29 janeiro, 2015

Sobrinho Teixeira pede igualdade de acesso aos fundos comunitários no interior

No dia do IPB, o presidente da instituição frisou a necessidade de garantir que os fundos do novo quadro comunitário de apoio atribuídos à região vão ser canalizados para o interior. Sobrinho Teixeira sublinha que é importante que o valor do financiamento per capita seja igual ao de outras zonas do interior.
“O próximo quadro comunitário de apoio é muito virado para a competitividade e inovação. Há que ter a região capacidade de fazer a fluição dos fundos dentro da região Norte, que têm que vir para o interior. Parece-nos que é de assegurar que aquilo que acontece, por exemplo no Alentejo, onde se constituiu uma Comissão de Coordenação autónoma. É legítimo que os transmontanos almejem a que o financiamento per capita, que vai ser atribuído no Alentejo, também seja feito em Trás os Montes”, frisa Sobrinho Teixeira.
O presidente do Instituto Politécnico de Bragança deixou ainda a promessa ao presidente do município de Mirandela de realizar o próximo dia do instituto na cidade do Tua, nas novas instalações da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo. As obras deverão estar concluídas no próximo Verão. Sobrinho Teixeira não tem duvidas de que esta escola vai atrair mais alunos ao IPB. “Não são só as salas de aula nem o mobiliário, é sobretudo o equipamento científico que irá ser providenciado, que tornará a escola de Mirandela, uma escola bandeira em determinadas áreas, como a comunicação e o turismo. Um dos grandes desafios para o próximo quadro comunitário é promover a região e, deste modo, a escola irá ter disponibilidade e capacidade para responder a esse desafio. Por outro lado, todo esse ambiente penso que será um factor positivo na captação de alunos para o IPB e para Mirandela”, salienta o responsável.
O Dia do Instituto serviu ainda para homenagear os melhores alunos e funcionários da instituição e assinar novos protocolos de cooperação com outras instituições de ensino. Também os antigos governadores civis de Bragança, Telmo Moreno e Jorge Gomes foram homenageados pela instituição, com a atribuição de uma medalha de honra do IPB.

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Presidente do Conselho dos Institutos Politécnicos preocupado com cortes no ensino superior

No dia do IPB, que assinalou os 32 anos da instituição, decorreu a tomada de posse do presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre iniciou assim o segundo mandato à frente deste órgão. O professor mostrou-se preocupado com os cortes no financiamento do ensino superior, que este ano vão ser mais acentuados do que em 2014.
"Em 2015 temos um corte em adicional relativamente a 2014 e em 2014 tivemos um corte adicional em relação ao ano anterior. Estamos a falar de uma sucessão de anos com cortes. É evidente que se, em 2014, as instituições tiveram dificuldade para honrar os seus compromissos, algumas tiveram que utilizar saldos que dispunham de anos anteriores, outras tiveram de fazer reforços adicionais, é evidente que com mais um corte, este ano vai ser pior. Vamos ter situações complicadas para honrar os compromissos assumidos”, frisa o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos. Joaquim Mourato defendeu ainda a necessidade de repensar o programa “+ Superior”, criado para atrair estudantes do litoral para o interior . O responsável considera essencial mudar a época de lançamento do programa e perceber quais os cursos que precisam de mais alunos. “Este programa foi aplicado, essencialmente, a estudantes que já estavam nas instituições e não atraindo novos estudantes. É por isso que dizemos que ainda não foi suficientemente eficaz. A nossa proposta é lançar o programa na primavera, para os estudantes interessados conhecerem o programa a tempo e poderem tomar a sua decisão e perguntar às instituições quais os cursos em que se pretende a vinda desses estudantes. Porque, com base na classificação do secundário mais elevada, evidentemente que os alunos vão ser colocados nos cursos que, à partida, já estão cheios”, sublinha o professor. Em Bragança, 109 alunos estudam no Instituto Politécnico através do programa + Superior, que se traduz numa bolsa de cerca de mil euros por ano, de forma a garantir o pagamento das propinas.

