20 junho, 2012

IPB na final de concurso de eficiência energética

Equipas do Politécnico de Bragança apresentaram dois projetos no Green Campus
Norteados pela redução da fatura energética e pela racionalização dos consumos, professores e alunos do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) conceberam dois projetos que figuram entre os 12 finalistas do “Green Campus - Desafio Eficiência Energética no Ensino Superior”.
“Tech- BioEnergy” e “IPB Green Campus” são os representantes da região transmontana numa competição onde foram submetidos 81 trabalhos.
Organizado pelo Instituto Superior Técnico, o Green Campus é um concurso de âmbito nacional que pretende contribuir para o aumento da eficiência energética no Ensino Superior. A final terá lugar a 2 de julho em Lisboa. O vencedor receberá seis mil euros, mas há ainda prémios até ao 3º lugar e para as melhores medidas técnica e comportamental.

Os cinco elementos de cada equipa optaram por fazer uma radiografia energética à Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG), identificando os pontos críticos e propondo medidas de eficiência.
O projeto TechBioEnergy, liderado por João Paulo Castro, aponta como prioridades: a substituição das janelas, a colocação de uma nova caixilharia e a instalação de uma caldeira a pellets. “As janelas já têm 15 anos e perde-se alguma energia. Estimámos uma poupança de 30% só pela substituição da caixilharia. Depois, a caldeira a gás, que faz o aquecimento, traduz-se numa fatura de energia enorme. Com os pellets [concentrado de madeira que depois pode ser queimado em fogões específicos para produção de calor] gastamos menos dinheiro”, salienta o docente.
O sistema de distribuição de água quente mereceu também a atenção da equipa, que recomenda uma diferenciação de temperatura entre os pisos do edifício. “Como o ar quente sobe, nos pisos superiores, a água não necessitaria de ser tão quente. Há umas válvulas especiais que seria interessante colocar, porque não só reduzem as perdas como aumentam a eficiência.”
João Paulo Castro lembra ainda as medidas passivas de aproveitamento de energia solar: “propusemos a utilização de vegetação natural para ensombramento, nomeadamente com árvores de folha caduca que não impedem a entrada de sol no inverno e no verão, cortam o aquecimento solar”.
Biomassa “enjoa na viagem”
Para o docente, chegar à fase final do Green Campus foi uma surpresa, pois “estamos a competir ao mais alto nível”. A conceção do TechBioEnergy implicou uma análise de “todo o potencial de biomassa” existente no distrito de Bragança, constatando-se uma oportunidade de negócio. “As unidades fabris que existem para consumo da floresta estão muito longe, logo gasta-se muito dinheiro só em transporte. Por isso é que dizemos que a biomassa enjoa na viagem.” A solução passaria pela criação, no parque industrial de cada concelho, de uma zona de receção “onde se faria o pré-tratamento da biomassa por forma a densificá-la e reduzir os custos de transporte para uma unidade central que seria em Macedo de Cavaleiros”. “A partir daí, seria montado todo o sistema de distribuição, em que a ESTIG funcionaria como promotor”, destaca.
Consequentemente, esta medida promoveria “o crescimento do produtor florestal”, criando uma alternativa para o escoamento do produto, “que neste momento não tem”. “Podia-se aproveitar, ainda, outra biomassa que existe em abundância em Trás-os-Montes, como os resíduos da exploração agrícola (o bagaço de azeitona ou a casca de amêndoa)”, acrescenta.
Data Center: uma questão nevrálgica
Orlando Soares lidera o projeto IPB Green Campus, cuja preocupação primordial se prende com o sistema de arrefecimento do Centro de Processamento de Dados (Data Center) do IPB, alojado nas instalações da ESTIG. “Sugerimos uma medida que permitisse utilizar a água de um poço próximo para arrefecimento, diminuindo o consumo de energia elétrica. Seria apenas necessário um investimento na ordem dos seis mil euros, mas o tempo de retorno seria muito curto.”
A auditoria energética ao edifício permitiu ainda observar a necessidade de corrigir o fator de potência e diminuir o “grande consumo na parte da iluminação”. Neste último caso, o problema ficaria resolvido com a mudança das lâmpadas de halogéneo para LED e de lâmpadas T8 para T5 por serem “mais eficientes, sem degradar o fluxo luminoso”.
Para diminuir o consumo de energia térmica, Orlando Soares recomenda o seccionamento dos circuitos de aquecimento, ou seja, isolar zonas com diferentes graus de utilização. “Os gabinetes de docentes e os laboratórios estão no mesmo circuito de aquecimento, mas têm taxas de utilização diferentes. Podemos isolar zonas de utilização distinta com a instalação de válvulas motorizadas programáveis em pontos estratégicos”, esclarece.
Educação para a sustentabilidade
O IPB Green Campus incluiu ainda medidas comportamentais que visam sensibilizar os utilizadores das instalações para a urgência de reduzir os consumos energéticos. “Sugerimos a criação de certificados energéticos (à semelhança dos que existem para as habitações) por secções, em que haveria um responsável que faria o check in de alguns parâmetros”, explica o docente. Depois, seria atribuído um certificado à secção e “tornado público”. “Assim, saberíamos onde é que as pessoas têm cuidado com a utilização de energia e onde é que não a desperdiçam”, frisa.
A equipa concluiu que, após a implementação das várias medidas de economia de energia, haveria uma redução de 15% nas emissões de dióxido de carbono. “Estamos a concorrer com grandes universidades, algumas com departamentos próprios de eficiência energética. Surpreendeu-me chegar à fase final”, confessa Orlando Soares.

