05 maio, 2015

Bragança recebe debate mundial sobre regiões de montanha


Organização quer que as conclusões do Mountains 2016 cheguem aos decisores políticos.
É preciso avançar com políticas específicas para as regiões de montanha. A constatação é de Jaime Pires, coordenador do Centro de Investigação de Montanha (CIMO), do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), no lançamento do Mountains 2016 – X Convenção Europeia de Montanha 2016 e I Conferência Internacional sobre Investigação e Desenvolvimento Sustentável em Regiões de Montanha, que vai decorrer em Bragança.
A capital de distrito vai acolher um debate mundial que vai cruzar opiniões e diferentes realidades mundiais. “É uma forma de chamar um pouco a atenção para as questões das regiões de montanha e do seu desenvolvimento sustentável. Pretendemos chegar aos decisores políticos. Como há envolvimento de organizações internacionais de regiões de montanha que já estão ligadas ao poder político um dos objectivos é esse. É conveniente que haja políticas mais dirigidas para estes territórios para fazer com que não percam tanta população e para que no fundo a riqueza produzida aumente”, defende o responsável.

Políticas específicas
Jaime Pires acrescenta que os apoios comunitários para as regiões de montanha em Portugal “não são muito diferenciados das outras regiões”.
A criação de políticas específicas para estas zonas é uma ideia defendida também pelo presidente da Euromontana- Associação Europeia da Montanha. Juan Gutierrez afirma que “políticas aplicadas de forma geral em todo o território” não funcionam e, por isso, defende que “fazem falta políticas específicas adaptadas às diferentes zonas de montanha”.
O responsável acredita que o programa 2020 pode ajudar a resolver este problema, uma vez que “unifica fontes de financiamento”. “Num espaço geográfico muito pequeno pode haver necessidades muito diferentes”, alerta Juan Gutierrez.
A falta de sustentabilidade e o despovoamento são problemas comuns às regiões de montanha, que vão ser debatidos neste evento. “No fundo vamos ouvir aquilo que se está a fazer noutros países e que de alguma forma isso contribua para desencadear alguns processos e algumas decisões que possam vir a favorecer estas regiões de montanha”, conclui Jaime Soares.
O Mountains 2016 vai decorrer no IPB de 3 a 7 de Abril do próximo ano.

Publicado em 'Nordeste'.

1 comentário:

  1. CIMO defende políticas específicas para as regiões de montanha
    É preciso avançar com políticas específicas para as regiões de montanha. A constatação é de Jaime Pires, coordenador do Centro de Investigação de Montanha (CIMO), do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), na sequência do lançamento do Mountains 2016 – X Convenção Europeia de Montanha 2016 e I Conferência Internacional sobre Investigação e Desenvolvimento Sustentável em Regiões de Montanha, que vai decorrer em Bragança.
    Jaime Pires confessa que o objectivo deste debate mundial em Bragança é chegar aos decisores políticos.“Pretendemos chegar aos decisores políticos. Como há envolvimento de organizações internacionais de regiões de montanha que já estão ligadas ao poder político um dos objectivos é esse. É conveniente que haja políticas mais dirigidas para estes territórios para fazer com que não percam tanta população e para que no fundo a riqueza produzida aumente”, defende o responsável. A criação de políticas específicas para estas zonas é uma ideia defendida também por Juan Gutierrez, presidente da Euromontana- Associação Europeia da Montanha. “Num espaço geográfico muito pequeno pode haver necessidades muito diferentes”, alerta Juan Gutierrez. O Mountains 2016 vai decorrer no IPB de 3 a 7 de Abril do próximo ano.

    em Rádio Brigantia

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