24 março, 2016

Tracção Animal vista como método alternativo e complementar em trabalhos agrícolas


O uso de animais em trabalhos agrícolas e florestais está a despertar cada vez mais interesse. Pelo segundo ano, a Associação Portuguesa de Tracção Animal (APTRAN) organizou um curso avançado de Gestão Agro-Florestal com tracção animal, e as inscrições esgotaram. João Rodrigues, o presidente da associação considera que esta formação, pouco comum em Portugal, é bastante valorizada e a gestão com recurso a animais cada vez mais procurada. “Há cada vez mais pessoas a utilizar este recurso. A APTRAN organiza muitas actividades ao longo do ano, este curso foi aprovado pelo conselho científico do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) tem créditos ECTS, e tem tido muita procura porque cada vez mais há gente a preocupar-se com a redução do impacto da actividade agrícola e florestal. Pelo segundo ano esgotamos as inscrições do curso”, afirma. O curso pretende dar a conhecer as potencialidades do uso de equídeos de tracção num contexto moderno, mostrando as vantagens que pode oferecer, nomeadamente, no uso em terrenos como hortas, vinhas ou na gestão florestal. João Rodrigues entende que ao uso de animais pode ter vantagens na criação de modelos de desenvolvimento sustentável, por ser um método alternativo mas também complementar. “A utilização de animais é vista como uma alternativa, mas também como complementaridade”, frisa. Os participantes viajaram até Bragança de várias partes do país. A maioria tem já animais e pretende utilizá-los para ajudar no cultivo. Miguel Lemos, de Barcelos, é produtor de leite de vaca e, perante a crise do sector, pondera “fazer uma conversão na sua exploração para produção biológica usando tracção animal”. Apesar da mecanização agrícola, o uso da tracção animal ainda encontra entusiastas e ganha novos adeptos por todo o país.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Protocolo entre o IPB e o INIAV vai permitir potenciar a investigação na área agroalimentar


O Instituo Politécnico de Bragança (IPB) e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) assinaram um protocolo de cooperação em matérias como o ensino e projectos de investigação nacional e internacional.
As intenções do acordo passam por potenciar a capacidade de investigação, e contribuir para o aumento da competitividade e rentabilidade das culturas. De acordo com o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, vão ser criadas sinergias entre as duas entidades para valorizar o sector agroalimentar da região. “Com o protocolo, seleccionamos áreas onde o INIAV e o IPB têm investigadores de referência, e que têm a ver com toda a problemática que existe no sector primário na região, vamos poder encontrar sinergias e troca de experiências na área da investigação”, explica o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira.
O presidente do INIAV, Nuno Canada, explica que foram escolhidas áreas de intervenção em matérias consideradas cruciais para a região. “Na prática o protocolo vai permitir que duas instituições de referência na área do agro-alimentar trabalhem em conjunto para valorizar os produtos da região de Trás-os-Montes. Em conjunto, vamos trabalhar no sentido de promover o aumento de competitividade e a rentabilidade dos agricultores que trabalham nestas várias áreas”, salientou o presidente do INIAV, Nuno Canada.
O protocolo terá ainda como resultado prático o incremento da capacidade instalada em matéria de pesquisa e inovação científica. O protocolo entrou já em vigor e espera-se que comece a ter efeitos práticos já a partir do mês de Abril.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

21 março, 2016

Cantina do IPB têm agora ementas mais saudáveis

A ementa do Instituto Politénico de Bragança tem agora um novo aspecto: mais saúdavel e adaptado à multiculturalidade dos alunos. Ao todo são quatro pratos que incluem opções para todos os gostos.


Exibido em 'Porto Canal'.

