23 dezembro, 2014

Cientista português no combate à malária


 Um investigador de Penafiel, doutorado pelo Instituto Karolinska da Suécia (instituição responsável pela atribuição do prémio Nobel de Medicina) publicou há dias um artigo sobre a malária na revista "Science", em coautoria com 31 cientistas de 11 países. O trabalho gera as bases para salvar milhões de vidas de uma maleita que ceifou outras tantas devido à resistência a antimaláricos, algo que demorou mais de 40 anos a concretizar.
A maneira humilde como se relaciona socialmente esconde o talento do cientista, de 33 ano, filho de um empregado de mesa e de uma cozinheira de Penafiel.
Depois de conseguir o bacharelato e licenciatura em Engenharia Biotecnológica no Politécnico de Bragança, obteve, em 2004, uma bolsa europeia. Integrou, desde então, o Instituto Karolinska, frequentando o doutoramento em Ciências Médicas.
Investigador biomédico desde há dez anos, presentemente afiliado na Nanyang Technological University de Singapura, dedica-se ao estudo da malária (parasita transmitido ao homem através da picada da fêmea de mosquito que causa anemia e patologias cerebrais).
Pedro Ferreira explica que, para lá da importância da descoberta dos mecanismos biológicos básicos de resistência ao antimalárico mais usado no mundo (392 milhões de tratamentos em 2013), "o estudo demonstra que é possível reduzir para menos de uma década a detenção dos mecanismos de resistência para o parasita da malária". " É algo que demorou mais de 40 anos a atingir. O nosso trabalho gera bases para salvar milhões de vida, porque podemos desenvolver intervenções para retroceder o desenvolvimento à resistência", explicou.

Publicado em 'Jornal de Notícias' de 21/12/2014.

17 dezembro, 2014

Representante dos alunos da ESACT quer apostar na Cultura


Alargar a oferta de actividades culturais e reduzir o passivo da associação de estudantes da Escola de Administração, Comunicação e Turismo de Mirandela são duas das ambições dos representantes eleitos pelos alunos.
A diminuição da dívida em cerca de 25 por cento no último ano foi um dos esforços salientados por Tito Resende que ontem tomou posse para o segundo mandato como presidente da associação. “O passivo à nossa entrada era de 10 mil e 200 euros e agora está nos 7500 euros. Ficamos contentes porque desde 2010 foi a primeira vez que a associação conseguiu ter um saldo positivo”, explica o aluno de turismo, que esclareceu ainda que um dos objectivos para o próximo ano é credibilizar a associação de estudantes.
Durante a cerimónia de tomada de posse dos novos membros da organização estudantil, o presidente do Instituto Politécnico de Bragança salientou que esta é a associação que vai inaugurar as novas instalações da ESACT, cujas obras devem estar prontas em Abril. Para Sobrinho Teixeira esse privilégio vem com responsabilidade acrescida, já que “não seria aceitável que havendo um investimento feito pela Câmara de Mirandela, pelo IPB e pelos próprios portugueses, aquela para quem há um maior retorno desse investimento, a comunidade académica da escola, não tente suplantar-se”.
Sobrinho Teixeira defende que os actuais alunos têm um papel importante na atracção de novos estudantes. O presidente reeleito para a associação de estudantes salienta que um programa com diferentes actividades culturais e desportivas realizadas ao longo do ano, a par das festas académicas, têm ajudado a mostrar o dinamismo da academia de Mirandela. Para Tito Resende este pode ter sido um dos factores que levou ao aumento do número de estudantes que este ano escolheu a EsACT.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

11 dezembro, 2014

Mais de 900 pais natal invadiram as ruas de Bragança


Mais de 900 pais natal invadiram ontem as ruas da cidade de Bragança. A sexta edição do “Desfile Solidário Pais Natal”, organizado pela Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança concentrou o maior número de estudantes de sempre, vestidos de vermelho e branco.
A Associação Académica do IPB oferece os fatos. O presidente, Ricardo Pinto, explica que, em troca, pedem aos estudantes bens alimentares, a pensar nos alunos mais carenciados. “Em troca de um bem alimentar, oferecemos um fato de pai natal. Juntamente com os Serviços de Acção Social iremos chegar a um valor total dos bens alimentares que será trocado por senhas da cantina, que serão distribuídas pelos alunos mais carenciados”, frisa o responsável.
O desfile de pais natal decorreu ontem à tarde nas ruas de Bragança e terminou na pista de gelo, instalada na Praça Camões.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

09 dezembro, 2014

Potencialidades da tracção animal em análise nas Jornadas Técnico Científicas do IPB


A aplicação moderna da tracção animal tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos em vários países da Europa e América do Norte, e começa a ter interessados também em Portugal.
Apesar da mecanização da agricultura estar generalizada, João Rodrigues, presidente da Associação Portuguesa de Tracção Animal (APTRAN) entende que ainda faz sentido a utilização de animais em determinados trabalhos agrícolas. “Em zonas de montanha, zonas de difícil acesso, projectos hortícolas, e num grande crescente da agricultura biológica, a tracção animal tem cartas a dar, do ponto de vista ecológico e económico. Há um fechar de um ciclo que permite que haja uma interdependência saudável”, explica o representante da associação.
A optimização das alfaias tradicionais e a adaptação da mecanização à tracção animal esteve em discussão nas segundas Jornadas Técnico Científicas de Tracção Animal, que decorreram este sábado, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

04 dezembro, 2014

Há 10 anos a formar educadores sociais

Encontro decorreu no IPB
 O Instituto Politécnico de Bragança assinalou, no passado fim-de-semana, o 10.º aniversário da licenciatura em educação social com a realização do VII Encontro Nacional de Educadores Sociais.
Organizado pela Associação Promotora de Educação Social (APES), o encontro trouxe à capital nordestina vários oradores nacionais e internacionais, como Jesus Valero (Espanha) e Ester di Palo (Itália) movimentando mais de duas centenas de profissionais e estudantes de vários pontos do país.
O educador social em diferentes cenários de intervenção social foi o tema em destaque.

Publicado em 'Mensageiro'.

28 novembro, 2014

Aulas de mandarim alargadas em Bragança


Uma turma de 4 º ano do Centro Escolar da Sé, em Bragança contactou ontem pela primeira vez com o mandarim. O projecto, que começou no ano passado no Centro Escolar de Santa Maria, foi alargado e pretende abranger cada vez mais escolas do concelho.
As aulas de mandarim surgem através de um protocolo entre a Câmara Municipal, o Instituto Politécnico e a Universidade de Zuhai, no sul da China.
A professora do IPB, Dina Macias, explica que há alguma dificuldade em dar aulas às crianças, uma vez que os professores, que se encontram em regime de mobilidade nesta instituição de ensino, normalmente não falam português. Por isso, os alunos de Língua e Cultura Chinesa que falam português ajudam a traduzir o que a professora diz às crianças. “Esses alunos já vêm com dois anos de aprendizagem de português na China. Têm cá um curso mais incentivo. A professora não fala português. Isso dificulta-nos o projecto. Os professores estão em mobilidade anual. Temos mudado todos os anos de professor”, sublinha docente.
Uma dessas alunas é Micaela, nome que escolheu para ser tratada em Portugal. A jovem de 21 anos admite que a língua chinesa não é fácil mas garante que aquilo que vai ser ensinado às crianças “são apenas as bases, de forma a proporcionar um primeiro contacto com o mandarim”. Martim Ribeiro, de 9 anos não tem dúvidas de que o mandarim lhe poderá vir a ser útil. “Gosto de experimentar coisas novas. Quando for adulto posso escolher algum emprego em língua chinesa e tenho de aprender”, conta a criança. As aulas de mandarim para os alunos do primeiro ciclo, em Bragança, decorrem uma vez por semana.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

26 novembro, 2014

Crianças e jovens têm contacto com a Ciência e Tecnologia

O Instituto Politécnico e o Centro de Ciência Viva de Bragança dedicam esta semana à Ciência e Tecnologia.
As duas instituições oferecem um leque variado de actividades orientadas por investigadores com o objectivo de incentivar o gosto pela ciência e tecnologia junto dos mais novos.
No Centro de Ciência Viva, deverão passar até sábado mais de 350 crianças desde o ensino pré-escolar até ao primeiro ciclo. A coordenadora do Centro de Ciência Viva, Ivone Fachada, destaca a importância de começar desde cedo a contactar com a Ciência e a Tecnologia. “Vários estudos comprovam que as crianças, desde bebés começam a apreender. O ideal é a partir dos 3 anos começarem a ser expostos a temas de ciência para começarem a absorver e a despertar para a curiosidade, porque ao longo da vida essa curiosidade vai-se desvanecendo e é agora que tem que ser estimulada”, salienta a responsável. Ontem dezenas de crianças de infantários de Bragança participaram na actividade “ A electricidade na ponta do lápis”.
O investigador do departamento de electrotecnia do IPB, João Coelho, mostrou às crianças um pouco daquilo que é o fenómeno da electricidade. “Esta actividade é destinada a crianças muito pequenas e tem a ver com facto de eles perceberem os fenómenos simples da electricidade, neste caso construindo um brinquedo que é uma espécie de um pirilampo. O objectivo é que eles consigam perceber que a pilha que têm na mão serve para gerar energia e essa energia faz acontecer qualquer coisa”, explica o investigador.
Além do Centro de Ciência Viva, o Instituto Politécnico proporciona durante esta semana actividades científicas em diversas áreas, destinadas aos estudantes de ensino secundário.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

