28 abril, 2015

Produtores de castanha devem estar atentos aos sinais de infestação pela vespa asiática


Até ao final do próximo mês, os agricultores devem inspeccionar os soutos de castanheiros novos, de forma a detectarem galhas afectadas pela vespa asiática. A recomendação é de Albino Bento, presidente da Escola Superior Agrária de Bragança e investigador na área da Protecção Integrada e Luta Biológica contra Pragas no Centro de Investigação de Montanha do IPB.
O investigador reconhece que a área de novas plantações é extensa mas para evitar a propagação, os agricultores devem fazer um esforço e estar atentos aos sinais de infestação. “Temos cerca de um mês sem adultos de vespa no exterior dos glomos. Este era o período que deveria ser aproveitado pelos agricultores que fizeram plantações este ano com plantas de origem espanhola ou desconhecida a passarem várias vezes pelas novas plantações e, encontrando galhas afectadas, devem recolhê-las, destrui-las e mete-las em sacos plásticos. Isso minimizava ou reduzia o problema. Compreendo que seja muito difícil conseguir passar por toda as área plantadas este ano, que foi elevada, mas deveria ser feito um esforço nesse sentido”, frisa Albino Bento. Os investigadores na área, acreditam que o aparecimento da vespa na região transmontana se deve à importação de castanheiros espanhóis infectados. Albino Bento lamenta que continuem a ser comercializados castanheiros de viveiros localizados em regiões infestadas pela vespa. O Município de Bragança aprovou ontem uma resolução, em reunião de câmara, a apelar ao combate à vespa do castanheiro. No documento, enviado a várias entidades relacionadas com a agricultura, instituições de ensino superior, juntas de freguesia, e ao Ministério da Agricultura o Município de Bragança exige que sejam tomadas, no mais curto espaço de tempo, as medidas necessárias ao combate eficaz deste potencial flagelo económico e social para a região de Trás-os-Montes, “solicitando-se, com carácter de urgência, a introdução das medidas financeiras e legislativas capazes de garantir aos agentes da fileira as condições para vencerem esta ameaça, sem os custos por que tiveram que passar outros países”.

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Semana Académica reduz preço dos bilhetes


Já começou a Semana Académica de Bragança. Este ano os bilhetes custam menos 2 euros, quer nas pulseiras quer nos bilhetes diários.
O presidente da Associação Académica do Instituto politécnico de Bragança, Ricardo Pinto destaca o facto de baixarem os preços e de terem no cartaz bandas constituídas por alunos do IPB. “Entendemos que é difícil para o estudante de hoje em dia conciliar os estudos com a vida académica e conseguimos mais apoios. Conseguimos descer os preços em 2 euros na pulseira geral, que fica em 38 euros para estudantes e 50 euros para não estudantes. O preço dos bilhetes diários varia entre 5 e 12 euros”, revela Ricardo Pinto.
A semana Académica começou ontem com o baile de finalistas e prolonga-se até à próxima segunda-feira. O cartaz conta com a presença de nomes como AGIR, que actua na quarta-feira, Expensive Soul e Meninos do Rio que actuam na quinta –feira e Blasted Mechanism e Putzgirlla que sobem ao palco na sexta-feira. No sábado, 2 de maio, acontece a Bênção das Pastas e é a vez de actuarem Richie Campbell e 2BGroove. No Domingo é Rui Unas quem anima a Semana Académica, que termina na próxima segunda-feira com o desfile académico e a actuação de Quim Barreiros.
O orçamento da Semana Académica 2015 ronda os 100 mil euros. A festa mantêm-se no pavilhão do NERBA, depois de ter estado em cima da mesa a mudança de local, devido ao megajulgamento das cartas de condução. A associação Académica lutou pela permanência no NERBA por considerar que este é “um lugar mítico para os estudantes” e pelo facto de ser mais económico O valor do aluguer do pavilhão do NERBA ronda os 8 mil euros, já uma tenda, por exemplo, poderia custar cerca de 70 mil.