15 março, 2016

FabLab IPB integrado em rede mundial


O FabLab IPB foi integrado, no início do mês, na rede mundial destes laboratórios, elevando para 11 os equipamentos portugueses deste tipo com o reconhecimento.
Um FabLab é um laboratório de fabricação digital, que permite a produção rápida de protótipos. Os projectos são concebidos em computador e posteriormente materializados em 3D utilizando as máquinas existentes. O que possibilita a democratização da materialização de invenções através de tecnologias digitais para criar “quase tudo”, como refere João Rocha, coordenado do laboratório.
“O FabLab faz parte de uma rede mundial que surgiu no MIT. Estes laboratórios de fabrico aditivos têm equipamentos de impressão 3D, e de corte e gravação, que permitem fazer quase tudo”, esclareceu. Apesar de estar integrado no ambiente académico, estando neste momento focado no apoio à realização de projectos académicos, o objectivo é a abrir-se à comunidade: “O grande objectivo é que as pessoas que tenham uma ideia possam utilizar o laboratório e desenvolver os seus próprios projectos”, frisa o docente de Engenharia Mecânica na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança, que não esconde o orgulho por passar a fazer parte de uma rede criada no MIT, nos Estados Unidos da América. “Ser integrado significa que cumpre com os princípios da rede mundial, o facto de estar aberto às pessoas, de se partilhar a informação. E depois qualquer pessoa que vá aos FabLabs em qualquer parte do mundo encontra um mapa com todos estes laboratórios, e o do IPB é um deles”, frisa.
Os primeiros passos do FabLab IPB tiveram lugar em Abril de 2014, dispondo actualmente este laboratório, para além da impressão 3D, ferramentas como fresadoras de pequeno e grande porte, torno mecânico, máquina de corte e gravação a laser, corte de vinil, scanner para digitalização 3D entre outros equipamentos.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Tuna feminina do IPB comemorou 20 anos


A Tôna Tuna - Tuna Feminina Universitária de Bragança comemorou 20 anos, no passado sábado.
A efeméride foi assinalada com um jantar na cantina do Instituto Politécnico de Bragança, que contou com a presença de cerca de 80 pessoas, entre elas os actuais 20 elementos da Tuna.
Um encontro entre estas e antigos membros da tuna, entre outros convidados, que serviu para conviver e reavivar memórias destes 20 anos. Sandra Pinto tem 37 anos e está na tuna há 19, sendo por isso o elemento mais antigo do grupo, ainda no activo. A jovem lembra que, quando entrou para a tuna, havia uma realidade diferente da de agora. “Quando entrei, tínhamos muito mais dificuldades quer de apoio quer de logística. Tudo o que conseguimos foi arrancado a ferros. Neste momento, temos uma sala de ensaios no centro académico, além disso todos os apoios que são possíveis e a que concorremos”, salienta.
Ao longo destes 20 anos foram muitas as viagens realizadas pela Tona Tuna, quer a nível nacional, quer internacional. Sandra Pinto salienta, além do convívio com os restantes elementos do grupo e de outras tunas, a divulgação da própria cidade de Bragança. “É uma oportunidade de nós conhecermos e de darmos a conhecer a nossa Bragança”, adianta Sandra Pinto. Vinte mulheres, estudantes ou ex-estudantes do Instituto Politécnico de Bragança dão, actualmente, seguimento à tradição da tuna feminina, que começou a actuar, há 20 anos, em Bragança.

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11 março, 2016

Investigadora do IPB homenageada no livro "Mulheres na Ciência"


A investigadora do Instituto Politécnico de Bragança, Isabel Ferreira, faz parte do grupo de mais de cem mulheres cientistas portuguesas seleccionadas pela Ciência Viva para integrar o livro “Mulheres na Ciência”, apresentado no Dia da Mulher, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Cinco fotógrafos foram convidados pela Ciência Viva, Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, para retratarem as investigadoras em diversas áreas. Cada retrato faz-se acompanhar de uma citação da homenageada. A cientista brigantina, que integra também a lista dos cientistas mais citados no mundo, não esconde o orgulho que sente por ser homenageada nesta publicação.
"É um enorme orgulho e é um pouco aquilo que referi na minha frase publicada no livro, que vou tendo cada vez mais consciência de que fazer investigação é uma vontade partilhada. Cada vez temos mais apoios e mais reconhecimento e isso também nos motiva mais do que fazer um caminho isolado e desconhecido",referiu a investigadora à Brigantia. A publicação está também disponível online, no site da ciência viva. Apenas três das homenageadas são investigadoras de institutos politécnicos.
Isabel Ferreira foi distinguida na categoria de Química e Bioquímica e é a única investigadora do Instituto Politécnico de Bragança a constar na publicação “Mulheres na Ciência”. No ano em que comemora 20 anos de actividade, a Ciência Viva presta assim homenagem às mulheres cientistas portuguesas, que representam 45% do total de investigadores em Portugal e cujo trabalho notável, segundo a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, tem sido fundamental para o progresso que a Ciência e a Tecnologia nacionais registaram nas últimas décadas.

