24 maio, 2013

Profissionais de ensino alertados para novas competências da Escola

Jornadas Pedagógicas decorreram na ESE
Se atualmente os pais estão mais empenhados em participar na vida das escolas, por outro lado os profissionais de ensino são desafiados, sobretudo em tempos de crise, a ter mais atenção aos alunos e às dificuldades por que podem estar a passar, defende Angelina Sanches, responsável do Departamento de Supervisão da Prática Pedagógica da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança. Para debater esta relação entre a escola e a família, o Departamento organizou as VI Jornadas da Prática Pedagógica, que decorreram nos dias 17 e 18.
Segundo Angelina Sanches, nos últimos anos têm-se dado passos significativos para uma maior partilha de saberes e informação entre escolas e famílias. Contudo, o facto de nas famílias, por norma, ambos os pais trabalharem, leva a que a escola tenha hoje uma responsabilidade crescente na educação dos alunos.
Por outro lado, a crise económica atual deve levar os profissionais de ensino a terem um olhar mais atento às possíveis dificuldades dos alunos e das suas famílias que, na maior parte dos casos, não lhes são diretamente transmitidas pelos pais.
Numa escola como a ESE, que forma profissionais do 1º, 2º ciclos e educadores de infância, foi apresentado, no âmbito destas Jornadas, o projeto “Au pair”, com a participação da agente do Programa “Au Pair in America” em Portugal, Íris Santos. Segundo esta responsável, o programa destinase a raparigas entre os 18 e os 26 anos, disponíveis para trabalhar nos Estados Unidos com crianças e aí viverem com as famílias com as quais trabalham. Lá têm direito a casa e comida. Segundo Íris Santos este programa tem sido tomado pelas jovens como uma forma de enriquecimento profissional e cultural. Atualmente, face ao grande índice de desemprego dos profissionais da área da educação, tem também sido procurado por pessoas desempregadas. Íris Santos referiu que algumas jovens mostram receio em partilhar casa com famílias estrangeiras. Contudo, o Programa garante também, na América, a seleção das famílias, de modo a que os riscos sejam controlados.
As candidatas a “Au pair” têm de ter ainda carta de condução, ter pelos menos 200 horas de trabalho com crianças, ter o registo criminal limpo, falar um nível intermédio de inglês e ter pelo menos o 12º ano, existindo um programa específico para formados em Educação de Infância, professores do 1º Ciclo e Educação Básica.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança' de 23 de Maio de 2013.

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