21 novembro, 2014

Bragança recebe 1200 alunos estrangeiros

Sociedade das nações
Chegam da China, do Peru, da Síria ou do Senegal. O Instituto Politécnico de Bragança apostou forte na captação de alunos estrangeiros - este ano receberá l 200, de 25 países diferentes
 Descontraído, de andar gingão, Hebert Camilo responde com um sorriso à admiração de Olga Padrão, secretária da direção do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), por andar de chinelos de enfiar o dedo num dia chuvoso e frio. Além do acentuado sotaque de Minas Gerais, o jovem de 21 anos, chegado em setembro ao nordeste transmontano, veio equipado com roupa leve, pouco apropriada para o rigoroso inverno que se aproxima. «Tem problema, não», garante.
Apesar das dificuldades com o termóstato, o jovem estudante do 3.° ano de Engenharia Agronómica está a adorar a experiência portuguesa. De tal forma que, dois meses após a chegada a Bragança, já começou a tratar das burocracias para prolongar a estadia inicialmente prevista para um semestre, mas que ele agora quer estender a dois. «A cidade é pequena mas recebe bem a 'gente' e estou gostando muito da experiência. O Instituto está bem equipado e as aulas são muito interessantes», adianta, em jeito de justificação. Hebert chegou a Bragança ao abrigo de um protocolo com o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais. No seu caso, o programa de intercâmbio prevê que o IPB se responsabilize pelo alojamento e refeições, enquanto a sua universidade de origem lhe assegurou as passagens aéreas e uma bolsa de três mil euros por semestre.
O jovem mineiro é apenas um dos 650 alunos estrangeiros - num universo de cerca de seis mil estudantes - que atualmente frequentam o IPB. Números que pecam ainda por defeito uma vez que há muitos inscritos ainda à espera de visto para fixar residência em Trás-os-Montes - os casos mais complicados têm sido os de alunos provenientes de países africanos que foram afetados pela epidemia de ébola, como a Libéria e a Serra Leoa, o que fez complicar as burocracias. Além disso, tal como sucedeu em anos anteriores, e a avaliar pelas inscrições já efetuadas e os processos em fase de aceitação, é de esperar que no segundo semestre o número de alunos chegue aos 1200 (mais 300 que no ano passado). Números impressionantes, numa cidade com pouco mais de 23 mil habitantes e onde, segundo um estudo recente encomendado pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, o peso desta instituição na economia local é superior a 11 por cento do Produto Interno Bruto - o valor mais elevado do País.

Bragança lidera o 'ranking' dos politécnicos e cobra as propinas mais baixas do País
O IPB está atualmente no ranking das dez melhores instituições de ensino superior a nível nacional - o primeiro entre os politécnicos - e, em boa medida, isso também contribui para facilitar a captação de alunos através de convénios com instituições espalhadas pelo mundo fora. Além dos que chegam ao abrigo do programa Erasmus, provenientes da União Europeia, o maior contingente vem de paragens tão diversas como o Turquemenistão, China, Timor-Leste, Paquistão, Síria, México ou Peru, só para referir alguns dos mais distantes dos 25 países ali representados. Para o sucesso dessas «formas pró-ativas ou menos ortodoxas», na expressão do vice-presidente Luís Pais, contribuem ainda as propinas mais baixas (755 euros, para estudantes de licenciatura nacionais, e 1100, para os internacionais) e o facto de haver já vários cursos lecionados exclusivamente em inglês.

Hospitalidade transmontana

Exemplo sólido de uma integração feliz é o de Auro dos Santos. O cabo-verdiano, de 24 anos, chegou a Bragança em 2009 e diz que se sente em casa, «tal como todos os alunos africanos», os maiores contribuintes da larga comunidade estrangeira do IPB. A Associação de Estudantes Africanos representa peno de 400 alunos, a maioria deles de Cabo Verde, mas também muitos são-tomenses e angolanos. Sentindo-se em casa, já criaram uma equipa de futebol que alinha nos distritais de Bragança, uma equipa de futsal feminina, um grupo de dança, um conjunto musical (AfroBanda) e, para breve, prometem um grupo de teatro. Além disso, explica Auro, que preside à associação, «ajudamos muitos alunos a tratar de toda a burocracia para aqui chegar». A terminar o mestrado em Tecnologia Biomédica, depois de ter completado a licenciatura, vê aproximar-se a passos largos a hora de regressar a Cabo Verde e já começa a sentir saudades. «A minha adaptação foi cinco estrelas, nunca tive problemas e, se é verdade que quero ajudar ao desenvolvimento do meu país, também é certo que Bragança vai ficar sempre no meu coração.»
Tal como Auro dos Santos, também os habitantes da cidade se afeiçoaram e habituaram já à presença dos alunos estrangeiros. A chegada de sangue-novo estava a fazer falta, para dinamizar o comércio da cidade. Aos 75 anos, Vitalino Miranda e a mulher, Maria de Lurdes, mantêm a pequena mercearia, com quase meio século, de portas abertas, apenas porque funciona no rés-do-chão da sua casa e não pagam renda. «O centro histórico hoje está quase deserto. Levaram daqui os serviços e as pessoas começaram também a sair porque as casas estão velhas... e as que foram arranjadas têm rendas muito caras», considera Vitalino. Hoje, são os jovens da renovada residência universitária os poucos clientes que têm. «Nós queremos é vê-los cá, e que levem umas comprinhas. Mas a gente sabe que eles também não trazem dinheiro à larga e são muito regrados. Perguntam sempre pelo preço antes de levar alguma coisa... não é verdade?», atira. para Alexandre Ximenes, um jovem timorense de 19 anos, mais fluente em inglês do que em português, que consente com um sorriso envergonhado. Acabou de chegar a Bragança, para iniciar a licenciatura em Engenharia Informática, com uma bolsa de estudo concedida pelo Institut of Business de Díli, com quem o IPB tem uma parceria, e também ele está fascinado com a cidade. «As pessoas são muito simpáticas», arrisca, num português razoável, ao lado de Peltier Aguiar, um angolano de 26 anos, estudante de Agroecologia e que vive com ele na residencial Domus. É o africano que hoje faz de cicerone, acompanhando o timorense às compras. «Quando precisamos de alguma coisa vimos aqui à mercearia ou então vamos à loja do senhor Valdemar. Mesmo que tenha a porta fechada, basta tocar à campainha que ele atende-nos a qualquer hora», explica.
Gil Gonçalves, um dos atarefados elementos do Gabinete de Relações Internacionais, encarregue dos processos burocráticos dos alunos estrangeiros, não se mostra surpreendido com a boa reação dos habitantes. «Somos transmontanos, é a nossa forma de ser. Aqui, primeiro mandamos entrar; só depois perguntamos quem é.»

Publicado em 'Visão' nº1133, 20 a 26 novembro 2014.

20 novembro, 2014

"Praxe Solidária" angariou cerca de 1200 quilos de alimentos


Cerca de 1200 quilos de alimentos, recolhidos por estudantes do Instituto Politécnico de Bragança, foram ontem distribuídos a cinco instituições de solidariedade social do concelho.
A iniciativa "Praxe Solidária", que decorre há vários anos, uniu cerca de cem alunos da Escola Superior Agrária que recolheram alimentos porta a porta e em dois hipermercados de Bragança.
Apesar deste ano terem sido recolhidos menos cerca de 400 quilos do que no ano passado, o presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária, Miguel Santos, faz um balanço positivo da edição deste ano da Praxe Solidária. “ Correu bem. Tivémos uma boa adesão. No geral, houve uma boa reacção por parte das pessoas. É sempre uma praxe diferente e é bom para os caloiros”, salienta. O representante dos estudantes confessa que é através da recolha porta a porta que conseguem angariar mais alimentos. “Porta a porta tem mais adesão porque as pessoas têm sempre alguma coisa em casa e ajudam”, constata o estudante.
Diana Ribeiro foi uma das caloiras que participou nesta edição da Praxe solidária. Admite que ficou surpreendida pela positiva com esta praxe. “Transmitiram-nos o que é verdadeiramente a solidariedade e a entreajuda. Foi uma boa surpresa para mim, não estava à espera que a escola se preocupasse com as pessoas desta foram”, revela a estudante.
Os cerca de 1200 quilos de alimentos recolhidos foram distribuídos pelos Centros Sociais e Paroquiais de Parada e Pinela, Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança, Associação Entre Famílias e Associação Reaprender a Viver.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Intercâmbio entre o IPB e universidades chinesas “é francamente positivo”


 Este ano são 20 os alunos chineses que frequentam o Curso de Língua e Cultura Portuguesa no Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e mais de duas dezenas são portugueses estão matriculados na opção de Mandarim, nomeadamente estudantes de Línguas e Relações Internacionais (ESEB) e da licenciatura em Turismo (EsACT). 
Dina Macias, da Escola Superior de Educação, faz um balanço “francamente positivo” do intercâmbio entre o IPB e as universidades chinesas. “A internacionalização é uma mais valia para a instituição e cada vez mais se procuram estudantes no estrangeiros, e nós estamos à frente da generalidade das instituições do país”, referiu Dina Macias.
Este ano vai manter-se o ensino de Mandarim para o 1º Ciclo nos agrupamentos de escolas de Bragança, mas o início das aulas está atrasado “intencionalmente, porque a professora veio para Portugal pela primeira vez, não sabe falar Português e precisa de algum tempo para se integrar”, acrescentou a docente.
Ribeiro Alves, diretor da ESEB, deu conta que a aprendizagem de Mandarim tem cada vez mais procura, apesar de não ser um idioma fácil e que exige paciência. O Centro de Línguas e da Cultura Chinesa promoveu uma apresentação da cerimónia do Chá, para dar a conhecer este ritual.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

