28 novembro, 2014

Aulas de mandarim alargadas em Bragança


Uma turma de 4 º ano do Centro Escolar da Sé, em Bragança contactou ontem pela primeira vez com o mandarim. O projecto, que começou no ano passado no Centro Escolar de Santa Maria, foi alargado e pretende abranger cada vez mais escolas do concelho.
As aulas de mandarim surgem através de um protocolo entre a Câmara Municipal, o Instituto Politécnico e a Universidade de Zuhai, no sul da China.
A professora do IPB, Dina Macias, explica que há alguma dificuldade em dar aulas às crianças, uma vez que os professores, que se encontram em regime de mobilidade nesta instituição de ensino, normalmente não falam português. Por isso, os alunos de Língua e Cultura Chinesa que falam português ajudam a traduzir o que a professora diz às crianças. “Esses alunos já vêm com dois anos de aprendizagem de português na China. Têm cá um curso mais incentivo. A professora não fala português. Isso dificulta-nos o projecto. Os professores estão em mobilidade anual. Temos mudado todos os anos de professor”, sublinha docente.
Uma dessas alunas é Micaela, nome que escolheu para ser tratada em Portugal. A jovem de 21 anos admite que a língua chinesa não é fácil mas garante que aquilo que vai ser ensinado às crianças “são apenas as bases, de forma a proporcionar um primeiro contacto com o mandarim”. Martim Ribeiro, de 9 anos não tem dúvidas de que o mandarim lhe poderá vir a ser útil. “Gosto de experimentar coisas novas. Quando for adulto posso escolher algum emprego em língua chinesa e tenho de aprender”, conta a criança. As aulas de mandarim para os alunos do primeiro ciclo, em Bragança, decorrem uma vez por semana.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

26 novembro, 2014

Crianças e jovens têm contacto com a Ciência e Tecnologia

O Instituto Politécnico e o Centro de Ciência Viva de Bragança dedicam esta semana à Ciência e Tecnologia.
As duas instituições oferecem um leque variado de actividades orientadas por investigadores com o objectivo de incentivar o gosto pela ciência e tecnologia junto dos mais novos.
No Centro de Ciência Viva, deverão passar até sábado mais de 350 crianças desde o ensino pré-escolar até ao primeiro ciclo. A coordenadora do Centro de Ciência Viva, Ivone Fachada, destaca a importância de começar desde cedo a contactar com a Ciência e a Tecnologia. “Vários estudos comprovam que as crianças, desde bebés começam a apreender. O ideal é a partir dos 3 anos começarem a ser expostos a temas de ciência para começarem a absorver e a despertar para a curiosidade, porque ao longo da vida essa curiosidade vai-se desvanecendo e é agora que tem que ser estimulada”, salienta a responsável. Ontem dezenas de crianças de infantários de Bragança participaram na actividade “ A electricidade na ponta do lápis”.
O investigador do departamento de electrotecnia do IPB, João Coelho, mostrou às crianças um pouco daquilo que é o fenómeno da electricidade. “Esta actividade é destinada a crianças muito pequenas e tem a ver com facto de eles perceberem os fenómenos simples da electricidade, neste caso construindo um brinquedo que é uma espécie de um pirilampo. O objectivo é que eles consigam perceber que a pilha que têm na mão serve para gerar energia e essa energia faz acontecer qualquer coisa”, explica o investigador.
Além do Centro de Ciência Viva, o Instituto Politécnico proporciona durante esta semana actividades científicas em diversas áreas, destinadas aos estudantes de ensino secundário.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

21 novembro, 2014

Bragança recebe 1200 alunos estrangeiros

Sociedade das nações
Chegam da China, do Peru, da Síria ou do Senegal. O Instituto Politécnico de Bragança apostou forte na captação de alunos estrangeiros - este ano receberá l 200, de 25 países diferentes
 Descontraído, de andar gingão, Hebert Camilo responde com um sorriso à admiração de Olga Padrão, secretária da direção do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), por andar de chinelos de enfiar o dedo num dia chuvoso e frio. Além do acentuado sotaque de Minas Gerais, o jovem de 21 anos, chegado em setembro ao nordeste transmontano, veio equipado com roupa leve, pouco apropriada para o rigoroso inverno que se aproxima. «Tem problema, não», garante.
Apesar das dificuldades com o termóstato, o jovem estudante do 3.° ano de Engenharia Agronómica está a adorar a experiência portuguesa. De tal forma que, dois meses após a chegada a Bragança, já começou a tratar das burocracias para prolongar a estadia inicialmente prevista para um semestre, mas que ele agora quer estender a dois. «A cidade é pequena mas recebe bem a 'gente' e estou gostando muito da experiência. O Instituto está bem equipado e as aulas são muito interessantes», adianta, em jeito de justificação. Hebert chegou a Bragança ao abrigo de um protocolo com o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais. No seu caso, o programa de intercâmbio prevê que o IPB se responsabilize pelo alojamento e refeições, enquanto a sua universidade de origem lhe assegurou as passagens aéreas e uma bolsa de três mil euros por semestre.
O jovem mineiro é apenas um dos 650 alunos estrangeiros - num universo de cerca de seis mil estudantes - que atualmente frequentam o IPB. Números que pecam ainda por defeito uma vez que há muitos inscritos ainda à espera de visto para fixar residência em Trás-os-Montes - os casos mais complicados têm sido os de alunos provenientes de países africanos que foram afetados pela epidemia de ébola, como a Libéria e a Serra Leoa, o que fez complicar as burocracias. Além disso, tal como sucedeu em anos anteriores, e a avaliar pelas inscrições já efetuadas e os processos em fase de aceitação, é de esperar que no segundo semestre o número de alunos chegue aos 1200 (mais 300 que no ano passado). Números impressionantes, numa cidade com pouco mais de 23 mil habitantes e onde, segundo um estudo recente encomendado pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, o peso desta instituição na economia local é superior a 11 por cento do Produto Interno Bruto - o valor mais elevado do País.

