As empresas dependem cada vez mais da presença de um Técnico Oficial de Contas nas suas organizações, dada complexidade crescente da burocracia. O diagnóstico foi traçado pelo Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Domingos Azevedo, em Bragança, à margem de um seminário sobre a competitividade das empresas e os TOC, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPB.
“Está a criar-se a ‘TOCodependência’. A burocracia tem aumentado de uma forma muito acentuada mas é uma burocracia seletiva, que exige tecnicidade, conhecimentos de informática. Os empresários têm consciência que sem esta organização, não conseguem sobreviver”, sublinhou o Bastonário.
Aproveitando a ocasião, o IPB e a Ordem dos TOC renovaram o protocolo existente entre as duas entidades, que permite aos alunos do curso de Contabilidade Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas sublinhou a importância da profissão do IPB estarem dispensados da realização de um estágio de admissão à Ordem. “Queremos proporcionar as melhores condições no mercado de trabalho para estes alunos, que ficam dispensados da realização do estágio, para exercerem a profissão de TOC. Também temos uma parceria de longa data com a Ordem, queremos dinamizar outros projetos”, explicou Albano Alves, presidente da ESTIG. “Temos parcerias para desenvolver estudos económicos e contabilísticos sobre a região. Feitos por investigadores mas com o apoio da Ordem, podendo conseguir informação de forma mais facilitada. A Ordem pode ajudar a divulgar o trabalho que será feito”, sublinhou. Dentro de um ano deverá ser apresentado um estudo sobre o tecido económico da região, com o apoio da Ordem, que, espera Domingos Azevedo, se torne “uma referência”.
Por outro, o empresário Luís Afonso, que há mais de seis anos integrou na sua organização empresarial um TOC, enalteceu o papel que estes profissionais podem ter dentro das empresas atualmente. “Tem de haver cumplicidade entre TOC e empresários. No nosso caso, tem sido um motor importante na perspetiva de lançar oportunidades de investimento e abordar instrumentos de apoios governamentais disponíveis, apoio no lançamento de créditos bancários, gestão do parque automóvel. Temos bebido medidas interessantes que nos têm permitido avançar com mais competitividade das empresas”, sublinhou o empresário, que se prepara para lançar um investimento de cinco milhões de euros na região.
Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.
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