27 setembro, 2012

Centro de Cultura Chinesa abre no próximo mês

Abre no próximo mês o Centro de Cultura Chinesa que vai funcionar no Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
O objectivo do centro é leccionar o Mandarim e divulgar a cultura chinesa para abrir portas de negócios portugueses na China. Com a vinda dos alunos provenientes de diversas universidades da República Popular da China, o IPB cria agora em parceria com a universidade de Pequim um Centro de Cultura Chinesa.
“Queremos é que seja um centro de cultura chinesa da cidade e da região, portanto com uma capacidade de abrangência que vá para além do politécnico e para além de Bragança e que consiga abranger a grande região de Trás-os-Montes”, afirma o Presidente do IPB, Sobrinho Teixeira.
O centro entra em funcionamento no dia 15 de Outubro e começa por leccionar o Mandarim. “Ele vai ter uma capacidade de leccionação de aulas em Mandarim, vai evoluir depois para um centro Confúcio, para além da divulgação da cultura e língua chinesa, vai também emanar de Bragança a cultura e língua portuguesa para alguns locais da República Popular da China”, salienta o presidente.
O centro visa, ainda, promover a ligação entre empresários transmontanos e chineses, para que através da cultura se consolidem negócios. “Promover a interligação entre empresários desta região e empresários da república popular da china através da cultura se consolidarem negócios”, conclui Sobrinho Teixeira.
De referir que o IPB mantém já uma relação de dois anos com a Universidade de Pequim, da qual resulta a mobilidade de alunos e docentes. O IPB e a Universidade de Pequim a investir na cultura internacional.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Estrangeiros já podem fazer exame de Português no IPB

Os estrangeiros que queiram certificar o seu nível de Português, já o podem fazer no Centro de Línguas do IPB.
Até agora, Bragança, não tinha um local para quem vem de fora poder provar a sua competência a Português. Agora, através da assinatura do protocolo entre a Escola Superior de Educação, e o Sistema de Avaliação e Certificação de Português Língua Estrangeira, a realização dos exames já é possível. A coordenadora do Centro de Exames do IPB diz que “é uma forma de corresponder aos anseios de muitos estrangeiros que vivem em Portugal, e que precisam de certificar os seus níveis linguísticos, por questões de trabalho, ou porque solicitam a cidadania portuguesa”. Isabel Chumbo revela, ainda, que há estrangeiros de outras zonas do país que pretendem fazer o exame no Centro de Línguas do IPB, isto porque “há muita gente que está a procurar o Centro de Bragança como alternativa aos grandes centros de exames, nomeadamente Lisboa e Porto”.
Há duas semanas que foi assinado um outro protocolo, que permite a portugueses e estrangeiros realizarem exame de Inglês. “Agora também já somos Centro de Exames Cambridge, o que significa que todos os portugueses e estrangeiros podem, no Centro de Línguas do IPB, realizar exames que certifiquem os seus conhecimentos de Inglês e que são reconhecidos no mundo inteiro”, explicou a responsável. Os exames são feitos na Escola Superior de Educação, facilitando a deslocação dos estrangeiros que residem na região. A inscrição para os exames da época de Novembro decorrem até ao dia 4 de Outubro.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

26 setembro, 2012

2.ª Conferência da Rede de Universidades de Ciências Aplicadas

De 29 de setembro e 2 de outubro
A UASnet – Universities of Applied Sciences Network / Rede de Universidades de Ciências Aplicadas reúne nos próximos dias 29 e 30 de setembro e 1 e 2 de outubro, em Bragança, num encontro que junta universidades de ciências aplicadas (UCA), que em Portugal são conhecidas como institutos politécnicos, da Europa, América do Norte, América do Sul, África e Ásia, para a 2.ª Conferência UASnet
A 2.ª Conferência da Rede de Universidades de Ciências Aplicadas / 2nd UASnet Conference, organizada em conjunto pela UASnet, pelo CCISP e pelo Instituto Politécnico de Bragança, decorre entre 29 de setembro e 2 de outubro, no Instituto Politécnico de Bragança, compreendendo um programa de cultura e lazer nos dois primeiros dias, que dará a conhecer às duas centenas de participantes estrangeiros a cultura portuguesa, a gastronomia e as paisagens transmontanas, e o vale do rio Douro.
"A realização desta conferência em Portugal reflete o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos politécnicos portugueses, representados na direção da UASnet pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), da qualidade do seu ensino, da qualificação do seu corpo docente e da sua capacidade de internacionalização, e captação e alinhamento de sinergias de vários pontos do globo", explica João Sobrinho Teixeira, presidente do CCISP.
Aquela que será a maior conferência de sempre da Rede de Universidades de Ciências Aplicadas da Europa fica marcada pela presença de 30 reitores de institutos federais brasileiros (instituições homólogas dos institutos superiores politécnicos portugueses e das universidades de ciências aplicadas no resto da Europa), dos presidentes de institutos politécnicos de S. Tomé e Príncipe, Angola e Macau, de representantes de duas centenas de UCA de mais de 15 países, e ainda dos 20 politécnicos e escolas não integradas portugueses.
Os objetivos do debate são, acima de tudo, práticos, e visam, entre outros, trabalhar na constituição de um grupo de trabalho para o reconhecimento mútuo de cursos entre UCA, e a uniformização da designação das UCA dentro da Europa.
João Sobrinho Teixeira sublinha a relevância deste último propósito para o ensino superior politécnico em Portugal. "É urgente olhar para o ensino superior politécnico como uma opção válida, credível e fundamental para o País. É imperativo olhar para os nossos institutos – reconhecidos pelos seus pares europeus e no mundo inteiro pela sua qualidade – como Universidades de Ciências Aplicadas, como acontece nos outros países da Europa, porque é essa a sua vocação: formar profissionais competentes, qualificados e adaptados ao mercado de trabalho, desenvolvendo assim as regiões, para desenvolver o País".
Relativamente ao reconhecimento mútuo de formação entre UCA, Sobrinho Teixeira explica que "os institutos superiores politécnicos portugueses e o CCISP assumem-se aqui como fator determinante, uma vez que estabelecem a ponte entre as instituições dos restantes países da Europa, e as instituições dos países lusófonos, de África e do Brasil".
O responsável destaca ainda a presença de inúmeros especialistas nacionais e estrangeiros que debaterão o ensino politécnico – caracterização, papel, balanço e perspetivas, desafios, cooperação e internacionalização -, entre representantes da Comissão Europeia, de centros de investigação europeus, de associações de UCA de diversos países, do CONIF - Conselho Brasileiro das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e de UCA estrangeiras.
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, marcará presença na 2.ª Conferência da Rede de Universidades de Ciências Aplicadas, e encerrará o evento na terça-feira, dia 2. Com início às 12h00, a sessão de encerramento incluirá ainda a formalização de acordos e protocolos com o Governo brasileiro, que permitirá que anualmente venham estudar para Portugal 1.500 estudantes deste país ao abrigo do Programa Ciência Sem Fronteira, e um memorando de entendimento entre a UASnet, o Conselho Brasileiro das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Brasil e o CCISP, que mediou todo o processo.
Publicado em 'Diário de Trás-os-Montes'.