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Nuno Crato garante que a Escola Secundária de Mirandela vai sofrer obras


O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, garantiu ontem, em Bragança, que está a negociar com a Câmara Municipal de Mirandela uma solução para a escola Secundária, para que seja remodelada no âmbito do novo quadro comunitário.
Os alunos desta escola queixam-se das más condições e do frio, devido à caixilharia das janelas que não retém o calor do sistema de aquecimento, tendo já ameaçado levar o caso ao tribunal europeu. Questionado pelos jornalistas sobre este assunto, Nuno Crato, não fixou prazos para a resolução do problema mas garantiu que as obras vão avançar. “Temos um acordo com o senhor presidente da Câmara de Mirandela. No próximo quadro comunitário haverá fundos que serão adaptados a diversas escolas e haverá uma candidatura que a escola fará a esses fundos. A Câmara está a trabalhar connosco no sentido de ter um projecto, não superambicioso, de custos exorbitantes , mas de custos apropriados”, avançou o ministro. Quanto à Escola Secundária de Vinhais, que se encontra em situação idêntica, o que motivou uma manifestação dos alunos na semana passada, o ministro não deixou uma resposta concreta e recusando-se a responder a mais questões. Disse apenas que gostaria que muitas escolas do país fossem intervencionadas mas que não é possível devido à dívida herdada pelo anterior governo. “Nós gostaríamos muito de ter as condições financeiras para reabilitar todas as escolas, infelizmente herdámos uma dívida enorme e estamos, novo quadro comunitário, a mobilizar os recursos necessários para a reabilitação passo a passo das escolas”, argumenta Nuno Crato. Declarações à margem das comemorações do Dia do Instituto Politécnico de Bragança que decorreram ontem. Durante a cerimónia Nuno Crato elogiou a capacidade do IPB em atrair estudantes estrangeiros, que este ano representam cerca de 15% do número total de alunos. O ministro da Educação salienta a importância dos novos cursos técnicos profissionais, com a duração de dois anos, na dinamização dos institutos politécnicos. “Os cursos técnicos superiores profissionais são uma oferta nova, que já este ano teve um primeiro sucesso e vai ter muito mais sucesso no ano que vem. Temos, neste momento, mais de 400 candidaturas para abertura destes cursos, o que significa que vamos ter muitos estudantes interessados neste tipo de formação, que é uma forma de alargamento do público dos politécnicos”, considera o ministro da educação e ciência. No Instituto Politécnico de Bragança, estes cursos vão entrar em funcionamento no próximo ano lectivo. O IPB propôs a abertura de 31 cursos técnicos profissionais, dos quais dois já foram aprovados.

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23 janeiro, 2015

IPB é a melhor instituição do país em quatro itens de um ranking de excelência feito a nível mundial

