10 fevereiro, 2012

Estudantes estrangeiros vão dar vida à zona histórica

Contrariar a desertificação da zona antiga da cidade é o objectivo do programa “Domus Universitária”
A zona histórica de Bragança vai ganhar novos habitantes com a abertura, no próximo ano lectivo, de duas residências em edifícios antigos recuperados, que vão acolher meia centena de estudantes estrangeiros do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

Os edifícios estarão prontos a habitar em Junho, revelou o presidente da Câmara, Jorge Nunes, e correspondem à primeira fase de um projecto conjunto do município e do IPB que promete ajudar a revitalizar a despovoada zona histórica da cidade através da recuperação de casas abandonadas para residências de estudantes.
Os primeiros jovens estrangeiros a estudarem no politécnico ao abrigo do programa Erasmus deverão estrear os primeiros edifícios já no próximo ano lectivo e o presidente da Câmara não tem dúvidas de que “vai ser excelente para esta zona da cidade”.
“Levar jovens para o centro histórico significa através da sua presença arrastar actividade económica e ocupação para esse espaço”, considerou o autarca.
O protocolo entre as duas entidades para este fim foi celebrado em Março de 2011 e tem como propósito fazer do centro histórico a “Domus Universitária”.
Contrariar a desertificação da zona histórica com a fixação de jovens é um dos propósitos deste projecto que vai permitir também ao IPB reforçar a sua estratégia de internacionalização.
Estas residências destinam-se exclusivamente a estudantes estrangeiros que frequentam o Politécnico em programas de mobilidade.
O investimento é feito na totalidade pela Câmara, que adquiriu os edifícios e vai entregá-los ao IPB recuperados e mobilados pelo prazo de 20 anos.
A primeira fase do projecto consistiu na recuperação de dois edifícios com um investimento de 750 mil euros, mas existe já um terceiro que o autarca espera conseguir recuperar até ao final do primeiro semestre de 2012.
Jorge Nunes acredita também que “vai abrir o apetite para os investidores olharem para o seu património de forma diferente, também o recuperarem, valorizarem e arrendarem ou até promoverem a instalação de actividades económicas”.
Actualmente, o IPB tem cerca de mil estudantes em mobilidade, o que para o presidente, Sobrinho Teixeira, “representa uma diversidade cultural que é também uma riqueza para a própria cidade, para além de ser também um factor económico para o desenvolvimento da cidade e região”.

Publicado em 'Jornal Nordeste'.

09 fevereiro, 2012

Gabinete de empreendedorismo do IPB já ajudou a criar 15 empresas

Em três anos de funcionamento, o Gabinete de Empreendedorismo do IPB já ajudou a criar 15 empresas.
São projectos apresentados por alunos finalistas ou ex-alunos da instituição de ensino aos quais o gabinete presta apoio na constituição e durante os primeiros meses de actividade. O coordenador do gabinete faz, por isso, um balanço positivo.
“Em três anos constituímos 15 empresas e temos agora mais duas para constituir, que se traduz em 51 postos de trabalho” revela, salientando que “isto é mais numa vertente de fomento ao empreendedorismo mas além disso temos outros objectivos que é o fomento à cultura empreendedora. Temos levado a cabo várias acções de formação quer para o IPB quer para o exterior em conteúdos relacionados com a criação de negócios e também temos estado envolvidos em projectos com os quais já conseguimos um retorno de 126 mil euros”.
José Adriano salienta que as áreas em que têm vindo a ser criadas as empresas são muito diversificadas. “Temos empresas a cobrir várias áreas disciplinares como é o caso de empresas de organização de eventos da Escola de Educação, empresas de gestão agrícola da Escola Agrária e até na área da saúde” afirma, salientando que “a empresa mais bem sucedida é a OldCare que é uma empresa da área da Gerontologia”.
Este serviço foi criado para ajudar exclusivamente os alunos a criar o próprio negócio.

Uma filosofia que vai ser mantida pois “nem faz sentido de outra forma. Há outros serviços na cidade a fazerem isso” afirma José Adriano. “Este é um serviço de valor acrescentando para o IPB pois vai ao encontro do que são as orientações do Ministério do Ensino Superior. Para além do apoio que damos na fase da criação das empresas continuamos com esse apoio nas fases subsequentes, não os abandonamos” salienta. “As empresas conseguem emancipar-se, o que é bom, mas depois continuam a vir ter connosco” conclui.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

02 fevereiro, 2012

Jorge Nunes defende evolução do IPB para Universidade

Passar o Politécnico de Bragança a uma Universidade de Ciências Aplicadas é uma ideia defendida por Jorge Nunes, presidente da autarquia de Bragança.

O presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, defende que o politécnico de Bragança devia evoluir para uma Universidade de Ciências Aplicadas:

“Parece-nos que há espaço para que esta instituição evolua. Há semelhança do que ocorre noutros países da Europa o caminho é da qualificação e não o da desqualificação dos Institutos Politécnicos”.

Para o autarca de Bragança, esta é uma evolução importante para definir o papel das Universidades e das Instituições de Ciências Aplicadas:

“A vantagem é de poder assegurar um espaço de formação definido e evitar que qualquer dia as Universidades dêem os cursos que estão destinados ao Instituto Politécnico de Bragança e isso gera uma situação de confusão e desqualificação do sistema”.