25 setembro, 2012

Estudantes elegem novo presidente da AAIPB

A Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança vai ter um novo presidente.
As eleições estão marcadas para quinta-feira e há duas listas a sufrágio. A lista C é liderada por José Mário Moreno.Natural de Bragança, é estudante de Engenharia Biomédica e já pertenceu às direcções anteriores. Assume, por isso, uma candidatura de continuidade. “Além de ser um objectivo pessoal que sempre tracei desde que entrei para o IPB e para a associação, sempre gostei do ambiente associativo e de fazer coisas pelo instituto e pela cidade”, afirma, acrescentando que “achei que era a altura certa para me candidatar pois já adquiri a experiência necessária para fazer mais e melhor”.
José Mário Moreno realça que “temos muitos projectos em mente ao nível pedagógico, profissional e desportivo”. Além disso, “queremos continuar a fazer as melhores semanas do caloiro e académica, mas não é só festa pois queremos continuar a fazer a Feira de Empreendedorismo e Empregabilidade que correu muito bem no ano passado. Também queremos criar um gabinete específico para o apoio aos alunos nas bolsas porque no início do ano há sempre problemas”.
O adversário é Luís Carlos Dias, estudante do mestrado em Gestão Pública e que representa a lista M. Natural de Boticas, o ex-presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão quer pôr um ponto final no actual estado da academia. “Eu sou o candidato que faz parte de uma equipa e que nasceu do desejo de um grupo alargado de alunos com experiência na área do associativismo académico e com prova dadas”, refere, salienta que a candidatura “surge da insatisfação em relação ao estado actual da associação académica”. O candidato diz que “ao contrário do que acontece actualmente a nossa principal preocupação não passa pela parte lúdica, mas sim uma política de proximidade com intervenção social, pois queremos que os nossos colegas se sintam apoiados”.
O candidato salienta que a prioridade é dar ajuda aos alunos mais carenciados e para tal vai constituir um gabinete de apoio ao aluno bolseiro. “Nós não queremos que os alunos desistam de estudar por questões financeiras ou por não terem dinheiro para comprar comida”, afirma. “A actual associação académica recolhe alimentos e roupas e dá a instituição de caridade. Porque não dividi-los pelos alunos mais carenciados, protegendo a sua identidade?” questiona Luís Carlos Dias.
Depois de amanhã, os estudantes do Instituto Politécnico de Bragança são chamados às urnas para eleger o sucessor de Rui Sousa.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

19 setembro, 2012

11.º Encontro de Química dos Alimentos

Bragança volta a acolher um evento científico internacional.
Desta vez, o 11.º Encontro de Química dos Alimentos que decorre, de 16 a 19 de setembro, no Instituto Politécnico de Bragança. Sob a temática “Qualidade dos Alimentos: Novos Desafios”, o evento reuniu especialistas e investigadores da área da Química e da Ciência dos Alimentos de instituições e entidades portuguesas e, também, do estrangeiro.
Durante a sessão de abertura, o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Eng.º António Jorge Nunes, convidou todos os participantes a visitarem a cidade, conhecida pela sua história e centralidade, num contexto ibérico e europeu.
O 11º Encontro de Química dos Alimentos, organizado pelo Instituto Politécnico de Bragança, em colaboração com a Divisão de Química Alimentar da Sociedade Portuguesa de Química, teve como objetivo criar uma plataforma de divulgação e de partilha de conhecimentos entre os participantes.
Publicado em 'CM-Bragança'.

II Jornada Internacional “Potencialidade da Macrorregião do Sudoeste da Europa”

A “Potencialidade da Macrorregião do Sudoeste da Europa” esteve em debate no Instituto Politécnico de Bragança, no dia 17 de setembro, onde se reuniram representantes de entidades e instituições portuguesas e espanholas, tendo participado também o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Eng.º António Jorge Nunes, que sublinhou a importância de agregar os vários atores no território, bem como definir estratégias que deverão ser transpostas para o terreno com vista à evolução da Macrorregião”.
A II Jornada Internacional “Potencialidade da Macrorregião do Sudoeste da Europa”, promovida pela Escola de Negócios da Fundación San Pablo - Castilla y León, teve como objetivos destacar as oportunidades de desenvolvimento que será gerado através da aplicação da macrorregião do Sudoeste da Europa.
O evento contou com a presença do Secretário da Associação de Municipios Ribereños do Douro, da responsável pelo gabinete de Relações Internacionais do Ayuntamiento de Valladolid, do representante da Sociedade Portuguesa de Inovação, João Medina, do Presidente e Professores do Instituto Politécnico de Bragança, do Diretor do MBA internacional da Escola de Negócios da Fundación San Pablo, bem como de Professores da mesma instituição.
Publicado em 'CM-Bragança'.

