29 janeiro, 2016

Ministro do Ensino Superior almoçou com estudantes estrangeiros no IPB

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor esteve hoje de visita ao distrito de Bragança, e em particular ao Instituto Politécnico.
Depois de ter reunido com representantes da instituição de ensino, esta manhã em Bragança, almoçou com estudantes estrangeiros. O ministro foi recebido na cantina do Instituto Politécnico de Bragança por 10 dos cerca de 1400 alunos estrangeiros que frequentam a instituição, através de vários programas e protocolos de intercâmbio estabelecidos com instituições de ensino superior de todo o mundo. Manuel Heitor fez questão de perguntar aos estudantes os motivos pelos quais escolheram Portugal e, em particular, Bragança para estudar e até qual o seu prato português favorito, obtendo respostas como “francesinha” ou “bacalhau”, por parte dos estudantes.
Depois falou com os dois estudantes sírios que frequentam actualmente o Instituto Politécnico, pedindo-lhe sugestões sobre a forma como deve ser feito o acolhimento dos estudantes, e em particular dos refugiados. Rami Arafah, de 27 anos, contou que foi muito bem acolhido. Os estudante e garante que não está arrependido de ter escolhido Portugal para prosseguir os seus estudos.“Prefiro Portugal pela cultura deste país. Estou feliz por ter escolhido Portugal. Fomos muito bem acolhidos e sabíamos que seríamos aceites muito rapidamente. O processo da vinda para Portugal fui muito bom e durou apenas 10 dias. Foi muito rápido”, frisou o jovem.
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior elogiou o desempenho do Instituto Politécnico de Bragança e a forma como acolhe os alunos estrangeiros. Manuel Heitor não tem dúvidas que o ensino superior é uma boa forma de fixar pessoas no interior do país, sendo Bragança um bom exemplo disso.“ Mais do que regiões do litoral ou regiões do interior, temos regiões com mais conhecimento e menos conhecimento, acima de tudo, o conhecimento é a melhor forma de capacitar as regiões e de atrair pessoas. O Instituto Politécnico de Bragança é certamente um caso de sucesso, que tem condições específicas, tendo de ser muito bem percebidas e valorizadas”, sublinhou o governante.
Já ao final da tarde, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior presidiu à inauguração da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo, em Mirandela. De regresso a Bragança, o ministro protagonizou o primeiro Laboratório de Participação Pública intitulado «Nordeste Transmontano: uma região com conhecimento, que pretende envolver toda a comunidade na apresentação de ideias que promovam a investigação e inovação. A sessão decorre esta noite no Teatro Municipal de Bragança, com o encerramento previsto para as 23 horas.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

28 janeiro, 2016

Ministro do Ensino Superior visita hoje o IPB e inaugura ESACT de Mirandela


O Ministro da Ciência, Tecnologia e ensino Superior vista hoje o Instituto Politécnico de Bragança. Um dos pontos altos da visita é a inauguração da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo, em Mirandela, marcada para as 18 horas.
Antes disso, Manuel Heitor vai almoçar com estudantes sírios em Bragança, na cantina do Instituto Politécnico. E à noite o teatro da capital de distrito é o local escolhido para o inicio dos “Laboratórios de Participação Pública”, uma iniciativa que vai percorrer o país, com o objectivo de “estimular o envolvimento público na construção de agendas de investigação e inovação e no debate de políticas públicas para a ciência e tecnologia e a difusão do conhecimento”, informou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, numa nota enviada à comunicação social.
O primeiro Laboratório de Participação Pública intitula-se «Nordeste Transmontano: uma região com conhecimento» e realiza-se em estreita colaboração com o Instituto Politécnico de Bragança, a Câmara Municipal de Bragança e a Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