Bragança lidera o 'ranking' dos politécnicos e cobra as propinas mais baixas do País
O IPB está atualmente no ranking das dez melhores instituições de ensino superior a nível nacional - o primeiro entre os politécnicos - e, em boa medida, isso também contribui para facilitar a captação de alunos através de convénios com instituições espalhadas pelo mundo fora. Além dos que chegam ao abrigo do programa Erasmus, provenientes da União Europeia, o maior contingente vem de paragens tão diversas como o Turquemenistão, China, Timor-Leste, Paquistão, Síria, México ou Peru, só para referir alguns dos mais distantes dos 25 países ali representados. Para o sucesso dessas «formas pró-ativas ou menos ortodoxas», na expressão do vice-presidente Luís Pais, contribuem ainda as propinas mais baixas (755 euros, para estudantes de licenciatura nacionais, e 1100, para os internacionais) e o facto de haver já vários cursos lecionados exclusivamente em inglês.

Hospitalidade transmontana

Exemplo sólido de uma integração feliz é o de Auro dos Santos. O cabo-verdiano, de 24 anos, chegou a Bragança em 2009 e diz que se sente em casa, «tal como todos os alunos africanos», os maiores contribuintes da larga comunidade estrangeira do IPB. A Associação de Estudantes Africanos representa peno de 400 alunos, a maioria deles de Cabo Verde, mas também muitos são-tomenses e angolanos. Sentindo-se em casa, já criaram uma equipa de futebol que alinha nos distritais de Bragança, uma equipa de futsal feminina, um grupo de dança, um conjunto musical (AfroBanda) e, para breve, prometem um grupo de teatro. Além disso, explica Auro, que preside à associação, «ajudamos muitos alunos a tratar de toda a burocracia para aqui chegar». A terminar o mestrado em Tecnologia Biomédica, depois de ter completado a licenciatura, vê aproximar-se a passos largos a hora de regressar a Cabo Verde e já começa a sentir saudades. «A minha adaptação foi cinco estrelas, nunca tive problemas e, se é verdade que quero ajudar ao desenvolvimento do meu país, também é certo que Bragança vai ficar sempre no meu coração.»
Tal como Auro dos Santos, também os habitantes da cidade se afeiçoaram e habituaram já à presença dos alunos estrangeiros. A chegada de sangue-novo estava a fazer falta, para dinamizar o comércio da cidade. Aos 75 anos, Vitalino Miranda e a mulher, Maria de Lurdes, mantêm a pequena mercearia, com quase meio século, de portas abertas, apenas porque funciona no rés-do-chão da sua casa e não pagam renda. «O centro histórico hoje está quase deserto. Levaram daqui os serviços e as pessoas começaram também a sair porque as casas estão velhas... e as que foram arranjadas têm rendas muito caras», considera Vitalino. Hoje, são os jovens da renovada residência universitária os poucos clientes que têm. «Nós queremos é vê-los cá, e que levem umas comprinhas. Mas a gente sabe que eles também não trazem dinheiro à larga e são muito regrados. Perguntam sempre pelo preço antes de levar alguma coisa... não é verdade?», atira. para Alexandre Ximenes, um jovem timorense de 19 anos, mais fluente em inglês do que em português, que consente com um sorriso envergonhado. Acabou de chegar a Bragança, para iniciar a licenciatura em Engenharia Informática, com uma bolsa de estudo concedida pelo Institut of Business de Díli, com quem o IPB tem uma parceria, e também ele está fascinado com a cidade. «As pessoas são muito simpáticas», arrisca, num português razoável, ao lado de Peltier Aguiar, um angolano de 26 anos, estudante de Agroecologia e que vive com ele na residencial Domus. É o africano que hoje faz de cicerone, acompanhando o timorense às compras. «Quando precisamos de alguma coisa vimos aqui à mercearia ou então vamos à loja do senhor Valdemar. Mesmo que tenha a porta fechada, basta tocar à campainha que ele atende-nos a qualquer hora», explica.
Gil Gonçalves, um dos atarefados elementos do Gabinete de Relações Internacionais, encarregue dos processos burocráticos dos alunos estrangeiros, não se mostra surpreendido com a boa reação dos habitantes. «Somos transmontanos, é a nossa forma de ser. Aqui, primeiro mandamos entrar; só depois perguntamos quem é.»

Publicado em 'Visão' nº1133, 20 a 26 novembro 2014.

20 novembro, 2014

"Praxe Solidária" angariou cerca de 1200 quilos de alimentos


Cerca de 1200 quilos de alimentos, recolhidos por estudantes do Instituto Politécnico de Bragança, foram ontem distribuídos a cinco instituições de solidariedade social do concelho.
A iniciativa "Praxe Solidária", que decorre há vários anos, uniu cerca de cem alunos da Escola Superior Agrária que recolheram alimentos porta a porta e em dois hipermercados de Bragança.
Apesar deste ano terem sido recolhidos menos cerca de 400 quilos do que no ano passado, o presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária, Miguel Santos, faz um balanço positivo da edição deste ano da Praxe Solidária. “ Correu bem. Tivémos uma boa adesão. No geral, houve uma boa reacção por parte das pessoas. É sempre uma praxe diferente e é bom para os caloiros”, salienta. O representante dos estudantes confessa que é através da recolha porta a porta que conseguem angariar mais alimentos. “Porta a porta tem mais adesão porque as pessoas têm sempre alguma coisa em casa e ajudam”, constata o estudante.
Diana Ribeiro foi uma das caloiras que participou nesta edição da Praxe solidária. Admite que ficou surpreendida pela positiva com esta praxe. “Transmitiram-nos o que é verdadeiramente a solidariedade e a entreajuda. Foi uma boa surpresa para mim, não estava à espera que a escola se preocupasse com as pessoas desta foram”, revela a estudante.
Os cerca de 1200 quilos de alimentos recolhidos foram distribuídos pelos Centros Sociais e Paroquiais de Parada e Pinela, Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança, Associação Entre Famílias e Associação Reaprender a Viver.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Intercâmbio entre o IPB e universidades chinesas “é francamente positivo”