Portugal e Espanha criam rede de empreendedorismo

A união do Norte de Portugal com a Galiza e Castela e Leão, na vizinha Espanha, é a chave para as empresas destas regiões ganharem competitividade.
Enrique Espinel, da Escola de Negócios de San Pablo, em Espanha, diz que “há que ter consciência do trabalho em comum, pois só desta forma é possível gerar competitividade e riqueza”.
Para o presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Sobrinho Teixeira, a criação desta macro-região vai permitir também vai facilitar a mobilidade de alunos e professores. O responsável diz que “há que procurar incentivar uma rede de empreendedorismo dentro desta macro-região” e acredita que “das conexões dentro desta região que vão acontecer mais-valias e desenvolvimentos dentro da própria região de Bragança”, sublinhou.
Já o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, sublinha que “foi dado um passo importante na definição de estratégias políticas conjuntas”. “É um caminho que se vai fazendo no sentido de as políticas serem articuladas”, concluiu.
As vantagens da aliança entre o Norte de Portugal e a vizinha Espanha em debate no Instituto Politécnico de Bragança.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

IPB aposta em técnicas para conservar a castanha

Investigadores do Instituto Politécnico de Bragança estão a estudar formas de conservação mais eficazes da castanha. A solução passa pela utilização de tecnologia de irradiação.
A revelação foi feita durante o 11º Encontro de Química dos Alimentos que está a decorrer na Escola Superior Agrária, onde ontem foi abordada a temática da “Inovação e alimentos tradicionais”.
A presidente da organização dá o exemplo do trabalho que está a ser desenvolvido no IPB com a castanha. “Estão a tentar investigar se é possível proceder a tratamentos diferentes dos que são utilizados hoje em dia”, refere Joana Amaral, acrescentando que “o objectivo é ver se esse tipo de tratamento, que tem vantagens, se poderá afectar o produto”. Se isso não acontecer “o tratamento por irradiação poderá ser uma mais-valia para esta fileira”.
Outro tema debatido neste encontro foi o comportamento dos consumidores que pode vir a ser alterado na sequência da crise.
A responsável considera que as empresas da indústria alimentar terão de se adaptar e procurar oferecer produtos mais baratos. “Apostando nas tecnologias de processamento e conservação poderá ser uma oportunidade, pois a crise quase que obriga as empresas a seguir novos percursos tecnológicos para fazer face a determinadas problemáticas”, afirma. A solução passa por “arranjar opções que permitam que os alimentos tenham elevada qualidade, com segurança para o consumidor, através de tecnologias avançadas de forma a ter um custo mais reduzido do que o actual”, conclui.
Este 11º Encontro de Química dos Alimentos conta com a participação de cerca de 200 investigadores de diversos países, como Brasil, Espanha, Angola, Eslováquia, Bulgária, Argélia, África do Sul e Japão.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Estudantes:as primeiras impressões


Exibido em 'LocalvisãoTV'.

12 setembro, 2012

IPB promove mel Transmontano através de Simpósio Internacional

O mel transmontano poderá chegar a um maior número de países. O simpósio dedicado à fileira, que terminou ontem, no Instituto Politécnico de Bragança, deu a conhecer o produto a investigadores de mais de 30 países.
Durante o debate a criação de legislação para os produtos da colmeia foi um dos temas em destaque. Os investigadores que passaram por Bragança vão contribuir para a promoção do mel de Trás-os-Montes nos seus países.
Quem o diz é o responsável do IPB pelo Simpósio sobre o mel. Miguel Vilas Boas destaca a importância do simpósio para a comercialização do mel português no estrangeiro. “O mel que vai sair daqui para qualquer um dos 30 países será uma forma de marcar a posição deste mel nestes mesmos países”, frisou. O responsável do IPB defende, ainda, que é preciso valorizar o mel da região, através da diferenciação do produto, e “uma das possibilidades, que se aplica por exemplo ao azeite, onde existe azeite de vários níveis de graduação, como é o caso do azeite extra virgem ou virgem”. “O mel pode vir a ter os níveis da mesma forma, e esses níveis associados a parâmetros de qualidade diferentes”, explicou.
Já Paulo Ventura, da Cooperativa de Produtores de Mel da Terra Quente, sublinha que é prioritário que se faça uma legislação para os produtos da colmeia e destacou a importância do “estabelecimento de parâmetros de qualidade dos produtos”. Os “novos métodos de analisar a qualidade do mel e criação de novos produtos da colmeia” foram também alguns pontos de destaque do produtor.
As propostas de legislação vão agora chegar aos responsáveis da União Europeia.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

11 setembro, 2012

Um Milhão de Downloads na Biblioteca Digital do IPB

A Biblioteca Digital do Instituto Politécnico de Bragança atingiu UM MILHÃO DE DOWNLOADS da sua produção científica!
O interesse que o Instituto Politécnico de Bragança demonstra pelo repositório e pela promoção do acesso aberto à literatura científica é revelador nestes números que apenas comprovam o seu papel dinamizador do acesso aberto em Portugal. O elevado número de downloads do Brasil demonstram a prevalência da língua portuguesa no repositório do IPB.

Percurso da Biblioteca Digital do IPB:
2006 – Criação do repositório.
2009 – Candidatura ao RCAAP e SARI
2010 – Aprovada a Política de Auto-Arquivo de Publicações na Biblioteca Digital do IPB. Adotou-se uma política de obrigatoriedade para o depósito de todas as publicações produzidas pelos docentes/investigadores sendo o depósito dos documentos efectuado por auto-arquivo.
Em 2011 através do Regulamento nº 14/2011 – Desempenho do Pessoal Docente do Instituto Politécnico de Bragança, a obrigatoriedade de depositar e fornecer o handle associado à produção científica produzida, no sentido em que são apenas considerados os artigos depositados na Biblioteca Digital do IPB.
Desde que esta medida foi tomada, houve um aumento de depósitos e a Taxa de Variação é positiva em 134,54%, passando de 1433 depósitos em 2010 para 3361 depósitos em 2011.
A sustentabilidade e crescimento da Biblioteca Digital do IPB estão assegurados pelas medidas, tomadas ao longo dos anos pelo IPB, de apoio ao repositório institucional e ao livre acesso. O número de downloads aumentará naturalmente porque a visibilidade dos conteúdos nos motores de busca e em agregadores de informação científica é assegurada.
O número elevado de downloads só é conseguido pois 86,35% da produção científica do repositório se encontra em acesso aberto para qualquer utilizador.
Parabéns à Biblioteca Digital do IPB e principalmente aos docentes e investigadores do Instituto Politécnico de Bragança!
Clarisse Pais

Publicado em 'Blog RCAAP'.