21 janeiro, 2016

Autarca salienta esforço financeiro na construção do novo campus da ESACT


O presidente do Município de Mirandela reitera a confiança que o novo campus da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESACT) de Mirandela deve estar pronto para receber os cerca de 1100 alunos, no dia 28 de Janeiro, precisamente o dia em que o IPB adotou nos seus estatutos como “o dia do instituto”.
A obra física já ficou concluída no final do Verão, mas faltava o mobiliário, que não estava incluído na candidatura aos fundos comunitários. António Branco diz agora que o caso está a ser resolvido, fruto de um investimento de cerca de 300 mil euros, e confia na abertura do novo edifício, na próxima semana. “A obra foi feita com alguma pressão, devido à questão dos fundos comunitários e neste momento está a decorrer a instalação de equipamentos e de mobiliário, pelo que tudo deve estar operacional para inaugurar no dia 28, mas o mais importante é que a obra está lá”, diz. O autarca lamenta que não esteja a ser reconhecido o esforço financeiro que o Município teve de fazer para que a obra, prometida por sucessivos governos, fosse agora uma realidade. “Acabamos por servir de barriga de aluguer do IPB que não conseguia financiar a obra e nós conseguimos levar até ao limite a nossa capacidade de negociação”, conta. António Branco recorda que a obra custou cerca de cinco milhões de euros. “É um dos maiores investimentos de sempre na região. Se lhe juntarmos o equipamento tecnológico que está a ser instalado, no valor de 800 mil euros e o mobiliário, que ascende a 300 mil, então estamos a falar de uma obra que fica em mais de seis milhões de euros”, adianta.
Cerca de 85 por cento teve a comparticipação dos fundos comunitários, mas cerca de um milhão de euros foram da responsabilidade do Município. “O terreno foi doado pelo município, mais os cerca de 750 mil da comparticipação nacional, são nosso encargo”, lembra.
Para suportar esse encargo, António Branco revela que a autarquia teve de desistir de obras e reduzir investimento em outras. “O Município tinha uma remodelação do centro cultural, no valor de um milhão e oitocentos mil euros, preparada para arrancar, tiramos um milhão para as obras do IPB. No museu da oliveira e do azeite, tinha 500 mil euros só para mobiliário e reduzimos para metade”, acrescenta.

Investimento estratégico
António Branco vai mais longe e diz que se não fosse o Município a avançar com este investimento, podia mesmo estar em causa a continuidade do ensino superior em Mirandela. “Se não fosse realizada, provavelmente, hoje, estávamos a deparar- -nos com o encerramento do IPB em Mirandela”. Para além de melhores instalações, a escola vai ficar dotada de equipamento de ponta na área de multimédia e jogos digitais. Para além disso, este ano, “a escola recebeu mais 300 alunos e esta opção estratégica de investimento para o concelho vai ter uma influência muito grande naquilo que vai ser Mirandela no futuro”. O autarca de Mirandela entende que este avultado investimento suportado pelo Município foi fundamental para a manutenção do ensino superior em Mirandela e não tem dúvidas que com o novo campus, estão criadas as condições para a sustentabilidade e o crescimento da ESACT.

Publicado em 'Mensageiro'.

15 janeiro, 2016

Investigadora brigantina na lista dos cientistas mais influentes


Na lista dos cientistas mais citados no mundo há uma investigadora do Instituto Politécnico de Bragança. Entre os seis cientistas portugueses mais vezes citados pelas revistas da especialidade em todo o mundo surge o nome de Isabel Ferreira.
A Química lidera uma equipa de 30 a 40 cientistas do Centro de Investigação e Montanha que procura desenvolver aditivos naturais a partir de compostos extraídos de cogumelos e plantas da região que possam substituir corantes e conservantes sintéticos na indústria agroalimentar. A lista de 2015 da Thomson Reuters inclui vários especialistas que têm em comum desenvolverem trabalhos inovadores. Dentro destes trabalhos, a área dos aditivos naturais é uma das mais dinâmicas e populares no sector de investigação agroalimentar, reconhece Isabel Ferreira.
“É sem dúvida uma área em expansão. Não só a área dos aditivos naturais, como também a área dos alimentos funcionais. É aquilo que nós, em ciência, chamamos um “hot topic”. Por tanto alvo de muitas pesquisas em todo o mundo. Existem, por exemplo, na área dos alimentos funcionais as revistas que só publicam este tipo de trabalhos, relacionados com esta característica que os alimentos podem ter de prevenir algumas doenças e ajudar o bem-estar do consumidor em termos de saúde”, explica.
Os diversos artigos que surgem em publicações nacionais e internacionais têm mais de 4000 referências ao trabalho da equipa que Isabel Ferreira lidera. Dos seis representantes nacionais, a investigadora brigantina é a única mulher e a única de um instituto politécnico a integrar a lista de cientistas mais influentes o que para Isabel Ferreira é um “grande orgulho”.
“Porque a qualidade de uma instituição não se vê pelo rótulo que tem, não se vê por ser Universidade ou ser Instituto Politécnico. A qualidade das instituições tem a ver com a estratégia que elas seguem, com as pessoas que estão lá, com as instalações que têm, os recursos que têm à sua disposição e o Instituto Politécnico de Bragança tem dado provas mais que suficientes, de que realmente tem em termos de investigação condições excelentes e por isso fico mesmo feliz por ser, por estar num Instituto Politécnico e sobretudo por ser o Instituto Politécnico de Bragança. Uma cidade do nordeste transmontano, que em Portugal às vezes pode parecer pequena mas que no mundo é como tantas outras e portanto é uma questão de nos conseguirmos realmente fazer com que a ciência que se faz em Bragança chegue ao mundo”, entende. Apesar de a investigadora e docente de 42 anos ter feito a sua formação académica nas universidades do Porto e do Minho, o objectivo foi sempre regressar a Bragança, onde afirma estar por opção.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