Escola Superior recebe 390 novos alunos


 A Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESACT) de Mirandela preencheu mais de 75 por cento das vagas para este ano, disponibilizadas nas três fases do concurso nacional de acesso e através dos cursos de especialização tecnológica (CET).
“Este aumento de 390 alunos superou claramente as nossa expetativas iniciais”, confessa o diretor da ESACT, Luís Pires. 70 por cento são para licenciatura e os restantes 30 por cento para os CET’s. O curso de Turismo foi claramente o que mais despertou o interesse dos novos alunos. No lado oposto, estão os cursos de Tecnologias da Comunicação e Informática e Comunicações que tiveram um número residual de entradas.
Para este ano letivo, estão matriculados na ESACT de Mirandela, cerca de mil alunos distribuídos pelos cursos de Turismo, Solicitadoria, Design de Jogos Digitais, Gestão e Administração Pública, Multimédia, Marketing, Tecnologias da Comunicação e Informática e Comunicações.
Entretanto, Luís Pires revela que a ESACT de Mirandela já apresentou à Agência de Acreditação, propostas para aumentar a oferta formativa, ao nível do mestrado. “Esperamos uma resposta positiva para poder aumentar a oferta formativa, preparando já a mudança para as novas instalações da instituição que devem estar concluídas em Abril do próximo ano”, revela.
Este é também um sinal positivo para o presidente do Município de Mirandela. “São boas notícias que só vêm demonstrar que se justifica plenamente o avultado investimento que decidimos como prioritário para a construção do campus da escola”, adianta António Branco.
A ESACT começou como pólo do IPB, em 1995, com 70 alunos, utilizando instalações provisórias, cedidas pela autarquia, no centro cultural. Passou a escola autónoma em 1999, e com o aumento constante de alunos, a direção viu-se obrigada a alugar salas do edifício da Portugal Telecom, cujo aluguer é de 5 000 euros/mês. O ano passado, foi possível avançar com a construção do novo edifício, num investimento que ronda os 5 milhões de euros, suportados, em 85 por cento, por fundos comunitários e os restantes 15 por cento (contrapartida nacional), são assegurados pelo Município. Se tudo correr dentro dos prazos previstos, no próximo ano letivo, a ESACT de Mirandela já vai funcionar no edifício novo.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

Investigadores do IPB premiados pela Inovação na área das plantas aromáticas


 O Prémio Cooperação Internacional veio este ano para o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), pelos projetos de I&D e Inovação na área da descontaminação de plantas aromáticas, desenvolvido por dois investigadores do Centro de Investigação de Montanha, nomeadamente Isabel C.F.R. Ferreira e Amílcar António, divulgou a instituição de ensino.
O prémio, no valor de 900 euros, será entregue a uma IPSS de Bragança. A entrega do galardão decorreu no passado dia 14 de novembro no Centro Cultural e Congressos das Caldas da Rainha a Gala Viva frutas e Legumes, onde foram atribuídos prémios de distinção e reconhecimento público a entidades e/ou pessoas que se destacaram nas seguintes áreas: Produto Inovação; Cooperação Internacional; Inovação Organizacional; Desenvolvimento Sustentável; e Inovação Jovem Empreendedor.
Os prémios foram atribuídos pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional. Numa primeira fase do projeto está a ser avaliado o impacto do processamento pós-colheita por irradiação nas características físicoquímicas e microbiológicas de plantas aromáticas com relevância para o mercado, numa iniciativa de inovação apoiada pelo ProDer – Programa de Desenvolvimento Regional – em cooperação com duas entidades de I&D nacionais e duas empresas do sector. A esta iniciativa junta- se também um projeto bilateral Portugal-Brasil financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), ambos liderados por Isabel C.F.R. Ferreira.
Numa segunda fase será validado o processamento de descontaminação com vapor de plantas aromáticas, numa iniciativa Eureka de cooperação internacional que é liderada em Portugal pelo Instituto Politécnico de Bragança, envolvendo a participação de cinco instituições de I&D, de cinco países (Portugal, Roménia, Sérvia, Espanha, Alemanha), que tem ainda o interesse e a participação de nove empresas destes cinco países.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

19 novembro, 2014

Cancro do Castanheiro

Escola Superior Agrária de Bragança cria produto para combater doença


Exibido em 'RTP'.

Centro de Investigação da Montanha distinguido em cooperação internacional

O Instituto Politécnico de Bragança (investigadores do Centro de Investigação de Montanha Isabel C.F.R. Ferreira e Amílcar António) foi distinguido na Gala Viva frutas e Legume na área da Cooperação Internacional pelos projectos de I&D e Inovação na área da descontaminação de plantas aromáticas, desenvolvidos em consórcio com outras entidades nacionais, europeias e do Brasil.
 A cerimónia teve lugar no passado dia 14 de Novembro no Centro Cultural e Congressos das Caldas da Rainha onde foram atribuídos prémios de distinção e reconhecimento público a entidades ou pessoas que se destacaram nas seguintes áreas: Produto Inovação; Cooperação Internacional; Inovação Organizacional; Desenvolvimento Sustentável e Inovação Jovem Empreendedor. Os prémios foram atribuídos pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).
Relativamente ao trabalho do IPB numa primeira fase está a ser avaliado o impacto do processamento pós-colheita por irradiação nas características físico-químicas e microbiológicas de plantas aromáticas com relevância para o mercado, numa iniciativa de inovação apoiada pelo ProDer - Programa de Desenvolvimento Regional - em cooperação com duas entidades de I&D nacionais e duas empresas do sector.
Numa segunda fase será validado o processamento de descontaminação com vapor de plantas aromáticas, numa iniciativa Eureka de cooperação internacional que é liderada em Portugal pelo Instituto Politécnico de Bragança, envolvendo a participação de cinco instituições de I&D, de cinco países (Portugal, Roménia, Sérvia, Espanha, Alemanha), que tem ainda o interesse e a participação de nove empresas destes cinco países.
O prémio, no valor de 900 EURO, será entregue a uma IPSS de Bragança.

Publicado em 'CH'.

18 novembro, 2014

IPB estabelece protocolos com Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas

O Instituto Politécnico de Bragança estabeleceu parcerias com a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas tendo em vista a realização de estudos económicos e financeiros sobre o tecido empresarial da região.
O director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPB, Albano Alves, acredita que com esta parceria os investigadores do IPB vão ter mais facilidade em ter acesso aos dados das empresas para fazerem os estudos. “Temos parcerias para desenvolver estudos sobre a região, estudos económicos e contabilísticos. Estes estudos são feitos muitas vezes do ponto de vista académico, por investigadores, mas tendo o apoio da Ordem conseguimos chegar a informação que muitas vezes não é possível obter a informação directamente por parte dos nossos alunos ou dos nossos docentes, às vezes as empresas não facilitam alguns dados, e com o apoio da Ordem tudo isso fica mais facilitado”, salienta o director da ESTIG.
O intercâmbio entre o conhecimento académico e os profissionais desta área é visto com bons olhos pelo Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Domingues de Azevedo acredita que esta parceria vai dotar os profissionais das contas de ferramentas importantes para resolverem os problemas das empresas. “Nós quanto mais a Ciência evoluir, quanto mais os nossos profissionais tiverem conhecimentos académicos, quanto mais eles estiverem preparados para a investigação, para a novidade, para a criatividade, também eles serão mais capazes de desenvolver os problemas das empresas, de encontrarem as soluções de apoiarem os empresários no universo financeiro, no universo comercial, no universo legal, dentro das empresas são os técnicos oficiais de contas que ajudam a resolver esses problemas”, realça Domingues de Azevedo.
Este projecto está ainda numa fase inicial e só dentro de um ano é que serão conhecidos os resultados dos primeiros estudos.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Consumidores transmontanos podem confiar nos alimentos que compram


Os alimentos que compramos para comer são seguros. A garantia foi dada, em Bragança, pelo director geral da Alimentação e Veterinária e vincada pelo inspector-geral da ASAE.
Álvaro Mendonça assegura que a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária faz milhares de controlos a vários produtos da cadeia alimentar antes de chegarem ao consumidor. O director geral diz mesmo que a maioria dos problemas de saúde surgem por falta de cuidados em casa. “Temos os meios e os conhecimentos para fazer os controlos que são necessários para os alimentos serem de facto seguros. Podemos estar tranquilos que os alimentos na Europa e em Portugal são alimentos seguros. Às vezes aquelas indisposições gastrointestinais, são muito mais frequentes por razões caseiras, por alimentos mal controlados em casa, do que pelos alimentos tal como são processados na produção e na transformação”, assegurou o director geral da Alimentação.
Depois de chegar ao retalho, os alimentos são controlados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. O inspector-geral da ASAE vinca a segurança dos alimentos e adianta que a maioria das infracções se devem a problemas de higiene dos estabelecimentos. “ Por vezes actuamos e suspendemos alguns estabelecimentos por falta de condições de higiene das instalações fixas. Por exemplo, das cozinhas, os bens em si até podem ser seguros, o estabelecimento é que está em más condições de higiene o que pode fazer com que haja uma certa insegurança do bem quando é lá confeccionado”, explica Pedro Portugal Gaspar.
O director geral da Alimentação e Veterinária e o inspector-geral da ASAE, participaram num seminário sobre segurança alimentar, na Escola Superior Agrária, em Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