10 setembro, 2012

Apicultura: Especialistas de 30 países discutem setor num simpósio internacional em Bragança

Mais de uma centena de investigadores de 30 nacionalidades reúnem-se durante quatro dias, em Bragança, para discutirem a apicultura e elaborarem propostas de regulamentação do setor a apresentar à União Europeia, divulgou hoje a organização.
A implementação de normas para o comércio de produtos, como a geleia real e pólen, com um valor comercial superior ao próprio mel, é um dos temas da ordem de trabalhos do simpósio internacional que decorre entre domingo e quarta-feira, organizado pelo Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança e pela Federação Nacional dos Apicultores de Portugal.
Segundo explicou à Lusa o coordenador do evento, Miguel Vilas Boas, "é deste fórum de discussão que muitas vezes sai a legislação e a regulamentação que a União Europeia aplica na apicultura".
No simpósio de Bragança serão apresentadas, de acordo com aquele responsável, "as primeiras propostas de regulamentação para a exportação da geleia real e pólen, que serão encaminhadas aos peritos da União Europeia".
A geleia real é um dos produtos mais caros da apicultura, vendida sobretudo para indústria farmacêutica, mas que também é consumida diretamente, assim como o pólen.
"Um dos grandes problemas na Europa é que a galeia real é toda importada da China e é necessário haver legislação para assegurar parâmetros de qualidade", afirmou.
A exploração comercial interna destes produtos ainda é pequena, segundo o coordenador do evento, que apontou o caso de Portugal, aonde "apenas um ou dois produtores exporta geleia real".
O interesse pela apicultura tem crescido em Portugal com uma produção média anual de mel que ronda as 10.800 toneladas, que representam um negócio superior a 29 milhões de euros em que a procura é superior à oferta.
O presidente da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), Manuel Gonçalves, adiantou à Lusa que estão registadas no país 600 mil colmeias de 17 mil apicultores, mil dos quais profissionais que vivem exclusivamente desta atividade e detêm 40 por cento do total das colmeias nacionais.
A atividade é rentável, assegurou o dirigente, adiantando que "um apicultor com 350 colmeias, o patamar mínimo de rentabilidade de uma exploração apícola, consegue tirar um vencimento, para ele e outra pessoa, na ordem dos mil euros, amortizar o investimento e no final de seis anos tem tudo pago".
A realização do simpósio internacional em Bragança reflete, segundo os organizadores, "a dinâmica do setor apícola em Portugal e também a importância que a atividade representa na região" de Trás-os-Montes.
A maior parte dos participantes neste encontro são oriundos de países europeus, mas também de Brasil e Colômbia, Arábia Saudita, Rússia e Irão.
HFI. Lusa/fim
Publicado em 'Porto Canal'.

Rios transmontanos têm mexilhões de água doce

Há mexilhões de água doce raros nos rios transmontanos. São populações únicas que despertaram o interesse de mais de 100 especialistas de 20 países que vieram a Bragança mergulhar.
Exibido em 'SIC'.

Menos alunos no IPB

Nove licenciaturas do Instituto Politécnico de Bragança ficaram sem alunos.
Na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, das 1873 vagas que a instituição de ensino superior disponibilizava, foram preenchidas 555. Ainda assim, o presidente do IPB acredita que todas as vagas vão ser ocupadas.
“Este ano houve uma diminuição acentuada do número de candidatos e uma grande retracção sobretudo nas áreas de engenharia e tecnologias”, refere. “O instituto teve menos 72 alunos do que no último ano, mas esperava que a quebra fosse maior, tendo em conta a realidade”, acrescenta Sobrinho Teixeira, admitindo que “isso deixa-nos preocupados mas optimistas ao mesmo tempo porque o número de candidatos que temos noutros regimes irá compensar esta quebra”. E explica que “esperamos complementar através dos cursos de especialização tecnológica, alunos estrangeiros regimes especiais”.
Na Escola Superior Agrária, ninguém concorreu às engenharias Agronómica, Alimentar, Biotecnológica, Florestal e Zootécnica. Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão as engenharias Electrotécnica e de Computadores e a de Química e Biológica também não registaram entradas. O mesmo aconteceu à licenciatura em Gestão pós-laboral. Já na Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela, o único curso que não registou entradas foi Informática e Comunicações.
Sobrinho Teixeira justifica o panorama com a portaria que entrou em vigor relativa às provas específicas. “Fizemos uma análise e, a nível nacional, o número de alunos na área das engenharia e tecnologias decresceu perto de 80%”, revela, acrescentando que “este ano entrou em vigor uma portaria que exige a passagem em simultâneo nos exames de matemática e físico-química, mas o ensino secundário não fez um esforço para aumentar o sucesso escolar e o resultado é que houve mais alunos reprovados e muito menos alunos a entrar na área das tecnologias”.
Quatro cursos ficaram com todas as vagas preenchidas: Desporto, Análises Clínicas, Enfermagem e Farmácia. Enfermagem é a licenciatura com a média mais alta do IPB (13,48) e a mais baixa (9,5) é a dos cursos de Educação Básica e Design de Jogos Digitais. Ainda assim, foi a licenciatura em Gestão que colocou o maior número de alunos (70).
Para a segunda fase ainda estão disponíveis 1321 vagas.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