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Recursos micológicos ainda são subaproveitados


É necessária uma estratégia conjunta para aproveitar os recursos micológicos na região. Este é um dos pressupostos que, de acordo com Anabela Martins, investigadora do Centro de Investigação de Montanha, deve ser seguido pelas autarquias da região, para potenciar o recurso endógeno que continua a ser subaproveitado.
A ideia do trabalho em rede na área do micoturismo, na comercialização ou na regulamentação foi defendido pela docente do Instituto Politécnico de Bragança num encontro dedicado ao Micoturismo, em Alfândega da Fé. “No micoturismo, na comercialização ou na regulamentação, há que fazer um trabalho em rede, porque somos um território com baixíssima densidade populacional e se para cada autarquia houver uma política diferente de tratar um recurso isso pode vir a criar um problema. Há estratégias que podem ser conjuntas, concertadas e trabalhadas em rede”, defende Anabela Martins.
O encontro, que contou com vinte participantes, foi organizada em colaboração pela Câmara Municipal de Alfândega da Fé e a Ambifungi, uma empresa do concelho que há um ano se dedica à transformação e comercialização de cogumelos selvagens. Marco Ferraz, um dos responsáveis do projecto, entende que os cogumelos são um recurso ainda desconhecido, por isso a informação é fundamental para promover o turismo ligado à micologia. “Os cogumelos são um recurso que ainda é um pouco desconhecido, e é importante promover acções de formação, exposições de fotografia, menus gastronómicos na restauração local. O objectivo é criar uma estratégia para chamar visitantes e haver a capacidades de os receber para eles voltarem, para que não façam só um passeio no Outono e outro na Primavera”, defende Marco Ferraz. O Município alfandeguense já tem vindo a proporcionar algumas iniciativas na área do turismo ligado à micologia com passeios e encontros, mas, de acordo como empreendedor, o objectivo do debate é criar uma estratégia de promoção do sector que possa contar com o envolvimento de outros agentes, como guias ou apanhadores de cogumelos selvagens com formação.

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23 abril, 2015

Alunos do secundário foram experimentar o ensino superior ao IPB


O Dia Aberto do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) contou este ano com a participação de 320 alunos do ensino secundário de várias escolas locais, mas também de Amarante, Chaves, Mirandela e Macedo de Cavaleiros que foram ver in loco como é andar no ensino superior.
Esta é uma das atividades da instituição que mais contribuiu para a captação de alunos. “É das que tem indicadores mais positivos relativamente à memória que os alunos têm e de como é que tomaram conhecimento do Instituto”, explicou Anabela Martins, docente e responsável do Gabinete de Comunicação e Imagem do IPB (GIAPE).
Desta forma os jovens têm um contacto privilegiado com o Ensino Superior. A iniciativa destinada a estudantes do 10º, 11º e 12º anos, que já vai na 8ª edição, tem como “objectivo abrir as portas ao público em geral e divulgar as áreas de actividade técnico-científica e a oferta formativa disponível no IPB, permitindo à comunidade aos alunos do Ensino Secundário visitar as várias escolas.
Anabela Martins admitiu que “agora é mais difícil captar alunos para o Dia Aberto porque estão muito atrapalhados de atividades nas escolas”, mesmo assim este ano registou-se um acréscimo na procura e voltou a ultrapassar- se a barreira das três centenas. A iniciativa é uma das melhores formas de divulgação das escolas do IPB. “Quando fazemos a avaliação dos parâmetros, os resultados são muito animadores porque os alunos costumam gostar”, referiu a docente, adiantando que alguns dos professores já marcaram outros dias de visita. “Um só dia não chega para tudo”, afirmou.
Ao longo do dia os estudantes podem fazer visitas a laboratórios, atividades desportivas e experimentais nas várias escolas, nomeadamente Escolas Superior Agrária, Superior de Educação, Superior de Tecnologia e Gestão, Superior de Saúde e Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela.