Numa das categorias em apresso, o Instituto Politécnico de Bragança aparece mesmo em sétimo lugar a nível mundial entre as instituições de ensino superior. Foi a melhor classificação de sempre do IPB, que desde há quatro anos tem conseguido posições de destaque.
 O Instituto Politécnico de Bragança consolidou a sua posição de referência no Ensino Superior em Portugal em 2014.
Depois de já ter sido considerado, no ano passado, pela União Europeia, como o melhor Politécnico do país, um novo ranking, que mede a taxa de excelência em várias áreas, elaborado por uma das mais conceituadas empresas do género, considerou o IPB a melhor instituição portuguesa de Ensino Superior em quatro áreas: Impacto Tecnológico, Excelência, Excelência com Liderança e Impacto Normalizado. O SCImago Research Group é um grupo de investigação que se dedica à análise e à avaliação da informação mantida em grandes bases de dados científicas (SCOPUS).
O ranking SIR tem por objetivo avaliar a atividade de investigação, com impacto a nível mundial, tomando como referência as publicações científicas das instituições e o número de citações recebidas. Para o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, este é mais um motivo de orgulho e provoca, desde logo, dois impactos. “Por um lado, um impacto interno, porque deixa os investigadores do Politécnico com autoestima elevada. É um incentivo para se conseguir sempre, se não for melhorar, ficarmos numa posição cimeira no panorama científico nacional. Conseguir, neste panorama, estar em primeiro lugar em quatro indicadores, é único em Portugal.
Depois, há um impacto externo na imagem da capacidade instalada que existe dentro do IPB e o ajudar a desmistificar que tudo aquilo que está ligado à interioridade ou ao próprio sistema politécnico não pode ser bom.
Temos uma instituição que está no mais Interior de Portugal e consegue estar nos rankings cimeiros da investigação, fazendo muito do que é a sua missão, que é a investigação aplicada, com impacto direto na comunidade”, sublinhou, em declarações ao Mensageiro.
Já Luís Pais, vice-presidente do IPB, explica que este ranking tem índices bastante diferentes, “uns mais absolutos, que têm a ver com o número de publicações, e outros mais relativos”. “Obviamente não podemos comparar uma instituição de 300 investigadores com uma com 30 mil. Nos últimos anos, o IPB tem tido posição de destaque, sobretudos nos índices relativizados à qualidade da investigação”, frisa.
Esta é mesmo a “melhor posição de sempre”. “É uma performance que se mantém há quatro anos e tem vindo a melhorar”, diz. Segundo explicou, “os índices que têm a ver com impacto e aceitação”. “Temos de ter capacidade de publicar em revistas conceituadas e, dentro dessas publicações, ter um impacto muito forte”, afirma Luís Pais, que destaca o efeito “motivacional” que pode produzir nos docentes e investigadores da instituição.
Mas o maior destaque desta avaliação vai mesmo para o item de Impacto Tecnológico, que mede o número de vezes que os artigos científicos produzidos por investigadores do IPB são citados nos pedidos de patentes a nível mundial.
Uma avaliação que deixa a instituição do Nordeste Transmontano em sétimo lugar entre as suas congéneres de todo o mundo.

Trabalho conjunto com as empresas
Uma produção científica de relevo que pode ser aproveitada pelas empresas da região, apesar de o Nordeste Transmontano apresentar um tecido empresarial débil. “Há uma obrigação conjunta. Não temos um tecido empresarial muito pujante. Há coisas referentes ao ramo agrário que têm mais a ver com a região. Aí está-se a conseguir esse retorno”, frisa Sobrinho Teixeira. O presidente do IPB admite que há a “obrigação” de se “associar ao tecido empresarial, que ainda é algo débil, mas tendo em conta o novo quadro comunitário de apoio, que vai ser muito vocacionado para a criação de empresas”. No entanto, pede algumas cautelas. “Não me parece que possamos todos os problemas, sobretudo em áreas que não são da nossa atuação, como o de gerar empresas”, sublinha. Mas, por outro lado, Bragança e Mirandela estão “no eixo das rodovias ibéricas, com grande capacidade de exportação”. Ainda por cima sendo o IPB a instituição portuguesa mais citada na criação de patentes, acho que há aqui caminho para, em conjunto, criarmos dentro da região, criar uma atividade, que já existe, ligada ao setor primário e aos produtos endógenos, mas também criar aqui inovação industrial.

Faurécia como parceira
A Faurécia poderá ser, assim, um parceiro fundamental. Em estudo está já a possibilidade de colaboração em áreas como a formação ou a gestão. “Estamos a trabalhar com eles um plano estratégico de desenvolvimento, que passa por duas componentes essenciais. Por um lado, pela formação e qualificação de quadros superiores. Mas temos também um plano para fazer uma espécie de residências permanentes para professores e alunos na fábrica, observarem e introduzirem melhorias face à gestão do processo de fabrico. Também temos um plano para a criação de um laboratório de inovação industrial”, revelou ainda Sobrinho Teixeira ao Mensageiro.