 Este ano são 20 os alunos chineses que frequentam o Curso de Língua e Cultura Portuguesa no Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e mais de duas dezenas são portugueses estão matriculados na opção de Mandarim, nomeadamente estudantes de Línguas e Relações Internacionais (ESEB) e da licenciatura em Turismo (EsACT). 
Dina Macias, da Escola Superior de Educação, faz um balanço “francamente positivo” do intercâmbio entre o IPB e as universidades chinesas. “A internacionalização é uma mais valia para a instituição e cada vez mais se procuram estudantes no estrangeiros, e nós estamos à frente da generalidade das instituições do país”, referiu Dina Macias.
Este ano vai manter-se o ensino de Mandarim para o 1º Ciclo nos agrupamentos de escolas de Bragança, mas o início das aulas está atrasado “intencionalmente, porque a professora veio para Portugal pela primeira vez, não sabe falar Português e precisa de algum tempo para se integrar”, acrescentou a docente.
Ribeiro Alves, diretor da ESEB, deu conta que a aprendizagem de Mandarim tem cada vez mais procura, apesar de não ser um idioma fácil e que exige paciência. O Centro de Línguas e da Cultura Chinesa promoveu uma apresentação da cerimónia do Chá, para dar a conhecer este ritual.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

Escola Superior recebe 390 novos alunos


 A Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESACT) de Mirandela preencheu mais de 75 por cento das vagas para este ano, disponibilizadas nas três fases do concurso nacional de acesso e através dos cursos de especialização tecnológica (CET).
“Este aumento de 390 alunos superou claramente as nossa expetativas iniciais”, confessa o diretor da ESACT, Luís Pires. 70 por cento são para licenciatura e os restantes 30 por cento para os CET’s. O curso de Turismo foi claramente o que mais despertou o interesse dos novos alunos. No lado oposto, estão os cursos de Tecnologias da Comunicação e Informática e Comunicações que tiveram um número residual de entradas.
Para este ano letivo, estão matriculados na ESACT de Mirandela, cerca de mil alunos distribuídos pelos cursos de Turismo, Solicitadoria, Design de Jogos Digitais, Gestão e Administração Pública, Multimédia, Marketing, Tecnologias da Comunicação e Informática e Comunicações.
Entretanto, Luís Pires revela que a ESACT de Mirandela já apresentou à Agência de Acreditação, propostas para aumentar a oferta formativa, ao nível do mestrado. “Esperamos uma resposta positiva para poder aumentar a oferta formativa, preparando já a mudança para as novas instalações da instituição que devem estar concluídas em Abril do próximo ano”, revela.
Este é também um sinal positivo para o presidente do Município de Mirandela. “São boas notícias que só vêm demonstrar que se justifica plenamente o avultado investimento que decidimos como prioritário para a construção do campus da escola”, adianta António Branco.
A ESACT começou como pólo do IPB, em 1995, com 70 alunos, utilizando instalações provisórias, cedidas pela autarquia, no centro cultural. Passou a escola autónoma em 1999, e com o aumento constante de alunos, a direção viu-se obrigada a alugar salas do edifício da Portugal Telecom, cujo aluguer é de 5 000 euros/mês. O ano passado, foi possível avançar com a construção do novo edifício, num investimento que ronda os 5 milhões de euros, suportados, em 85 por cento, por fundos comunitários e os restantes 15 por cento (contrapartida nacional), são assegurados pelo Município. Se tudo correr dentro dos prazos previstos, no próximo ano letivo, a ESACT de Mirandela já vai funcionar no edifício novo.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

Investigadores do IPB premiados pela Inovação na área das plantas aromáticas


 O Prémio Cooperação Internacional veio este ano para o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), pelos projetos de I&D e Inovação na área da descontaminação de plantas aromáticas, desenvolvido por dois investigadores do Centro de Investigação de Montanha, nomeadamente Isabel C.F.R. Ferreira e Amílcar António, divulgou a instituição de ensino.
O prémio, no valor de 900 euros, será entregue a uma IPSS de Bragança. A entrega do galardão decorreu no passado dia 14 de novembro no Centro Cultural e Congressos das Caldas da Rainha a Gala Viva frutas e Legumes, onde foram atribuídos prémios de distinção e reconhecimento público a entidades e/ou pessoas que se destacaram nas seguintes áreas: Produto Inovação; Cooperação Internacional; Inovação Organizacional; Desenvolvimento Sustentável; e Inovação Jovem Empreendedor.
Os prémios foram atribuídos pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional. Numa primeira fase do projeto está a ser avaliado o impacto do processamento pós-colheita por irradiação nas características físicoquímicas e microbiológicas de plantas aromáticas com relevância para o mercado, numa iniciativa de inovação apoiada pelo ProDer – Programa de Desenvolvimento Regional – em cooperação com duas entidades de I&D nacionais e duas empresas do sector. A esta iniciativa junta- se também um projeto bilateral Portugal-Brasil financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), ambos liderados por Isabel C.F.R. Ferreira.
Numa segunda fase será validado o processamento de descontaminação com vapor de plantas aromáticas, numa iniciativa Eureka de cooperação internacional que é liderada em Portugal pelo Instituto Politécnico de Bragança, envolvendo a participação de cinco instituições de I&D, de cinco países (Portugal, Roménia, Sérvia, Espanha, Alemanha), que tem ainda o interesse e a participação de nove empresas destes cinco países.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

19 novembro, 2014

Cancro do Castanheiro

Escola Superior Agrária de Bragança cria produto para combater doença


Exibido em 'RTP'.

