Politécnico de Bragança mostra como é grande a especulação mundial
A regulamentação dos aditivos é hoje alvo de grande especulação por não haver uma lei transversal que regule a sua utilização em alimentos.
Quem sofre é o consumidor que receia os estudos que suportam os diferentes regulamentos e teme os potenciais efeitos nefastos na saúde.
Esta é uma das constatações tornadas públicas recentemente através de um estudo do Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em conjunto com outra investigadora da Universidade Complutense de Madrid (UCM).
São seus autores Márcio Carocho (IPB, UCM), Filomena Barreiro (IPB), Patricia Morales (UCM) e Isabel C.F.R. Ferreira (IPB).
Na realidade, as duas maiores entidades reguladoras mundiais, a EFSA (UE) e a FDA (EUA), têm legislação diferente.
Nos EUA, é permitido utilizar sorbato de sódio (conservante), verde rápido e fluorescina (corantes)-
Contudo na EU eles não podem ser utilizados. Inversamente, a carmosina, o amaranto (corantes), alguns benzoatos (conservantes) e o ciclamato (adoçante) são proibidos nos EUA, mas podem ser adicionados a alimentos na EU.
O desenvolvimento de novos aditivos está estreitamente ligado à tecnologia alimentar que irá sempre procurar eliminar por completo os aditivos nos alimentos, trocando-os por nanotecnologia e tratamentos de conservação físicos.
Tomando em consideração os hábitos dos consumidores e sendo expectável que os aditivos naturais vão ganhar notoriedade quando comparados com os sintéticos, são esperadas alterações profundas.
Isto pode dever-se aos efeitos benéficos na saúde, nomeadamente actividades antioxidantes, antimicrobianas…
O facto de ainda existirem na natureza milhares de compostos desconhecidos, o poder das sinergias entre moléculas naturais, e os seus efeitos nos alimentos representam uma infinidade de possibilidades para melhorar a utilização dessas moléculas.
Ainda que os aditivos naturais não sejam a resposta para tudo, são uma alternativa credível, sendo já usados o quitosano, o carvacrol, a nisina, e a vitamina C e E, entre outros.
Num futuro não tão distante, se a desconfiança em relação aos aditivos sintéticos se mantiver, estes serão gradualmente substituídos por naturais.,
Mas em alguns casos são precisos estudos para determinar a toxicidade e outros efeitos nefastos que podem surgir em alguns casos, e ao mesmo tempo determinar doses diárias recomendadas e outros parâmetros de regulação e legislação.
O esudo do IPB foi publicado na revista “Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety”.
Publicado em 'CiênciaHoje'.
A regulamentação dos aditivos é hoje alvo de grande especulação por não haver uma lei transversal que regule a sua utilização em alimentos.
Quem sofre é o consumidor que receia os estudos que suportam os diferentes regulamentos e teme os potenciais efeitos nefastos na saúde.
Esta é uma das constatações tornadas públicas recentemente através de um estudo do Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em conjunto com outra investigadora da Universidade Complutense de Madrid (UCM).
São seus autores Márcio Carocho (IPB, UCM), Filomena Barreiro (IPB), Patricia Morales (UCM) e Isabel C.F.R. Ferreira (IPB).
Na realidade, as duas maiores entidades reguladoras mundiais, a EFSA (UE) e a FDA (EUA), têm legislação diferente.
Nos EUA, é permitido utilizar sorbato de sódio (conservante), verde rápido e fluorescina (corantes)-
Contudo na EU eles não podem ser utilizados. Inversamente, a carmosina, o amaranto (corantes), alguns benzoatos (conservantes) e o ciclamato (adoçante) são proibidos nos EUA, mas podem ser adicionados a alimentos na EU.
O desenvolvimento de novos aditivos está estreitamente ligado à tecnologia alimentar que irá sempre procurar eliminar por completo os aditivos nos alimentos, trocando-os por nanotecnologia e tratamentos de conservação físicos.
Tomando em consideração os hábitos dos consumidores e sendo expectável que os aditivos naturais vão ganhar notoriedade quando comparados com os sintéticos, são esperadas alterações profundas.
Isto pode dever-se aos efeitos benéficos na saúde, nomeadamente actividades antioxidantes, antimicrobianas…
O facto de ainda existirem na natureza milhares de compostos desconhecidos, o poder das sinergias entre moléculas naturais, e os seus efeitos nos alimentos representam uma infinidade de possibilidades para melhorar a utilização dessas moléculas.
Ainda que os aditivos naturais não sejam a resposta para tudo, são uma alternativa credível, sendo já usados o quitosano, o carvacrol, a nisina, e a vitamina C e E, entre outros.
Num futuro não tão distante, se a desconfiança em relação aos aditivos sintéticos se mantiver, estes serão gradualmente substituídos por naturais.,
Mas em alguns casos são precisos estudos para determinar a toxicidade e outros efeitos nefastos que podem surgir em alguns casos, e ao mesmo tempo determinar doses diárias recomendadas e outros parâmetros de regulação e legislação.
O esudo do IPB foi publicado na revista “Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety”.
Publicado em 'CiênciaHoje'.
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