qualidade do espaço público e a mobilidade, ou até informação paras os cidadãos construírem e manterem jardins em casa. Na base define a estrutura ecológica urbana. “Queremos uma cidade multifuncional e multipolar, com comércios e equipamentos fora do centro”, explicou o edil.

Publicado no 'O Informativo'.