Publicado em 'Repórter do Marão' junho 2012.

Genes africanos em abelhas portuguesas.

É bem conhecida ao longo da história de Portugal a mistura de genes entre portugueses e africanos. Recentemente ficou-se a saber que algo semelhante também terá acontecido com as populações portuguesas de abelha-comum da subespécie ibérica (Apis mellifera iberiensis). Esta é uma das principais conclusões de um estudo liderado por investigadores do Instituto Politécnico de Bragança, em que foram revelados 16 novos tipos de ADN com origem africana para esta espécie.
Apesar de diversos trabalhos realizados com abelhas recolhidas em Espanha terem revelado anteriormente 17 tipos de ADN com origem africana, esta foi a primeira vez que foi feito um estudo genético das abelhas portuguesas. Assim, entre 2008 e 2010, foram recolhidas abelhas de 950 colónias em colmeias distribuídas por todos os distritos de Portugal Continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira, tendo-se registado de forma algo inesperada a presença desses 16 novos tipos de ADN com origem africana. Deste modo, torna-se mais provável a hipótese de uma colonização natural antiga da Península Ibérica por enxames africanos, sendo considerado menos plausível que esta diversidade genética se explique pelas trocas de abelhas promovidas pela apicultura.
Mas qual a futura aplicação dos resultados deste estudo? A abelha-comum (Apis mellifera) é responsável pela produção de mel e de cera, mas sobretudo pela polinização de diversas culturas agrícolas e espécies de plantas silvestres. Por isso, não é de estranhar a preocupação quando os apicultores começaram a registar a partir de 2006 uma mortalidade massiva de abelhas em regiões como a Europa e o Estados Unidos da América. Ainda não se sabe o que causou este colapso das colónias de abelhas, mas presume-se que tenha sido um conjunto de fatores que incluem a degradação do habitat, a disseminação de novas doenças por uma espécie de ácaro, a introdução de novos parasitas e a influência dos pesticidas.
Uma vez que este estudo agora publicado, no número de Maio da revista Apidologie, reforça a importância da Península Ibérica como reservatório de diversidade genética, será mais fácil promover a proteção desta diversidade bem como incluir as populações ibéricas em programas de conservação da espécie. Com maior diversidade genética, será mais fácil a este inseto ultrapassar os crescentes desafios que se põem à sua preservação.
Bruno Pinto - Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

Publicado em 'O Baluarte'.