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Investigadora da ES Agrária destaca-se a nível mundial

Isabel Ferreira subiu quatro posições em ranking mundial e está em 46º lugar entre mais de 4300 investigadores de todo o mundo na sua área
 Um dos rostos do sucesso da investigação do Instituto Politécnico de Bragança é o de Isabel Ferreira. A investigadora do Centro de Investigação de Montanha do IPB trabalha, essencialmente, na química alimentar e na última revisão trimestral do Essential Science Indicators da ISI Web of Knowledge da Thomson Reuters subiu quatro posições, estando, agora, no 46º lugar entre 4345 investigadores analisados a nível mundial. É mesmo a primeira investigadora portuguesa a aparecer no ranking. O Prof. José Alberto é outro investigador da Escola Superior Agrária De Bragança a aparecer e posiciona-se em 84º no ranking. Este ranking contabiliza as citações totais, o número de artigos produzidos e as citações por artigo em revistas de referência.
Para mim representa um reconhecimento da qualidade da investigação que fazemos. Quando um artigo é muito citado significa que é muito lido e utiliza metodologias de referência, que acabam por ser citadas por outros autores. Quando começamos a fazer investigação não pensamos nos rankings mas em divulgar os resultados da nossa investigação. A segunda lógica é escolher as revistas de maior impacto em todo o mundo. E, se tivermos um destaque mundial, ainda melhor”, disse ao Mensageiro Isabel Ferreira. A investigadora trabalha na área da química de produtos naturais, sobretudo na aplicada à área alimentar e alguns na área farmacêutica. “Na prática, estudamos matrizes da nossa região, sobretudo cogumelos, plantas medicinais e aromáticas, e frutos secos. Fazemos caracterização química e nutricional e tentamos identificar compostos que tenham valor acrescentado provenientes destas matrizes. Identificamos novos compostos, isolamo-los e fazemos aplicações na área alimentar, nomeadamente com aditivos naturais para substituir os químicos, como conservantes. O objetivo é tirar partido dos aditivos naturais”, explicou.
Ultimamente tem estado a desenvolver um trabalho com a flor de castanheiro, cidreira e camomila para conseguir preservar o tempo de prateleira do queijo da serra da Estrela. “Temos associados projetos de investigação de incorporação destas matrizes em queijos, no sentido de aumentar o seu tempo de prateleira, ou seja, utilizá-los como conservantes naturais. Também temos projetos com empresas, da região ou não. Na parte de cogumelos ou ervas aromáticas temos parcerias com empresas não só da região mas de outros pontos do país”, explica. Esta investigação direcionada aos queijos é um projeto em parceria com a serra da Estrela mas pode permitir aumentar bastante as exportações de um produto de excelência do país.

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22 janeiro, 2015

Adriano Moreira elogia qualidade do ensino alcançada pelo IPB

Adriano Moreira elogia a qualidade do ensino que o Instituto Politécnico de Bragança conseguiu alcançar.
Em entrevista à Brigantia o professor e político, de 92 anos, sublinha que devem ser feitos todos os esforços necessários para manter o prestígio que a instituição tem a nível nacional e internacional.
“Acho que todos devem fazer um esforço para aguentar a qualidade que alcançou o Instituo Politécnico, assegurando os recursos necessários para a manter e desenvolver”, salienta Adriano Moreira.
O ex ministro do Ultramar refere ainda que foi com satisfação que fez parte da organização do XXI Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa. O encontro realizou-se há três anos e reuniu académicos e investigadores em torno da lusofonia. Adriano Moreira considera que este evento não teve o merecido destaque. “Eu fiz parte da organização. Estiveram cerca de 400 pessoas em Bragança mas não me recordo que qualquer jornal tenha dado notícia desse importantíssimo acontecimento nem me lembro de um ministro que tenha tido tempo para o ir dignificar”.
O professor, natural de Grijó de Vale Benfeito, no concelho de Macedo de Cavaleiros é o convidado do programa “Nós Transmontanos” que começa hoje na Brigantia. Um programa que terá todas as semanas um convidado ilustre transmontano, para ouvir às quintas-feiras depois das 21 horas e em repetição aos sábados depois das 17h.

