23 junho, 2015

Produto de combate ao cancro do castanheiro não chega para as encomendas

Produto já foi testado em Parada e Espinhosela. Próximas freguesias a ser estudadas serão Parâmio, Carragosa e Gondesende
 O produto de combate ao cancro do castanheiro, desenvolvido na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança está a apresentar alguma demora em chegar aos agricultores e poderá não chegar para as encomendas.
Em causa está o processo necessário antes de aplicar o produto, que consiste em identificar o tipo de estirpe característica de uma determinada zona, para poder aplicá-lo da forma mais adequada. Além disso, os produtores não têm acesso livre ao produto, devendo pro-curar as associações de apoio aos agricultores para que estes possam disponibilizá-lo, caso os castanheiros se encontrem numa área onde esse estudo já foi feito.
Os investigadores da Escola Agrária estão a desenvolver este trabalho gradualmente, sendo que o trabalho já está concluído na freguesia de Parada e está na fase final em Espinhosela, ambas no concelho de Bragança.
O presidente da Junta de Freguesia de Espinhosela, Telmo Afonso, teme, no entanto, que o produto não chegue para as encomendas. “Em reunião com a Escola Superior Agrária resolveu-se fazer um levantamento, em colaboração com as juntas de freguesia, do número de árvores infectadas. Desse trabalho, verificou-se que se iam ter dificuldades para produzir produto para tantas árvores. Continuou-se a produzir o produto e passou-se para a fase da identificação de estirpes de cancro do castanheiro”, descreve o autarca. O também vice-presidente da Arborea, Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana, uma das entidades que está a colaborar com o IPB neste trabalho, frisa que “só na freguesia de Espinhosela, há produtores com mais de 300 castanheiros infectados com cancro e apenas 200 litros de produto prontos a serem utilizados no concelho de Bragança e Vinhais”.
Nesta altura do ano, aplicação não é tão viável, devido ao calor, mas com o arrefecimento das temperaturas, é natural que os produtores comecem a poder utilizar o produto. Telmo Afonso considera ainda que a escola Agrária deveria determinar um valor para o produto, de modo a que possa ser adquirido pelos produtores, o que ainda não aconteceu.”Os agricultores têm todo o interesse em fazer a aplicação do produto”, frisa o autarca.

Produto pode ser aplica-do em Parada mas não há interessados
 Se na freguesia de Espinhosela ainda não se está aplicar o produto directamente nos soutos de todos os agricultores interessados, em Parada, isso poderia ser feito mas não há procura por parte dos produtores. “Há zonas em que se poderia estar a aplicar e não temos pedidos dessas zonas, como é o caso de Parada”, revela Eugénia Gouveia, investigadora da Escola Agrária.
A docente esclarece ainda que “o produto não tem venda livre e é através das associações que as pessoas se inscrevem para poderem aplicá-lo”. Eugénia Gouveia pede paciência aos agricultores, para que se possa desenvolver o trabalho de identificação das estirpes antes de aplicar o produto e assim garantir a sua eficácia. “Antes de se poder aplicar o produto, tem que se conhecer qual é o tipo de fungo que está presente nos locais. A aplicar sem fazer isso, resultará, com certeza, numa falha do método e, é necessária alguma paciência, para que não se estrague tudo”, frisa a investigadora. Eugénia Gouveia tem, no entanto, noção da elevada procura do produto. “A procura potencial é enorme mas o próprio processo de utilização não permite que se possa fazer tudo num ano”, constata, acrescentado porém, que ainda se vai a tempo de “salvar muitas árvores”.

Doenças comprometem rendimento de muitos transmontanos
As várias doenças que têm aparecido nos soutos de castanheiros nos últimos anos comprometem a produção daquilo que é chamado por muitos de “ouro transmontano”. Uma situação que preocupa, por exemplo, os habitantes de Espinhosela. O autarca, refere que nesta freguesia ”há mais produtores do que habitantes”, uma vez que até as pessoas naturais desta terra que residem fora da freguesia, quer seja em Portugal ou no estrangeiro, regressam à aldeia, com 244 habitantes, para tratar dos castanheiros e apanhar as castanhas. A juntar ao cancro do castanheiro, há também a doença da tinta e mais recentemente o aparecimento na região da vespa da galha do castanheiro. A mais preocupante para Telmo Afonso, é a praga da vespa. “Nós temos esperança que, em relação ao cancro, este produto que está a ser muito bem desenvolvido pela Escola Agrária , venha a ter grande eficácia no tratamento do castanheiro. Em relação à vespa do castanheiro, não foram tomadas as medidas que deviam ter sido tomadas onde apareceram focos da vespa, já deviam ter sido feitas largadas do parasitoide. Penso que no futuro, se não houver outro tratamento, a praga que mais vai afectar a produção da castanha é a vespa da galha do castanheiro”, sublinha.

