18 dezembro, 2008

IPB: o mérito merecido

Sempre defendi que é melhor ter um bom politécnico do que uma universidade débil e mediana, e a prova está à vista nos tempos que correm. A actual adaptação do modelo de ensino superior à conjuntura e novas realidades veio demonstrar que o ensino politécnico, no nosso caso, é o caminho certo. Se olharmos para trás, vemos que nos últimos 10 anos algum ensino universitário degradou-se, com inúmeros casos de universidades a fechar portas ou a reduzir drasticamente áreas de ensino e o número de alunos.

Por outro lado, o Instituto Politécnico de Bragança, após uma fase de ligeira diminuição de alunos (como em geral muitas instituições de ensino nos últimos pares de anos) deu este ano mais uma prova viva de crescimento e da qualidade da instituição, que se projecta para o exterior e tira merecido proveito. De facto, o IPB floresce, afirmando-se pela excelência, pela inovação nos seus cursos, distinguindo-se pelo fraterno acolhimento dos alunos e pela envolvência e bom ambiente estudantil que a própria cidade e o distrito de Bragança proporcionam.

Corre agora um tempo de “inovação”, expressão esta que, no nosso caso, pode significar o salto qualitativo da região. Desde as energias renováveis à certificação dos produtos regionais, até ao ambiente e turismo, o IPB tem uma boa oportunidade, em articulação com as forças vivas locais, para continuar a contribuir para o início de uma nova era neste distrito. Certamente que o tem feito, meritoriamente, e irá continuar a fazê-lo, pois é um percurso inevitável. E neste contexto cabe uma palavra de apreço para o Professor Sobrinho Teixeira, recentemente eleito presidente do Concelho Coordenador dos Institutos Politécnicos, o que de certa forma, e simbolicamente, no meu entendimento, coroa o próprio IPB pela qualidade reconhecida internacionalmente em avaliações sérias e criteriosas.
Por isso, é com não esquecermos que vale a pena apostar no interior, nas suas capacidades e especificidades, aproveitando-as e projectando-as, para que de fora possam chegar à nossa terra pessoas que justificadamente sintam que nesta região vale a pena viver, trabalhar e investir.

Artigo de Opinião de Telmo Cadavez em Jornal Nordeste de 09-12-2008.

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