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Roteiro para promover o emprego jovem

O Instituto Português da Juventude está a desenvolver uma parceria com o Instituto Politécnico de Bragança de forma a criar um “Roteiro para a Empregabilidade”.
O director Norte do IPDJ explica que o objectivo é envolver empresas, associações juvenis e instituições de ensino neste projecto, de forma a ajudar os jovens desempregados a encontrar oportunidades de trabalho ou estágio. “Vamos tentar criar oportunidades, em conjunto com outras instituições, nomeadamente o Instituo de Emprego e Formação Profissional, as Associações Juvenis, as Instituições de Solidariredade Social e as empresas, no sentido de criar oportunidades para que estes jovens tenham estágio ou trabalho”, revela representante do IPDJ. Manuel Barros afirma que o desemprego de jovens qualificados é uma “preocupação” para o governo.
Além do “Roteiro para a empregabilidade”, estão a ser promovidas outras medidas de combate ao desemprego, como é o caso da “Garantia Jovem”.
O presidente da Associação Académica do IPB, uma das entidades envolvidas no roteiro, acredita que este projecto possa vir a fixar jovens estudantes ao distrito de Bragança. Ricardo Pinto lamenta que muitos jovens que escolhem o IPB para estudar, se vejam obrigados a regressar à sua terra natal devido ao desemprego. “Se pudermos ajudar para que os estudantes tenham, pelo menos, uma tentativa de se fixar na região e acabarem por ficar cá, seria muito bom para nós, para a cidade e para a região”, sublinha o estudante.
Além de ajudar a encontrar oportunidades de emprego, o “Roteiro para a Empregabilidade” promete incentivar os jovens a criar o próprio emprego.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

20 janeiro, 2015

Alunos de diferentes religiões numa oração conjunta pela paz

Alunos de vários países e diferentes religiões promoveram uma oração conjunta no Instituto Politécnico de Bragança. Em nome da paz e pela tolerância, o encontro surge depois dos atentados em França e juntou cristãos, muçulmanos e até budistas.


Exibido em 'RTP'.

19 janeiro, 2015

"Sou muçulmano mas não sou terrorista"