Publicado em 'Nordeste'.

18 junho, 2015

Nova Associação de Estudantes da ESE promete mais apoio aos alunos


A Escola Superior de Educação de Bragança (ESE) tem nova direção na Associação de Estudantes, cuja presidência está a cargo de Jorge da Costa, aluno do departamento de Desporto.
Os problemas dos alunos, que mesmo sendo do foro privado, muitas vezes afetam a vida académica, estão entre as preocupações da nova associação de estudantes, que tem a porta aberta para que todos ali possam pedir ajuda sempre que necessitem. “Nós depois encaminharemos os casos para os serviços respectivos e mais indicados. Sei de um aluno que este ano teve problemas familiares e acabou por deixar de vir às aulas. Precisamos de intervir nestas situações. Há problemas que nos passam ao lado e ficam lá fora”, explicou Jorge da Costa, no final da tomada de posse dos órgãos sociais da Associação de Estudantes, na passada segunda-feira.
A associação quer dinamizar mais a oferta formativa adicional aos currículos da escola. “Gostávamos de promover formações com pessoas de fora da escola para enriquecer os currículos e que até possam dar créditos em algumas disciplinas.O mercado de trabalho é muito competitivo e muito exigente. Há falta de oportunidades de emprego, pelo que precisamos de estar bem preparados”, acrescentou o presidente da associação de estudantes.
O diretor da ESE, Francisco Ribeiro Alves, adiantou, durante a tomada de posse, que no próximo ano lectivo a instituição de ensino vai alargar a oferta formativa, nomeadamente com Cursos Técnicos Superiores Profissionais.
A associação de estudantes tem já um evento marcado para o próximo dia 24, trata-se de “um mega-final de aulas”, que se realiza pela primeira vez. Inclui várias iniciativas, desde aula de step, zumba colour, jantar convívio, arraial e DJ no final da noite. “A festa é da Educação, mas aberta a toda a comunidade do IPB”, explicou Jorge da Costa

Publicado em 'Mensageiro'.

Novo representante de estudantes de Saúde preocupado com fixação de jovens no concelho


Vítor Dias é o novo presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança. O estudante de gerontologia, integrava a associação há 3 anos, decidindo agora liderar o movimento associativo. Na cerimónia da tomada de posse que decorreu ontem na Escola de Saúde, o estudante frisou a importância de dar continuidade à organização da Semana Saúde, que este ano pela primeira vez, apostou na prestação de cuidados de saúde à comunidade na cidade de Bragança e em algumas aldeias do concelho.
“É uma forma de sensibilizar principalmente os idosos, uma vez que o nosso concelho é muito envelhecido, tentando envolver os alunos em projectos, mostrando-lhes o que é o nosso concelho, as nossas gentes… é também uma forma de os atrair para que continuem cá”, considera Vítor Dias. O estudante mostrou-se ainda preocupado com a falta de oportunidades de emprego que permitam aos alunos que vêm de fora fiquem no concelho de Bragança após concluir os estudos. “Bragança sempre foi conhecida por os alunos de fora gostarem de estudar cá mas, infelizmente não temos respostas sociais que garantam a fixação dos alunos”, lamenta o estudante.
A Escola de Saúde de Bragança tem tido um número significativo de estudantes que optam por emigrar após concluírem terminarem o curso. Vítor Dias promete estar atento aos problemas dos alunos desta escola, pelo menos durante o próximo ano.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