Também o presidente do politécnico defende esta evolução. Sobrinho Teixeira sublinha que esta é uma tendência europeia:

“Foi criada a Associação Europeia de Universidades de Ciências Aplicadas em Copenhaga, na Dinamarca, em Janeiro de 2011 com dez países entre eles Portugal. Portugal tem até uma posição de relevo já que faz parte da Associação. É uma designação usada para as instituições que têm uma missão semelhante ao IPB. É uma missão ligada ao desenvolvimento regional, ao envolvimento com as pequenas e médias empresas e muito virada para a investigação aplicada”.

Em Junho, o IPB vai acolher o Encontro Europeu da Rede de Universidades de Ciências Aplicadas, em Bragança.

Publicado em 'RBA'.

Bragança: residências «Erasmus» do centro histórico abrem no próximo ano lectivo

Projecto Domus Universitária foi anunciado há cerca de um ano
A partir de Junho vai ser possível alojar os estudantes «Erasmus» do IPB em residências no centro histórico da cidade de Bragança. Para já, estão a ser recuperados dois edifícios nas ruas Eng. José Beça, próximo ao Governo Civil, e outra na Serpa Pinto junto ao monumento aos combatentes da Grande Guerra com uma capacidade total de cerca de 50 camas.

Segundo o presidente da Câmara Municipal, as residências já vão poder acolher estudantes no próximo ano lectivo, que arranca em Setembro. Uma forma, diz Jorge Nunes, de revitalizar uma zona nobre da cidade:

“Vai ser excelente levar jovens para o centro histórico, porque vai permitir arrastar a actividade económica e ocupar esse espaço da cidade”.

A recuperação das duas habitações do centro histórico representa um investimento do município na ordem dos 750 mil euros, comparticipado a 80 por cento por fundos comunitários. Numa segunda fase, dependente do financiamento comunitário, vai ser recuperado um terceiro edifício em frente ao Museu Abade de Baçal.

A gestão das residências destinadas aos estudantes oriundos de países estrangeiros ao abrigo de programas de mobilidade vai ficar a cargo do Instituto Politécnico de Bragança.

Publicado em 'RBA'.

Empresários e Politécnico de Bragança querem unir esforços

Os empresários do Sector do Turismo e Gastronomia da Região do Nordeste Transmontano receberam com agrado a disponibilidade do IPB em colocar os saberes da instituição, na investigação e materialização das ideias que vão surgindo nestes sectores.
A Tarde empresarial do Concelho de Mirandela, em paralelo com o Dia Aberto do IPB aos Empresários, decorreu em Mirandela. Para Artur Aragão, da Casa Aragão de Alfandega da Fé, é preciso agitar o mercado, inovando e chamando a atenção de potenciais clientes. A ajuda que o IPB pode dar na área da investigação é muito bem-vinda.Claro que é importante. A nível nacional, as grandes universidades têm sempre um grande centro de investigação”, lembra.
A região tem potencialidades únicas e que não estão a ser devidamente aproveitadas. A ideia é defendida por João Paulo Carlão, do restaurante Flor de Sal em Mirandela. “Temos aqui um diamante em bruto que tem todas as possibilidades de o lapidar. Temos produtos, gente, gastronomia, artesanato, paisagem. Temos é que unir esforços entre todos”, sublinha.
A criação de um Centro de Estudos foi proposta por Vítor Pereira, da Conteúdos Chave. Uma ferramenta importante no sector do turismo e gastronomia, pois é essencial conhecer o público-alvo e saber onde está.“Onde descobrir públicos, onde descobrir clientes. Não faz sentido andar a vender carne certificada e andar a promovê-la a vegetarianos. Temos de saber quais são os públicos”.
Mas, para Rui Paducho, empresário da restauração em Valpaços, na região ainda é preciso fazer tudo para se tornar num pólo atractivo para turistas de um estrato social mais elevado “Hoje em dia não existe turismo nenhum. Qualquer pessoa que vem a Trás-os-Montes é porque já tem alguma afinidade com alguém. Quem vem no autocarro até trás o seu farnel. Não tem poder de compra”.
Opiniões de empresários que ontem estiveram à conversa com professores e dirigentes do IPB, numa tentativa de conjugação de ideias e saberes para a obtenção de estratégias de mercado e produtos que possam impulsionar o turismo e a gastronomia do concelho de Mirandela, bem como de toda a região do Nordeste Transmontano.
No final deste encontro com empresários, em Mirandela, Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, salienta a necessidade de criar o hábito de procurar ajuda junto da instituição. O IPB pode criar respostas de inovação no sector do turismo e gastronomia. O Centro de Estudos pode dar essa ajuda. “Surgiram algumas ideias e uma perspectiva de que haja no futuro mais interacção”, garante. Sobrinho Teixeira destaca ainda o surgimento de uma Plataforma de Turismo, tendo o Nerba como principal interlocutor. “ Para haver um interlocutor e para termos esta perspectiva de que os empresários têm de estar unidos e ter uma oferta com alguma expressão.”
Ficou ainda agendada uma reunião entre docentes da ESACT de Mirandela e Associação de produtores de alheira certificada de Mirandela, para procurar soluções que melhorem e impulsionem este sector.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.