Alunos rezaram em Bragança contra atentados terroristas em Paris. "Quisemos demonstrar que as religiões não se guerreiam mas se juntam pela paz e pela tolerância”, explicou ao PÚBLICO o sacerdote.
Primeiro o silêncio. Depois uma oração do Islão, seguida de um católico Pai Nosso. As diferentes religiões presentes no Instituto Politécnico de Bragança (IPB) uniram-se, na sexta-feira à tarde, numa oração conjunta pela paz e tolerância, num exemplo de convivência entre diferentes credos e culturas.
O momento foi promovido pelo capelão do IPB, o padre Calado Rodrigues, católico, e contou com a presença de dezenas de pessoas, na sua maioria cristãos, mas também muçulmanos e budistas.
“Como temos um espaço inter-religioso e intercultural e sabemos que este problema de confronto, de desentendimento de pessoas, às vezes é-lhe colado o rótulo de guerra entre religiões. Quisemos demonstrar que as religiões não se guerreiam mas se juntam pela paz e pela tolerância”, explicou ao PÚBLICO o sacerdote.
O momento de oração foi precedido de um pedido pela paz feito em dez línguas, simbolizando a diversidade cultural que tem tomado conta daquela instituição do Nordeste Transmontano.
Dos cerca de sete mil alunos que frequentam actualmente o IPB, cerca de 1200 são estrangeiros, tendo já sido constituída, na ano passado, uma associação que os representa. “É sempre interessante ver tantas religiões diferentes, com ideologias tão distintas, e rezarem pela paz e pela tolerância”, frisou Eduardo Fernandes, brigantino de gema e um dos representantes da associação. O crescente aumento da população estrangeira no universo do IPB tornou o instituto mais “cosmopolita, com uma imensidão de culturas, de línguas”. “Mas conseguimos conviver todos com a nossa diferença e está aqui uma bela imagem disso”, garante.
Prova disso foi o facto de pelo menos três religiões diferentes terem feito questão de estar representadas, num momento de oração raro, por acontecer, em simultâneo, no mesmo espaço.
Alexandre Ximenes era, apesar do embaraço, um dos mais animados pela ideia. Timorense, de 19 anos, acredita que esta “cerimónia é muito boa para juntar os amigos de outras religiões”. “Para juntos conseguirmos a paz que o mundo precisa.” Por isso não vê qualquer problema em estar lado a lado com diferentes credos. “Viemos rezar pela tolerância e pela paz no mundo”, lembrou.
Lado a lado, o grupo encheu praticamente três das quatro paredes de um espaço que ameaça tornar-se exíguo. Deniz Ak, um dos cinco estudantes turcos que há quatro meses vieram para Bragança, reforça a mensagem da paz e tolerância e lembra que os muçulmanos “não são terroristas”. “Vivemos todos juntos, estudamos todos juntos, temos aqui muitas nacionalidades e religiões e é bom fazer isto porque as nossas religiões são irmãs. Rezamos no mesmo edifício o que é muito bom”, garante.
Apesar de não ver muitas notícias, não se sentiu tratado de forma diferente depois dos atentados em Paris, até porque Bragança é uma cidade acolhedora. "Na Europa, as outras culturas olham para nós [muçulmanos] como terroristas. Sou muçulmano mas não sou terrorista. Somos tolerantes, acreditamos na paz”, sublinha.
Do seu ponto de vista, o que está em causa não é uma guerra de religiões. “Acho que é uma questão económica e política. Mas não gostamos que olhem para nós como terroristas. Não matámos ninguém. Também somos humanos.”
Já o seu colega Muzaffer sentiu alguma estranheza, ao início, até porque na Turquia estava habituado a rezar apenas entre muçulmanos. “Mas, na Europa, há mais religiões, como o cristianismo ou o judaísmo. Isso tornou-me diferente. A minha mente é, agora, mais aberta”, garante.
No entanto, confessa que se sentiu ofendido com as caricaturas de Maomé. Mesmo assim, também não concorda com os actos de violência perpetrados em nome do Islão. “As pessoas andam a matar-se por causa de religiões. Cristãos matam muçulmanos, muçulmanos matam cristãos. Não é correcto, porque somos todos humanos e estamos cá para viver em conjunto e em harmonia”, frisa, defendendo, no entanto, que deveria haver mais respeito pela religião de cada um, tal como “pediu o vosso Papa”. “Gozaram com o nosso profeta e isso não é justo. Mas não acredito que, por causa disso, devessem morrer. Quem fez isso não era do Islão, porque o Islão não permite matar assim. Eles estavam a gozar e senti-me muito zangado. Aquilo não foi correcto. Mereciam alguma punição mas não a morte”, sublinhou ao PÚBLICO.
Mais tranquilo, o sírio Ima Tsued, há cerca de um ano em Bragança, lembra que “todas as religiões querem a paz no mundo”. Por isso, participou nesta oração para “dizer que a [sua] religião quer paz e não quer problemas”. “Na Síria, até os muçulmanos estão contra as ideias do Estado Islâmico. Não representam o Corão nem as ideias muçulmanas”, conclui.
Tanta diversidade deixou sensibilizado o presidente do Instituto. Sobrinho Teixeira promoveu a criação do espaço inter-religioso e, “com os últimos acontecimentos, torna-se ainda mais importante”. “Desejamos aumentar ainda mais o número de estudantes estrangeiros e, ao haver esta diversidade de religiões, de raças, de mentalidades, de culturas, é uma obrigação nossa”.

Publicado em 'PÚBLICO'.