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IPB ajudou comunidades da região

 Semana da Saúde mobilizou meia centena de alunos e uma dúzia de docentes
Envolver a comunidade escolar com a população foi o grande objetivo da segunda edição da Semana da Saúde promovida pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança, entre os dias 7 e 10 de abril.
A iniciativa teve como ponto de partida as comemorações do Dia Mundial da Saúde, da Organização Mundial de Saúde (OMS). De forma a envolver o maior número de alunos possível, a Associação de Estudantes da ESSA propôs, no ano passado, que o Dia Mundial passasse, em Bragança, a uma semana completa de atividades.
Esta segunda edição trouxe ainda mais atividades que, ao longo de quatro dias, deram um outro colorido à cidade.
“A Semana da Saúde vem na sequência das comemorações do Dia Mundial da Saúde, no dia 7 de abril. Todos os anos procuramos dar seguimento a um conjunto de atividades envolvendo vários parceiros e a comunidade, tendo em conta a temática que a Organização Mundial de Saúde determina para cada ano. Este ano, a temática foi a ‘Segurança Alimentar, do Prado ao Prato’. Como temos formação nesta área, nomeadamente através da licenciatura de Dietética e Nutrição, entendemos que poderíamos dar resposta a esta temática, envolvendo os estudantes e os professores e a comunidade em geral, no sentido de lhes fazermos chegar informação sobre a segurança alimentar”, explica a diretora da ESSA, Helena Pimentel.
“As temáticas da OMS têm sempre, na sua génese, um problema de saúde e, neste caso, de saúde pública. Como a nossa região é rica num conjunto de produtos, tentámos que os produtos mais característicos da região estivessem presentes, com mostras e informação nutricional”, acrescentou a mesma responsável.

Helena Pimentel explica que o objetivo sempre passou pelo enquadramento das “atividades tendo sempre como fio condutor a temática da OMS e o contributo das nossas formações de licenciatura e de mestrado que também tem a filosofia de interagir com a comunidade, juntando os perfis formativos, os estudantes e os docentes, estender a temática a grupos populacionais mais específicos”, disse.
“O primeiro dia foi mais focado na comunidade geral. Nos outros dias, com a mesma temática, estivemos com os idosos institucionalizados e no seu ambiente, numa comunidade rural. No dia seguinte, estivemos nas escolas. Aqui tivemos a preocupação de formularmos o convite aos três agrupamentos, não deixarmos ninguém de fora. Aderiram muito bem à ideia. Resultou muito bem este envolvimento, porque foi pedagógico, uma vez que conseguimos passar a informação, e foi lúdico, uma vez que as crianças participaram de uma forma muito ativa”, destacou a docente, garantindo que a iniciativa “é para continuar”.
O último dia foi dedicado mais aos próprios estudantes, com iniciativas de ligação ao mercado de trabalho e às empresas. “Vão ter de perceber a importância da investigação. Ter os conhecimentos básicos da investigação e dar-lhe continuidade no seu local de trabalho e na formação que irão fazer a seguir.

A informação em saúde não se pode esgotar num primeiro ciclo. A necessidade de fazer formação ao longo da vida é uma mensagem que transmitimos aos nossos estudantes. Não só nas equipas de saúde como pela necessidade de aprofundar e especializar conhecimentos. Esse seminário, de cariz mais científico e voltado para a investigação visa sensibilizar os nossos estudantes, aqueles que estão a terminar o primeiro ciclo, para que fiquem despertos para, brevemente, colaborarem e desenvolverem trabalhos de investigação nos seus locais de trabalho e nas suas formações pós graduadas”, conclui Helena Pimentel, que deixa um “agradecimento a todos os colaboradores, nomeadamente à autarquia, União de Freguesias, ULS, Bombeiros, Corane, Comunidade Intermunicipal e a todos os estudantes e docentes da escola que estiveram envolvidos.
“A escola tem, não só, um objetivo formativo mas, também, o de aumentar os conhecimentos dos alunos e implicá-los em todas as atividades que possam promover a escola através deles próprios. Queremos mostrar à comunidade que a escola tem sempre como objetivo primário uma interligação com a comunidade. E nada melhor que um evento como este”, destacou, por sua vez, Gorete Marquez, vice-presidente do Conselho Pedagógico da ESSA.
Um dos parceiros desde a primeira hora desta iniciativa foi a União de Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo. “A política tem de estar cada vez mais próxima da sociedade e essa é a nossa intenção. Estas ações são extremamente importantes ao nível da educação para a saúde. Ao estarmos a prevenir a doença, estamos a poupar dinheiro ao país. Esta é a noção real que temos de ter cada vez mais. Prevenir para se gastar menos futuramente”, explicou o vice-presidente, Paulo Hermenegildo.