15 junho, 2012

Docente do IPB premiado em Congresso Internacional

É mais um prémio para os docentes da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança.
Um docente ganhou o primeiro prémio de um concurso de posters no Congresso Internacional do Envelhecimento que se realizou no inicio deste mês em, Oeiras. Estavam a concurso cerca de uma centena de trabalhos nacionais estrangeiros, entre comunicações livres e posters.
A investigação prendia-se com um sistema de classificação de utentes para instituições que prestam cuidados de longa duração. O trabalho foi testado em lares de idosos portugueses e “serve para tentar perceber quem são os utentes que estão nos lares de idosos, que cuidados estão a receber, quantos recursos humanos são necessários para cuidar destas pessoas e quanto custa cada utente para a instituição”, explica o professor, Hélder Fernandes.
O docente salienta que este sistema pode revelar-se uma boa ferramenta de gestão para as instituições. “É necessário fazer uma avaliação global para perceber que utentes temos e concluir que profissionais a instituição tem de ter para poder cuidar deles”, afirma. Além disso “também ajuda as instituições a especializarem-se”.
De recordar que em Dezembro outro professor da mesma escola ganhou o prémio de jovem investigador no 3º Congresso de Medicina Física e de Reabilitação e Medicina Desportiva na Áustria.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

E agora?

I Ciclo de Conferências de Desporto

Exibido em 'LocalvisãoTV'.

Arte em Campus

Localvisão TV promove workshop de vídeo

Exibido em 'LocalvisãoTV'.

Seminário mostra Etnobotânica

Apresentar à população os resultados de dois anos de investigação na área da flora na Terra de Miranda foi o objectivo do Seminário de Etnobotânica e Recursos Vegetais, que decorreu em Bragança.
Esta iniciativa resulta da parceria entre a Frauga (Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote) e a Escola Superior Agrária (ESA) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
Na plateia professores do ensino secundário e do ensino superior, estudantes, técnicos de vários organismos ligados à Natureza, proprietários de pequenas empresas, antropólogos, e arqueólogos.
Para o presidente da Frauga, Jorge Lourenço, este trabalho pretende incentivar o retomar do cultivo de algumas plantas medicinais e gastronómicas, que se foi perdendo ao longo do tempo. O responsável garante que “o cultivo do linho e do açafrão já foi retomando no âmbito deste projecto”.
A professora do IPB, Ana Maria Carvalho, diz que “esta parceria permite registar os saberes e as práticas relacionais com o universo vegetal de Trás-os-Montes”. Admite que “daqui podem tirar-se ideias para aplicar esses conhecimentos nos dias de hoje, em empresas de produção comercialização de plantas aromáticas, por exemplo”. O projecto que irá culminar na edição de um catálogo e num livro de receitas de usos gastronómicos e medicinais, vai prolongar-se até 2013, através do apoio do Fundo EDP para a Biodiversidade.
Publicado em 'Jornal Nordeste'.

13 junho, 2012

PERIGO: Os alienígenas invadiram os nossos rios e albufeiras!!!!!

Ciênci@Bragança
Uma "legião invasora" de espécies alienígenas chegou silenciosamente aos nossos ecossistemas aquáticos e teima em expandir-se na rede hidrográfica, dia após dia, sem nos apercebermos ou, então, demostrando pouco interesse no seu combate.
Mas quem são estes seres alienígenas?
Compreendem várias espécies, não só de peixes como também de plantas, invertebrados e microrganismos. Ao nível da fauna piscícola podem citar-se espécies de peixes, maioritariamente da América do Norte, como a perca-sol (Lepomis gibbosus), o achigã (Micropterussalmoides), o lúcio (Esoxlucius) e a lucioperca (Sander lucioperca). Nos invertebrados, registo para a capacidade invasora de crustáceos como o lagostim-vermelho (Procambarusclarkii) e o lagostim-sinal (Pacifastacusleniusculus). Atualmente, troços de rios têm já o seu leito completamente coberto com mexilhão-asiático (Corbicula fluminea), outra espécie de bivalve invasora. Nas plantas aquáticas a pinheirinha-de-água (Myriophyllum aquaticum) e o jacinto-de-água (Eichhorniacrassipes) colonizam massivamente os rios.
Que impactos e prejuízos podem provocar nos ecossistemas?
Estão referenciados prejuízos assinaláveis em áreas tão diversas como a conservação (ex. eliminação de espécies autóctones), a economia (ex. ,a orizicultura afetada pela expansão do lagostim) e em diversos aspetos sociais (ex. hábitos de pesca desportiva, ocupação recreativa). A sua expansão está diretamente relacionada com a degradação dos ecossistemas, isto é, a ação do Homem facilita a invasão destas espécies. A título de exemplo, o mexilhão-zebra (Dreissena polymorpha), presente em várias bacias hidrográficas de Espanha, tem sido responsável pelo gasto de milhões de euros na sua erradicação, com resultados pouco expressivos.
Que estratégia urge definir e aplicar para erradicar/minimizar estes impactos?
Recurso a mecanismos de controlo (ex. físico, químico e biológico), de gestão de habitats e ao desenvolvimento de ações de conservação da biodiversidade e proteção de espécies autóctones ameaçadas, enquadrados na Diretiva Quadro da Água (DQA), com a requalificação dos sistemas degradados, a correta gestão ambiental de albufeiras, realização de monitorização ecológica e fiscalização apropriada, são algumas das estratégias que se podem implementar, no sentido da erradicação ou minimização dos impactos nos ecossistemas.
Afigura-se, ainda, essencial desenvolver ações de formação, divulgação e sensibilização das populações, em particular dos jovens, com o intuito de garantir a preservação dos recursos naturais únicos de ecossistemas singulares da região transmontana.

