O Instituto Politécnico de Bragança recebeu o 3.º Concurso de Construção de Pontes em Esparguete.
Neste evento foram ensaiados 29 modelos de pontes à escala reduzida, construídos pelos alunos das licenciatura em Engenharia Mecânica e Engenharia Civil.
A ponte vencedora foi construída pelos alunos João Ginjo, João Melo e André Custódio. Com 129g foi capaz de suportar uma carga a meio vão de 18,3 Kg, correspondendo a um rácio entre carga suportada e peso próprio de 142. A organização do concurso esteve a cargo dos professores Hernâni Lopes e Débora Ferreira.
Publicado em 'Jornal Nordeste'.
Afinal, o segredo está mesmo na massa
ResponderEliminarOs alunos dos cursos de Engenharia
Mecânica e Engenharia Civil
do Instituto Politécnico de Bragança
encarregaram-se de provar,
mais uma vez, que o segredo não
está no molho, está na massa. Este
ano foram 29 as equipas que participaram
em mais uma edição do
concurso de pontes de massa esparguete,
realizado no âmbito de
algumas cadeiras daqueles cursos,
a cargo de Hernâni Lopes (Mecânica)
e Débora Ferreira (Civil).
O desafio é simples e passa pela
construção de pontes em miniatura
com recurso a fios de massa
esparguete. “A massa total da
ponte não pode exceder as 550
gramas. Cada barra só poderá ter
até oito fios de massa esparguete
e deverá ter uma área útil no seu
interior de 10cm por 6cm. E será
necessário vencer um vão de 30
cm”, explicou ao Mensageiro Hernâni
Lopes.
Este concurso tem como aliciante
o facto de valer cerca de um terço
da classificação dos alunos. Mas,
acima de tudo, “é um fator de motivação,
até porque são cadeiras
com muita matemática e física”.
explica Débora Ferreira.
Este ano, o concurso esteve particularmente
renhido e os vencedores
conseguiram que a sua ponte
suportasse mais de 18 quilos de
peso, ultrapassando o anterior
recorde em um quilo.
“Procura-se é construir estruturas
cada vez mais eficientes, reduzindo
os custos”, frisa Hernâni
Lopes.
Para os alunos, esta é uma forma
divertida e diferente de estudar.
Victor Barata, Hugo Mateus
e Rui Loureiro, por exemplo, só
ao terceiro modelo é que ganharam
confiança para avançar. E os
cálculos foram precisos no ponto
de quebra da estrutura mas falharam
na sua capacidade. A sua
ponte aguentou mais de 13 quilos,
eles achavam que não aguentava
tanto.
Entre os participantes estava,
também, uma equipa de alunos
italianos de Erasmus, pouco habituados
a ver a massa fora da panela
ou do prato. “Em Itália só uma
universidade é que faz este tipo
de experiências”, diziam, confessando
ter mais jeito “para comer”
do que para fazer pontes com o
esparguete. Mesmo assim quase
surpreendiam os colegas da casa.
No final, ficaram-se pelos 100,2
newton (12 quilos), num rácio entre
o peso da estrutura e a carga
aguentada.
em 'Mensageiro de Bragança' de 13 junho 2013.