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22 abril, 2015

IPB assinala protocolos com universidade polaca

O Instituto Politécnico de Bragança assinou ontem acordos de cooperação com uma universidade polaca que, além da cooperação entre as duas instituições vão permitir aos alunos obter um duplo diploma em vários cursos de engenharia.
O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, frisa que a internacionalização já é a imagem de marca da instituição e é uma mais-valia para a os alunos quando entrarem no mercado de trabalho.
“A internacionalização tem sido uma das bandeiras do Politécnico de Bragança e, de facto é hoje a instituição de ensino superior que maiores oportunidades de internacionalização consegue providenciar para os seus aluno. Hoje em dia, isso é muito apreciado no mercado de trabalho”, frisa Sobrinho Teixeira.
A assinatura dos protocolos marcou a abertura da Semana da Tecnologia e Gestão que vai já na 15ª edição. Sobrinho Teixeira sublinha que todos os anos há novidades nesta semana. Uma iniciativa que tem como principal objectivo mostrar aos alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão um pouco da realidade que podem encontrar quando terminarem o curso. “Eu acompanhei estes quinze anos de realização desta semana. Começámos por ter actividades muito centradas na divulgação do conhecimento e hoje temos sobretudo empresários ou investigadores que trabalham directamente com os centros tecnológicos, no sentido de transmitirem aos alunos aquilo que é a realidade que os espera depois da formação no instituto”, acrescenta o presidente do IPB. Até amanhã, os alunos do Instituto Politécnico de Bragança podem assistir à apresentação dos testemunhos de vários empresários e investigadores e ainda ao debate de vários temas relacionados com a tecnologia, a gestão e a empregabilidade.

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20 abril, 2015

Vantagens de fazer o curso no politécnico

Politécnicos querem atribuir doutoramentos profissionais e mudar a designação para universidades de ciências aplicadas.
Os politécnicos portugueses pedem duas coisas fundamentais ao Governo: querem atribuir doutoramentos e alterar o seu nome para universidades de ciências aplicada, como se designam na maioria dos outros países europeus. As duas reivindicações foram apresentadas ao Diário Económico por Joaquim Mourato, o presidente do CCISP–Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos – após uma reunião europeia que trouxe a Lisboa cerca de 200 representantes das instituições equivalentes de outros países da Europa.
Joaquim Mourato explica, primeiro que tudo, porque faz sentido incluir o doutoramento nos politécnicos. “Devem existir no ensino de cariz profissionalizante todos os níveis de Bolonha, desde o ciclo mais curto até ao doutoramento de natureza profissional. Temos bons exemplos na Europa e no mundo. Para fazermos investigação aplicada, temos de ter formação avançada a nível de mestrado e doutoramento”, defende.
O presidente do CCISP, que é presidente do Politécnico de Portalegre, foi o anfitrião do encontro europeu, onde foram apresentadas as recomendações e linhas de orientação da European Association of Institutions in Higher Education (EURASHE) – que reúne as instituições de ensino superior de cariz profissionalizante da Europa, ou seja, equivalentes aos politécnicos portugueses – para levar ao encontro de ministros europeus da Educação que vai decorrer já em Maio, na capital de Yerevan, na Arménia.
Será ainda levada aos ministros a necessidade de aumentar as parcerias entre estas instituições de ensino e as empresas. E aqui não são só as empresas que têm de responder ao apelo, mas também “tem de ser um propósito do próprio Governo”, sublinha este responsável. “É importante que as empresas participem, desde logo, na organização dos currículos dos próprios cursos”, defende Joaquim Mourato, para quem é essencial uma ligação profunda, com as aulas muito orientadas para as profissões e comum envolvimento muito grande das empresas. Até porque assim, defende, poderá também resultar com maior sucesso a investigação aplicada.