11 junho, 2015

Nerba terá condições para receber as festas académicas

Tomada de posse da Associação Académica
 O presidente do Nerba - Associação Empresarial garante que o pavilhão desta entidade mantem condições para receber as próximas festas académicas, nomeadamente a Semana do Caloiro e a Semana Académica. Eduardo Malhão contradiz o presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Ricardo Pinto, que no discurso da sua tomada de posse, na passada quarta-feira, 3 de junho, lamentou que o pavilhão do Nerba não reúna as condições para a realização dos eventos académicos por causa de parte do espaço estar a ser ocupado por uma sala, construída a título temporário, para receber o julgamento do mega-processo da alegada venda de cartas de condução. Este processo envolve mais de uma centena de arguidos, quase outros tantos advogados e cerca de 600 testemunhas. Eduardo Malhão garante que a realização das festas no Nerba “só não acontecerá neste espaço se os estudantes não quiserem, serão bem recebidos e terão as condições necessárias, tal como tiveram este ano”.
Em declarações ao Mensageiro, o presidente do Nerba, referiu que a sala construída no pavilhão, para acolher o julgamento, tem paredes amovíveis “que podem ser retiradas com facilidade para instalar o palco”. O responsável sublinhou “que no local haverá todas as condições como sempre houve para a realização dos concertos”. Lamentou que a associação esteja “a fazer um caso onde este não existe”.
Eduardo Malhão acrescentou que já na última semana académica, este ano, os estudantes tentaram arranjar uma alternativa ao pavilhão, porém não conseguiram. “A opção de recurso a tendas é bastante dispendiosa, tanto quanto sei. Além de que foi feita uma petição por parte dos alunos para que a Semana Académica continuasse no Nerba por ser um local mítico”, afirmou.

Ricardo Pinto reeleito para a Associação Académica
Sem adversários, a lista de Ricardo Pinto foi reeleita para a presidência da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
O aluno, disse à margem da sua tomada de posse, que “é histórico na academia, porque é a primeira vez que um presidente é eleito para três mandatos consecutivos”. Votaram 974 alunos, dos quais 30 votos foram brancos, o que , segundo o jovem “representa 96% dos votos a favor”.
Ricardo Pinto considera que a existência de uma única lista “revela que o ambiente escolar é bom e que é motivo de orgulho representar todas as escolas sem as chamadas ‘guerrinhas académicas’”. Para o próximo mandato a Associação Académica propõe “continuar o bom trabalho”, já que se impôs no panorama nacional. “Participamos no ENDA, que se realizou pela primeira vez em Bragança”, frisou.
Na academia querem instituir uma bolsa de mérito para incentivar os alunos bolseiros. A atribuição de bolsas também está entre as preocupações. “Queremos que sejam entregues atempo e horas, para que os alunos saibam quanto e quando vão receber”, disse.

Publicado em 'Mensageiro'.

ESACT garante mestrado de marketing turístico


 “É um dos marcos da escola, porque o objetivo do instituto foi fazer da EsACT uma escola com identidade científica, pedagógica e académica”, declarações do presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) no anúncio público da aprovação do mestrado em marketing turístico, na passada quarta-feira, em Mirandela.
A criação deste Mestrado “é o corolário de um trabalho de maturação da ESACT que merece ser festejado”, acrescenta Sobrinho Teixeira que faz questão de sublinhar que a obtenção destes mestrados “passa por critérios muito rigorosos por parte da agência de acreditação”.
Também o director da EsACT, entende que esta candidatura tem plena justificação. “Há alguma falta de recursos humanos qualificados para fazerem um papel adequado na área do turismo. E também é fundamental promover-se de forma integrada a região”, refere Luís Pires. Já o autarca de Mirandela não tem dúvidas das mais-valias para o concelho, mas também para a região, com o início deste Mestrado. “Existem áreas que podem ter mais potencial de emprego e uma delas é a turística”, adianta António Branco, que entende existir um défice enorme no que diz respeito a operadores turísticos.
“Falamos muito que a região tem capacidade de receber e até temos boas unidades de boa qualidade, mas os operadores turísticos são os tradicionais as agências de viagem que pertencem a redes nacionais e um ou outra empresa de animação turística”, afirma.
No próximo ano lectivo, a ESACT de Mirandela passa a ter o mestrado em administração autárquica, com 25 vagas, e o de marketing turístico, com 15 vagas.
E já serão lecionados no novo edifício, que vai custar 5 milhões de euros, suportados, em 85 por cento, por fundos comunitários e os restantes 15 por cento são assegurados pelo Município. Segundo António Branco, as obras “ficam prontas até ao final do mês”.
Atualmente, a ESACT tem cerca de mil alunos a frequentar os oito cursos da instituição de ensino superior.

