Salitre é o nome dado, popularmente, aos pós de cor branca que se acumulam nas superfícies das paredes. O aparecimento do salitre pode surgir, por cima ou por baixo da camada de tinta, denominando-se, em termos técnicos, eflorescência ou criptoflorescência respetivamente, alterando, em qualquer um dos casos, a estética e o acabamento dos materiais.
Os sais solúveis existentes nos componentes das alvenarias e nas argamassas, como por exemplo no cimento, na cal e rias areias, são transportados pela água que circula pela parede através dos poros. Estes sais, quando entram em contacto com o ar, solidificam, causando os tais depósitos parecidos com pó branco. Outras fontes exteriores de sais solúveis podem também contribuir para o aparecimento de eflorescências, como por exemplo a água proveniente dos solos. Quando o solo está em contacto com a parede não protegida, a água do solo pode ser absorvida pela alvenaria e subir, por ação capilar, dando-se então uma possível acumulação de sais.
As condições necessárias para que ocorra a formação de tais depósitos são a coexistência de fatores determinantes como a água, sais solúveis e condições ambientais que proporcionam a percolação e evaporação da água. Basta a ausência de um destes fatores para que não ocorra tal fenómeno. A sua extensão altera-se em função da temperatura e da humidade, progredindo em estações do ano com um ritmo de secagem mais lento.
Regra geral, a eliminação dos sais solúveis é uma tarefa relativamente simples. É aconselhável que a limpeza das zonas afetadas seja efectuada em tempo quente e seco, já que no tempo propício a maior humidade, iriam ser transportados mais sais para a superfície. Normalmente estes podem ser removidos através de uma escovagem a seco. No entanto a melhor forma de evitar o seu reaparecimento, seria eliminar a presença de água na parede, caso frequente em caves não protegidas e posteriormente reparar as zonas afectadas pela patologia com aplicação de um isolamento adequado. Este passaria pela aplicação de tintas aquosas pelo exterior, de elevada impermeabilidade à água e elevada permeabilidade ao vapor de água. Contudo, existem outras soluções, como a utilização de primário antissalitre de modo a reduzir a influência das infiltrações de água ou a aplicação de um hidrofugante de silicone que impede a penetração de humidade.
Publicado em 'Jornal Nordeste' de 5 de Junho 2012.
Os sais solúveis existentes nos componentes das alvenarias e nas argamassas, como por exemplo no cimento, na cal e rias areias, são transportados pela água que circula pela parede através dos poros. Estes sais, quando entram em contacto com o ar, solidificam, causando os tais depósitos parecidos com pó branco. Outras fontes exteriores de sais solúveis podem também contribuir para o aparecimento de eflorescências, como por exemplo a água proveniente dos solos. Quando o solo está em contacto com a parede não protegida, a água do solo pode ser absorvida pela alvenaria e subir, por ação capilar, dando-se então uma possível acumulação de sais.
As condições necessárias para que ocorra a formação de tais depósitos são a coexistência de fatores determinantes como a água, sais solúveis e condições ambientais que proporcionam a percolação e evaporação da água. Basta a ausência de um destes fatores para que não ocorra tal fenómeno. A sua extensão altera-se em função da temperatura e da humidade, progredindo em estações do ano com um ritmo de secagem mais lento.
Regra geral, a eliminação dos sais solúveis é uma tarefa relativamente simples. É aconselhável que a limpeza das zonas afetadas seja efectuada em tempo quente e seco, já que no tempo propício a maior humidade, iriam ser transportados mais sais para a superfície. Normalmente estes podem ser removidos através de uma escovagem a seco. No entanto a melhor forma de evitar o seu reaparecimento, seria eliminar a presença de água na parede, caso frequente em caves não protegidas e posteriormente reparar as zonas afectadas pela patologia com aplicação de um isolamento adequado. Este passaria pela aplicação de tintas aquosas pelo exterior, de elevada impermeabilidade à água e elevada permeabilidade ao vapor de água. Contudo, existem outras soluções, como a utilização de primário antissalitre de modo a reduzir a influência das infiltrações de água ou a aplicação de um hidrofugante de silicone que impede a penetração de humidade.
Publicado em 'Jornal Nordeste' de 5 de Junho 2012.
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