A própolis é cada vez mais valorizada no mundo inteiro pelas suas propriedades benéficas
para a saúde. É uma substância resinosa obtida pelas abelhas através da colheita de resinas
da flora que serve de protecção para a colmeia. O investigador do Instituto Politécnico de
Bragança (IPB), Miguel Vilas Boas, é o líder do grupo própolis da Comissão Internacional
do Mel. O especialista explica o trabalho que o grupo desenvolve nos 14 laboratórios
internacionais de 11 países diferentes onde testam uma série de métodos que esperam que
sejam aplicados e apresentados já no final do mês de Setembro no Congresso Mundial de
Apicultura que vai decorrer em Seul, na Coreia.
“O nosso objectivo é muito evidente, é definir metodologias que sejam aplicadas por todos e depois que daí saia legislação, provavelmente europeia”, define Miguel Vilas Boas.
A falta de legislação não permite a acreditação do produto o que faz com que haja poucos apicultores preocupados com a extracção da própolis, muito procurado pela indústria farmacêutica mundial.
Para este investigador, a maioria dos apicultores ainda não tem noção das potencialidades que os produtos resultantes das colmeias, sem ser o mel, têm. “Basicamente não há uma noção sequer do que são impactos em termos de outras produções. O pólen é claramente a segunda produção em termos de produtos apícolas, tirando a cera, aqui não falo da cera porque está sempre associada à produção de mel e é principalmente utilizada para a própria apicultura e não tanto para, digamos, o mercado, os cosméticos, a protecção de produtos em termos de queijos ou maçãs que se põem películas de cera”, enumera Miguel Vilas Boas.
Segundo o investigador, a maior dificuldade do extracção de própolis é que para se conseguir uma dimensão em termos de produção, os apicultores têm de se agregar ou terem cerca de 5 mil colmeias. “Quem está mais vocacionado para este produto até são os produtores mais novos com 100/200 colmeias. E esses sim começam a produzir”, refere.
As empresas externas que procuram a própolis querem comprar mais de 150 kg de cada vez, o que obriga os apicultores a agregarem-se para poder abastecer as encomendas. Contas feitas são precisos cerca de 20/30 apicultores para produzir essa quantidade. Por cada colónia é possível extrair cerca 250gr por ano, sendo precisas quatro colónias para produzir um kg.
A própolis não tem sido devidamente valorizado, são poucos os apicultores que se dedicam à sua produção mesmo necessitando de um investimento muito baixo (2 a 3€/colmeia no máximo), fácil e rapidamente amortizável. No entanto, a procura existe e o escoamento continua a ser possível, em pequena escala, a produção é mínima, mas todo o que se recolhe é facilmente vendável a preços que oscilam entre os 30 e 95 euros/ kg , dependendo da cor/qualidade e modo de obtenção.
Publicado em 'Raízes'.
“O nosso objectivo é muito evidente, é definir metodologias que sejam aplicadas por todos e depois que daí saia legislação, provavelmente europeia”, define Miguel Vilas Boas.
A falta de legislação não permite a acreditação do produto o que faz com que haja poucos apicultores preocupados com a extracção da própolis, muito procurado pela indústria farmacêutica mundial.
Para este investigador, a maioria dos apicultores ainda não tem noção das potencialidades que os produtos resultantes das colmeias, sem ser o mel, têm. “Basicamente não há uma noção sequer do que são impactos em termos de outras produções. O pólen é claramente a segunda produção em termos de produtos apícolas, tirando a cera, aqui não falo da cera porque está sempre associada à produção de mel e é principalmente utilizada para a própria apicultura e não tanto para, digamos, o mercado, os cosméticos, a protecção de produtos em termos de queijos ou maçãs que se põem películas de cera”, enumera Miguel Vilas Boas.
Segundo o investigador, a maior dificuldade do extracção de própolis é que para se conseguir uma dimensão em termos de produção, os apicultores têm de se agregar ou terem cerca de 5 mil colmeias. “Quem está mais vocacionado para este produto até são os produtores mais novos com 100/200 colmeias. E esses sim começam a produzir”, refere.
As empresas externas que procuram a própolis querem comprar mais de 150 kg de cada vez, o que obriga os apicultores a agregarem-se para poder abastecer as encomendas. Contas feitas são precisos cerca de 20/30 apicultores para produzir essa quantidade. Por cada colónia é possível extrair cerca 250gr por ano, sendo precisas quatro colónias para produzir um kg.
A própolis não tem sido devidamente valorizado, são poucos os apicultores que se dedicam à sua produção mesmo necessitando de um investimento muito baixo (2 a 3€/colmeia no máximo), fácil e rapidamente amortizável. No entanto, a procura existe e o escoamento continua a ser possível, em pequena escala, a produção é mínima, mas todo o que se recolhe é facilmente vendável a preços que oscilam entre os 30 e 95 euros/ kg , dependendo da cor/qualidade e modo de obtenção.
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