Técnicos da câmara vão aprender Mandarim
A Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela já possibilita, há quatro anos, a aprendizagem da língua chinesa aos cerca de 200 alunos do curso de Turismo, e a partir do próximo ano letivo, passa a dar essa possibilidade aos técnicos do setor, da autarquia, sem qualquer encargo.
Nesse sentido, foi assinado um protocolo entre o IPB e a Câmara Municipal de Mirandela. O autarca recorda que “já existe na cidade uma comunidade interessante de empresários chineses e que começam a ser realizadas exportações para aquele País”.
António Branco espera poder alargar o ensino desta língua aos colaboradores municipais, aos empresários e até aos alunos do 1.º Ciclo.

Publicado em 'Mirandela'.

Vespa chega em força mas não se sabe quem paga a cura

DGAV já fez 30 largadas mas serão precisas muitas mais
 A chegada em força da vespa da galha do castanheiro ao Nordeste Transmontano será inevitável e ainda ninguém sabe quem terá de custear a compra do parasitóide que é a única arma eficaz para combater esta praga.
Numas jornadas sobre frutos secos, que decorreram na última sexta-feira no Instituto Politécnico de Bragança, foi traçado o retrato da situação atual, com uma rápida expansão das áreas infetadas, havendo já notícia da infeção de alguns castanheiros mais antigos.
Entretanto, a Direção Regional de Agricultura do Norte, a Direção Geral de Veterinária, em conjugação com a Ref Cast, IPB e UTAD, procederam já a 30 largadas de parasitóides, uma outra vespa, desenvolvida em laboratório, que se alimenta da praga que afeta a galha do castanheiro, como medida para tentar conter o avanço e perceber de que forma será possível fazer o combate nas próximas campanhas. Mas ainda ninguém sabe quem vai custear as futuras largadas. “Temos um plano de ação de controlo, acionado no ano passado assim que tivemos o primeiro foco. As largadas têm de ser feitas de forma muito coordenada. Não vale a pena fazer largadas quando as vespas já estão desenvolvidas e já saíram das galhas. É preciso fazer um acompanhamento com cuidado do desenvolvimento da biologia da vespa, para haver uma sincronia perfeita entre a largada e o ciclo biológico da vespa”, explicou Paula Carvalho, da Direção Geral de Veterinária. “Há ali um ponto crítico que é onde o parasitóide tem eficácia. É importante que esse trabalho continue a ser coordenado pelos serviços de agricultura, com os apoios dos agricultores, como é óbvio, mas tem de haver um plano, uma monitorização cuidada, uma planificação dessas largadas, porque há regras para se fazerem e se poder acompanhar o efeito da própria largada”, frisou, admitindo que ainda não foi avaliado o pagamento.
“Ainda não avaliámos isso. As largadas que foram feitas sob controlo foram custeadas pela DGAV, com participação do IPB. Dividimos os custos das largadas. É algo que teremos que avaliar na próxima campanha”, disse.

 Diretor Regional aponta dedo aos produtores
Apesar de ter sido responsável pela queda de produção de 60 a 80 por cento em países como Itália, as autoridades portuguesas estão mais otimistas, mesmo considerando que será inevitável que a produção seja afetada. “Já estamos agora mais preparados para lidar com a vespa do que estava a Itália ou a França”, frisou Manuel Cardoso, Diretor Regional de Agricultura do Norte, que não tem dúvidas sobre o factor decisivo para a rápida disseminação da vespa este ano.
“Foi a incúria dos produtores, que andaram a plantar por todo o norte plantas infetadas”, sublinhou Manuel Cardoso. “Se tissesse havido responsabilidades cívicas pelos viveiristas e produtores, não tinha acontecido assim”, frisou.
Por outro lado, Paula Carvalho admite que pouco haveria a fazer para impedir a entrada das plantas infetadas sem a colaboração dos produtores, pois as fronteiras “são abertas”.
“Apesar de termos vindo a alertar desde sempre para a necessidade de compra de material controlado, devidamente etiquetado, com controlo fitossanitário, é muito difícil fazer esse controlo na prática porque é muito fácil a deslocação desse material e de pessoas. Muitas vezes até os preços são convidativos. A circulação de plantas a nível europeu é livre. Há regras comunitárias para a produção de plantas. Se vierem com a documentação obrigatória, não podemos fazer qualquer entrave à movimentação”, disse.
Mas não são só más notícias para os produtores de frutos secos. Manuel Cardoso considera que há muitas oportunidades, sobretudo em áreas de amendoal e nogueira. “Nos próximos 50 anos, vai ser preciso aumentar muito a capacidade de produção de alimentos para fazer face ao aumento da população”, destacou. No entanto, o Diretor Regional alerta para a necessidade de haver mais investimentos na região sobretudo na transformação, “para que não continuemos a dar tiros nos pés e a ver a riqueza sair quase toda da região”.
Mas adverte que é preciso criar sustentabilidade. “Uma coisa é um bom negócio num dado momento e outra é ser um negócio sustentável durante 20 ou 30 anos”, frisou. Já o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, destacou a atividade do IPB nesta matéria.