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Primeiro encontro internacional de formadores realizou-se no IPB


O IPB acolheu o 1.º Encontro Internacional de Formação na Docência (INCTE), que reuniu especialistas de diversos países europeus e do Brasil.
O objetivo passou por “descobrir novas maneiras de reagir e de dizer”.
O encontro reuniu dezenas de intervenientes ao longo dos dois dias em que decorreu.

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Equipa da Miguel Torga venceu primeira meia final regional do IPB


Uma vitória inesperada. Foi assim que a equipa do Agrupamento de Escolas Miguel Torga recebeu a notícia do triunfo na primeira meia final regional das Olimpíadas de Química, organizada pelo Instituto Politécnico de Bragança, no sábado. “Foi um resultado muito inesperado, até porque não nos preparámos muito. É a segunda vez que vimos. Gostámos no ano passado e queríamos repetir a experiência”, explicaram Mariana Garcia e Patrícia Dias que, juntamente com António Barros, formaram a equipa vencedora, coordenada pela professora Marta Cordeiro.
Bem dispostas, as alunas consideram que este tipo de prova “é mais descontraído do que um teste”. “É um estilo diferente dos nossos testes. Aqui é mais raciocínio e interpretação”, frisam. Agora, segue-se a presença na final nacional, em Aveiro, em maio, que apura para o evento europeu. “Espero que agora continuem a ter bons resultados. Não sei se é possível atingir o primeiro lugar mas vão ter bons resultados. São alunas de 19 e 20. Depois, é uma questão também de sorte e inspiração”, destacou a professora, que as acompanha há quatro anos.
Paulo Brito foi o professor do IPB responsável por coordenar esta iniciativa, que se realizou pela primeira vez em Trás-os- -Montes, numa lógica de descentralização. Anteriormente, os alunos da região tinham de ir ao Porto participar no evento. Desta vez participaram nove escolas. Para além dos três agrupamentos de Bragança, estiveram presentes alunos de Mirandela, Torre de D. Chama ou Murça, por exemplo.
“A possibilidade de realizar este evento em Bragança é muito importante porque permite usar as Olimpíadas para estimular o gosto dos estudantes do Secundário pela Química de uma forma direta, permitindo- lhes o acesso a um patamar mais elevado da competição. Para além disso possibilita a aproximação das escolas da região ao próprio evento, facilitando a sua participação”, explicou Paulo Brito. O facto de, pela primeira vez, ter havido alunos de fora do distrito, é um “fator positivo”. “É bastante positivo porque permite que um evento relacionado com as Olimpíadas de Química+, centrado no IPB, alargue a sua influência geográfica e que se crie o hábito das Escolas da região de Trás-os-Montes (e possivelmente da região centro interior) de participarem nas iniciativas promovidas pelo IPB (e particularmente pela ESTiG). Por outro lado, permitiu dar a conhecer e promover a instituição a um público geograficamente mais alargado. Desta forma, o docente entende que “a edição de 2016 foi um sucesso e pelas reações dos participantes pensamos que será possível aumentar a dimensão do evento e o número de participantes, nas próximas edições”.