Publicado no 'Mensageiro de Bragança' de 07/06/2012.

12 junho, 2012

Mirandês é a língua oficial em lar de idosos

Mirandês é a língua oficial do Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Angueira.
Um aluno do mestrado de Educação Social no Instituto Politécnico de Bragança realizou um projecto chamado “A língua mirandesa uma mais-valia na comunicação com idosos institucionalizados”. O objectivo é divulgar a língua Mirandesa, nos lares do concelho de Miranda do Douro. Para muitos dos utentes do Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Angueira, o Mirandês é a sua língua oficial.
Para Carlos Rêgo, aluno do mestrado de Educação Social do IPB, falar o Mirandês foi a melhor opção que encontrou para ser aceite entre os idosos do centro. “Uma forma que eu encontrei de divulgar a língua Mirandesa que não é muito divulgada nem falada nos lares e mesmo na cidade de Miranda. Tive esta ideia porque inicialmente quando entrei aqui no Lar para fazer o meu projecto no âmbito da Educação Social, uma forma que eu encontrei de ser bem aceite por eles foi falar o Mirandês e não “fidalgo” como eles dizem que é o Português, aceitaram-me e por isso resolvi divulgar a língua não só neste lar mas em todos do concelho de Miranda do Douro.”
“A língua mirandesa uma mais-valia na comunicação com idosos institucionalizados” é o projecto deste aluno que pretende divulgar a língua Mirandesa, não só neste centro, mas em todos do concelho de Miranda do Douro.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

11 junho, 2012

Antigas mezinhas podem ser um remédio para a crise

As ervas e plantas que outrora trataram e alimentaram as isoladas gentes transmontanas têm potencial para se transformarem num remédio para a crise dos dias de hoje, defenderam, em Bragança, estudiosos e empresários.
No Nordeste Transmontano, existem centenas de espécies, muitas ainda rotuladas com o preconceito da mezinha, mas que podem sustentar projetos de autossuficiência familiar ou mesmo empresariais.
A ideia foi defendida num seminário, na Escola Superior Agrária de Bragança, parceira da Frauga, a Associação para o Desenvolvimento de Picote, no projeto "Cultibos, Yerbas i Saberes" (Cultivos, Ervas e Saberes), que nos últimos dois anos inventariou mais de 300 espécies, apenas no Planalto Mirandês.
O projeto tem como propósito recuperar e preservar este património natural e cultural, mas também mostra e incentivar as pessoas a criarem negócios nesta área, como disse à Lusa Jorge Lourenço, presidente da associação que vai tomar a iniciativa.
A Frauga prepara-se para abrir uma loja de produtos regionais para mostrar o potencial e riqueza desta região nesta área, um espaço que ficará integrado no Centro de Interpretação Ambiental e EcoMuseu Terra Mater, que mostra a diversidade natural das Terras de Miranda.
Entre hortas, cortinhas, bosques e no contacto com as populações, Margarida Telo Ramos, uma das responsáveis pela recolha e inventário das ervas, descobriu também "ensinamentos daqueles que viviam da agricultura e isolados e que podem "ser úteis num contexto como o de hoje em que há dificuldades económicas".
"Utilizavam alternativas que hoje em dia não permitem alimentar o mundo, mas podem sustentar pequenas zonas rurais e dar algumas oportunidades para inovar e fazer coisas diferentes", considerou, defendendo que este património "pode dar alguns projetos empresariais" e até "produtos com denominação de origem".
Da mesma opinião partilha o empresário Joaquim Morgado, da Ervital, uma empresa da zona Centro do país, que há 15 anos comercializa plantas aromáticas e medicinais, aproveitando e valorizando o potencial da Serra do Montemuro.
A empresa começou por identificar plantas que tradicionalmente tinham usos populares, como infusões ou mezinha e condimentos, e, neste momento, cultiva "uma panóplia imensa de produtos".
Segundo contou à Lusa, cultivam cerca de 200 espécies, 60 das quais são transformadas e comercializadas, essencialmente nas lojas de produtos biológicos do mercado nacional, mas também exportadas para países como Japão, Dinamarca, França e Alemanha.
O empresário garantiu que este negócio não se ressente com a crise, pois "há uma certa compensação porque as pessoas estão cada vez mais disponíveis para outro tipo de produtos e reconhecem neste tipo de produtos algumas vantagens".
As sementes de algumas das espécies recolhidas no Planalto Mirandês foram enviadas para o Banco Português de Germoplasma Vegetal, podendo parte das mesmas ser requisitada por agricultores locais que queiram dedicar-se à sua propagação.