DGAV autorizou tratamento ao cancro
Entretanto, foi anunciado que a DGAV autorizou a utilização de um tratamento hipovirulento para tratar o cancro dos castanheiros na região.

Publicado em 'Mensageiro'.

09 junho, 2015

IrrigOlive ajuda a produzir mais e melhor azeite


Investigadores portugueses encontraram uma forma de melhorar a qualidade do azeite e de aumentar a sua produção, que permite, ao mesmo tempo, optimizar os recursos hídricos. O projecto chama-se IrrigOlive e resulta de uma parceria entre a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Escola Superior Agrária de Bragança, a Universidade de Évora e o Instituto de Ciências Tecnológicas Agrárias, e a empresa VIAZ.
O IrrigOlive avaliou os efeitos de diferentes estratégias de rega. “O olival precisa de água mas é necessário racionar o uso desta para obter qualidade. Incentivamos a uma gestão sustentável, ao uso eficiente da água. Ainda há a ideia de que se o olival for mais regado a produção é maior, isso é mito”, explica Anabela Fernandes Silva, investigadora do Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-ambientais e Biológicas da UTAD. A conclusão foi alcançada depois de os investigadores terem avaliado os "efeitos de diferentes estratégias de rega deficitária em comparação com a rega máxima nas relações hídricas da planta", bem como "os efeitos da estratégia de rega na eficiência da colheita mecânica da azeitona e na erosão hídrica do solo", explicou Anabela Fernandes Silva. O IrrigOlive foi aplicado a um olival de produção biológica na Quinta do Carrascal, no vale da Vilariça, entre 2013 e 2014. João Oliveira, sócio-gerente da quinta, garante a eficiência do projecto. “Uma coisa é regar outra é saber regar. Posso dizer que agora já sei regar. É impensável termos um perímetro de rega, ter água e não saber regar”, conclui João Oliveira Os resultados do projecto Rega Deficitária na Oliveira na Região da Terra Quente Transmontana foram apresentados em Vila Flor.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

05 junho, 2015

Projetos CMM / EsACT IPB

A Câmara Municipal de Mirandela e a EsACT do Instituto Politécnico de Bragança unem esforços para a dinamização da região


Exibido em 'LocalvisãoTV'.

04 junho, 2015

Estudantes preocupados com impossibilidade de realizar festas académicas no Nerba


O presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança lamenta que os próximos concertos da semana do caloiro e semana académica não possam realizar-se no pavilhão do Nerba, devido à ocupação de parte do espaço para sala de audiências do julgamento das cartas de condução.
Esta foi a principal preocupação manifestada por Ricardo Pinto no discurso de tomada de posse do novo mandato, ontem ao final da tarde. “É bom que a comunidade brigantina perceba a importância da massa estudantil do Instituto Politécnico de Bragança estes alunos são parte e alma da vida desta cidade. Estes alunos também são Bragança. É pena que alunos inocentes que trazem Bragança no coração, sejam prejudicados por quem paga para ter cartas na mão”, frisou Ricardo Pinto.
O representante dos estudantes diz ter um sentimento de inconformismo por ver que os estudantes deixam de realizar as festas académicas naquele que consideram um lugar mítico. “É um sentimento de inconformismo porque, se calhar havia mais espaços na cidade onde se podia realizar o julgamento. Conforme está o espaço, é impossível realizar lá os espectáculos. Acaba por ser um lugar mítico porque é diferente de outras queimas em que são ao ar livre ou espaços muito grandes. No Nerba acaba por ser um ambiente familiar, os estudantes acabam por tomar um amor à casa”, confessa o jovem.
Ricardo Pinto encabeçou a única lista a sufrágio para representar os estudantes do IPB. Este é o terceiro mandato, com a duração de um ano, para o estudante. Ontem, na cerimónia de tomada de posse, o presidente da Associação Académica afirmou que a associação “é como uma família” e, só assim, é possível continuar este trabalho. A eleição dos órgãos sociais da Associação Académica contou com a participação de 924 estudantes, dos quais 885 votaram a favor desta lista.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Novo Mestrado de Marketing Turístico pode promover sector na região