Apoiar empresas que integrem os estudantes
Esta ligação estreita com as empresas é a maior aliada da empregabilidade, em seu entender. “É a maior garantia que damos aos estudantes de poderem adquirir as competências adequadas para o mercado de trabalho. E, por outro lado, a garantia de que terão o primeiro contacto directo com o mercado de trabalho”, sublinha o presidente do CCISP. Joaquim Mourato avança mesmo com uma sugestão para o Governo português: “Temos um novo QCA, que pode ser muito útil na integração dos jovens no mercado de trabalho. As empresas seriam apoiadas para empregar os estudantes nos primeiros seis ou 12 meses de inserção no mercado de trabalho. Era uma forma muito interessante de ajudar esta articulação”, acrescenta o responsável.
A recomendação é clara e é levada pela EURASHE ao encontro dos ministros do próximo mês: só com maior ligação às empresas se aproximará o ensino das necessidades do mercado de trabalho, ao mesmo tempo que se promove a empregabilidade dos recém-graduados, assim como a formação ao longo da vida, de forma a garantir profissionais competentes e adaptados às necessidades do mercado.
Joaquim Mourato apela ainda ao apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) a centros de investigação aplicada, com outros critérios de atribuição que não os que avaliam a produção científica. Critérios que avaliem a transferência de tecnologia para as empresas, os resultados do trabalho dessa investigação para as mesmas, o impacto regional, etc. Ou seja, avaliar a actividade das instituições com outros indicadores. Andreas Orphanides, presidente da EURASHE, referiu, na conferência de Lisboa, que “é importante definir o futuro, com investigação e criatividade, de forma a identificar soluções”, defendendo o potencial de uma “participação interdisciplinar” entre todos.

“Defendemos a junção dos politécnicos”

Joaquim Mourato, o presidente do conselho coordenador dos politécnicos portugueses, vê com bons olhos a fusão de instituições e reorganização da rede de politécnicos, sempre em colaboração com as empresas e com um projecto educativo virado para as suas necessidades, com uma forte aposta regional. Só que o Governo não mostrou abertura para tal proposta do CCISP. Entretanto, os politécnicos reclamam 200 milhões de euros de reposição do Orçamento de Estado. E dizem que o ‘deadline’ está a chegar, porque não têm dinheiro para pagar os subsídios de férias.
Qual é o país que os politécnicos portugueses consideram como modelo bem sucedido na forma como engloba o ensino profissionalizante no superior? 
O modelo irlandês. Os institutos tecnológicos na Irlanda estão a conferir o grau de doutoramento e têm uma relação muito boa, muito próxima com as empresas. É um modelo que está muito bem desenvolvido, com óptimos resultados. Os 13 institutos tecnológicos na Irlanda, equivalentes aos nossos politécnicos, são hoje universidades tecnológicas, juntaram-se dois a dois ou três a três e desenharam projectos educativos conjuntos. Nós também já lançámos essa proposta em Portugal. A junção de dois ou três politécnicos para se transformarem numa universidade tecnológica com um projecto muito próximo de trabalho de colaboração com empresas identificadas nas respectivas regiões,com oferta formativa muito direccionada para as necessidades dessas empresas e com oferta até ao grau de doutoramento profissional.
Quer dizer que vê com bons olhos a fusão de politécnicos em Portugal? 
O CCISP apresentou essa proposta e já a referi por várias vezes. Estou na disponibilidade de olhar para um projecto desse tipo, para a reorganização de algumas instituições, dentro da sua autonomia, comum projecto educativo comum, que teria outras ambições e posicionamento. É razoável e desejável que isso aconteça, mas nunca houve abertura do Governo para avançar. Várias instituições já se concertaram nesse sentido, mas esse tipo de projecto não foi aceite.
Como estão a viver os politécnicos os constrangimentos orçamentais deste ano? 
Estimamos em 20 milhões de euros a verba de que necessitamos, como resultado do impacto da decisão do Tribunal Constitucional e das alterações introduzidas na Lei do OE. Mais mês, menos mês, vamos ter problemas e o ‘deadline’ está a chegar. Não teremos capacidade para pagar os subsídios de férias.