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03 março, 2016

IPB alarga Programa Erasmus à Europa Oriental e Sul do Mediterrâneo


O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vai alargar o raio de acção do Programa Erasmus, desta feita a países de fora da União Europeia, nomeadamente da Europa Oriental, como Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Moldávia e Ucrânia, e do Sul do Mediterrâneo, nomeadamente Argélia, Marrocos e Tunísia.
Este novo projeto de cooperação representa mais 70 estudantes estrangeiros em Bragança e 50 docentes em mobilidade. “O IPB ganhou a candidatura nestes países”, explicou Luís Pais, vice-presidente do IPB, à margem do primeiro encontro cuja abertura teve lugar na passada segunda-feira, com a presença de 30 docentes de vários países. Atualmente a instituição tem cerca de 1200 alunos de mais de 60 países. O projeto Erasmus+ ICM consolida o programa de internacionalização do Instituto Politécnico onde 16% dos estudantes possuem nacionalidade não portuguesa “É um projeto Erasmus especial, cujo objetivo é suportar a mobilidade de estudantes e docentes, que permite a dupla diplomação, que requerem uma cooperação mais intensa entre as instituições envolvidas”, referiu Luís Pais.
Ao abrigo este programa vêm vários alunos de mestrado, na maioria dos casos já concluíram o primeiro ano nas instituições de origem, para frequentar sete programas lecionados em inglês. “São alunos que estão a realizar a sua tese de mestrado em coorientação com professores das instituições de origem. Esta é a novidade de projeto, o maior entrosamento e cooperação entre o IPB e as instituições estrangeiras”, acrescentou o responsável. O projeto aprovado para o Instituto Politécnico de Bragança prevê a estadia dos estudantes não-comunitários durante um ano letivo e a obtenção do duplo diploma no IPB em diversas áreas, incluindo as Engenharias (Engenharia Biotecnológica, Civil, Informática, Mecânica e Química), a Gestão (Gestão de Negócios Internacionais e Gestão de Empresas) e as Ciências Agrárias (Gestão de Recursos Florestais).
A candidatura do IPB obteve a melhor avaliação por parte da Agência Nacional Erasmus+, tendo recebido um financiamento de cerca de seiscentos mil Euros para a mobilidade destes estudantes, professores e colaboradores no ano letivo de 2015/2016.
Encontram-se atualmente em Bragança 58 estudantes destes países para mobilidade internacional e obtenção de duplo diploma de licenciatura e de mestrado. Cerca de 90% fluxos de mobilidade serão de recepção de alunos estrangeiros e 10% são de envio de estudantes do IPB para esses países. “A partir de 2017 está previsto que o IPB enviei os seus alunos para esses países.
A captação de alunos estrangeiros é uma tendência em crescimento. “É importante para o futuro da instituição, para a sua sobrevivência, para a sobrevivência da cidade e da região que têm que ter capacidade de atrair estudantes. Temos capacidade de fazer bem a mobilidade internacional que também se potencia ao nível de outra cooperação como a investigação científica”, sublinhou o responsável.

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Museu da Língua Portuguesa deverá nascer em Bragança


Bragança deverá acolher um Museu da Língua Portuguesa. O projecto de criação deste espaço museológico está a ser elaborado e espera-se que obtenha financiamento de fundos comunitários. O espaço deve nascer nos antigos Silos da EPAC na cidade, que pertencem ao Instituto Politécnico de Bragança (IPB), e serão cedidos para este efeito.
De acordo com o escritor e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Ernesto Rodrigues, que desde início esteve ligado à ideia, o nascimento desta iniciativa em Bragança a pedido de Adriano Moreira, o nascimento desta iniciativa em Bragança justifica-se “plenamente, por ser uma capital de distrito, que é terra de duas línguas. É a única no país cujo distrito tem duas línguas, e o mirandês sendo minoritária é também nacional”. O director do Centro de Literaturas e Cultura Lusófonas e Europeias considera que “haverá do lado de lá da fronteira um interesse, que irá para além do turismo, que permitirá trabalhar questões da língua da cultura e da literatura”.
De acordo com o presidente do Município de Bragança, Hernâni Dias, a empreitada está para já orçada em 3,5 milhões de euros, não estando ainda o projecto fechado. O autarca entende que este é um “equipamento de grande relevância para a região, para a cidade e para o país” e que será “um projecto de grandes dimensões”.
O projecto, tanto do ponto de vista científico como organizacional, já está pronto, estando o processo a ser gerido pela Associação Promotora do Museu, constituída, em Setembro de 2014, e que é composta por três entidades, a Academia de Ciências, IPB e a Câmara Municipal.

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