Há falta de operadores turísticos na região. A constatação foi apresentada por António Branco, presidente da Câmara Municipal de Mirandela, ontem, no anúncio público do mestrado em Marketing Turístico.
O novo curso será ministrado na Escola Superior de Administração, Comunicação e Turismo, no próximo ano lectivo. O autarca considera que esta formação pode contribuir para alterar a lacuna existente na oferta turística organizada. "Existem áreas que podem ter mais potencial de emprego e uma delas é a turística. Uma das dificuldades na região diz respeito a operadores turísticos. Não há um número de operadores turísticos suficientes. Falamos muito que a região tem capacidade de receber e até temos boas unidades de boa qualidade, mas os operadores turísticos são os tradicionais as agências de viagem que pertencem a redes nacionais e um ou outra empresa de animação turística”, defende o autarca.
Também Luís Pires, director da EsACT, entende que há na região poucos técnicos qualificados na área de promoção turística. “Há alguma falta de recursos humanos qualificados para fazerem um papel adequado na área do turismo. E também é fundamental promover-se de forma integrada a região”, salienta. O curso de segundo ciclo agora aprovado pela agência de avaliação e acreditação é o segundo mestrado que a EsACT disponibiliza, depois de autorizado o de Administração Autárquica que receberá alunos em 2015/ 2016.
Para o presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Sobrinho Teixeira, não se trata apenas da oferta de mais dois cursos mas de um marco na instituição. “Esta foi uma vitória, é um dos marcos da escola. O objectivo do instituto foi fazer da EsACT uma escola com identidade científica, pedagógica e académica”, salienta Sobrinho Teixeira.
Ontem, foi ainda assinado um protocolo entre o IPB e a Câmara Municipal de Mirandela, para possibilitar que os técnicos de turismo da autarquia tenham aulas de mandarim. A autarquia pondera ainda alargar o ensino desta língua aos alunos do 1.º Ciclo.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

01 junho, 2015

Produto de combate ao cancro do castanheiro já pode ser aplicado

Os produtores de castanheiros já podem aplicar o produto de combate ao cancro do castanheiro desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança.
A investigadora do IPB, Eugénia Gouveia, garantiu esta manhã, à margem da criação do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, que os produtores podem aplicar esta produto, ainda que não esteja à venda no mercado. “O produto foi testado e foram os resultados eficazes desse tratamento que permitiram obter a autorização para se poder expandir a utilização de produto. A aquisição é um processo controlado. Não tem venda livre. Só as pessoas que têm castanheiros doentes e que têm um parcelário com a indicação geográfica dessa parcela é que o poderão utilizar. Terão de ser as organizações dos agricultores a fazerem esse trabalho”, salienta a investigadora.
O produto foi desenvolvido por investigadores do Instituto Politécnico de Bragança, em colaboração com várias entidades e é o resultado de três anos de investigação e trabalho no terreno. Para poder ser aplicado, foi necessária autorização da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, que foi concedida no mês passado.
Esta manhã foi ainda apresentado o programa de combate à vespa das galhas do castanheiro. O investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro José Laranjo, alertou para o facto de a vespa poder ter chegado à região transmontana já no ano passado e não ter sido detectada. “Havia focos já com um elevado grau de infestação que eventualmente já existiriam no ano passado mas ó foram encontrados este ano”, revela José Laranjo. O investigador da UTAD recorda que a infestação da vespa das galhas do castanheiro na região transmontana deu-se sobretudo em novas plantações, o que constituiu uma novidade relativamente à forma de infestações de outros distritos do norte do país. José Laranjo explica ainda os motivos que levaram as associações e instituições de ensino superior a alertarem os agricultores para a importância de detectarem a presença da vespa. “A partir da primeira semana de Junho, pelo menos no Minho, começam a acontecer os primeiros voos da vespa e a fazerem posturas na ordem dos 150 a 200 ovos”, descreve o investigador. Declarações da tomada de posse dos órgãos sociais do Centro Nacional de Competência dos Frutos Secos, em Bragança.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.