 Publicado em 'Diário Económico Nº 6155 | 20 Abril 2015'.

16 abril, 2015

Estudantes conhecem IPB através do Dia Aberto


Mais de 300 estudantes do ensino secundário e profissional estiveram ontem no Instituto Politécnico de Bragança a participar em várias actividades técnico-científicas, no âmbito do Dia Aberto. O objectivo é que os jovens possam conhecer a oferta formativa e as áreas de investigação que a instituição promove.
Anabela Martins, Pró-Presidente do IPB revela que esta iniciativa, que vai já na 8ª edição, tem servido para cativar novos alunos. “Pelos parâmetros que temos de análise do impacto das iniciativas que organizamos internamente, o Dia Aberto é aquela que tem parâmetros mais positivos. Os alunos que entram para o IPB respondem ter tido conhecimento da instituição através de uma vinda a um Dia Aberto, numa percentagem apreciável”, frisa a responsável.
Alguns estudantes que participaram nas actividades científicas parecem ter ficado convencidos de o Instituto Politécnico de Bragança é a melhor instituição de ensino para prosseguirem os seus estudos. É o caso de José Ferreira e Elva Fernandes que estudam actualmente na Escola Profissional Prática Universal, em Bragança.”Venho para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão mas ainda estou indeciso no curso que quero”, confessa o jovem. Já Elva Fernandes parece estar mais decidida. “Quero ir para gestão ou contabilidade. Venho para o IPB porque sei que é o melhor instituto politécnico do país e também porque tenho em Bragança muitos amigos e familiares”, conta a estudante.
Actividades desportivas, demonstrações, visitas a laboratórios e actividades experimentais foram algumas das iniciativas que marcaram o Dia Aberto do IPB.

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Dionísio Gonçalves condecorado pelo Presidente da República


Dionísio Gonçalves foi agraciado com a Ordem da Instrução Pública pelo Presidente da República.
Cavaco Silva agraciou personalidades do Ensino Superior entre elas o ex-presidente do Instituto Politécnico de Bragança e actual presidente do conselho geral do IPB.
Para Dionísio Gonçalves esta distinção deve-se ao trabalho que o instituto politécnico tem feito em prol do ensino e do desenvolvimento da região e lembra que esta distinção só foi possível graças ao trabalho de toda a comunidade do IPB. “Interpreto também esta distinção como um reconhecimento de tudo que foi feito e foi valorizado e foi por causa disso que obtive esta distinção pelo desenvolvimento que a nossa instituição, o politécnico em particular e o ensino superior em geral, e também o facto de este desenvolvimento do ensino do qual fui responsável se fortificou no interior do País. Isso deve-se ao trabalho desenvolvido no instituto e a todos os colegas e a toda a comunidade”, realça o presidente do Conselho Geral.
Dionísio Gonçalves acredita que esta condecoração vai contribuir também para projectar o nome do IPB a nível nacional. “Naturalmente são factores que contribuem para a afirmação cada vez maior da instituição”, acrescenta o condecorado.
Dionísio Gonçalves foi presidente do IPB desde a sua origem até 2006, actualmente é presidente do Conselho Geral da instituição e foi uma das personalidades do Ensino Superior condecoradas por Cavaco Silva.