Centro de Investigação da Montanha distinguido em cooperação internacional

O Instituto Politécnico de Bragança (investigadores do Centro de Investigação de Montanha Isabel C.F.R. Ferreira e Amílcar António) foi distinguido na Gala Viva frutas e Legume na área da Cooperação Internacional pelos projectos de I&D e Inovação na área da descontaminação de plantas aromáticas, desenvolvidos em consórcio com outras entidades nacionais, europeias e do Brasil.
 A cerimónia teve lugar no passado dia 14 de Novembro no Centro Cultural e Congressos das Caldas da Rainha onde foram atribuídos prémios de distinção e reconhecimento público a entidades ou pessoas que se destacaram nas seguintes áreas: Produto Inovação; Cooperação Internacional; Inovação Organizacional; Desenvolvimento Sustentável e Inovação Jovem Empreendedor. Os prémios foram atribuídos pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).
Relativamente ao trabalho do IPB numa primeira fase está a ser avaliado o impacto do processamento pós-colheita por irradiação nas características físico-químicas e microbiológicas de plantas aromáticas com relevância para o mercado, numa iniciativa de inovação apoiada pelo ProDer - Programa de Desenvolvimento Regional - em cooperação com duas entidades de I&D nacionais e duas empresas do sector.
Numa segunda fase será validado o processamento de descontaminação com vapor de plantas aromáticas, numa iniciativa Eureka de cooperação internacional que é liderada em Portugal pelo Instituto Politécnico de Bragança, envolvendo a participação de cinco instituições de I&D, de cinco países (Portugal, Roménia, Sérvia, Espanha, Alemanha), que tem ainda o interesse e a participação de nove empresas destes cinco países.
O prémio, no valor de 900 EURO, será entregue a uma IPSS de Bragança.

Publicado em 'CH'.

18 novembro, 2014

IPB estabelece protocolos com Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas

O Instituto Politécnico de Bragança estabeleceu parcerias com a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas tendo em vista a realização de estudos económicos e financeiros sobre o tecido empresarial da região.
O director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPB, Albano Alves, acredita que com esta parceria os investigadores do IPB vão ter mais facilidade em ter acesso aos dados das empresas para fazerem os estudos. “Temos parcerias para desenvolver estudos sobre a região, estudos económicos e contabilísticos. Estes estudos são feitos muitas vezes do ponto de vista académico, por investigadores, mas tendo o apoio da Ordem conseguimos chegar a informação que muitas vezes não é possível obter a informação directamente por parte dos nossos alunos ou dos nossos docentes, às vezes as empresas não facilitam alguns dados, e com o apoio da Ordem tudo isso fica mais facilitado”, salienta o director da ESTIG.
O intercâmbio entre o conhecimento académico e os profissionais desta área é visto com bons olhos pelo Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Domingues de Azevedo acredita que esta parceria vai dotar os profissionais das contas de ferramentas importantes para resolverem os problemas das empresas. “Nós quanto mais a Ciência evoluir, quanto mais os nossos profissionais tiverem conhecimentos académicos, quanto mais eles estiverem preparados para a investigação, para a novidade, para a criatividade, também eles serão mais capazes de desenvolver os problemas das empresas, de encontrarem as soluções de apoiarem os empresários no universo financeiro, no universo comercial, no universo legal, dentro das empresas são os técnicos oficiais de contas que ajudam a resolver esses problemas”, realça Domingues de Azevedo.
Este projecto está ainda numa fase inicial e só dentro de um ano é que serão conhecidos os resultados dos primeiros estudos.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Consumidores transmontanos podem confiar nos alimentos que compram


Os alimentos que compramos para comer são seguros. A garantia foi dada, em Bragança, pelo director geral da Alimentação e Veterinária e vincada pelo inspector-geral da ASAE.
Álvaro Mendonça assegura que a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária faz milhares de controlos a vários produtos da cadeia alimentar antes de chegarem ao consumidor. O director geral diz mesmo que a maioria dos problemas de saúde surgem por falta de cuidados em casa. “Temos os meios e os conhecimentos para fazer os controlos que são necessários para os alimentos serem de facto seguros. Podemos estar tranquilos que os alimentos na Europa e em Portugal são alimentos seguros. Às vezes aquelas indisposições gastrointestinais, são muito mais frequentes por razões caseiras, por alimentos mal controlados em casa, do que pelos alimentos tal como são processados na produção e na transformação”, assegurou o director geral da Alimentação.
Depois de chegar ao retalho, os alimentos são controlados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. O inspector-geral da ASAE vinca a segurança dos alimentos e adianta que a maioria das infracções se devem a problemas de higiene dos estabelecimentos. “ Por vezes actuamos e suspendemos alguns estabelecimentos por falta de condições de higiene das instalações fixas. Por exemplo, das cozinhas, os bens em si até podem ser seguros, o estabelecimento é que está em más condições de higiene o que pode fazer com que haja uma certa insegurança do bem quando é lá confeccionado”, explica Pedro Portugal Gaspar.
O director geral da Alimentação e Veterinária e o inspector-geral da ASAE, participaram num seminário sobre segurança alimentar, na Escola Superior Agrária, em Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

13 novembro, 2014

Investigadores apresentam estudos no IPB

Começou ontem e decorre até sexta-feira o II Encontro de Jovens Investigadores do Instituto Politécnico de Bragança.
Vão ser apresentados 150 estudos de alunos de licenciaturas, mestrados e doutoramentos, que desenvolvem trabalhos investigação no IPB.
Anabela Martins, Pró-presidente do IPB explica que o principal objectivo deste encontro é dar a conhecer à comunidade e à população em geral estudos com reconhecido mérito científico. “ De uma maneira geral, temos mais ou menos conhecimento daquilo que se passa na nossa própria escola mas, nas restantes escolas do instituto, por vezes, o trabalho passa-nos um pouco despercebido. Este encontro é uma forma de criar uma plataforma de conhecimento interno da actividade técnico-científica da instituição, e de dar, aos alunos em fase avançada de formação, a oportunidade de mostrarem aquilo que fazem à comunidade”, salienta Anabela Martins.
Este encontro é também importante na medida em que poderá atrair empresários interessados em aliar a teoria das conclusões a que chegaram os investigadores à realidade do mercado nas diversas áreas de investigação.
Uma das investigadoras que participa neste encontro é Natália Martins, que faz parte do Centro de Investigação de Montanha do IPB. O trabalho da jovem é realizado em colaboração com a Universidade do Minho, e Universidade de Salamanca e consiste no estudo de plantas medicinais com potencial antifúngico. Natália Martins chegou à conclusão que há plantas que podem ser bastante úteis no tratamento de infecções fúngicas. “Devido ao uso excessivo de compostos químicos e, às vezes, mal recomendado, quando vamos a um médico e ele nos passa antibióticos, é um factor que vai predispor a alguma resistência desses compostos. As plantas podem ser utilizadas não só para complementar essa terapêutica mas também para prevenir e curar”, revela a jovem investigadora.
Este foi um dos estudos apresentados no II encontro de investigadores que decorre até sexta-feira no Instituto Politécnico de Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