05 setembro, 2012

IPB ganha escala internacional

O Instituto Politécnico de Bragança acolhe neste mês seis eventos científicos nacionais e internacionais.
O Congresso Internacional de Biologia e Conservação de Bivalves de água doce começou ontem, em Bragança, e reúne mais de cem investigadores de todo o mundo. As duas populações de Bivalves, conhecidos como “mexilhões do rio”, existentes nos rios Rabaçal e Tuela, levaram à organização do Congresso Internacional de Biologia e Conservação de Bivalves, em Bragança.
O docente do IPB responsável pelo evento explica que o interesse de mais de cem especialistas, representantes de vários países mostra a importância deste congresso para Bragança. “Penso que é um evento que o número de participantes, por si só diz tudo. São mais de 20 países representados, desde a América, do Chile, da Finlândia, da Suécia, da Rússia, enfim, toda a europa”, realça.
Amílcar Teixeira sublinha que o principal objectivo é desenvolver projectos que visem a protecção e conservação da espécie, através de um ciclo de conferências e debates. “Muitas destas populações estão ameaçadas, por exemplo, por barragens. Hoje em dia temos imperativos económicos e temos que compatibilizar todos estes aspectos. De facto é fundamental, mais do que extremarmos posições, é percebermos como é que nós devemos organizar o território”, salienta o responsável.
Neste mês o IPB realiza para além deste mais cinco eventos científicos abrangendo várias áreas.
Nos dias oito e nove, decorre o Congresso Nacional de Malacologia, dia nove começa o segundo Colóquio Internacional de Produtos com Mel, a dezasseis o décimo primeiro Encontro de Química dos Alimentos, a vinte e oito o quarto congresso da Fauna Selvagem WAVES Portugal, e no dia vinte e nove a segunda Conferência da Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Escola Superior de Mirandela vai ter novas instalações

As obras de construção das instalações definitivas da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESACT) de Mirandela, já foram adjudicadas.
Vão custar cerca de 4 milhões e 350 mil euros, carecendo agora de autorização da Assembleia Municipal e do Tribunal de Contas, como determina a Lei dos Compromissos. O presidente da câmara de Mirandela gostaria que a obra começa-se já no próximo mês de Outubro.“Por causa da lei dos compromissos, que nos obriga a um conjunto de regras que antes não tínhamos para este tipo de obras, teremos de aguardar pelos procedimentos legais que é ir levar o assunto à Assembleia Municipal e depois ao Tribunal de Contas”, explica António Branco, acrescentando que por esse facto “não consigo adiantar uma data concreta mas a nossa esperança é que no início de Outubro consigamos iniciar a obra”.A Assembleia Municipal de Mirandela realiza-se na próxima sexta-feira.
Recorde-se que a ESACT começou como pólo do Instituto Politécnico de Bragança, em 1995, com 70 alunos, utilizando instalações provisórias, cedidas pela autarquia. Passou a escola autónoma em 1999, e com o aumento constante de alunos, a direcção da escola viu-se obrigada a alugar salas do edifício da Portugal Telecom. Apesar das constantes reivindicações e promessas de governos anteriores, a verba nunca chegou a vir.
O edifício, cuja obra foi agora adjudicada, vai ficar instalado num terreno cedido pela autarquia onde já funciona a cantina.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

04 setembro, 2012

Aprender a brincar

Aluna do IPB desenvolve projeto de prevenção do bullying

Exibido em 'LocalvisãoTV'.

A dimensão ambiental da educação

CiênciaBragança
“Meio ambiente” e “Educação” têm sido dois conceitos que têm evoluído juntos desde a origem da humanidade. Desde muito cedo o Homem começou a interagir com o mundo que o rodeava, ensinando os seus filhos a fazer o mesmo. Os primatas, por exemplo, desenvolveram uma perceção dos sistemas naturais e um profundo respeito por eles, passando esse conhecimento e respeito de geração em geração. Inicialmente, a relação do Homem com o meio ambiente estava essencialmente ligada à questão da sobrevivência, uma relação que sustentava uma natureza mais poderosa do que os Homens.
Com a evolução da civilização esta posição mudou. A natureza começou a ocupar uma posição de subserviência em relação ao Homem. Passou a procurar conhecê-la para a dominar, explorar, e o seu estudo pretendia satisfazer a curiosidade das pessoas a respeito do seu mundo.
A consciência acerca da dimensão ambiental surge a partir do Renascimento, quando chegam à escola os novos ares de renovação educativa que propiciam a inclusão do “Meio Ambiente”, como estímulo educativo, como recurso, conteúdo ou via metodológica.
O desenvolvimento das sociedades atuais tem conduzido a uma degradação generalizada do ambiente e a uma utilização irracional dos recursos naturais. Este quadro negro levou a uma consciencialização crescente das populações em geral e, paralelamente, à tomada de decisões pelo poder político em prol da proteção e conservação do ambiente. A educação vem na sequência lógica deste processo, e surge da necessidade de adquirir conhecimentos, tendo em vista a proteção da natureza e, assim, a correção de erros passados e atuais.
Para que a mudança seja possível é necessário mudar o próprio Homem, e isso só se consegue através da educação. Tal como se assumiu no ponto 3 do capítulo 36 da Agenda 21, no Rio de Janeiro: “A Educação é decisiva para promover o desenvolvimento sustentável e para melhorar a capacidade das pessoas para responder às questões de ambiente e desenvolvimento”. Neste sentido, o desenvolvimento da Educação Ambiental no sistema educativo necessita de uma nova abordagem que favoreça a sua integração no currículo escolar para que as crianças e jovens, para além de adquirirem conhecimentos sobre o ambiente, mudem os valores, atitudes e comportamentos para adotarem um estilo de vida compatível com um desenvolvimento sustentável. Importa, sobretudo, que se capacitem e criem propostas que contemplem a interdependência entre o ambiental, o político, o económico, o local e o global.
Além disso, já não se trata apenas de consciencializar, mas sim de atuar, e somente a Educação Ambiental pode preparar os cidadãos para que assumam as suas responsabilidades, modifiquem os seus comportamentos e atuem a favor do ambiente.
Mas, ainda assim, num planeta finito, os limites da humanidade serão, apesar do engenho tecnológico, as leis da natureza.
Márcia Moreno
Publicado em 'Mensageiro' de 30 agosto 2012.

Como reage o nosso corpo à variação da temperatura?

