As sessões de hemodiálise deixaram de ser longas horas parados numa cadeira para alguns doentes renais transmontanos que passaram a repartir os tratamentos com os benefícios do exercício físico.
Mais do que uma forma de passar o tempo, trata-se de uma nova terapêutica, que 75 utentes estão a experimentar há 15 dias no Centro Renal de Mirandela, em Trás-os-Montes.
Há vários anos que esta unidade aposta na exercitação dos doentes para melhorar os resultados dos tratamentos e a qualidade de vida dos pacientes, mas, até aqui, o exercício era feito apenas antes das sessões de hemodiálise em passadeiras rolantes e bicicletas estáticas.
A terapêutica foi agora alargada ao período do tratamento, com a sala de hemodiálise a ganhar novos equipamentos, como pedaleiras, e a presença de fisioterapeutas que ajudam os doentes a exercitar-se.
Áurea Milhões faz diálise há 12 anos e nos últimos dias já sente "as pernas mais leves". Mesmo em casa já anda melhor, graças à ajuda da fisioterapia.
Andar de bicicleta não é novidade para Aníbal Grelo, que, aos 72 anos, continua a praticar na estrada e agora na cama da hemodiálise, nas pedaleiras que vão rodando pelos doentes.
"Aqui, não custa nada" assevera este desportista, a quem nem a doença tirou o fôlego, mas já para outro, como Hermino Ferreira, de 71 anos, é uma novidade que tem aliviado as provações de uma vida marcada pela doença renal e outras patologias.
"Já sinto outra facilidade na movimentação dos músculos", garantiu.
Melhorar a qualidade de vida destes doentes é o propósito do projeto estimulado por um jovem enfermeiro, André Novo, que fez da tese de doutoramento uma ferramenta com aplicação prática na vida dos dentes hemodialisados
Foi distinguido com o Prémio Jovem Investigador Europeu pela Federação Europeia de Medicina do Desporto, que representa 41 países.
Os benefícios do exercício físico na saúde destes doentes estão comprovados por estudos internacionais, mas foi a iniciativa deste jovem transmontano que pôs em prática, pela primeira vez, em Portugal, esta terapêutica.
A Nordial abriu-lhe a portas para testar a tese de doutoramento que vai de encontro à filosofia desta empresa convencionada do Estado para tratar os doentes renais transmontanos.
A hemodiálise "não é só substituir o órgão" que não funciona, para Francisco Travassos, o enfermeiro chefe da clínica instalada na região desde 1995 e que ganhou, recentemente, novas instalações pensadas para respostas mais abrangentes aos utentes.
Além da hemodiálise, este espaço tem também unidade de cuidados continuados e bloco operatório, que aguardam ainda convenção com o Estado para serem disponibilizados aos doentes.
O projeto do exercício físico tem a parceria da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança, aonde o investigador André Novo é docente e recrutou duas fisioterapeutas, a realizarem um mestrado sobre envelhecimento ativo.
Tânia Sousa e Ânia Domingues têm de "saber cativar" estes doentes, muitos dos quais idosos e alguns que nunca fizeram exercício físico da forma que agora lhes é proposta.
A adesão ao programa é facultativa e, apesar de haver algumas resistências, as jovens garantem que se se lhes "mostrar que é benéfico, eles aderem".
Publicado em 'Porto Canal'.
Mais do que uma forma de passar o tempo, trata-se de uma nova terapêutica, que 75 utentes estão a experimentar há 15 dias no Centro Renal de Mirandela, em Trás-os-Montes.
Há vários anos que esta unidade aposta na exercitação dos doentes para melhorar os resultados dos tratamentos e a qualidade de vida dos pacientes, mas, até aqui, o exercício era feito apenas antes das sessões de hemodiálise em passadeiras rolantes e bicicletas estáticas.
A terapêutica foi agora alargada ao período do tratamento, com a sala de hemodiálise a ganhar novos equipamentos, como pedaleiras, e a presença de fisioterapeutas que ajudam os doentes a exercitar-se.
Áurea Milhões faz diálise há 12 anos e nos últimos dias já sente "as pernas mais leves". Mesmo em casa já anda melhor, graças à ajuda da fisioterapia.
Andar de bicicleta não é novidade para Aníbal Grelo, que, aos 72 anos, continua a praticar na estrada e agora na cama da hemodiálise, nas pedaleiras que vão rodando pelos doentes.
"Aqui, não custa nada" assevera este desportista, a quem nem a doença tirou o fôlego, mas já para outro, como Hermino Ferreira, de 71 anos, é uma novidade que tem aliviado as provações de uma vida marcada pela doença renal e outras patologias.
"Já sinto outra facilidade na movimentação dos músculos", garantiu.
Melhorar a qualidade de vida destes doentes é o propósito do projeto estimulado por um jovem enfermeiro, André Novo, que fez da tese de doutoramento uma ferramenta com aplicação prática na vida dos dentes hemodialisados
Foi distinguido com o Prémio Jovem Investigador Europeu pela Federação Europeia de Medicina do Desporto, que representa 41 países.
Os benefícios do exercício físico na saúde destes doentes estão comprovados por estudos internacionais, mas foi a iniciativa deste jovem transmontano que pôs em prática, pela primeira vez, em Portugal, esta terapêutica.
A Nordial abriu-lhe a portas para testar a tese de doutoramento que vai de encontro à filosofia desta empresa convencionada do Estado para tratar os doentes renais transmontanos.
A hemodiálise "não é só substituir o órgão" que não funciona, para Francisco Travassos, o enfermeiro chefe da clínica instalada na região desde 1995 e que ganhou, recentemente, novas instalações pensadas para respostas mais abrangentes aos utentes.
Além da hemodiálise, este espaço tem também unidade de cuidados continuados e bloco operatório, que aguardam ainda convenção com o Estado para serem disponibilizados aos doentes.
O projeto do exercício físico tem a parceria da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança, aonde o investigador André Novo é docente e recrutou duas fisioterapeutas, a realizarem um mestrado sobre envelhecimento ativo.
Tânia Sousa e Ânia Domingues têm de "saber cativar" estes doentes, muitos dos quais idosos e alguns que nunca fizeram exercício físico da forma que agora lhes é proposta.
A adesão ao programa é facultativa e, apesar de haver algumas resistências, as jovens garantem que se se lhes "mostrar que é benéfico, eles aderem".
Publicado em 'Porto Canal'.
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