23 abril, 2010

Pão pode provocar cancro. Sector diz que farinhas respeitam requisitos

Um novo estudo de autoria portuguesa demonstra que uma substância presente no pão devido a fungos - a Ocratoxina - é nociva para a saúde de quem a consome, podendo mesmo provocar cancro se ingerida de forma contínua.

A Associação Portuguesa da Indústria de Moagem e Massas (APIM) já reagiu e disse que as matérias-primas utilizadas em farinhas respeitam requisitos europeus de segurança alimentar.

A investigação foi levada a cabo em seis regiões portuguesas pelo Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra, Instituto Superior de Engenharia do Porto, Serviço de Bromatologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e pelo Instituto Politécnico de Bragança.

Pelo que foi descoberto até agora, a toxina com "potencialidade tóxica para rins, fígado e aparecimento de cancros, está mais presente no pão de milho, de centeio e integral, sendo que o pão de trigo é o que apresente níveis mais reduzidos.

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2 comentários:

  1. Toxina do pão pode causar cancro
    Uma substância química presente no pão, produzida por fungos, é tóxica para os rins e para o fígado e pode levar ao surgimento de cancro se ingerida de forma contínua em baixos níveis. O alerta parte de um estudo desenvolvido em seis regiões portuguesas.

    A investigação permitiu encontrar a Ocratoxina em alguns tipos de pão consumidos pelos portugueses. No trabalho até agora desenvolvido, constatou-se que o teor desta substância é mais elevado no pão de milho, de centeio e integral do que no pão de trigo.

    O estudo que comprova a existência desta toxina prejudicial à saúde foi realizado no Porto, no Alentejo, no Algarve, em Lisboa, Coimbra e Bragança. E em duas estações do ano (Inverno de 2007 e Verão de 2008). Envolveu o Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra, o Instituto Superior de Engenharia do Porto, o Serviço de Bromatologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e o Instituto Politécnico de Bragança.

    "Potencial carcinogénico"

    A principal conclusão é a de que "a ingestão contínua em baixos níveis" pode acarretar "riscos, nomeadamente devido ao potencial nefrotóxico, hepatotóxico e carcinogénico desta substância". Isto apesar da "ingestão estimada parecer não constituir um problema para a saúde do consumidor".

    Em suma, o estudo é claro ao indicar a presença da substância com "potencialidade tóxica para rins, fígado e aparecimento de cancros".

    O trabalho que visa estudar a exposição da população portuguesa à Ocratoxina A está, ainda, em fase laboratorial. A equipa avaliou os teores desta substância química tóxica no pão de trigo e broa em 517 amostras, mas também analisou a sua prevalência na urina (num total de 364 amostras), por ser "a única forma de perceber se esta toxina é prejudicial à saúde humana", explica um comunicado.

    Contaminação generalizada

    "Os primeiros resultados obtidos até ao momento indicam que, de forma global, os diferentes tipos de pão analisados registam a presença da Ocratoxina, muito embora o pão de milho, de centeio e integral apresentem teores mais elevados do que o pão de trigo", destaca-se, igualmente. Além disso, "em relação à urina, constatou-se uma contaminação com Ocratoxina praticamente generalizada em todos os casos investigados".

    Perante os riscos revelados pela investigação já realizada, a equipa destaca a necessidade de promover estudos adicionais de vigilância para assegurar o bem-estar na saúde pública entre a população portuguesa.

    Quantos aos números que sustentam as conclusões, no caso do pão de trigo, a frequência de contaminação das amostras é de 60 a 89% nos resultados do Inverno de 2007, e de 81/100% nos do Verão de 2008.

    Na broa, a frequência é de 69,6/95,7% no primeiro caso e de 85,7/100% no segundo.

    Os números relativos à urina são de 72,1/96,7% nos resultados de 2007, e de 57,9/100% nos de 2008.
    fonte: Toxina do pão pode causar cancro - JN

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  2. se me disserem o que é que hoje não provoca cancro é que me estão a dar uma novidade...

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