Publicado em 'DN'.

08 junho, 2012

Alunos do IPB constroem pontes em esparguete

Construir pontes com esparguete parece irónico, mas é possível. Pelo menos à escala reduzida e como forma de ensino.
Isso mesmo aconteceu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança. Foi na segunda edição de um concurso que envolveu 34 projectos dos alunos das licenciaturas em Engenharia Civil e Mecânica.
Débora Correia, docente de Engenharia Civil, explica que objectivo do concurso era “fazer uma ponte em massa esparguete, com determinadas medidas e determinadas normas e ganharia a ponte que aguentasse mais força com menor peso”. A docente considera que “esta é uma forma diferente de motivas os alunos e fiquei muito surpreendida porque não estava à espera que houvesse esta adesão”.
Filipe Alves e Luís Silva foram os primeiro e segundo classificados deste concurso e falam dos seus projectos. “Foi uma experiência que me marcou”, refere o vencedor Filipe Alves, acrescentando que “demorei quatro horas a construi-la. Pesava 64 gramas e aguentou 79 newtons”. Já Luís Silva e o seu grupo explicam que fizeram duas pontes. “Primeiro umas, depois passámos para outra e depois esta acabou por ser uma junção das duas. Demorámos cerca de duas semanas”.
Construir pontes em esparguete. Uma forma diferente de aprender engenharia no IPB.  

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Salitres, o que são?

Ciênci@Bragança
Salitre é o nome dado, popularmente, aos pós de cor branca que se acumulam nas superfícies das paredes. O aparecimento do salitre pode surgir, por cima ou por baixo da camada de tinta, denominando-se, em termos técnicos, eflorescência ou criptoflorescência respetivamente, alterando, em qualquer um dos casos, a estética e o acabamento dos materiais.
Os sais solúveis existentes nos componentes das alvenarias e nas argamassas, como por exemplo no cimento, na cal e rias areias, são transportados pela água que circula pela parede através dos poros. Estes sais, quando entram em contacto com o ar, solidificam, causando os tais depósitos parecidos com pó branco. Outras fontes exteriores de sais solúveis podem também contribuir para o aparecimento de eflorescências, como por exemplo a água proveniente dos solos. Quando o solo está em contacto com a parede não protegida, a água do solo pode ser absorvida pela alvenaria e subir, por ação capilar, dando-se então uma possível acumulação de sais.
As condições necessárias para que ocorra a formação de tais depósitos são a coexistência de fatores determinantes como a água, sais solúveis e condições ambientais que proporcionam a percolação e evaporação da água. Basta a ausência de um destes fatores para que não ocorra tal fenómeno. A sua extensão altera-se em função da temperatura e da humidade, progredindo em estações do ano com um ritmo de secagem mais lento.
Regra geral, a eliminação dos sais solúveis é uma tarefa relativamente simples. É aconselhável que a limpeza das zonas afetadas seja efectuada em tempo quente e seco, já que no tempo propício a maior humidade, iriam ser transportados mais sais para a superfície. Normalmente estes podem ser removidos através de uma escovagem a seco. No entanto a melhor forma de evitar o seu reaparecimento, seria eliminar a presença de água na parede, caso frequente em caves não protegidas e posteriormente reparar as zonas afectadas pela patologia com aplicação de um isolamento adequado. Este passaria pela aplicação de tintas aquosas pelo exterior, de elevada impermeabilidade à água e elevada permeabilidade ao vapor de água. Contudo, existem outras soluções, como a utilização de primário antissalitre de modo a reduzir a influência das infiltrações de água ou a aplicação de um hidrofugante de silicone que impede a penetração de humidade.