04 janeiro, 2016

Jovens músicos alegraram Natal nos cuidados paliativos


Foram 34 as vozes que em coro entoaram canções de Natal e do cancioneiro português para levar um pouco da magia da quadra mais festivado inverno aos doentes dos cuidados paliativos do Hospital de Macedo de Cavaleiros.
A música e o canto eram dos alunos da Escola Superior de Educação de Bragança (ESE) a emoção foi de quem ouviu, principalmente dos utentes, muitos dos quais não poderam passar o Natal em suas casas. O concerto aconteceu na passada quarta-feira, 16, naquela unidade, onde muitos, dada a pouca saúde, têm poucas oportunidades de lá sair para ir a concertos ou espetáculos. Não foi o primeiro, nem será o último, mas foi especial, talvez por nesta altura os sentimentos estarem à flor da pele. “É mais tocante cantar aqui no hospital e , sobretudo nesta época”, resumiu Catarina Batista, 22 anos, uma das vozes do coro. Os concertos na Unidade de Paliativos são possíveis graças a um protocolo entre a Unidade Local de Saúde do Nordeste e o Instituto Politécnico de Bragança que permite que os alunos ali possam fazer sessões fora do âmbito das aulas. “Da nossa parte é uma forma de dinamizar a unidade e permitir aos doentes que não têm possibilidade física, emocional e social de ter esta experiências no dia a dia”, explicou Duarte Soares, médico na unidade, que diz que o objectivo também passa por “trazer a sociedade para dentro do hospital”.
A Unidade de Cuidados Paliativos dispõe de 17 vagas, 15 da Rede Nacional e duas do hospital, que estão sempre ocupadas. Cerca de dois meses após o início deste intercâmbio, os benefícios da musicoterapia são visíveis. “Ainda não temos dados objetivos para medir, mas avaliamos aquilo que se passa na nossa unidade tanto com os doentes como com as famílias. Denota- se uma motivação e uma alegria diferentes ao retirar o foco da doença e dos problemas em si para outra qualidade de vida e outra dimensão, que é social e espiritual por parte dos doentes. Para aproveitarem o tempo que lhes resta”, referiu Duarte Soares.
Este tipo de iniciativa deverá ser alargada a outras áreas, como o teatro, a fisioterapia e contactos com familiares emigrados. “Trazem uma dinâmica diferente à unidade. Nos últimos cinco anos já se observa uma mudança de mentalidade em relação aos cuidados paliativos”, acrescentou o médico. A unidade de Macedo de Cavaleiros era vista como um local de morte, porque os doentes eram deslocados para lá tarde. “Já pouco se poderia a fazer”, admitiu Duarte Soares. “Estamos a mudar isso. Os doentes são referenciados mais cedo e temos mais tempo para trabalhar com eles e passa a unidade a ser de convívio em que os doentes em situações difíceis também partilham necessidades”. Serafim dos Santos Lopes, 85 anos, natural de Valpaços, foi um dos doentes que se encantou com a música. “Gosto de ver a juventude”, contou.
Vasco Alves, coordenador do departamento de Educação Musical da ESE, explicou que havia um compromisso para levar o coro daquela escola. “Os alunos estão envolvidos e conscientes da circunstância específica que são os cuidados paliativos. As atuações têm sido gratificantes pelo que sabemos da parte dos doentes, torna-se evidente que é um momento agradável, que atenua o sofrimento que atravessam”, referiu o docente. Para os músicos esta também é uma experiência diferente e compensadora. “ Saímos daqui com o coração cheio e com o sentido de dever cumprido. Nós temos que adaptar a forma como atuamos, o repertório que executamos tem que ser adequado às necessidades específicas”, acrescentou o docente.

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