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08 abril, 2015

180 participantes na Corrida Solidária em Bragança


Cerca de 180 pessoas participaram na Corrida Solidária que decorreu ontem, ao final da tarde, em Bragança, no âmbito da Semana da Saúde, organizada pela Escola Superior de Saúde, em parceria com várias instituições da cidade.
A corrida foi aberta a toda a comunidade. Para participar, os atletas, na sua maioria estudantes trouxeram um alimento para distribuir a famílias carenciadas. Um dos participantes, João Melgo afirma que “é sempre importante participar e ajudar” porque “ajudar não custa. “. Uma opinião partilhada por Adélia Melgo. “Nunca tinha corrido na vida. Fiz o percurso a passo lento. É gratificante participar e permite também conhecer pessoas novas”, referiu a participante.
Nesta corrida participaram também dois atletas profissionais, especialistas em corta-mato. Ricardo Ribas, natural de Malhadas, no concelho de Miranda do Douro e Dulce Félix, de Guimarães aceitaram o convite para correr por uma boa causa nas ruas brigantinas. “Como transmontano estarei sempre disponível para este tipo de iniciativas. Numa altura de crise, eventos como este são muito importantes”, sublinha Ricardo Ribas. “Quando me fizeram o convite aceitei logo. Acho que nós, atletas de nome, devemos dar a cara e servir de incentivo para trazer pessoas à rua para praticarem desporto”, acrescentou Dulce Félix.
Os alimentos recolhidos foram entregues à delegação da Cruz Vermelha de Bragança. Hoje os estudantes da Escola Superior de Saúde de Bragança vão visitar centros de dia das aldeias do concelho, com o objectivo de sensibilizar a população idosa para a segurança alimentar.

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Feira de Trocas na Escola Superior de Educação de Bragança

Trocar aquilo que já não precisa por peças que lhe são úteis é possível hoje na Escola Superior de Educação de Bragança.
O projecto “Troca-te dos pés à cabeça” é desenvolvido por duas alunas do curso de Educação Social do IPB, no âmbito do estágio que estão a fazer na União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo.
Susana Correia, uma das mentoras da iniciativa, confessa que apesar de este projecto ter sido desenvolvido a pensar nos estudantes, a feira de trocas está aberta à comunidade. “Este projecto consiste na troca de roupa, calçado, bijutaria entre outros acessórios. Isto tem como objectivo a minimização dos gastos dos estudantes. Vão à nossa bancada, onde teremos vários artigos, e trocarão o objecto trazido por eles por outra coisa que lhes seja útil”, explica a estudante.
Depois da Escola de Educação, esta iniciativa vai decorrer na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, esta quinta-feira, no dia 15 de Abril é a vez da Escola Superior Agrária e no dia 16 decorre na Escola Superior de Saúde.

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02 abril, 2015

ESACT recebe primeiro mestrado da sua história


É já no próximo ano letivo que a Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESACT) de Mirandela vai ter a funcionar o seu primeiro mestrado, em Administração Autárquica.
O anúncio da primeira formação de segundo ciclo disponibilizada pela escola desconcentrada do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), foi revelado, na passada quinta-feira, na cerimónia de tomada de posse de Sónia Nogueira, como subdiretora da escola. A novidade foi avançada pelo diretor da ESACT, destacando que a aprovação, pela Agência de Acreditação do Ensino Superior, desta oferta formativa é “muito positiva para a escola, para o IPB e para a região”, sublinhando que “é fundamental enquanto estrutura a nível de curso e enquanto instituição, porque permite aproveitar os alunos que terminam o primeiro ciclo, que querem incrementar e especializar os seus conhecimentos”, adianta Luís Pires.
A escolha em administração autárquica teve a ver com a necessidade de “criar ativos com a capacidade de interagir com as problemáticas da governação local e que sejam capazes de promover soluções eficientes”, explica. O corpo docente consolidado foi uma das exigências para esta candidatura ser aprovada. Para o presidente do IPB, este “é um sinal da capacidade de afirmação da escola e o corolário muito forte de uma estrutura que está a crescer em número de alunos e capacidade instalada”, sustenta Sobrinho Teixeira para quem a ESACT é aquela que representa “o melhor exemplo de sucesso, quer pela dimensão, pela sua capacidade de afirmação, quer pela maturidade que atingiu”, refere. Já o presidente da Câmara de Mirandela salienta a abertura de um mestrado em Mirandela “numa altura em que se encerram mestrados”. Para o António Branco, isso “traduz o percurso que a escola tem vindo a fazer” e defende que “a aposta nos ciclos longos é essencial para o futuro da ESACT”.
Um mestrado de Marketing Turístico e uma nova licenciatura, em Jornalismo e Comunicação Digital, foram igualmente candidatados pela Escola Superior de Mirandela à Agência de Acreditação, mas ainda sem resposta. Atualmente, a ESACT tem cerca de mil alunos a frequentar os oito cursos da instituição de ensino superior.