Publicado em 'Jornal Nordeste' de 5 de Junho 2012.

06 junho, 2012

Estudantes correm em mini-maratona solidária

Cerca de 750 kg de bens alimentares foram ontem recolhidos pela Associação Académica do IPB e Junta de Freguesia da Sé na Mini-Maratona Solidária de Bragança.
A iniciativa teve como objectivo angariar alimentos para algumas instituições de solidariedade social da cidade. Mais de 200 participantes aderiram à causa.“Não custa nada ajudar e é importante sensibilizar os estudantes para as dificuldades que algumas pessoas estão a atravessar”, refere Pedro. “Nesta altura de crise é importante sensibilizar os estudantes para ajudar os mais necessitados”, afirma Diogo Almeida. “Ajudar esta causa nobre que é contribuir com bens alimentares para as casas de solidariedade”, diz Rui Marques. Quem também participou foi a atleta Lucinda Moreiras referindo que “é uma boa causa e por isso cá estou”.A correr ou a caminhar, num percurso de seis quilómetros, o importante era ajudar. José Mário Moreno, da Associação Académica do IPB, destaca ainda a importância da iniciativa que além da vertente solidária contribui para a integração dos alunos de fora da cidade na comunidade académica.“Para nós é muito importante esta iniciativa que já fazíamos antes com o nome de Corrida Solidária, agora é Mini-Maratona, por isso é um pouco mais longa”, refere, acrescentando que “com esta crise é importante ajudarmo-nos uns aos outros”.
A Associação Académica do IPB recolheu 750 kg de bens alimentares que vão ser distribuídos por instituições de solidariedade social de Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

04 junho, 2012

Envelhecer feliz

Seminário reúne especialistas de diversas áreas

Exibido em 'LocalvisãoTV'.

Agricultura também pode ser actividade desportiva para idosos

A agricultura também pode servir como um bom programa de desporto para os idosos.
O desafio foi lançado, este sábado, na quarta edição do seminário + Idade + Saúde do Instituto Politécnico de Bragança.
A pró-reitora da instituição, Anabela Martins, sugeriu que a actividade agrícola seja integrada no programa de desporto com idosos através das hortas de lazer. “Isso constitui uma forma de desporto e convívio para as pessoas se manterem activas de maneira mais saudável e socialmente activa”, refere a responsável, acrescentando que “o programa + Idade + Saúde podia incluir alguma actividade relacionada com as hortas de lazer que poderia traduzir-se em algum apoio às pessoas que têm as suas hortas e que por vezes não fazem os movimentos da maneira mais correcta”.
O coordenador do programa + Idade + Saúde, diz que a proposta vai ser tida em conta mas salienta que alguns participantes já o fazem a título individual. “Temos alguns participantes do programa que já têm uma horta”, revela Miguel Monteiro, explicando que dessa forma “não estamos a praticar desporto, mas estamos a praticar actividade física, pois estão a mexer e é isso que nós queremos para estas idades”.
O responsável acrescenta que os próximos desafios passam também por alargar o programa a outros municípios do distrito. “A nossa ideia era conseguir abranger todos os idosos do concelho de Bragança e já não falo do distrito que é mais complicado, mas caso outras câmaras estejam interessadas nós vamos lá a ajudar a implementar o nosso projecto”, afirma.
O programa + Idade + Saúde está activo desde 2006 e conta com a participação de 120 idosos.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.