15 abril, 2013

Nova escola vai custar cinco milhões de euros


Parece que é desta. A ESACT de Mirandela vai, finalmente, ter instalações definitivas. Depois dos procedimentos de contratação pública foi efetuada a respetiva consignação e os trabalhos de início da construção já são visíveis. “Já temos o visto do Tribunal de Contas, pelo que já nada impede o início da concretização de um sonho”, afirma o presidente do Município.
António Branco sublinha que o executivo decidiu avançar para esta obra em detrimento de outros investimentos. "Tivemos de estabelecer prioridades e este esforço financeiro justifica alguns sacrifícios porque trata-se de uma obra estruturante para o futuro de Mirandela", adianta o edil.
No total, o investimento ascende aos 5 milhões de euros, suportados em 85 por cento por fundos comunitários e os restantes 15 por cento, da contrapartida nacional, são assegurados pelo Município que depois vai estabelecer um acordo com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
Para o autarca, este investimento insere-se numa estratégia a longo prazo. " É um contributo na inversão de saída de jovens para as zonas litorais e captação de massa crítica, através de docente e alunos", explica.
Para além disso, António Branco diz ter dados que asseguram um retorno financeiro considerável com este investimento. "Existe um estudo que aponta para que em cada euro investido no ensino superior há um retorno de sete euros", conta.
O prazo de finalização da obra é de 24 meses.
"Fim de um longo calvário"
A ESACT começou como pólo do Instituto Politécnico de Bragança, em 1995, com 70 alunos, utilizando instalações provisórias, cedidas pela autarquia. Passou a escola autónoma em 1999, e com o aumento constante de alunos (atualmente são 1300), a direção da escola viu-se obrigada a alugar salas do edifício da Portugal Telecom. Apesar das constantes reivindicações e promessas de governos anteriores, a verba nunca chegou a vir. Agora está encontrada a solução que deixa o presidente do IPB "extremamente feliz". Para Sobrinho Teixeira, "é o fim de um longo calvário, mas também o início de um novo desafio de consolidação e de afirmação da maior escola desconcentrada do País , ao nível dos alunos e capacidade instalada", afirma.
Outro aspeto importante, é que as novas instalações da ESACT são um argumento muito positivo para o processo de avaliação de cursos que está em marcha. "A não existência de instalações seria altamente penalizador e poderia levar à reprovação dos cursos por falta de condições. Esse argumento desapareceu", diz. Já os alunos, reagem com satisfação moderada. "É uma luta de muitos anos, já não era sem tempo para que os alunos não andem dispersos por diversos locais da cidade, mas só vamos fazer a festa quando a obra estiver pronta", refere o presidente da Associação de estudantes da ESACT , Pedro Quinteiro.
Números
8 cursos Gestão e Administração Pública, Informática e Comunicações, Marketing, Multimédia, Solicitadoria, Design de Jogos Digitais, Turismo e Guia Intérprete.
51 docentes Mais de 60 por cento dos professores já têm o grau de doutoramento

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

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