O projecto das Hortas Comunitárias Sustentáveis já tem uma segunda fase, que deverá, avançar no próximo ano
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo distribuiu cerca de 50 talhões de terreno na vila com o objectivo de os cidadãos criarem pequenos campos de cultivo, num espaço de meio hectare. Trata-se do projecto Hortas Comunitárias cuja primeira fase passa pela ocupação de terrenos na zona do parque urbano. A segunda fase deverá avançar no próximo ano na zona da Fonte Carvalho, para onde estão previstos 150 talhões numa área de 10.000 m2. "Os terrenos não estavam a ser usados, porque os projectos a que são destinados não conseguem ser concretizados devido aos orçamentos. Desta forma dá-se um uso", explicou Alexandra Sá, vereadora dos Espaços Verdes, no passado dia 19 altura quando as hortas foram distribuídas. O objectivo da iniciativa passa pela promoção da horticultura biológica de forma sustentável, bem como a melhoria da qualidade do ambiente, além de que os produtos a cultivar podem ser uma ajuda na economia doméstica. Os talhões têm uma área entre 30 a 50 m2, água gratuita, que provém de linhas de água e aproveitamento das águas pluviais. O sistema de rega é por gravidade e todos os talhões dispõem de um ponto de água. Os utilizadores podem ainda contar com formação em ambiente, agricultura ou áreas similares.
Apesar de muita gente se ter candidatado às hortas ainda sobraram quatro talhões, que de• verão ser atribuídos em breve. O que pode ter ficado a dever• se ao facto de ter passado a ideia" de que se destinavam só a pessoas carenciadas, o que não é verdade, apesar de se privilegiarem pessoas com menos recursos, mas estamos abertos a todos", referiu Alexandra Sá, que deu ainda conta de que a procura dos espaços se mantém.
A maioria dos candidatos são pessoas empregadas que querem dedicar o tempo livre às hortas. "É um contributo económico para o orçamento familiar, mas também é uma forma de lazer e de ocupação do tempo. Também pode ser formação para os seus filhos que assim podem contactar com a agricultura", acrescentou.
O projecto das Hortas Comunitárias conta com o apoio do Instituto Politécnico de Bragança, cujos docentes da Escola Superior Agrária deram formação aos agricultores moncorvenses. Ainda que se trate de um concelho onde as populações mantêm uma ligação à terra, Manuel Rodrigues, docente no IPB, considera que faz sentido facultar hortas na vila. "O tempo nem sempre é aquele que se deseja, as deslocações têm custos e aqui as pessoas podem distrair-se, fazer exercício e conviver". A área de cada talhão é considerada muito significativa para o cultivo. "Se conseguirem cultivar adequadamente os espaços, muitos poderão deixar de ir à loja comprar os legumes. Podem cultivar aqui desde a batata, cebola, alho, entre outros vegetais", frisou o docente. A maioria dos novos agricultores têm conhecimento suficiente para começar a trabalhar. "Isto faz-se por simpatia, uns serão melhores do que outros, mas podem trocar ideias e ajudar-se. Os menos informados podem aprender com quem sabe, se for necessário conhecimentos mais técnicos a parceria com o IPB pode ajudar", explicou o professor. O Instituto Politécnico também tem experiência na distribuição de hortas, ainda que mais pequenas, cujo "êxito tem sido interessante e a área está a aumentar", garantiu Manuel Rodrigues.
Publicado em 'Mensageiro Bragança' 24-05-2012.
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo distribuiu cerca de 50 talhões de terreno na vila com o objectivo de os cidadãos criarem pequenos campos de cultivo, num espaço de meio hectare. Trata-se do projecto Hortas Comunitárias cuja primeira fase passa pela ocupação de terrenos na zona do parque urbano. A segunda fase deverá avançar no próximo ano na zona da Fonte Carvalho, para onde estão previstos 150 talhões numa área de 10.000 m2. "Os terrenos não estavam a ser usados, porque os projectos a que são destinados não conseguem ser concretizados devido aos orçamentos. Desta forma dá-se um uso", explicou Alexandra Sá, vereadora dos Espaços Verdes, no passado dia 19 altura quando as hortas foram distribuídas. O objectivo da iniciativa passa pela promoção da horticultura biológica de forma sustentável, bem como a melhoria da qualidade do ambiente, além de que os produtos a cultivar podem ser uma ajuda na economia doméstica. Os talhões têm uma área entre 30 a 50 m2, água gratuita, que provém de linhas de água e aproveitamento das águas pluviais. O sistema de rega é por gravidade e todos os talhões dispõem de um ponto de água. Os utilizadores podem ainda contar com formação em ambiente, agricultura ou áreas similares.
Apesar de muita gente se ter candidatado às hortas ainda sobraram quatro talhões, que de• verão ser atribuídos em breve. O que pode ter ficado a dever• se ao facto de ter passado a ideia" de que se destinavam só a pessoas carenciadas, o que não é verdade, apesar de se privilegiarem pessoas com menos recursos, mas estamos abertos a todos", referiu Alexandra Sá, que deu ainda conta de que a procura dos espaços se mantém.
A maioria dos candidatos são pessoas empregadas que querem dedicar o tempo livre às hortas. "É um contributo económico para o orçamento familiar, mas também é uma forma de lazer e de ocupação do tempo. Também pode ser formação para os seus filhos que assim podem contactar com a agricultura", acrescentou.
O projecto das Hortas Comunitárias conta com o apoio do Instituto Politécnico de Bragança, cujos docentes da Escola Superior Agrária deram formação aos agricultores moncorvenses. Ainda que se trate de um concelho onde as populações mantêm uma ligação à terra, Manuel Rodrigues, docente no IPB, considera que faz sentido facultar hortas na vila. "O tempo nem sempre é aquele que se deseja, as deslocações têm custos e aqui as pessoas podem distrair-se, fazer exercício e conviver". A área de cada talhão é considerada muito significativa para o cultivo. "Se conseguirem cultivar adequadamente os espaços, muitos poderão deixar de ir à loja comprar os legumes. Podem cultivar aqui desde a batata, cebola, alho, entre outros vegetais", frisou o docente. A maioria dos novos agricultores têm conhecimento suficiente para começar a trabalhar. "Isto faz-se por simpatia, uns serão melhores do que outros, mas podem trocar ideias e ajudar-se. Os menos informados podem aprender com quem sabe, se for necessário conhecimentos mais técnicos a parceria com o IPB pode ajudar", explicou o professor. O Instituto Politécnico também tem experiência na distribuição de hortas, ainda que mais pequenas, cujo "êxito tem sido interessante e a área está a aumentar", garantiu Manuel Rodrigues.
Publicado em 'Mensageiro Bragança' 24-05-2012.
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