13 novembro, 2014

Investigadores apresentam estudos no IPB

Começou ontem e decorre até sexta-feira o II Encontro de Jovens Investigadores do Instituto Politécnico de Bragança.
Vão ser apresentados 150 estudos de alunos de licenciaturas, mestrados e doutoramentos, que desenvolvem trabalhos investigação no IPB.
Anabela Martins, Pró-presidente do IPB explica que o principal objectivo deste encontro é dar a conhecer à comunidade e à população em geral estudos com reconhecido mérito científico. “ De uma maneira geral, temos mais ou menos conhecimento daquilo que se passa na nossa própria escola mas, nas restantes escolas do instituto, por vezes, o trabalho passa-nos um pouco despercebido. Este encontro é uma forma de criar uma plataforma de conhecimento interno da actividade técnico-científica da instituição, e de dar, aos alunos em fase avançada de formação, a oportunidade de mostrarem aquilo que fazem à comunidade”, salienta Anabela Martins.
Este encontro é também importante na medida em que poderá atrair empresários interessados em aliar a teoria das conclusões a que chegaram os investigadores à realidade do mercado nas diversas áreas de investigação.
Uma das investigadoras que participa neste encontro é Natália Martins, que faz parte do Centro de Investigação de Montanha do IPB. O trabalho da jovem é realizado em colaboração com a Universidade do Minho, e Universidade de Salamanca e consiste no estudo de plantas medicinais com potencial antifúngico. Natália Martins chegou à conclusão que há plantas que podem ser bastante úteis no tratamento de infecções fúngicas. “Devido ao uso excessivo de compostos químicos e, às vezes, mal recomendado, quando vamos a um médico e ele nos passa antibióticos, é um factor que vai predispor a alguma resistência desses compostos. As plantas podem ser utilizadas não só para complementar essa terapêutica mas também para prevenir e curar”, revela a jovem investigadora.
Este foi um dos estudos apresentados no II encontro de investigadores que decorre até sexta-feira no Instituto Politécnico de Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

12 novembro, 2014

Vírus do ébola e burocracia roubam alunos ao Nordeste Transmontano e ao Algarve

Politécnico de Bragança queixa-se de que 20% dos alunos estrangeiros de países fora dos PALOP ainda não conseguiram visto
A crise do ébola está a dificultar o processo de obtenção de vistos de entrada em Portugal para os alunos estrangeiros.
Em declarações ao PÚBLICO, o presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Sobrinho Teixeira, nota que "20% dos estudantes provenientes de países fora dos PALOP e da Europa ainda não puderam chegar". A Universidade do Algarve também está à espera de sete alunos dos Camarões. Além dos obstáculos criados pela crise do ébola em África, o responsável do IPB queixa-se da burocracia e falta de meios no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que, segundo diz, também está a colocar muitos obstáculos à entrada dos estudantes estrangeiros no país.
Estudantes dos Camarões, por exemplo, país onde Portugal não tem representação consular, recorriam à Nigéria para obter o visto de entrada em território nacional, mas a epidemia que já fez milhares de vítimas em África levou ao encerramento de fronteiras na Nigéria, impedindo, assim, a chegada dos camaroneses. Existem ainda estudantes da Serra Leoa, Guiné Conacri e Libéria. Entre os 2500 novos alunos no IPB, há cerca de 1200 que chegam do estrangeiro.
Sobrinho Teixeira admite que tem estado “em contacto com as autoridades de saúde portuguesas”, existindo já um plano que passa “pela monitorização do estado de saúde dos alunos” provenientes desses países. “Foi-nos dito que o vírus é transmissível não no período de incubação mas no período em que se manifesta e em que começa a haver sinais, como febre, pelo que temos de ter essa atenção”, frisou.
Mas não é só o ébola que está a atrasar a chegada de estudantes estrangeiros ao Nordeste Transmontano, que devido ao sucesso dos cursos oferecidos em inglês, tem aumentado a procura. Segundo Sobrinho Teixeira, esta esbarra na “burocracia” e na “falta de meios” do MNE.
“O processo de concessão de vistos está a ser muito custoso. Não é aceitável que alunos que pediram o visto há sete meses continuem fechados numa burocracia dos Negócios Estrangeiros. E pior, na falta de funcionários do MNE, que faz com que o atraso dos vistos seja, neste momento, algo que está a provocar um retrocesso completo na capacidade de captação de alunos estrangeiros”, lamentou Sobrinho Teixeira.
O presidente do IPB lembra que o Governo lançou um programa de captação de alunos estrangeiros, concedeu bolsas, 200 delas atribuídas à instituição de ensino a que preside. Por isso, “não se compreende que todo esse esforço do Governo seja completamente inconsequente pela capacidade que o MNE está a ter em dar vazão aos pedidos que lhe chegam”, reclama.
O IPB vai duplicar a sua oferta formativa em inglês no próximo ano, passando a ter 14 cursos e mestrados ministrados unicamente em inglês. “Obviamente que os cursos de mestrado têm uma dimensão menor mas irão funcionar já este ano com candidatos internacionais, aos quais se juntam os alunos portugueses, que entendem que é uma mais-valia não só ter o mestrado mas tê-lo em inglês, porque abre outras portas, os habitua a comunicar em inglês e lhes permite ter um contacto com colegas internacionais”, explicou ao PÚBLICO Luís Pais, vice-presidente da instituição, que coordena esse pelouro.
Com os atrasos provocados, quer pelo ébola, quer pela burocracia, alguns alunos já perderam o início do ano lectivo, pelo que o IPB tentará integrá-los nos semestres do próximo ano. O PÚBLICO já pediu um esclarecimento ao MNE mas, até ao momento, ainda não obteve resposta.

Publicado em 'Público'.

11 novembro, 2014

IPB lidera no ranking da investigação

Politécnico conseguiu ficar em primeiro lugar em três indicadores a nível nacional dos sete analisados
 
O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) liderou este ano mais um indicador a nível nacional no ranking da investigação ibero-americano, que é divulgado pela Scimago.
O Politécnico ficou em primeiro lugar em três indicadores do total de sete analisados no total. Um deles é o factor impacto, que mede o número de vezes que os artigos são citados por outros investigadores, em que os artigos do IPB são citados 40 por cento mais vezes do que a média das instituições de todo o mundo, outro é a excelência, que analisa o número de vezes que os artigos são citados em revistas conceituadas de cada área, em que 20 por cento das publicações do IPB se incluem nas 10 revistas mais citadas em cada área, e o terceiro é a excelência com liderança, que avalia quem lidera o trabalho desenvolvido nas publicações que estão nessas mesmas revistas.
“Deixa-nos muito satisfeitos, porque apesar de o IPB ser uma instituição de média dimensão a nível nacional consegue ficar na qualidade de investigação e na produtividade por investigador em primeiro lugar e logo em três dos sete indicadores”, salienta o presidente do IPB.
Sobrinho Teixeira acrescenta que a investigação que é feita no IPB é transversal e aplicada à região onde se insere ou direccionada para o desenvolvimento regional. “No sector agrário toda a evolução que o IPB tem feito na região, seja no combate à mosca da azeitona, na luta contra o cancro do castanheiro que conseguimos de facto encontrar a cura, estamos agora num novo combate para a vespa das galhas do castanheiro que também iremos tentar encontrar uma solução”, enumera o presidente do IPB.
Actualmente, o IPB tem cerca de 300 investigadores.

Publicado em 'Jornal Nordeste'.

06 novembro, 2014

Jovens investem no agroalimentar e criam o próprio emprego


O agroalimentar está a revelar-se um setor de atracão para jovens que se lançam no mundo dos negócios, aproveitando recursos locais, como as ervas aromáticas, sabonetes artesanais, uma destilaria, produção assistida e clonagem de plantas ou produção de azeite.
Estes são apenas alguns dos bons exemplos que já estão no terreno e a trabalhar. Trata-se de um setor que está a despertar o interesse dos jovens “o que se vê pela quantidade de iniciativas que estamos a acompanhar”, referiu José Adriano, responsável pelo Gabinete de Empreendedorismo do Instituto Politécnico de Bragança.
O Gabinete do Empreendedorismo, criado há 5 anos, está a acompanhar 34 projetos, dos quais cerca de uma dezena são de agroalimentar, mas dispõe de outros ainda em carteira nas área do mel, azeite e hortaliças, todos à espera de fundos do próximo Quadro Comunitário de Apoio.
As já criadas implicaram mais de 1,9 milhões de euros e permitiram a ocupação de 79 pessoas, a maioria jovens licenciados que criaram o próprio emprego.
Entre as novas empresas contam-se a Terra Ger, foi financiada por uma ILE na área da gestão agrícola. Os licores Alma Penada, a Touchflours, produção agrícola e transformação de plantas aromáticas, associada à Pragmática Aromas, que tarta da comercialização; ou a Ruralnet comercialização de produtos agroalimentares, bem como a Olivadouro - produção agrícola de azeite.
“Muitas delas são de alunos do IPB. Por exemplo para a Deifil, conseguiu-se um PRODER no valor de cerca 150 mil euros”, explicou José Adriano.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

05 novembro, 2014

IPB vê aprovado projecto inovador na área das plantas aromáticas


O Instituto Politécnico de Bragança recebeu luz verde para avançar com um projecto inovador, que apresentou ao programa Eureka, na área das plantas aromáticas.
O anúncio foi feito pelo presidente do Euroagri - Plataforma de apoio a projectos internacionais no sector Agro-Alimentar, durante um mini-worshop sobre este tema, organizado pelo IPB e que decorreu no Nerba, inserido no programa da Norcaça, Norpesca e Norcastanha. O projecto integrou assim a “green list” da rede Eureka e será aprovado esta semana em Zurique, na Suiça.
O presidente do Euroagri, João Silva, considera que esta distinção constitui uma “muito boa base internacional para mostrar a capacidade de liderança e gestão e sobretudo competências em ID, numa determinada área tecnológica”.
Isabel Ferreira, professora coordenadora do IPB, que integra a equipa do projecto, explica em que consiste esta ideia inovadora. “Tem a ver com técnicas alternativas e inovadoras de conservação e desinfestação de especiarias e plantas aromáticas que vão passar pela radiação ou o vapor, entre outras, com vista a garantir a conservação e a circulação das plantas aromáticas com qualidade e segurança alimentar”, revela a docente.
No mini - workshop foi ainda apresentado o Euroagri, que este ano está a ser presidido por Portugal e que se insere no âmbito do Eureka. O vice-presidente do IPB, Orlando Rodrigues, acredita que esta é altura ideal para apresentar projectos inovadores, candidatando-os a apoios comunitários.O projecto inovador do IPB na área das plantas aromáticas conta já com o apoio de universidades e empresas de Espanha, Alemanha, Sérvia e Roménia.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Rececão Ao Caloiro 2014

Primeira noite ficou marcada pela Missa da Bênção dos Caloiros, o Desfile de Tochas e a atuação das Tunas


Exibido em 'LocalvisãoTV'.