12 novembro, 2014

Vírus do ébola e burocracia roubam alunos ao Nordeste Transmontano e ao Algarve

Politécnico de Bragança queixa-se de que 20% dos alunos estrangeiros de países fora dos PALOP ainda não conseguiram visto
A crise do ébola está a dificultar o processo de obtenção de vistos de entrada em Portugal para os alunos estrangeiros.
Em declarações ao PÚBLICO, o presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Sobrinho Teixeira, nota que "20% dos estudantes provenientes de países fora dos PALOP e da Europa ainda não puderam chegar". A Universidade do Algarve também está à espera de sete alunos dos Camarões. Além dos obstáculos criados pela crise do ébola em África, o responsável do IPB queixa-se da burocracia e falta de meios no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que, segundo diz, também está a colocar muitos obstáculos à entrada dos estudantes estrangeiros no país.
Estudantes dos Camarões, por exemplo, país onde Portugal não tem representação consular, recorriam à Nigéria para obter o visto de entrada em território nacional, mas a epidemia que já fez milhares de vítimas em África levou ao encerramento de fronteiras na Nigéria, impedindo, assim, a chegada dos camaroneses. Existem ainda estudantes da Serra Leoa, Guiné Conacri e Libéria. Entre os 2500 novos alunos no IPB, há cerca de 1200 que chegam do estrangeiro.
Sobrinho Teixeira admite que tem estado “em contacto com as autoridades de saúde portuguesas”, existindo já um plano que passa “pela monitorização do estado de saúde dos alunos” provenientes desses países. “Foi-nos dito que o vírus é transmissível não no período de incubação mas no período em que se manifesta e em que começa a haver sinais, como febre, pelo que temos de ter essa atenção”, frisou.
Mas não é só o ébola que está a atrasar a chegada de estudantes estrangeiros ao Nordeste Transmontano, que devido ao sucesso dos cursos oferecidos em inglês, tem aumentado a procura. Segundo Sobrinho Teixeira, esta esbarra na “burocracia” e na “falta de meios” do MNE.
“O processo de concessão de vistos está a ser muito custoso. Não é aceitável que alunos que pediram o visto há sete meses continuem fechados numa burocracia dos Negócios Estrangeiros. E pior, na falta de funcionários do MNE, que faz com que o atraso dos vistos seja, neste momento, algo que está a provocar um retrocesso completo na capacidade de captação de alunos estrangeiros”, lamentou Sobrinho Teixeira.
O presidente do IPB lembra que o Governo lançou um programa de captação de alunos estrangeiros, concedeu bolsas, 200 delas atribuídas à instituição de ensino a que preside. Por isso, “não se compreende que todo esse esforço do Governo seja completamente inconsequente pela capacidade que o MNE está a ter em dar vazão aos pedidos que lhe chegam”, reclama.
O IPB vai duplicar a sua oferta formativa em inglês no próximo ano, passando a ter 14 cursos e mestrados ministrados unicamente em inglês. “Obviamente que os cursos de mestrado têm uma dimensão menor mas irão funcionar já este ano com candidatos internacionais, aos quais se juntam os alunos portugueses, que entendem que é uma mais-valia não só ter o mestrado mas tê-lo em inglês, porque abre outras portas, os habitua a comunicar em inglês e lhes permite ter um contacto com colegas internacionais”, explicou ao PÚBLICO Luís Pais, vice-presidente da instituição, que coordena esse pelouro.
Com os atrasos provocados, quer pelo ébola, quer pela burocracia, alguns alunos já perderam o início do ano lectivo, pelo que o IPB tentará integrá-los nos semestres do próximo ano. O PÚBLICO já pediu um esclarecimento ao MNE mas, até ao momento, ainda não obteve resposta.

Publicado em 'Público'.

11 novembro, 2014

IPB lidera no ranking da investigação

Politécnico conseguiu ficar em primeiro lugar em três indicadores a nível nacional dos sete analisados
 
O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) liderou este ano mais um indicador a nível nacional no ranking da investigação ibero-americano, que é divulgado pela Scimago.
O Politécnico ficou em primeiro lugar em três indicadores do total de sete analisados no total. Um deles é o factor impacto, que mede o número de vezes que os artigos são citados por outros investigadores, em que os artigos do IPB são citados 40 por cento mais vezes do que a média das instituições de todo o mundo, outro é a excelência, que analisa o número de vezes que os artigos são citados em revistas conceituadas de cada área, em que 20 por cento das publicações do IPB se incluem nas 10 revistas mais citadas em cada área, e o terceiro é a excelência com liderança, que avalia quem lidera o trabalho desenvolvido nas publicações que estão nessas mesmas revistas.
“Deixa-nos muito satisfeitos, porque apesar de o IPB ser uma instituição de média dimensão a nível nacional consegue ficar na qualidade de investigação e na produtividade por investigador em primeiro lugar e logo em três dos sete indicadores”, salienta o presidente do IPB.
Sobrinho Teixeira acrescenta que a investigação que é feita no IPB é transversal e aplicada à região onde se insere ou direccionada para o desenvolvimento regional. “No sector agrário toda a evolução que o IPB tem feito na região, seja no combate à mosca da azeitona, na luta contra o cancro do castanheiro que conseguimos de facto encontrar a cura, estamos agora num novo combate para a vespa das galhas do castanheiro que também iremos tentar encontrar uma solução”, enumera o presidente do IPB.
Actualmente, o IPB tem cerca de 300 investigadores.

Publicado em 'Jornal Nordeste'.