Centro de Recursos avança
As novas instalações da ESACT de Mirandela vão ter a funcionar um Centro de Recursos para a promoção do turismo e marketing territorial do Alto Trás-os-Montes. Luís Pires, diretor da ESACT, explica que se trata de “um projeto arrojado, com um crescimento gradual na base das parcerias com os agentes públicos e privados da região”.
Para já, foi aprovada uma candidatura no valor de 700 mil euros que vai dotar o centro regional de equipamento de vanguarda, que o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, entende poder vir a tornar-se “num polo forte na área do turismo e da comunicação”.

Obra atrasada dois meses
As novas instalações que deviam estar concluídas em Abril, sofreram um pequeno atraso e o prazo de conclusão da empreitada está agora calendarizado para o início de Junho.
O presidente da câmara de Mirandela, António Branco garante que o novo campus da escola “estará pronto a receber os alunos no próximo ano letivo”. A ESACT de Mirandela vai, finalmente, ter instalações definitivas, depois de duas décadas em instalações provisórias. No total, o investimento ronda os 5 milhões de euros, suportados, em 85 por cento, por fundos comunitários e os restantes 15 por cento são assegurados pelo Município

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IPB volta a ser considerado o melhor Politécnico do país

Ranking patrocinado pela União Europeia coloca o Politécnico de Bragança como a sétima melhor instituição de ensino superior do país
 Pelo segundo ano consecutivo, o Instituto Politécnico de Bragança foi considerado o melhor Politécnico do país, sendo, ainda, a sétima melhor instituição de ensino superior do país.
Esta foi a segunda edição do ranking global U-Multirank, compilado e financiado pela Comissão Europeia. Este estudo avaliou o desempenho de mais de 1200 instituições de ensino superior de 85 países diferentes, através de 31 indicadores agrupados em cinco grandes áreas: ensino e aprendizagem, investigação, transferência de conhecimento, orientação para internacionalização e envolvimento regional. Trata-se do maior estudo sobre instituições do ensino superior do mundo, que volta a deixar a instituição do Nordeste Transmontano numa posição de destaque.
Para o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, trata-se do “corolário de um trabalho feito nos últimos anos”. “É um orgulho para a instituição e para toda a região”, frisou Sobrinho Teixeira. O facto de, pelo segundo ano consecutivo, o IPB ter ficado colocado na sétima posição global, melhor Politécnico, mostra “a consolidação do estudo”. “Tivemos oito notas máximas em 31 possíveis”, explicou o presidente da instituição. De facto, o estudo da U-Multirank destacou, sobretudo, a investigação (quatro notas positivas), a Internacionalização e o envolvimento com a região, “precisamente algumas das maiores apostas do IPB nos últimos anos”.
“Este resultado é o que se esperava pelo trabalho que tem sido desenvolvido pelo Instituto”, diz Sobrinho Teixeira. De facto, nos últimos anos tem sido seguida uma aposta grande na internacionalização. Para além disso, o novo Quadro Comunitário de Apoio Portugal 2020 oferece um novo leque de opções e traz uma responsabilidade acrescida.
“Estamos a apostar forte. Esperamos vir, ainda, a reforçar o nosso envolvimento com a região com os novos projetos que se avizinham”, sublinha o presidente do Instituto. O Politécnico de Viana do Castelo é o segundo na lista (décimo global), tendo perdido ainda uma posição face ao ano anterior. A Universidade Nova de Lisboa continua a liderar, enquanto a Universidade do Minho ganhou uma posição e a Universidade do Porto duas, subindo ao pódio.

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