Cancro do castanheiro já tem cura


Depois de três anos de trabalho em laboratório, surge o primeiro produto em Portugal para combater o cancro do castanheiro. O projecto foi desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em parceria com outras entidades, para resolver um dos problemas que afecta a produção de castanha na região.
Eugénia Gouveia, investigadora do IPB, adianta que o produto é biológico, já foi testado e é 100 por cento eficaz. “Este ano um passo importante foi dado. Temos o produto que pode ser aplicado, já foi experimentado no campo e funciona muito bem”, assegura Eugénia Gouveia, investigadora do IPB. O próximo passo é fazer chegar este produto aos produtores. Eugénia Gouveia diz que é preciso uma conjugação de vontades para que o produto seja homologado e colocado no mercado. “Estamos a trabalhar com todos os intervenientes, desde os produtores, às associações, Ministério da Agricultura, instituições de investigação. Precisamos de facto de uma colaboração mais estreita, porque este produto tem que ser autorizado para poder ser utilizado no ambiente”, defende a investigadora do IPB.
Outra praga que está a preocupar produtores e investigadores é a vespa do castanheiro, que já está instalada em soutos na zona do Minho. O início da luta biológica nesta zona está prevista para o próximo ano.
Albino Bento, professor e investigador do IPB, não tem dúvidas que dentro de três anos esta praga vai chegar à região transmontana e por isso lembra que ao se iniciar a luta biológica no Minho se está a proteger a zona que mais castanha produz. “ Como a praga tem uma dispersão natural e vai progredindo anualmente e vai atingindo novos castanheiros. Também o parasitóide tem uma dispersão natural, que vai acompanhando, embora a um ritmo um pouco mais lento a praga, e, portanto, quando estamos a fazer luta biológica no Minho estamos a cuidar da maior zona de produção de castanha que é Trás-os-Montes”, explica Albino Bento.
As doenças do castanheiro estiveram em debate no VII Fórum Internacional de Países Produtores de Castanha, em Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

04 novembro, 2014

Três jovens alemãs levam o espírito Taizé a Bragança

Três jovens alemãs da Comunidade Ecuménica de Taizé estão em missão na região de Bragança. A comunidade lançou o desafio aos voluntários de partirem em missão pelo mundo para conhecer culturas e participar em obras sociais em Bragança, estas jovens vão apoiar idosos e crianças.


Exibido em 'Porto Canal'.

Bragança vai ter Centro Interpretativo da Castanha


Bragança quer criar um Centro Interpretativo da Castanha e do Castanheiro. O projecto foi anunciado este sábado durante o Grande Capítulo de Outono da Confraria Ibérica da Castanha. O grão-mestre da Confraria adianta que se trata de uma parceria que envolve também a Câmara Municipal e o Instituto Politécnico de Bragança.
Paulo Hermenegildo diz que o objectivo é aproveitar os fundos do próximo quadro comunitário de apoio para concretizar este projecto, que vai nascer no mundo rural. Neste encontro de confrades foi ainda escolhido o chefe Hélio Loureiro para ser o embaixador da Confraria Ibérica da Castanha. Paulo Hermenegildo assegura que este chefe brigantino já está a promover a castanha além fronteiras, nomeadamente no Brasil.
A Confraria Ibérica da Castanha entronizou mais 18 confrades e conta, actualmente, com 103 membros.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

03 novembro, 2014

Cristãos, muçulmanos e budistas no mesmo espaço em Bragança

Abertura aos estudantes estrangeiros trouxe ao Nordeste Transmontano diferentes credos. Direcção da instituição criou agora um espaço de oração para todos sem excepção
 Já foi a casa senhorial de uma das quintas mais ricas da zona de Bragança, antes de ser transformada em pólo de investigação do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Agora, o espaço que albergou o Centro de Investigação de Montanha tornou-se um espaço intercultural e inter-religioso, onde alunos de todos os credos e religiões podem coabitar. E o pontapé de saída desta experiência inédita foi dado por três estudantes alemãs, que ao longo do último mês estiveram em Bragança a recolher experiência de vida e a aprender os desafios de viver em comunidade.
“Tem sido muito bom”, garantiram ao PÚBLICO Margarete, de 21 anos, estudante de Psicologia e oriunda de Triest, Anna, de 18, que veio de Munique e quer ser professora, e Lisa, também de 18, proveniente de Colónia e que quer estudar Teologia. As três jovens participaram numa acção promovida pela Taizé, uma comunidade ecuménica localizada em França, que acolhe jovens e adultos das várias confissões cristãs no mesmo espaço, de partilha. “É uma forma diferente de viver a fé, com respeito pelos outros”, dizem. Apesar da dificuldade com a língua, comunicar não tem sido um problema. “Entre inglês, francês ou por gestos”, explicam, com um sorriso tímido. Aproveitaram para conhecer a região e participar em alguns momentos importantes na vida da diocese de Bragança-Miranda, como a comemoração do Dia Nacional dos Bens Culturais, que decorreu em Torre de Moncorvo, no dia 18 de Outubro.
A presença das três jovens surgiu como forma de um “desafio” lançado ao padre Calado Rodrigues, capelão do Instituto. “[A comunidade de Taizé] está num ritmo de preparação do centenário do nascimento do fundador, do aparecimento do fundador da comunidade, e está a colocar em diversos pontos do globo pequenas comunidades temporárias. A ideia é terem uma experiência de vida comunitária, depois uma experiência de oração (três vezes ao dia). E depois uma experiência de solidariedade”, explica o sacerdote, que supervisionou a estadia das jovens em Bragança.
O trabalho foi um pouco dificultado pela questão da língua, mas conseguiram ultrapassar isso e comunicar com os idosos e com as crianças das IPSS. “Encontrámos muita gente que fala inglês e francês”, recordam as jovens.
Para além disso, tiveram contactos com os estudantes do IPB, das escolas, para divulgar a comunidade, o seu objectivo e espírito, “que é sobretudo marcado pelo espírito ecuménico, com um bom relacionamento entre as diferentes igrejas cristãs”, sublinha o sacerdote. O grande objectivo foi “motivar as pessoas a participar, de 9 a 16 de Agosto, nessas comemorações”. ”Estamos a organizar um grupo daqui para participar. Estarão milhares de jovens de todo o mundo”, acredita. Esta experiência serviu de ponto de partida para um outro projecto do IPB, que passa pela criação de um espaço intercultural e inter-religioso, situado à entrada da Escola Superior Agrária, em Bragança. “Primeiro pensámos em criar um espaço para oração ecuménica. Mas chegou-se à conclusão que o IPB tem-se internacionalizado muito, e há estudantes vindos de diversas latitudes religiosas e culturais, pelo que se sentiu a necessidade de criar um espaço de reflexão intercultural e inter-religiosa”, explica o capelão do Politécnico de Bragança. A necessidade foi identificada, inicialmente, pela direcção do Instituto. “A proveniência dos alunos tem aumentado, assim como o número de religiões. Este ano tivemos candidaturas dos Países Africanos de Língua Portuguesa, mas de muitos outros países africanos, da América, da Europa e do Oriente, de países como o Bangladesh, a Índia ou o Irão”, explicou Sobrinho Teixeira, o presidente do IPB, ao PÚBLICO, revelando que o objectivo “é ter uma atitude preventiva e afirmativa desta situação, de maneira a que se possa fazer disto uma cultura de tolerância pela diferença”.
Funciona como “um mesmo espaço para onde vão ser convidados os alunos do IPB, de diferentes regiões, de diferentes religiões, para cada um ter a sua afirmação”. “Pretende-se o acentuar da diferença mas com harmonia e tolerância. Para que cada um possa ter um espaço para orar mas afirmar aquilo em que acredita”, sublinha. Será um espaço em branco, ou seja, de decoração neutra, em que cada grupo pode colocar a decoração consoante as suas crenças (imagens, por exemplo), e que retira e guarda após a oração.
A ideia é peregrina e nem mesmo as três jovens alemãs esperavam algo semelhante. “Nunca tínhamos visto nada semelhante. É uma ideia muito boa porque se o fizermos todos os dias torna-se um hábito. E é uma forma de reflexão e introspecção”, dizem. “[As pessoas] não precisam de rezar juntas mas têm de se respeitar e podem conhecer-se melhor”, diz mesmo Margarita, a mais velha das três, estudante de Psicologia.
O espaço foi visitado pelo bispo da diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, o mais jovem bispo do país e um dos mais jovens de toda a Europa. Participou num dos três momentos diários de oração, que inclui a leitura de algumas passagens da Bíblia, cânticos e meditação. “Creio que é um bom começo e uma boa continuidade do serviço que a capelania do Politécnico pode prestar. Tem essa missão de congregar todas as culturas e todas as línguas na mesma linguagem da verdade, da vida, do amor, da tolerância, do respeito dos valores universais, que são valores cristãos e valores humanos. Para nós, são valores novos, concretizados aqui”, frisa o prelado. “Temos a experiência de ser um povo missionário e de emigrantes mas temos agora a experiência de ser um povo de missão e que acolhe multiculturas. Bragança está a ser uma cidade multicultural. E o aspecto religioso e cultural é fundamental para o acolhimento na diversidade das línguas e das culturas”, fez questão de sublinhar D. José Cordeiro. O bispo transmontano, que já foi ele próprio capelão do IPB há mais de 20 anos, acredita que não haverá choque cultural. “Espero, sinceramente, que não”, diz, até porque, “a criação de um espaço religioso integrado no campus é a expressão de uma cultura preventiva, para que, ao chegarem, [os estudantes] se sintam acolhidos e incluídos, com perspectivas diferentes mas apostados num mundo novo e global”.
Por outro lado, surge na sequência das acções do Papa Francisco de promoção do diálogo para a Paz na Terra Santa. “No nosso caso, é uma Igreja em saída. Temos de estar preparados para isso e ainda não estávamos. Em Bragança, experimentamos a multiculturalidade e a universalidade da fé. Isto é muito positivo e tem de ser cultivado, porque é uma experiência completamente nova”, conclui.
Este ano, o IPB teve um crescimento de 25 por cento no número de alunos novos. Praticamente metade são estudantes estrangeiros.