CiênciaBragança
A todo o momento, acontecem, no interior do corpo humano, diversas reações químicas, quando nos movimentamos (através dos músculos), quando comemos, quando trabalhamos, quando nos divertimos, quando recuperamos de alguma doença, quando sorrimos, choramos e também quando captamos energia para nos mantermos vivos.
O corpo humano, ao longo dos anos, sofreu transformações e tem evoluído para melhor se desenvolver e adaptar ao ambiente. Todas as partes que o constituem funcionam de forma integrada e em harmonia com as outras.
A temperatura interna do ser humano, em condições normais, mantém-se constante e independente das variações da temperatura ambiente. Pelo contrário, a temperatura superficial, ou seja, a da pele, varia de acordo com a temperatura do meio ambiente, dentro de certos limites. O organismo utiliza a camada externa, pele e tecido subcutâneo, como um regulador auxiliar da sua temperatura interna. O que acontece quando temos frio? Arrepiamo-nos e, deste modo, aquecemos. E quando temos calor? Libertamos suor pelos poros da pele, ou seja, arrefecemos. É esta constante adaptação do nosso corpo aos estímulos externos que nos mantém em harmonia com o meio ambiente.
Quando a temperatura interna atinge os 42ºC, uma pessoa pode entrar em coma, pois ocorre um conjunto de transformações químicas que levam ao funcionamento deficiente dos órgãos, podendo causar a morte.
A hipertermia tem como consequência a perda de líquido e sais minerais, podendo originar náuseas, tonturas, vómitos, confusão, perda de consciência e desidratação, delírio, cãibras musculares e perturbações visuais. Pelo contrário, quando estamos com hipotermia, a temperatura do organismo desce abaixo da temperatura normal, o que prejudica o metabolismo. As pessoas entram numa fase de tremor, provocada pelas contrações dos vasos sanguíneos, dormência nos membros, esfriamento dos pés e das mãos, problemas respiratórios, entre outros, e nas situações mais avançadas, a hipotermia provoca falta de memória, dificuldades em controlar os membros, perda dos sentidos e da pulsação e as pupilas ficam dilatadas.
Em suma, não podemos esquecer que se o nosso organismo está a aumentar ou a diminuir a temperatura interna, estará, de alguma forma, a tentar manter-nos em equilíbrio. De facto, o nosso corpo não reage por acaso.
Assim, para a sobrevivência de qualquer organismo humano é fundamental que este esteja em equilíbrio com o meio ambiente, sendo a temperatura um importante mecanismo de regulação.
Rita Moreira Pires
Publicado em 'Mensageiro' de 23 agosto 2012.

O mundo atual seria o mesmo se o papel não tivesse sido inventado?

CiênciaBragança
Há muitos anos atrás, no tempo em que os homens viviam em cavernas, estes pintavam situações do seu dia a dia nas paredes das grutas. A pedra foi durante muito tempo o único material de registo utilizado.
No ano 3500 antes do nascimento de Cristo, os egípcios inventaram um novo material de registo, feito a partir de papiro, uma planta que crescia nas margens do rio Nilo. O talo desta planta era cortado em tiras longas e finas, que depois de sobrepostas e cruzadas, eram batidas com um martelo, secas ao sol e finalmente alisadas com uma pedra polida. Foi a palavra “papiro” que deu origem à palavra “papel”.
Por sua vez, o pergaminho situa-nos na Ásia Menor, na cidade de Pérgamo, onde os seus habitantes desenvolveram uma técnica de secagem de peles de animais, que depois de raspadas, secas e polidas com uma pedra pomes, se tornavam lisas e flexíveis, permitindo que se escrevessem nelas, dos dois lados. Este novo material de escrita, embora dispendioso, foi utilizado na Europa durante quase toda a Idade Média.
A invenção do papel é atribuída a T-Sai Lun, no ano 105 depois de Cristo, na China. Durante mais de 500 anos este segredo foi guardado pelos chineses, até que no ano 751, em Samarcande, os Árabes tomaram conhecimento desta técnica. A partir daí, o fabrico do papel difundiu-se por toda a Europa. Pela mão dos árabes, a técnica da produção de papel aproximou-se, progressivamente, da Península Ibérica, surgindo em Espanha no ano de 1150.
Em Portugal, o primeiro moinho de papel surgiu somente em 1411, na cidade de Leiria. Os moinhos de papel, tal como os moinhos de cereal, aproveitavam a energia hidráulica, a energia da água e, por isso, localizavam-se junto a cursos de água. O papel era produzido a partir de trapos de algodão ou linho, aproveitando-se roupas velhas para esse fim. Contudo, quando as necessidades de papel aumentaram e os trapos já não eram suficientes para a sua produção, começou-se a reutilizar o papel velho como matéria prima para a produção de papel novo.
Como vê, a reciclagem já não era, na altura, uma novidade! Há mais de 100 anos, os fabricantes de papel encontraram uma nova matéria prima, a pasta de celulose, que é retirada da madeira das árvores. A partir dos anos 60, o eucalipto tornou-se a espécie mais utilizada para o fabrico de celulose, uma vez que apresenta um ciclo de crescimento mais rápido do que outras espécies arbóreas e, por isso, tornou-se a principal fonte de fibras para a produção do papel. Este facto constitui uma ameaça à biodiversidade planetária, pois verificam-se plantações massivas de monoculturas de eucalipto e, consequentemente, o corte de milhares de árvores, provocando uma visível desflorestação. A solução poderá passar pela reciclagem de papel, ou seja, pelo aproveitamento de papel usado como matéria prima para o fabrico de papel novo. Desta forma, uma tonelada de papel reciclado evita o abate de 15 a 20 árvores.
O processo de reciclagem, com enormes vantagens, começa, nos aglomerados populacionais, pelo uso de recipientes de recolha de papel usado. Quem não conhece o contentor azul do Ecoponto?
Márcia Moreno
Publicado em 'Jornal Nordeste' 21 agosto 2012.

O que é a luta biológica ?