06 novembro, 2014

Jovens investem no agroalimentar e criam o próprio emprego


O agroalimentar está a revelar-se um setor de atracão para jovens que se lançam no mundo dos negócios, aproveitando recursos locais, como as ervas aromáticas, sabonetes artesanais, uma destilaria, produção assistida e clonagem de plantas ou produção de azeite.
Estes são apenas alguns dos bons exemplos que já estão no terreno e a trabalhar. Trata-se de um setor que está a despertar o interesse dos jovens “o que se vê pela quantidade de iniciativas que estamos a acompanhar”, referiu José Adriano, responsável pelo Gabinete de Empreendedorismo do Instituto Politécnico de Bragança.
O Gabinete do Empreendedorismo, criado há 5 anos, está a acompanhar 34 projetos, dos quais cerca de uma dezena são de agroalimentar, mas dispõe de outros ainda em carteira nas área do mel, azeite e hortaliças, todos à espera de fundos do próximo Quadro Comunitário de Apoio.
As já criadas implicaram mais de 1,9 milhões de euros e permitiram a ocupação de 79 pessoas, a maioria jovens licenciados que criaram o próprio emprego.
Entre as novas empresas contam-se a Terra Ger, foi financiada por uma ILE na área da gestão agrícola. Os licores Alma Penada, a Touchflours, produção agrícola e transformação de plantas aromáticas, associada à Pragmática Aromas, que tarta da comercialização; ou a Ruralnet comercialização de produtos agroalimentares, bem como a Olivadouro - produção agrícola de azeite.
“Muitas delas são de alunos do IPB. Por exemplo para a Deifil, conseguiu-se um PRODER no valor de cerca 150 mil euros”, explicou José Adriano.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

05 novembro, 2014

IPB vê aprovado projecto inovador na área das plantas aromáticas


O Instituto Politécnico de Bragança recebeu luz verde para avançar com um projecto inovador, que apresentou ao programa Eureka, na área das plantas aromáticas.
O anúncio foi feito pelo presidente do Euroagri - Plataforma de apoio a projectos internacionais no sector Agro-Alimentar, durante um mini-worshop sobre este tema, organizado pelo IPB e que decorreu no Nerba, inserido no programa da Norcaça, Norpesca e Norcastanha. O projecto integrou assim a “green list” da rede Eureka e será aprovado esta semana em Zurique, na Suiça.
O presidente do Euroagri, João Silva, considera que esta distinção constitui uma “muito boa base internacional para mostrar a capacidade de liderança e gestão e sobretudo competências em ID, numa determinada área tecnológica”.
Isabel Ferreira, professora coordenadora do IPB, que integra a equipa do projecto, explica em que consiste esta ideia inovadora. “Tem a ver com técnicas alternativas e inovadoras de conservação e desinfestação de especiarias e plantas aromáticas que vão passar pela radiação ou o vapor, entre outras, com vista a garantir a conservação e a circulação das plantas aromáticas com qualidade e segurança alimentar”, revela a docente.
No mini - workshop foi ainda apresentado o Euroagri, que este ano está a ser presidido por Portugal e que se insere no âmbito do Eureka. O vice-presidente do IPB, Orlando Rodrigues, acredita que esta é altura ideal para apresentar projectos inovadores, candidatando-os a apoios comunitários.O projecto inovador do IPB na área das plantas aromáticas conta já com o apoio de universidades e empresas de Espanha, Alemanha, Sérvia e Roménia.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Rececão Ao Caloiro 2014

Primeira noite ficou marcada pela Missa da Bênção dos Caloiros, o Desfile de Tochas e a atuação das Tunas


Exibido em 'LocalvisãoTV'.

Cancro do castanheiro já tem cura


Depois de três anos de trabalho em laboratório, surge o primeiro produto em Portugal para combater o cancro do castanheiro. O projecto foi desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em parceria com outras entidades, para resolver um dos problemas que afecta a produção de castanha na região.
Eugénia Gouveia, investigadora do IPB, adianta que o produto é biológico, já foi testado e é 100 por cento eficaz. “Este ano um passo importante foi dado. Temos o produto que pode ser aplicado, já foi experimentado no campo e funciona muito bem”, assegura Eugénia Gouveia, investigadora do IPB. O próximo passo é fazer chegar este produto aos produtores. Eugénia Gouveia diz que é preciso uma conjugação de vontades para que o produto seja homologado e colocado no mercado. “Estamos a trabalhar com todos os intervenientes, desde os produtores, às associações, Ministério da Agricultura, instituições de investigação. Precisamos de facto de uma colaboração mais estreita, porque este produto tem que ser autorizado para poder ser utilizado no ambiente”, defende a investigadora do IPB.
Outra praga que está a preocupar produtores e investigadores é a vespa do castanheiro, que já está instalada em soutos na zona do Minho. O início da luta biológica nesta zona está prevista para o próximo ano.
Albino Bento, professor e investigador do IPB, não tem dúvidas que dentro de três anos esta praga vai chegar à região transmontana e por isso lembra que ao se iniciar a luta biológica no Minho se está a proteger a zona que mais castanha produz. “ Como a praga tem uma dispersão natural e vai progredindo anualmente e vai atingindo novos castanheiros. Também o parasitóide tem uma dispersão natural, que vai acompanhando, embora a um ritmo um pouco mais lento a praga, e, portanto, quando estamos a fazer luta biológica no Minho estamos a cuidar da maior zona de produção de castanha que é Trás-os-Montes”, explica Albino Bento.
As doenças do castanheiro estiveram em debate no VII Fórum Internacional de Países Produtores de Castanha, em Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

04 novembro, 2014

Três jovens alemãs levam o espírito Taizé a Bragança

Três jovens alemãs da Comunidade Ecuménica de Taizé estão em missão na região de Bragança. A comunidade lançou o desafio aos voluntários de partirem em missão pelo mundo para conhecer culturas e participar em obras sociais em Bragança, estas jovens vão apoiar idosos e crianças.


Exibido em 'Porto Canal'.