Publicado em 'Público'.

Politécnico de Bragança cria espaço inter-religioso

O espaço, despido de símbolos, está aberto a todos os credos.
O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) criou um espaço para que alunos de diferentes religiões possam fazer as suas orações.
É um espaço inter-religioso e inter-cultural, situado à entrada da Escola Superior Agrária, e surge no âmbito da aposta daquele estabelecimento de ensino superior na internacionalização dos seus alunos, que no último ano eram já cerca de 900, entre os sete mil estudantes, e “com tendência a aumentar”.
Este ano, o IPB teve candidaturas dos PALOP e de muitos outros países africanos, bem como da América Latina, Europa e do Oriente, como Bangladesh, Paquistão, Nepal, Índia ou Irão.
Para Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, Bragança “tem dado sempre um exemplo de uma grande capacidade de acomodação da diversidade, de pessoas de diferentes pensamentos, raças ou religiões”.
“A nossa perspectiva é ter uma atitude preventiva e afirmativa, de maneira a que possamos fazer uma cultura de tolerância pela diferença”, afirma.
O espaço, despido de símbolos religiosos, está aberto a todas as crenças religiosas e “corresponde a uma necessidade que se sentia de um espaço de oração para todas as religiões, uma vez que o instituto tem muitos alunos de diferentes latitudes geográficas, culturais e religiosas”, acrescenta o padre Calado Rodrigues, responsável pela capelania do IPB.
O sacerdote explica que a ideia principal é aproximar os jovens das diferentes religiões e criar “um ambiente de tolerância, de bom relacionamento”, para superar as questões “de fanatismos, de intolerâncias, de falta de compreensão”.

Taizé em Bragança
O espaço inter-religioso abriu com a presença de três jovens alemãs, enviadas pela Comunidade de Taizé, no âmbito do encontro internacional que terá lugar de 9 a 16 de Agosto de 2015, na sede da comunidade Taizé, em França, em que se celebrarão os 100 anos do nascimento do fundador, Irmão Roger, e os 70 anos de existência desta experiência ecuménica.
Ao projecto de Taizé juntou-se o interesse do responsável pela capelania do IPB de que alguns jovens desta comunidade pudessem vir a este estabelecimento de ensino superior. E foi assim que estas três jovens voluntárias se “interessaram pelo projecto” e vieram até Bragança, por “quatro semanas”, explica Margarete Darscheid.
A jovem, de 21 anos, refere que o tempo em Bragança é passado com as pessoas, em oração e a realizar trabalho voluntário em instituições sociais.
Apesar da barreira da língua, Elisabeth Quarch, de 18 anos, destaca a forma “amistosa” como foram acolhidas. Reconhece que “comunicar não é muito fácil”, porque não falam português e as pessoas com quem lidam diariamente não dominam o inglês, “mas são todos amigos”, conta.
“As pessoas são simpáticas e abertas. Quando queremos, podemos falar com elas, dizer-lhes o que sentimos, como nos sentimos”, acrescenta Anna Fischhaber, de 18 anos.
“Gostamos que as pessoas se juntem a nós para rezar. Mesmo não conhecendo Taizé, estão abertas, cantam os cânticos e querem saber mais sobre Taizé. E isso é muito bom”, conclui.
Na hora de fazer o balanço da presença em Bragança, as três jovens alemãs respondem em uníssono: “foi muito bom”.

Publicado em 'RR'.

Produção de azeite terá quebras até 30 por cento devido a mosca

A mosca-da-azeitona pode vir a reduzir entre 20% e 30% a produção de azeite em Trás-os-Montes. Um verão ameno e um inverno pouco frio favoreceram a praga.
José Alberto Pereira, investigador do Instituto Politécnico de Bragança, explica porque é que os olivicultores estão este ano confrontados com um ataque tão grande de mosca-da-azeitona, que é considerada a maior praga do olival em todo o mundo. “O que aconteceu é que tivemos um mês de Julho e de Agosto extremamente suaves. Ao não termos temperaturas a partir de 33 graus, não houve a mortalidade dos óvulos, que normalmente ocorria na primeira geração. Houve condições para a mosca se desenvolver muito rapidamente. Neste momento, temos ataques de mosca por toda a região”, descreve o investigador.
A acção das larvas na azeitona cria condições para o aparecimento da gafa, um fungo que não era nada habitual na região e que também compromete a qualidade do azeite. A próxima semana deve trazer tempo mais fresco, mas os ataques não vão parar de um momento para o outro. Colher mais cedo é a solução para atenuar problema.
Este tema do ataque da mosca-da-azeitona, ente ano, nos olivais transmontanos e durienses, estará em destaque na edição de amanhã do Semanário Informativo da CIR, a partir das 10 da manhã.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

30 outubro, 2014

Vai um queijo da Serra da Estrela com flor de castanheiro?

Centro de Investigação da Montanha, de Bragança, está a fazer o teste
 Incorporar a flor do castanheiro em queijo tipo Serra da Estrela não DOP, com vista a produzir um alimento novo do ponto de vista organolético, é o trabalho que tem vindo a ser promovido por um grupo do Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança, liderado por Isabel Ferreira.
Pretende-se conferir benefícios aos consumidores e potencialmente vir a substituir conservantes sintéticos, cujas implicações para a saúde são conhecidas. Este trabalho é fruto de uma parceria de cooperação para a inovação financiada pelo ProDer, envolvendo a empresa Queijos Matias.
Este grupo de investigação tinha já caracterizado as propriedades da flor do castanheiro, tendo verificado a sua excelente capacidade antioxidante e antimicrobiana em diversos produtos alimentares.
Os primeiros resultados desta iniciativa têm despertado o interesse da comunidade científica, tendo um dos seus membros, Márcio Carocho, sido distinguido com um “Scholar Award” pela apresentação desta investigação na conferência internacional “Food Studies”, que decorreu recentemente na cidade de Prato em Itália, no final de Outubro.
As flores de castanheiro são subprodutos não valorizados, que caem da árvore na época da floração, e que podem vir assim a acrescentar inovação a um produto tradicional, podendo daí resultar mais valias para toda a cadeia de produção e de comercialização num queijo de excelência, particularmente apreciado pelas suas características singulares.
Recorde-se que o queijo da Serra da Estrela é dos queijos mais conhecidos de Portugal, feito a partir de queijo de ovelha, com a adição de flor de cardo e sal. Em 1996, a União Europeia atribuiu-lhe uma Denominação de Origem Protegida (DOP), mas até à data existem poucos estudos científicos acerca deste queijo, das suas propriedades e potencialidades.

Publicado em 'Ciência Hoje'.

IPB inverteu ciclo nacional e acolheu mais alunos este ano


Até final de dezembro, o Instituto Politécnico de Bragança espera ultrapassar os 2500 novos alunos.
A revelação foi feita pelo presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, à margem da cerimónia de receção aos alunos, que decorreu na última quinta-feira, no auditório ao ar livre da instituição, em Bragança. Aproveitando o momento “de inclusão”, Sobrinho Teixeira deixou mesmo a promessa de a cerimónia de acolhimento dos novos alunos decorrer também em Mirandela. “Temos tido crescimento em diversos setores. Tivemos um crescimento bruto, pois aumentámos 25 por cento os alunos que entram pela primeira vez, numa altura em que o País decresceu. Também crescemos em diversidade. Vieram alunos de Penafiel, das Taipas, Santo Tirso, da Régua, o que mostra a grande abrangência que o IPB está a ter”, sublinhou, denotando a “grande capacidade para atrair alunos do litoral para o interior” que o IPB tem revelado. “Também vimos aqui uma expressiva comunidade internacional. Revela a capacidade de integração do IPB. Quase 40 países representados de todos os continentes. Alunos conseguiram- se unir e afirmar-se no seio da comunidade”, concluiu.

Publicado em 'Mensageiro'.