CiênciaBragança
É a utilização de organismos vivos, ou dos seus produtos, para evitar ou reduzir as perdas ou danos causados pelos organismos nocivos.
Em Portugal são conhecidos alguns casos de luta biológica já nos finais do século XIX e início do século XX. O primeiro foi a introdução de Vedalia, inseto semelhante a uma joaninha, em 1897, para o combate à Icerya, cochonilha que suga a seiva dos citrinos, em laranjais dos arredores de Lisboa, no que foi o primeiro ensaio de luta biológica moderna levado a cabo na Europa.
Este meio de luta, alternativo à utilização de fitossanitários químicos, inclui o uso de numerosos grupos de inimigos naturais ou auxiliares, como: insetos, as joaninhas; ácaros, os fitoseídeos; vertebrados, as aves; nematodes, bactérias e fungos, que podem atuar como predadores, parasitoides, parasitas ou patogénicos. Neste meio de luta está incluída, também, a utilização de feromonas, hormonas juvenis, técnicas autocidas e manipulações genéticas.
Existem três modalidades de luta biológica: limitação natural; luta biológica clássica e tratamento biológico.
Na limitação natural, os auxiliares asseguram a redução das populações de pragas e de alguns patogénios. Na luta biológica clássica, procura-se combater uma praga exótica que causa prejuízo numa cultura de uma região através da introdução de auxiliares provenientes, normalmente, da região de origem dessa espécie. O tratamento biológico pretende aumentar a proporção de inimigos naturais indígenas.
Os benefícios deste meio de luta são a redução do gasto em produtos químicos; a maior segurança alimentar e proteção do meio ambiente pela redução do uso de produtos fitossanitários; a melhoria da saúde do ecossistema; a volta às condições ecológicas do ecossistema antes da introdução da praga. Contudo, uma série de limitações podem ser apontadas, nomeadamente: os efeitos indesejados sobre a fauna indígena; o risco sanitário, uma vez que podem estar a ser introduzidos patogénios para as plantas; os auxiliares podem estar infestados e resultar, por isso, ineficazes; é necessário o apoio técnico e, também, comprovar a eficácia dos inimigos naturais na zona da cultura.
Mª José Miranda Arabolaza, Paula Cristina Batista, Sónia Santos

Publicado em 'Mensageiro' de 16 agosto 2012.

Determinação da Idade e Crescimento dos peixes: Como? e Para Quê?

CiênciaBragança
Pode parecer estranho, mas o trabalho de muitos investigadores que trabalham na gestão sustentável das pescas é determinar a idade e crescimento de várias espécies de peixes. Certamente já ouviu falar que muitas espécies de peixes têm um tamanho mínimo de captura. Porquê?
Como é que se avalia a idade e o crescimento dos peixes? As variações que ocorrem sazonalmente na intensidade luminosa, temperatura e disponibilidade do alimento vão influenciar determinados mecanismos fisiológicos dos peixes, ocorrendo períodos alternados de crescimento rápido e lento. Estas variações no crescimento vão induzir a formação anual de anéis concêntricos nas escamas, otólitos (ossos do ouvido interno), vértebras e opérculos. Como estes anéis se originam quando os peixes têm apenas algumas semanas de idade e se mantêm ao longo de toda a sua vida, contando os anéis e medindo as distâncias entre eles é possível determinar a idade e o crescimento dos peixes. De salientar que nada disto é novo. De facto, os naturalistas do século XVII já faziam este tipo de estudos!
Quais são as estruturas ósseas mais utilizadas?
Sempre que possível são as escamas. São fáceis de obter e a sua utilização não implica a morte do peixe.
E, afinal, como é que se determina o tamanho mínimo de captura?
Ao contrário da maior parte dos vertebrados, os peixes são animais que crescem durante toda a sua vida. No entanto, a sua taxa de crescimento decai acentuadamente quando se reproduzem pela primeira vez, porque toda a energia que obtinham até então era somente para crescerem e, agora, passa a ser também necessária para a reprodução. Este aspeto reflete-se na distância entre anéis, que é muito maior quando os peixes são jovens. À medida que a idade aumenta os anéis estão cada vez mais juntos. Assim, quando a distância entre anéis se reduz pela primeira vez significa que o' peixe tornou-se reprodutor.
Para que a pesca seja considerada uma atividade sustentável deve deixar-se que os peixes se reproduzam pelo menos uma vez antes de serem capturados. Contudo, deparamo-nos com um problema. Em muitos peixes os machos e as fêmeas não se tornam reprodutores nem com a mesma idade nem com o mesmo tamanho. Por exemplo, no caso dos barbos', os machos tornam-se adultos quando têm 2 a 3 anos e medem cerca de 10 cm. As fêmeas, por sua vez, só são adultas por volta dos 7 anos, quando têm cerca de 20 cm. Por isso, este peixe só pode ser capturado quando tem, pelo menos, 20 cm (tamanho mínimo de captura). 
Ana Geraldes, Amílcar Teixeira

Publicado em 'Nordeste' de 14 agosto 2012.

UEM realiza curso da Escola de Altos Estudos

A Universidade Estadual de Maringá está realizando curso da Escola de Altos Estudos, que é uma iniciativa da Capes para fomentar a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de pós-graduação stricto sensu de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Seu objetivo é trazer professores e pesquisadores estrangeiros de elevado conceito internacional para a realização de cursos monográficos, a fim de fortalecer, ampliar e qualificar os programas de pós-graduação de instituições brasileiras.
O curso na UEM, coordenado pelo professor Francisco de Assis Macedo, está sendo ministrado pelo professor Alfredo Teixeira, da Universidade de Bragança, de Portugal. Iniciado nesta segunda-feira, dia 13, prossegue até 8 de setembro, com aulas teóricas e práticas. O curso enfoca a metodologia de avaliação de carcaças de ovinos e caprinos, tendo a ultrassonografia como tema principal.
O Programa Escola de Altos Estudos é financiado pela Capes para cursos de pós-graduação de excelência, ou seja, com conceitos 6 e 7. Além de alunos do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da UEM, o curso está recebendo pós-graduandos em Zootecnia de outras universidades do Paraná, São Paulo e Bahia. Os créditos da Escola de Altos Estudos valerão para os programas de pós-graduação.
Publicado em 'UEM'.

