10 julho, 2009

30% dos caloiros desistem da ESTIG

Quase 30 por cento dos alunos que entram na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança abandonam o curso durante o primeiro ano.
No entanto, este é um fenómeno que, segundo o presidente da ESTIG tem vindo a diminuir.

“Chegou a ser perto de 40% mas agora tem descido e está ligeiramente abaixo dos 30%, mas é um número que nos preocupa” refere Albano Alves. “Nós tentamos que eles permaneçam cá ao final da formação, mas temos casos de alunos que nem chegam a alugar casa em Bragança, vêm apenas fazer a matricula e acabam por abandonar” explica. É a estes alunos que a instituição quer chegar “logo após o acto da matrícula e tentar motivá-los a permanecer aqui”.

O problema está, segundo Albano Alves, na concorrência que chega do litoral. “Nós temos uma série de cursos que também existem em instituições do litoral, nomeadamente no Porto, Braga e Aveiro, e pelo facto de os alunos estarem deslocados acabam por tentar uma mudança de curso para instituições mais próximas das suas casas” afirma.

A solução pode passar pelos próprios alunos mais antigos da escola. “Vamos tentar motivá-los para que continuem cá pois nós sabemos que os alunos gostam de estar em Bragança e isso joga a nosso favor” considera Albano Alves.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

1 comentário:

  1. na minha humilde opiniao o facto de existir tao elevada taxa de desistencia nao se deve apenas ao facto de existir concorrencia do litoral. Toda a gente sabe que no litoral as médias de acesso aos cursos sao muito mais altas que no interior, mesmo em cursos iguais existe uma grande discrepancia de médias entre estas duas zonas do país. É bom para a instituiçao que a média seja baixa, já que desta forma atrai mais alunos.

    Em primeiro lugar deve-se estudar a que é devido esta elevada desistencia. Eu como aluno da estig afirmo convictamente que o maior problema desta escola passa por apenas se apostar na maior parte dos casos em 3 cursos: mecanica, civil e electro. Não existe uma aposta noutros cursos no sentido de melhor o ensino e a preparaçao dos planos curriculares. Existem cadeiras que nalguns cursos sao completamente inuteis e que poderiam muito bem ser substituidas por outras que tivessem maior relevancia para a area em questao. aliado a isto existe tambem a, perdoem-me a expressao, "incompetencia" de alguns docentes. Existem docentes que são autenticas nodoas nas areas que leccionam. Refiro-me a isto porque nao foi nem uma nem duas vezes que expus uma duvida e a resposta que obtive foi: "agora nao tou a ver como se faz isso mas amanha trago-te a respostas". Nao vou estar a referir o velho mito do professor só tramar o aluno mas posso com certeza afirmar que este mito é verdadeiro e está bem patente no dia-a-dia. Um docente de uma certa cadeira disse que nao iria fazer exame de recurso porque queria despachar toda a gente na época normal. Ora tendo ele sido contrariado acabou por fazer um exame para a época de recurso. Refiro que o exame era extremamente dificil e com materia que nunca foi leccionada nas aulas nem se encontrava nada semelhante nos apontamentos fornecidos. Mas exemplos como estes existem mais e outros de igual importancia.

    Ora com exemplos destes como é que a taxa de desistencia nao ha-de ser elevada? Acho que tudo passa pela reestruturaçao de alguns cursos e do corpo de docentes.
    Será que ao ipb, no final de contas, apenas conta os alunos que possui para receber as propinas ou conta a taxa de sucesso dos alunos?

    Não quero, contudo, dizer que tudo é mau neste instituto mas a velha maxima de que as coisas más ganham sempre mais importancia que as boas está aqui bem presente. como aluno deste instituto e natural desta cidade gostaria de ver o ipb bem classificado e ser aclamado como um referencia a nivel nacional.

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