Depois de três anos de trabalho em laboratório, surge o primeiro produto em Portugal para combater o cancro do castanheiro. O projecto foi desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em parceria com outras entidades, para resolver um dos problemas que afecta a produção de castanha na região.
Eugénia Gouveia, investigadora do IPB, adianta que o produto é biológico, já foi testado e é 100 por cento eficaz. “Este ano um passo importante foi dado. Temos o produto que pode ser aplicado, já foi experimentado no campo e funciona muito bem”, assegura Eugénia Gouveia, investigadora do IPB. O próximo passo é fazer chegar este produto aos produtores. Eugénia Gouveia diz que é preciso uma conjugação de vontades para que o produto seja homologado e colocado no mercado. “Estamos a trabalhar com todos os intervenientes, desde os produtores, às associações, Ministério da Agricultura, instituições de investigação. Precisamos de facto de uma colaboração mais estreita, porque este produto tem que ser autorizado para poder ser utilizado no ambiente”, defende a investigadora do IPB.
Outra praga que está a preocupar produtores e investigadores é a vespa do castanheiro, que já está instalada em soutos na zona do Minho. O início da luta biológica nesta zona está prevista para o próximo ano.
Albino Bento, professor e investigador do IPB, não tem dúvidas que dentro de três anos esta praga vai chegar à região transmontana e por isso lembra que ao se iniciar a luta biológica no Minho se está a proteger a zona que mais castanha produz. “ Como a praga tem uma dispersão natural e vai progredindo anualmente e vai atingindo novos castanheiros. Também o parasitóide tem uma dispersão natural, que vai acompanhando, embora a um ritmo um pouco mais lento a praga, e, portanto, quando estamos a fazer luta biológica no Minho estamos a cuidar da maior zona de produção de castanha que é Trás-os-Montes”, explica Albino Bento.
As doenças do castanheiro estiveram em debate no VII Fórum Internacional de Países Produtores de Castanha, em Bragança.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.
Portugal já tem cura biológica para o cancro do castanheiro
ResponderEliminarProduto foi desenvolvido pelo IPB em conjunto com outras entidades, já foi testado e a eficácia é de 100 por cento
Depois de três anos de trabalho em laboratório, surge o primeiro produto em Portugal para combater o cancro do castanheiro. O projecto foi desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em parceria com outras entidades, para resolver um dos problemas que afecta a produção de castanha na região.
“Este ano um passo importante foi dado. Temos o produto que pode ser aplicado, já foi experimentado no campo, funciona muito bem e agora é passar à fase seguinte, é passá-lo para todos os agricultores”, assegura Eugénia Gouveia, investigadora do IPB.
Trata-se de um produto biológico em forma de gel, que é aplicado na árvore afectada. Já foi testado no campo e Eugénia Gouveia assegura que a eficácia é de 100 por cento.
“O produto é eficaz 100 por cento. Por vezes quando se aplica é que poderá ter falhas na ordem dos 10 por cento, mas se for bem aplicado a taxa de sucesso é de 100 por cento”, garante a investigadora do IPB.
Eugénia Gouveia salienta que este produto, por ser biológico, pode ser utilizado em todos os sistemas de produção.
O próximo passo é fazer chegar este produto aos produtores. “Estamos a trabalhar com todos os intervenientes, desde os produtores, às associações, Ministério da Agricultura, instituições de investigação. Precisamos de facto de uma colaboração mais estreita, porque este produto tem que ser autorizado para poder ser utilizado no ambiente. É preciso haver vontades para que de facto chegue aos agricultores Esperamos que para o ano já possa ser utilizado”, salienta Eugénia Gouveia.
em Jornal Nordeste
Produto para combater o cancro do castanheiro foi testado com 100% de sucesso
ResponderEliminarJá foi testado com sucesso um
produto eficaz para combater o
cancro do castanheiro. Trata-se
de um produto biológico adequado
ao ecosistema do castanheiro,
que pode ser utilizado em todos
os sistemas de produção. “Já foi
experimentado e funciona muito
bem”, referiu Eugénia Gouveia,
docente do Instituto Politécnico
de Bragança (IPB), durante o
VII Fórum Internacional de Países
Produtores de Castanha, que
teve lugar, em Bragança, na passada
sexta-feira.
Segundo a investigadora foi dado
um passo importante, tanto mais
que a doença afeta cerca de 10%
dos soutos de Trás-os-Montes.
Fez-se a experimentação com
duas empresas, uma de Carrazedo
de Montenegro e outra de
Bragança, com bons resultados.
A fase seguinte é passá-lo para
todos os agricultores. O produto
funciona e só atua naquele
organismo e não interfere com
mais nenhum sistema biológico
no ecosistema, nem com a saúde
humana”, disse a investigadora.
O produto já existia em outros
países, mas precisou de ser adaptado
aos casos nacionais. Agora
o desafio passa pela sua comercialização,
que pode não ser fácil,
sobretudo pela sua colocação
à disposição dos agricultores, a
um preço razoável.
É certo que a vespa da galha do
castanheiro vai chegar a Trásos-
Montes, mas não se sabe “se
demora um ano, dois, mas não
acredito que demore mais de
três”, afirmou Albino Bento, diretor
da Escola Superior Agrária
de Bragança. Para já esta praga
está confinada à região do Minho,
onde tem sido monitorizada.
As prospecções feitas na região
transmontana, a principal
produtora nacional de castanha,
pela Direção Regional de Agricultura
“indicam que não se registam
presenças”, acrescentou.
Pelo que deixou como recomendação
aos agricultores para que
estejam atentos no sentido de detetar
algum foco e se isso acontecer
para o sinalizarem.
em Mensageiro de Bragança