Treino de Força Muscular em Idosos

Ciênci@Bragança
O envelhecimento está, de uma forma geral, associado à perda de massa muscular, com repercussões na funcionalidade em realizar as actividades diárias e consequentemente na qualidade de vida. A perda da força e da massa muscular progressiva predispõe esta população a uma limitação funcional, com repercussões na sua independência, sendo este um fator de predisposição para muitos dos processos patológicos associados ao aumento da morbilidade e mortalidade. Porém, o fenómeno em causa, denominado de sarcopenia, deverá ser igualmente interpretado tendo em conta a diminuição da atividade física que acompanha o envelhecimento. Além disso, a perda gradual de massa e força muscular agravam os problemas ortopédicos, levando a uma maior decadência no estado de condição física e de saúde geral.
Este complexo fenómeno que é a sarcopenia deverá ser compreendido como tendo origem em componentes de ordem nutricional, endócrina, nervosa e funcional, com aumento dos problemas ao nível metabólico, diminuição da capacidade funcional e maior susceptibilidade a quedas e fraturas. Geralmente observa-se uma diminuição da flexibilidade e força das estruturas musculares e o predomínio de posturas incorre tas que conduzem a desalinhamentos nas curvaturas da coluna, que por sua vez vão causar perda do equilíbrio.
A realização de atividade física surge como um elemento relevante na prevenção. O tipo de treino que mais tem sido estudado e recomendado é o treino de força. Este tipo de treino tem sido efetuado com elevada tolerância por parte de idosos, com excelentes resultados em termos de adaptação e ganhos na melhoria da capacidade funcional, o que por si só conduz a uma melhoria da qualidade de vida. Desta forma, os efeitos do treino da força na melhoria da função muscular são igualmente apontados como sendo específicos, pelo que outras formas de treino não (ex.: resistência cardiovascular), pois os mesmos não atenuam os declínios funcionais e morfológicos do tecido muscular associados ao envelhecimento.
É fundamental a promoção de programas de intervenção através das Autarquias e entidades locais, de forma a promover a inclusão da população idosa na sociedade, respeitando as necessidades e características do envelhecimento. Além disso, recomenda-se o acompanhamento e supervisão dos programas por profissionais da área das Ciências do Desporto. O respeito pela individualidade transporta normas e princípios que apenas podem ser determinados com conhecimento.
Miguel Monteiro

Publicado em 'Mensageiro' de 09 agosto 2012.

Impacto do IPB na cidade


Exibido em 'LocalvisãoTV'.

Alunos formados no IPB trabalham na região

A região de Trás-os-Montes emprega mais de metade dos alunos formados no Instituto Politécnico de Bragança que conseguiram trabalho.
Um inquérito feito a diplomados que terminaram o curso no ano lectivo 2008/2009 demonstra que uma grande percentagem ficou em Bragança. O vice-presidente do IPB, Luís Pais, sublinha que este estudo revela que a região tem capacidade de fixar os jovens do litoral que vêm para cá estudar. “86 por cento dos nossos graduados estão a exercer uma actividade profissional e o que é mais interessante é que denotámos uma capacidade de fixação dos próprios diplomados. Daqueles que estão a exercer uma actividade profissional, 39 por cento exercem-na em Bragança, e 53 por cento exercem-na em Trás-os-Montes, ou seja nos distritos de Bragança e Vila Real”, realça o responsável.
Luís Pais realça, ainda, que dos mais de mil diplomados que participaram no inquérito, 30 por cento são do distrito de Bragança e 43 por cento são dos distritos de Vila Real e Bragança. O vice-presidente do IPB diz que para além dos licenciados e mestres que arranjam trabalho nas empresas da região, também há quem aposte no seu próprio negócio em Bragança. “Alguma capacidade empreendedora dos nossos alunos. Não podemos esquecer que a região de Trás-os-Montes não é industrializada, é um caminho que ainda temos que percorrer, mas eu acho que esses resultados são prometedores nesse sentido”, salienta o vice-presidente do IPB.
Luís Pais garante que o IPB vai continuar a realizar este inquérito para acompanhar o percurso dos diplomados e também para conhecer o seu grau de satisfação com a instituição de ensino.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

A aprendizagem das ciências nas primeiras idades

Ciênci@Bragança
As crianças pequenas aprendem pela ação através do envolvimento ativo a nível psicomotor, cognitivo e afetivo. O trabalho experimental surge por necessidade de encontrar soluções para os problemas com que as crianças se deparam, envolvendo- as num ambiente de discussão e reflexão sobre os processos científicos e tecnológicos inter-relacionados com a sociedade. Assim, devem envolver-se as crianças em tarefas de índole experimental e de sistematização de saberes da realidade natural, sobretudo os que se referem à natureza da matéria, ao sistema solar, aos seres vivos, à saúde e segurança do corpo humano, entre outros.
No caso particular do tema luz, justifica-se a sua pertinência na aprendizagem das crianças, por um lado porque a luz é fundamental para observarem o que existe à sua volta e para comunicarem com os outros. Por outro, desde cedo as crianças se apercebem da presença da luz e constroem brincadeiras, explorando os seus efeitos.
Estas situações podem ser motivo para a realização de atividades práticas e experimentais que admitem uma multiplicidade de conteúdos como: a luz apenas se propaga em linha reta; apenas vemos os objetos quando neles incide uma fonte de luz; há objetos que emitem luz e outros que não, apenas a refletem; existem materiais transparentes, translúcidos e opacos; quando a luz encontra um obstáculo pode atravessá-lo ou não (provocando uma sombra); a sombra formada por diferentes materiais depende da sua transparência; a luz atravessa materiais transparentes e translúcidos e não atravessa materiais opacos; quanto mais opaco é um material mais nítida é a sombra por ele formada; quanto mais transparente é um material melhor se observam os objectos através dele; a sombra de um objeto é sempre formada no lado oposto ao da fonte de luz que nele incide.
Partindo das questões do quotidiano e envolvendo as crianças na sua descoberta estaremos a contribuir para que elas possam construir saberes científicos que as capacitem para participar na sociedade, cada vez mais global.

Cristina Mesquita-Pires e Maria José Rodrigues

Publicado no 'Mensageiro' 2 de agosto 2012.

How to Win: The Butterfly



Exibido em 'The New York Times'.