20 março, 2013

Interior reclama estratégia nacional idêntica à do mar


O Governo iniciou hoje um conjunto de sessões públicas para discutir a proposta de Estratégia Nacional para o Mar, em Bragança, onde foi reclamada uma iniciativa idêntica para o interior do país.
O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, justificou que quer envolver todos os portugueses na discussão do plano para o aproveitamento económico e que visa fazer do mar uma prioridade nacional.
Um dos objetivos desta estratégia, apresentada pelo Governo em fevereiro, é aumentar, até 2020, a contribuição direta do setor do mar para o PIB (Produto Interno Bruto) nacional em 50%.
Os transmontanos participantes na sessão, embora longe da costa, mostraram-se disponíveis para contribuir para o debate e aproveitaram para reclamar uma estratégia nacional idêntica para discutir e valorizar as potencialidades do interior do país.
A proposta do Governo de Estratégia Nacional para o Mar 2013/2020 encontra-se em discussão pública até 31 de maio, aberta a contributos dos portugueses no sítio da Internet da Direção Geral de Política do Mar e também nas sessões que vão decorrer pelo país.
A ideia do Governo é "logo a seguir ao verão, em setembro, fazer a aprovação definitiva" do plano, segundo o secretário de Estado.
À partida, pode "parecer um contrassenso estar a falar da estratégia para o mar em Bragança", afirmou o vice-presidente da câmara, Rui caseiro, que entende, no entanto, que "é importante porque o país precisa cada vez mais de grandes projetos mobilizadores da sociedade e da economia".
Contudo, para o autarca, "mais importante ou tão importante também é definir uma estratégia para o interior".
"Seguramente que também no interior existem muitas potencialidades na agricultura, no turismo e noutras formas que é necessário que o país oriente de facto e defina projetos mobilizadores", defendeu.
O interior e, no caso, Bragança ficam para já a conhecer as orientações do Governo para a exploração e valorização dos recursos da costa portuguesa e, embora afastados desta realidade, o secretário de Estado do Mar acredita que os portugueses destas zonas podem também dar o seu contributo.
Manuel Pinto de Abreu apontou como exemplo o papel da Universidade de Évora no projeto de extensão da plataforma continental, apesar de, tal como Bragança, a cidade alentejana estar longe do mar.
"Os alunos, os cientistas da universidade de Évora tiveram um papel fundamental no conjunto das ações levadas a cabo. Hoje a universidade de Évora tem programas e projetos a desenvolverem-se ligados também a esse projeto e Évora não tem mar, tal como Bragança também não tem", afirmou.
A sessão de hoje decorreu no Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e teve como público principal a comunidade académica. O governante acredita que existe neste meio "conhecimento e ferramentas necessários também para ajudar".
O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, sublinhou a "preocupação em preparar os alunos para este novo desafio" e "a obrigação de ajudar à reflexão do país para um setor estratégico".
Em fevereiro, a ministra do Mar, Assunção Cristas, disse em fevereiro que aumentar a contribuição direta do setor do mar em 50% para o crescimento da economia nacional corresponderá "a valores entre três a quatro por cento do PIB português".
A Economia do Mar emprega em Portugal mais de 100.000 pessoas que produzem uma riqueza superior a 8.000 milhões de euros, enfatizou a ministra.

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2 comentários:

  1. Estratégia Nacional para o Mar apresentada em Bragança
    O Secretário de Estado do Mar, Dr. Manuel Pinto de Abreu, apresentou, no dia 20 de março, no Auditório da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), a Estratégia Nacional para o Mar, cuja sessão contou com a presença, ainda, do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Eng.º Rui Caseiro, do Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Dr. Manuel Cardoso, e do Presidente do IPB. Dr. João Sobrinho Teixeira.
    A realização desta iniciativa em Bragança tem como objetivo, segundo o Secretário de Estado do Mar, “promover a discussão da Estratégia Nacional do Mar, para que todos os cidadãos possam contribuir com a sua opinião, de modo a valorizarmos economicamente e explorar o mar e todas as suas potencialidades, levando, também, ao desenvolvimento do próprio País”.
    Já o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Eng.º Rui Caseiro, sublinhou a importância de envolver os cidadãos do Interior do País nesta discussão, “o País precisa, cada vez mais, de uma estratégia, pelo que deveremos observar as potencialidades do mar e da agricultura, que têm sido deixados ao abandono, pelo que é essencial envolver toda a população e o País como um todo”.
    O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Bragança relembrou, ainda, que “é necessário criar atividade económica no Interior do País, de modo a atrair mais jovens e famílias para esta região que foi abandonada, tal como foi o mar”.
    Recorde-se que a Estratégia Nacional do Mar estará em discussão pública até ao final do mês de maio, sendo aprovada em setembro.

    em CM Bragança

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  2. Estratégia para o mar discutida em Bragança
    O Governo escolheu Bragança para iniciar uma série de sessões de apresentação da estratégia nacional para o mar 2013.
    Ontem o secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, esteve na capital de distrito. O governante falou sobre as potencialidades dos recursos marítimos e apesar de a região ficar longe da costa, Pinto de Abreu defende que todos os portugueses devem dar o seu contributo para a estratégia a definir para o mar.O vice-presidente da Câmara de Bragança marcou presença nesta sessão. Rui Caseiro reconhece a importância do mar, mas admitiu que o interior também precisa de uma estratégia de desenvolvimento.O autarca lembra que na região a pesca também é uma actividade importante e defende que é preciso fazer mais investimentos nesta área.A sessão decorreu no Instituto Politécnico de Bragança. O presidente da instituição, Sobrinho Teixeira, sublinha a importância de dar uma visão global sobre o País, tendo em conta que mais de metade dos estudantes do IPB são de fora da região.

    O Governo a iniciar a apresentação e a discussão da estratégia para o mar no interior do País.

    em Rádio Brigantia

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