Bragança vai ter Centro Interpretativo da Castanha


Bragança quer criar um Centro Interpretativo da Castanha e do Castanheiro. O projecto foi anunciado este sábado durante o Grande Capítulo de Outono da Confraria Ibérica da Castanha. O grão-mestre da Confraria adianta que se trata de uma parceria que envolve também a Câmara Municipal e o Instituto Politécnico de Bragança.
Paulo Hermenegildo diz que o objectivo é aproveitar os fundos do próximo quadro comunitário de apoio para concretizar este projecto, que vai nascer no mundo rural. Neste encontro de confrades foi ainda escolhido o chefe Hélio Loureiro para ser o embaixador da Confraria Ibérica da Castanha. Paulo Hermenegildo assegura que este chefe brigantino já está a promover a castanha além fronteiras, nomeadamente no Brasil.
A Confraria Ibérica da Castanha entronizou mais 18 confrades e conta, actualmente, com 103 membros.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

03 novembro, 2014

Cristãos, muçulmanos e budistas no mesmo espaço em Bragança

Abertura aos estudantes estrangeiros trouxe ao Nordeste Transmontano diferentes credos. Direcção da instituição criou agora um espaço de oração para todos sem excepção
 Já foi a casa senhorial de uma das quintas mais ricas da zona de Bragança, antes de ser transformada em pólo de investigação do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Agora, o espaço que albergou o Centro de Investigação de Montanha tornou-se um espaço intercultural e inter-religioso, onde alunos de todos os credos e religiões podem coabitar. E o pontapé de saída desta experiência inédita foi dado por três estudantes alemãs, que ao longo do último mês estiveram em Bragança a recolher experiência de vida e a aprender os desafios de viver em comunidade.
“Tem sido muito bom”, garantiram ao PÚBLICO Margarete, de 21 anos, estudante de Psicologia e oriunda de Triest, Anna, de 18, que veio de Munique e quer ser professora, e Lisa, também de 18, proveniente de Colónia e que quer estudar Teologia. As três jovens participaram numa acção promovida pela Taizé, uma comunidade ecuménica localizada em França, que acolhe jovens e adultos das várias confissões cristãs no mesmo espaço, de partilha. “É uma forma diferente de viver a fé, com respeito pelos outros”, dizem. Apesar da dificuldade com a língua, comunicar não tem sido um problema. “Entre inglês, francês ou por gestos”, explicam, com um sorriso tímido. Aproveitaram para conhecer a região e participar em alguns momentos importantes na vida da diocese de Bragança-Miranda, como a comemoração do Dia Nacional dos Bens Culturais, que decorreu em Torre de Moncorvo, no dia 18 de Outubro.
A presença das três jovens surgiu como forma de um “desafio” lançado ao padre Calado Rodrigues, capelão do Instituto. “[A comunidade de Taizé] está num ritmo de preparação do centenário do nascimento do fundador, do aparecimento do fundador da comunidade, e está a colocar em diversos pontos do globo pequenas comunidades temporárias. A ideia é terem uma experiência de vida comunitária, depois uma experiência de oração (três vezes ao dia). E depois uma experiência de solidariedade”, explica o sacerdote, que supervisionou a estadia das jovens em Bragança.
O trabalho foi um pouco dificultado pela questão da língua, mas conseguiram ultrapassar isso e comunicar com os idosos e com as crianças das IPSS. “Encontrámos muita gente que fala inglês e francês”, recordam as jovens.
Para além disso, tiveram contactos com os estudantes do IPB, das escolas, para divulgar a comunidade, o seu objectivo e espírito, “que é sobretudo marcado pelo espírito ecuménico, com um bom relacionamento entre as diferentes igrejas cristãs”, sublinha o sacerdote. O grande objectivo foi “motivar as pessoas a participar, de 9 a 16 de Agosto, nessas comemorações”. ”Estamos a organizar um grupo daqui para participar. Estarão milhares de jovens de todo o mundo”, acredita. Esta experiência serviu de ponto de partida para um outro projecto do IPB, que passa pela criação de um espaço intercultural e inter-religioso, situado à entrada da Escola Superior Agrária, em Bragança. “Primeiro pensámos em criar um espaço para oração ecuménica. Mas chegou-se à conclusão que o IPB tem-se internacionalizado muito, e há estudantes vindos de diversas latitudes religiosas e culturais, pelo que se sentiu a necessidade de criar um espaço de reflexão intercultural e inter-religiosa”, explica o capelão do Politécnico de Bragança. A necessidade foi identificada, inicialmente, pela direcção do Instituto. “A proveniência dos alunos tem aumentado, assim como o número de religiões. Este ano tivemos candidaturas dos Países Africanos de Língua Portuguesa, mas de muitos outros países africanos, da América, da Europa e do Oriente, de países como o Bangladesh, a Índia ou o Irão”, explicou Sobrinho Teixeira, o presidente do IPB, ao PÚBLICO, revelando que o objectivo “é ter uma atitude preventiva e afirmativa desta situação, de maneira a que se possa fazer disto uma cultura de tolerância pela diferença”.
Funciona como “um mesmo espaço para onde vão ser convidados os alunos do IPB, de diferentes regiões, de diferentes religiões, para cada um ter a sua afirmação”. “Pretende-se o acentuar da diferença mas com harmonia e tolerância. Para que cada um possa ter um espaço para orar mas afirmar aquilo em que acredita”, sublinha. Será um espaço em branco, ou seja, de decoração neutra, em que cada grupo pode colocar a decoração consoante as suas crenças (imagens, por exemplo), e que retira e guarda após a oração.
A ideia é peregrina e nem mesmo as três jovens alemãs esperavam algo semelhante. “Nunca tínhamos visto nada semelhante. É uma ideia muito boa porque se o fizermos todos os dias torna-se um hábito. E é uma forma de reflexão e introspecção”, dizem. “[As pessoas] não precisam de rezar juntas mas têm de se respeitar e podem conhecer-se melhor”, diz mesmo Margarita, a mais velha das três, estudante de Psicologia.
O espaço foi visitado pelo bispo da diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, o mais jovem bispo do país e um dos mais jovens de toda a Europa. Participou num dos três momentos diários de oração, que inclui a leitura de algumas passagens da Bíblia, cânticos e meditação. “Creio que é um bom começo e uma boa continuidade do serviço que a capelania do Politécnico pode prestar. Tem essa missão de congregar todas as culturas e todas as línguas na mesma linguagem da verdade, da vida, do amor, da tolerância, do respeito dos valores universais, que são valores cristãos e valores humanos. Para nós, são valores novos, concretizados aqui”, frisa o prelado. “Temos a experiência de ser um povo missionário e de emigrantes mas temos agora a experiência de ser um povo de missão e que acolhe multiculturas. Bragança está a ser uma cidade multicultural. E o aspecto religioso e cultural é fundamental para o acolhimento na diversidade das línguas e das culturas”, fez questão de sublinhar D. José Cordeiro. O bispo transmontano, que já foi ele próprio capelão do IPB há mais de 20 anos, acredita que não haverá choque cultural. “Espero, sinceramente, que não”, diz, até porque, “a criação de um espaço religioso integrado no campus é a expressão de uma cultura preventiva, para que, ao chegarem, [os estudantes] se sintam acolhidos e incluídos, com perspectivas diferentes mas apostados num mundo novo e global”.
Por outro lado, surge na sequência das acções do Papa Francisco de promoção do diálogo para a Paz na Terra Santa. “No nosso caso, é uma Igreja em saída. Temos de estar preparados para isso e ainda não estávamos. Em Bragança, experimentamos a multiculturalidade e a universalidade da fé. Isto é muito positivo e tem de ser cultivado, porque é uma experiência completamente nova”, conclui.
Este ano, o IPB teve um crescimento de 25 por cento no número de alunos novos. Praticamente metade são estudantes estrangeiros.