Técnicos Oficiais de Contas são cada vez mais importantes nas empresas


 As empresas dependem cada vez mais da presença de um Técnico Oficial de Contas nas suas organizações, dada complexidade crescente da burocracia. O diagnóstico foi traçado pelo Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Domingos Azevedo, em Bragança, à margem de um seminário sobre a competitividade das empresas e os TOC, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPB.
“Está a criar-se a ‘TOCodependência’. A burocracia tem aumentado de uma forma muito acentuada mas é uma burocracia seletiva, que exige tecnicidade, conhecimentos de informática. Os empresários têm consciência que sem esta organização, não conseguem sobreviver”, sublinhou o Bastonário.
Aproveitando a ocasião, o IPB e a Ordem dos TOC renovaram o protocolo existente entre as duas entidades, que permite aos alunos do curso de Contabilidade Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas sublinhou a importância da profissão do IPB estarem dispensados da realização de um estágio de admissão à Ordem. “Queremos proporcionar as melhores condições no mercado de trabalho para estes alunos, que ficam dispensados da realização do estágio, para exercerem a profissão de TOC. Também temos uma parceria de longa data com a Ordem, queremos dinamizar outros projetos”, explicou Albano Alves, presidente da ESTIG. “Temos parcerias para desenvolver estudos económicos e contabilísticos sobre a região. Feitos por investigadores mas com o apoio da Ordem, podendo conseguir informação de forma mais facilitada. A Ordem pode ajudar a divulgar o trabalho que será feito”, sublinhou. Dentro de um ano deverá ser apresentado um estudo sobre o tecido económico da região, com o apoio da Ordem, que, espera Domingos Azevedo, se torne “uma referência”.
Por outro, o empresário Luís Afonso, que há mais de seis anos integrou na sua organização empresarial um TOC, enalteceu o papel que estes profissionais podem ter dentro das empresas atualmente. “Tem de haver cumplicidade entre TOC e empresários. No nosso caso, tem sido um motor importante na perspetiva de lançar oportunidades de investimento e abordar instrumentos de apoios governamentais disponíveis, apoio no lançamento de créditos bancários, gestão do parque automóvel. Temos bebido medidas interessantes que nos têm permitido avançar com mais competitividade das empresas”, sublinhou o empresário, que se prepara para lançar um investimento de cinco milhões de euros na região.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

Alunos da Escola Superior Agrária dão exemplo com praxe solidária


Recolher alimentos e roupas para distribuir pelas instituições mais carenciadas do concelho de Bragança é o objetivo da “Praxe Solidária”, organizada pela Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Bragança.
“Saímos para a rua para fazer recolha de alimentos, porta a porta e em grandes superfícies, como o Intermarché ou o Pingo Doce. No final, os alimentos são separados por género e são entregues a várias instituições de Bragança, com o apoio do Pe. Calado Rodrigues, capelão do IPB”, explicou Miguel Santos, presidente da Associação.
Mobiliza não só os caloiros mas alunos de segundo ano e mesmo de mestrado. “É já uma praxe mítica”, frisa.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

Ébola e burocracia atrasam vinda de alunos estrangeiros para o IPB


O surto de Ébola que se faz sentir em alguns países africanos está a atrasar a chegada de alunos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa ao Instituto Politécnico de Bragança.
Alguns dos 1200 alunos internacionais previstos este ano são provenientes de países como a Guiné Conacri, a Libéria, a Serra Leoa, e os Camarões. Há estudantes que têm que se deslocar à Nigéria para tirar o visto para poderem vir para Portugal, o que está a provocar atrasos, uma vez que este país tem as fronteiras encerradas devido ao Ébola.
O presidente do IPB acredita que os alunos vão chegar brevemente e garante que não há motivos para alarme. “Esses países têm milhões de pessoas. Não é toda a gente que vem de lá que está infectada”, salienta o responsável. No entanto, o presidente da instituição afirma que o IPB vai estar atento a possíveis casos de Ébola. “Temos de ter todos os cuidados mas dado que o período de incubação é de cerca de um mês, podemos controlar a recepção desses alunos juntamente com as autoridades sanitárias nacionais”, acrescenta Sobrinho Teixeira.
O presidente do Instituto Politécnico está ainda preocupado com o atraso na obtenção de vistos dos alunos de países como o Bangladesh, o Nepal, a Indonésia, a Índia e o Paquistão. Sobrinho Teixeira aponta o dedo à burocracia e à falta de recursos humanos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que diz não condizer com a política de atracção de alunos estrangeiros que o governo quer implementar. “Não se compreende que, depois de todo esse esforço duma parte do governo, seja completamente não consequente pela incapacidade que o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a ter em dar vasão aos pedidos que lhe chegam”, frisa o responsável.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Semana do caloiro de Mirandela duplica orçamento


A Semana do Caloiro de Mirandela arranca hoje com o encontro de tunas. Este ano a organização garante que fez uma aposta forte no cartaz. O orçamento para os músicos chega aos nove mil euros, o que representa quase o dobro em relação ao ano passado.
A festa que dá as boas vindas aos caloiros da Escola Superior de Administração, Comunicação e Turismo de Mirandela (ESACT) vai custar 20 mil euros. O presidente da Associação de Estudantes, Tito Resende, considera que só com um bom cartaz se pode esperar bons resultados de bilheteira.“O objectivo é conseguir manter o pavilhão com bons números para poder pagar o evento. Para termos gente temos de ter cartaz atractivo”, salienta o estudante. Os cabeças de cartaz este ano são Kussondulola, que actuam amanhã, o hip-hop de Dillaz, vai poder ouvir-se na sexta-feira, sábado a Semana do Caloiro termina com Darko, o novo projecto do ex-finger Tip, Zé Manel, e DJ Ride.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Estudantes de Contabilidade e Gestão dispensados de estágio para aceder à Ordem

Os alunos de Contabilidade e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança estão dispensados do estágio no acesso à Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.
Para isso foi assinado ontem um protocolo, que vai facilitar a vida aos recém-licenciados no acesso à profissão.
O director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança, Albano Alves, garante que este acordo com a Ordem vai beneficiar cerca de 40 estudantes por ano que terminam o curso de Contabilidade no IPB. “Os cursos de Contabilidade e de Gestão representam uma fatia muito importante dos alunos da ESTIG e nós queremos proporcionar as melhores condições no mercado de trabalho para estes alunos. Com este protocolo os alunos ficam dispensados do estágio para depois exercerem a profissão de TOC”, realça o director da ESTIG.
Durante a cerimónia de assinatura deste protocolo, o Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas destacou o papel destes profissionais na sobrevivência das empresas. Domingues de Azevedo diz mesmo que a burocracia a que as empresas estão sujeitas actualmente as obriga a recorrer a técnicos oficiais de contas. “Tem-se vindo a desenvolver uma coisa muito complexa no nosso País, que eu acho que hoje está-se a desenvolver a TOC dependência das empresas. É que a burocracia tem aumentado de uma forma muito acentuada, mas não é o tipo de burocracia que enviávamos um funcionário à repartição de Finanças para levar os livros para carimbar. Hoje a burocracia é selectiva, exige tecnicidade, exige conhecimentos de informática, exige uma série de coisas que as empresas não têm vocação para os resolver. Por isso, hoje uma empresa sem técnico oficial de contas praticamente não consegue sobreviver”, realça o Bastonário.
Para os empresários os técnicos oficiais de contas também têm um papel fundamental ao nível da competitividade. Luís Afonso, empresário em Bragança, reconhece que o tecido empresarial da região é frágil, mas assegura que a maioria das empresas já integra profissionais desta área. “Medidas interessantes que nos têm permitido avançar com mais competitividade do que alguns dos nossos concorrentes do mercado nacional. Portanto, tem sido uma relação positiva. O tecido económico de Bragança é frágil, mas já vai havendo um conjunto de empresas que têm capacidade para ter integrado na organização um técnico oficial de contas. Não haverá tantas como seria nosso desejo, porque é um tecido empresarial algo frágil”, constata o empresário.
O papel dos técnicos oficiais de contas mudou com a actual conjuntura económica. As empresas recorrem cada vez mais a estes profissionais para resolverem os problemas do dia-a-dia e delinearem estratégias ao nível da competitividade.

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28 outubro, 2014

Estudantes aderem à praxe solidária


Por uma boa causa. Foi esse o lema de cerca de cem alunos que ontem participaram na já tradicional Praxe Solidária do Instituto Politécnico de Bragança.
O objectivo é recolher alimentos que vão ser entregues a cinco Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho de Bragança. Miguel Santos, o presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária, responsável pela iniciativa, explica de que forma os estudantes organizam esta praxe.“Falámos com o capelão do IPB para saber quais são as instituições que têm mais dificuldades no concelho de Bragança, dividimo-nos em grupos e espalhámo-nos pela cidade. Batemos às portas e fomos para as superfícies comerciais para perguntar às pessoas se podem contribuir com bens alimentares. È uma praxe já com algum historial, os caloiros acabam por gostar porque é diferente e andamos todos juntos por uma boa causa”, descreve o responsável.
De porta em porta pelas ruas de Bragança ou abordando aqueles que ontem ao final do dia faziam as suas compras em hipermercados da cidade, os caloiros mostraram-se entusiasmados com a iniciativa, acreditando que esta é também uma forma de mostrar à população que as praxes podem ser úteis à sociedade. “A praxe não é só brincadeira, também é ajudar os outros e é uma iniciativa muito interessante. As pessoas ainda têm um pouco o pé atrás em relação à palavra “praxe”, depois é que ouvem a palavra “solidária” e ficam um pouco mais calmas”, constata Sara Magueija.
Bruna Pinheiro está no segundo ano de Biologia e Tecnologia. Repetente a participar na Praxe Solidária, não tem dúvidas de que é uma boa iniciativa. “É uma iniciativa muito boa porque nos ajuda a mostrar à população que as praxes não são só aquilo que eles pensam e que estamos aqui para ajudar as pessoas que mais precisam. Estamos todos aqui para o mesmo fim e ninguém é mais do que ninguém “, considera a estudante. No ano passado os estudantes conseguiram angariar uma tonelada e meia de alimentos, número que esperam ultrapassar este ano. Os bens alimentares serão depois distribuídos pelos Centros Sociais e Paroquiais de Parada e Pinela, Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança, Associação Entre Famílias e Associação Reaprender a Viver.