Publicado em 'Público'.

Politécnico de Bragança cria espaço inter-religioso

O espaço, despido de símbolos, está aberto a todos os credos.
O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) criou um espaço para que alunos de diferentes religiões possam fazer as suas orações.
É um espaço inter-religioso e inter-cultural, situado à entrada da Escola Superior Agrária, e surge no âmbito da aposta daquele estabelecimento de ensino superior na internacionalização dos seus alunos, que no último ano eram já cerca de 900, entre os sete mil estudantes, e “com tendência a aumentar”.
Este ano, o IPB teve candidaturas dos PALOP e de muitos outros países africanos, bem como da América Latina, Europa e do Oriente, como Bangladesh, Paquistão, Nepal, Índia ou Irão.
Para Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, Bragança “tem dado sempre um exemplo de uma grande capacidade de acomodação da diversidade, de pessoas de diferentes pensamentos, raças ou religiões”.
“A nossa perspectiva é ter uma atitude preventiva e afirmativa, de maneira a que possamos fazer uma cultura de tolerância pela diferença”, afirma.
O espaço, despido de símbolos religiosos, está aberto a todas as crenças religiosas e “corresponde a uma necessidade que se sentia de um espaço de oração para todas as religiões, uma vez que o instituto tem muitos alunos de diferentes latitudes geográficas, culturais e religiosas”, acrescenta o padre Calado Rodrigues, responsável pela capelania do IPB.
O sacerdote explica que a ideia principal é aproximar os jovens das diferentes religiões e criar “um ambiente de tolerância, de bom relacionamento”, para superar as questões “de fanatismos, de intolerâncias, de falta de compreensão”.

Taizé em Bragança
O espaço inter-religioso abriu com a presença de três jovens alemãs, enviadas pela Comunidade de Taizé, no âmbito do encontro internacional que terá lugar de 9 a 16 de Agosto de 2015, na sede da comunidade Taizé, em França, em que se celebrarão os 100 anos do nascimento do fundador, Irmão Roger, e os 70 anos de existência desta experiência ecuménica.
Ao projecto de Taizé juntou-se o interesse do responsável pela capelania do IPB de que alguns jovens desta comunidade pudessem vir a este estabelecimento de ensino superior. E foi assim que estas três jovens voluntárias se “interessaram pelo projecto” e vieram até Bragança, por “quatro semanas”, explica Margarete Darscheid.
A jovem, de 21 anos, refere que o tempo em Bragança é passado com as pessoas, em oração e a realizar trabalho voluntário em instituições sociais.
Apesar da barreira da língua, Elisabeth Quarch, de 18 anos, destaca a forma “amistosa” como foram acolhidas. Reconhece que “comunicar não é muito fácil”, porque não falam português e as pessoas com quem lidam diariamente não dominam o inglês, “mas são todos amigos”, conta.
“As pessoas são simpáticas e abertas. Quando queremos, podemos falar com elas, dizer-lhes o que sentimos, como nos sentimos”, acrescenta Anna Fischhaber, de 18 anos.
“Gostamos que as pessoas se juntem a nós para rezar. Mesmo não conhecendo Taizé, estão abertas, cantam os cânticos e querem saber mais sobre Taizé. E isso é muito bom”, conclui.
Na hora de fazer o balanço da presença em Bragança, as três jovens alemãs respondem em uníssono: “foi muito bom”.

Publicado em 'RR'.

Produção de azeite terá quebras até 30 por cento devido a mosca

A mosca-da-azeitona pode vir a reduzir entre 20% e 30% a produção de azeite em Trás-os-Montes. Um verão ameno e um inverno pouco frio favoreceram a praga.
José Alberto Pereira, investigador do Instituto Politécnico de Bragança, explica porque é que os olivicultores estão este ano confrontados com um ataque tão grande de mosca-da-azeitona, que é considerada a maior praga do olival em todo o mundo. “O que aconteceu é que tivemos um mês de Julho e de Agosto extremamente suaves. Ao não termos temperaturas a partir de 33 graus, não houve a mortalidade dos óvulos, que normalmente ocorria na primeira geração. Houve condições para a mosca se desenvolver muito rapidamente. Neste momento, temos ataques de mosca por toda a região”, descreve o investigador.
A acção das larvas na azeitona cria condições para o aparecimento da gafa, um fungo que não era nada habitual na região e que também compromete a qualidade do azeite. A próxima semana deve trazer tempo mais fresco, mas os ataques não vão parar de um momento para o outro. Colher mais cedo é a solução para atenuar problema.
Este tema do ataque da mosca-da-azeitona, ente ano, nos olivais transmontanos e durienses, estará em destaque na edição de amanhã do Semanário Informativo da CIR, a partir das 10 da manhã.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.