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27 outubro, 2014

Académica apresenta cartaz que "está na moda"


Um cartaz musical que está na moda. É desta forma que o presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança apresenta os concertos da Recepção ao Caloiro, que este ano decorre de 4 a 8 de Novembro. Ricardo Pinto garante que a escolha dos artistas foi dos próprios estudantes.“É um cartaz que está na moda, seguindo o exemplo do ano passado em que os caloiros pediram no acto da matricula na recepção que fazemos as bandas que gostariam que viessem cá, não estão todas, mas estão a mais votadas”, assegura Ricardo Pinto. O cartaz musical é variado. Ricardo Pinto assegura que vêm a Bragança os artistas do momento.Beatbombers DJ Ride vs Stereossauro, B4 Los Compadres, D.A.M.A, Safri Duo, Master Jake e Eddy Flow e Rute e Marlene e Zé do Pipo são os nomes mais sonantes na Recepção ao Caloiro 2014 de Bragança.Este ano, a Académica vai baixar o preço dos bilhetes e lançar surpresas para os estudantes.
“O preço dos bilhetes ainda não está bem definido, mas vai ser mais baixo do que no ano passado para os bilhetes diários. Este ano para quem entrar no NERBA entre a uma e uma e meia da manhã vai ter surpresas que só serão reveladas no dia. Mas sempre a pensar nos estudantes”, remata Ricardo Pinto.

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24 outubro, 2014

IPB aumentou o número de novos alunos

O Instituto Politécnico de Bragança aumentou o número de novos alunos em cerca de 25 por cento, em relação ao ano lectivo passado.
Os cerca de 2400 novos alunos que já ingressaram no IPB foram ontem recebidos oficialmente pela instituição, numa sessão de boas vindas. O presidente do IPB não esconde a satisfação deste crescimento, numa altura em que houve um decréscimo de alunos a nível nacional.“Crescemos a nível do sistema nacional de acesso e dos outros regimes. O país teve um ligeiro decréscimo, o IPB conseguiu crescer quase 25 por cento, o que nos deixa muito satisfeitos”, sublinha Sobrinho Teixeira.
A comunidade de alunos internacionais é cada vez mais representativa. Mais do que preencher vagas de cursos que não tiveram alunos nacionais interessados, Sobrinho Teixeira destaca o espírito de convívio entre as várias culturas, que considera que deve ser visto como um exemplo. “Temos representados países de todos os continentes, quase 40 países representados. O IPB, a cidade e a região, estão de parabéns. É esta capacidade que nós temos mostrado, de que há uma grande tolerância pela diferença e de que na diferença somos todos iguais, e é uma lição de civilidade que estamos a dar ao país”, considera o responsável.
O IPB espera este ano ultrapassar os 1200 alunos internacionais, sendo que alguns ainda não chegaram. Do Ceará veio Jayne Morais que está a gostar da cidade, do Instituto Politécnico e sobretudo das praxes. “Lá não temos esse costume, são só brincadeiras educativas mas que não duram mais de uma semana. Aqui é mais cultural e competitivo entre as escolas, é interessante”, considera a estudante. Já Fabio Hordini veio da região de Andalucia, em Espanha. Após ter pesquisado sobre várias cidades do país, escolheu Bragança pela proximidade com Espanha e pelas condições que proporciona aos estudantes. “Fiz uma pesquisa de vários locais em Portugal e gostei de Bragança porque é bastante bonita, tem cerca de 30 mil habitantes, dos quais cerca de 8 mil estudantes, por isso tem muita vida e gostei deste tipo de cidade”, conta o jovem.
O presidente da Associação Académica do IPB, Ricardo Pinto acredita que a melhor forma de dar as boas vindas aos novos alunos continua a ser através das praxes, e frisa que em Bragança sempre tiveram como principal objectivo a integração.“ Nós achamos que a praxe que é praticada ao longo dos anos em Bragança é uma praxe de integração, por isso decidimos não mudar nada porque já praticávamos uma boa praxe”, realça o representante dos estudantes.
O IPB deu as boas vindas, ontem aos novos alunos do primeiro ano das licenciaturas, dos Cursos de Especialização Tecnológica e aos alunos internacionais.

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23 outubro, 2014

Estudantes alemãs vieram rezar ao IPB


 Pegar na mochila e partir, durante um mês, a aprofundar a Fé. Foi isso que três estudantes alemãs fizeram durante o mês de outubro. Deixaram as suas casas, no Norte, e vieram ao Nordeste Transmontano recolher experiência de vida e aprender os desafios de viver em comunidade.
Até ao dia 30 conjugam a meditação com a oração, três vezes por dia, no Instituto Politécnico de Bragança, para alémd e prestarem algum serviço social junto de algumas instituições, sob a supervisão do Pe. Calado Rodrigues, capelão do IPB. “Tem sido muito bom”, garantem Margarita, de 21 anos, Anna, de 18 e Lisa, também de 18.
Apesar da dificuldade com a língua, comunicar não tem sido um problema. “Entre inglês, francês ou por gestos”, explicam, com um sorriso tímido.
As três estão a participar numa ação promovida por Taizé, uma comunidade ecuménica localizada em França, que acolhe jovens e adultos das várias confissões cristãs no mesmo espaço, de partilha. “É uma forma diferente de viver a Fé, com respeito pelos outros”, garantem.
O Pe. Calado Rodrigues explica que este “foi um desafio que a comunidade de Taizé lhe fez. “Estão num ritmo de preparação do centenário do nascimento do fundador, do aparecimento do fundador da comunidade, e estão a colocar em diversos pontos do globo pequenas comunidades temporárias. A ideia é terem uma experiência de vida comunitária, depois uma experiência de oração (rezam três vezes ao dia). E depois uma experiência de solidariedade. Aqui o trabalho está a ser um bocado dificultado pela questão da língua mas elas conseguem ultrapassar isso e comunicar com os idosos e com as crianças das IPSS”, frisa. Para além disso, têm, também, uma experiência de contactos com os estudantes do IPB, das escolas, para divulgar a comunidade, o seu objetivo e espírito, “que é sobretudo marcado pelo espírito ecuménico, com um bom relacionamento entre as diferentes igrejas cristãs”, sublinha o sacerdote. O grande objetivo é “motivar as pessoas a participar, de 9 a 16 de agosto, nessas comemorações”. “Estamos a organizar um grupo de aqui. Estarão milhares de jovens de todo o mundo”, acredita.
Esta experiência acaba por ser o ponto de partida para um outro projeto que o IPB pretende implementar, e que passa pela criação de um espaço intercultural e interreligioso, situado à entrada da Escola Superior Agrária, em Bragança. “Primeiro pensámos em criar um espaço para oração ecuménica. Mas chegou-se à conclusão que IPB tem-se internacionalizado muito, e há estudantes vindos de diversas latitudes religiosas e culturais, e sentiu-se necessidade de criar um espaço de reflexão intercultural e interreligiosa”, explicou o campelão do politécnico de Bragança.
“Pretende-se, ao mesmo tempo, acompanhar esse espaço de reflexão com o espaço de oração interreligiosa. Vai funcionar sem qualquer símbolo religioso específico. Depois, conforme a oração, colocamos os nossos símbolos, se sentirmos necessidade deles, e retiramo- los no fim”, acrescentou.
O local já foi visitado pelo presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, e pelo bispo diocesano.
Para D. José Cordeiro, esta é “uma ideia e um projeto excelentes”. “Permite o cultivo dos valores espirituais mas, sobretudo, os valores da tolerância, do diálogo inter-religioso e mesmo do ecumenismo. Com tantas línguas e tantas culturas no Politécnico, um espaço religioso e agora de modo especial, iniciado com o modelo de Taizé, creio que é um bom começo e uma boa continuidade do serviço que a capelania do politécnico pode prestar e tem essa missão de congregar todas as culturas e todas as línguas na mesma linguagem da verdade, da vida, do amor, da tolerância, do respeito dos valores universais, que são valores cristãos e valores humanos, e para nós são valores novos, concretizados aqui. Temos a experiência de ser um povo missionário e de emigrantes mas temos agora a experiência de ser um povo de missão e um povo que acolhe multiculturas e Bragança está a ser uma cidade multicultural. E o aspeto religioso e cultural é fundamental para o acolhimento na diversidade das línguas e das culturas”, frisou o prelado.
Para as jovens, a experiência tem sido gratificante. Ficaram mesmo “agradavelmente surpreendidas” com a ideia, pois na Alemanha não á habitual haver algo semelhante. Mas, para o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, é uma questão “preventiva”. “Este ano tivemos candidaturas dos PALOP mas de muitos outros países africanos, América, Europa mas também do Oriente, como Bangladesh, Índia, Irão. Bragança tem dado sempre um exemplo de uma grande capacidade de acomodação que existe, de pessoas de diferentes pensamentos, raças ou religiões, conseguirem aqui encontrar harmonia e acomodação.
A nossa perspetiva é ter uma atitude preventiva e afirmativa desta situação, de maneia a que possamos fazer disto uma cultura de tolerância pela diferença”, concluiu

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.