16 janeiro, 2015

Boliviano veio rezar ao espaço inter-religioso do Politécnico


 Depois da visita de três estudantes alemãs a Bragança, a comunidade de Taizé voltou a apresentar-se junto dos brigantinos, na presença do Ir. Alcides, natural da Bolívia.
No espaço intercultural e inter-religioso do IPB, o Ir. Alcides, na presença de D. José Cordeiro, Bispo da Diocese Bragança-Miranda, e do Pe. Calado Rodrigues, capelão do IPB, relatou a sua experiência ao serviço da comunidade de Taizé, partilhando ideias e rezando numa cidade que não a sua mas que “sente como tal”. “Existe uma grande diferença entre as diversas comunidades, mas ao mesmo tempo existe uma união. E isso eu consegui encontrar cá em Bragança, nomeadamente no que diz respeito à família, ao calor humano existente entre as pessoas e à necessidade de ter uma relação próxima com Cristo”, relatou, pouco depois de ter partilhado um momento de oração também com o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional. “Apesar de estar a muitos quilómetros da Bolívia, senti-me como estando em casa, porque senti uma ligação com as pessoas e juntos rezamos. E isso é algo que o fundador desta comunidade nos dizia: se há algo responsável que o ser humano pode fazer, é rezar, em qualquer que seja a ocasião”, revelou.
Quanto à comunidade temporária que se instalou na cidade de Bragança, o Ir. Alcides acredita que foi uma aposta ganha, de acordo com os relatos de Margarita (21), Anna (18) e Lisa (18), que durante o passado mês de outubro visitaram a cidade, meditaram, oraram e prestaram alguns serviços a instituições sociais, tendo sempre em vista a divulgação do evangelho, um ponto fundamental na ótica do Ir. Alcides. “Estes momentos são importantes para nós porque nos aproximam mais das pessoas e porque nos fazem compreender melhor a realidade que nos rodeia”, assume, tendo dito depois que “ficou bem patente a necessidade que esta comunidade tem em estar em comunhão com Cristo e isso é bom”.

Publicado em 'Mensageiro'.

13 janeiro, 2015

Investigadores brigantinos lançam livro de Fisioterapia em Cuidados Paliativos


Fisioterapia em Cuidados Paliativos. Este é o tema do livro lançado recentemente em Bragança, da autoria de Rita Afonso, André Novo e Paula Martins.
A fisioterapeuta Rita Afonso confessa que a ideia de escrever este livro surgiu no âmbito do mestrado em Cuidados Continuados na Escola Superior de Saúde de Bragança, com o objectivo de colmatar uma lacuna detectada nesta área da Saúde. “Este estudo nasceu a partir de um artigo que nós lemos que dizia que havia apenas meio fisioterapeuta por Unidade de Cuidados Paliativos, o que nós achamos surpreendente pela negativa, daí a ideia de criar esta obra para valorizar a qualidade do profissional de saúde, o fisioterapeuta, nos cuidados paliativos, para que seja uma realidade mais presente”, realça a profissional de Saúde.
Rita Afonso não tem dúvidas que estes tratamentos podem ajudar os utentes em fase terminal. “Os cuidados paliativos não são só para a pessoa que está a morrer. Existem vários sintomas que podem ser aliviados mesmo que a pessoa tenha o diagnóstico de uma doença terminal, mas mesmo que não esteja nos últimos dias de vida. Então aí nós conseguimos aliviar alguns dos sintomas, como por exemplo a dor, a astenia, a fadiga, sintomas que são incómodos, proporcionando-lhes uma maior qualidade de vida”, salienta Rita Afonso.
Este é o primeiro livro publicado no âmbito do mestrado em Cuidados Continuados na Escola Superior de Saúde de Bragança. A directora da Escola, Helena Pimentel, assegura que tem aumentado a procura desta formação e adianta que está à espera da aprovação de mais um mestrado na área da Enfermagem. “O mestrado já vai na quinta ou sexta edição e tem sido um sucesso. Temos uma turma a começar em Fevereiro, ultrapassámos as vagas, tínhamos 25 vagas, admitimos 30 candidatos e temos mais interessados que recusámos porque efectivamente a edição está cheia. Temos um mestrado para aprovação específico em enfermagem Médico-Cirúrgica, temos tido muitas solicitações”, afirma a directora da Escola Superior de Saúde de Bragança.
No âmbito do mestrado em Cuidados Continuados na Escola Superior de Saúde foi lançado o livro Fisioterapia em Cuidados Paliativos, destinado sobretudo a profissionais de Saúde.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

12 janeiro, 2015

Obras ESACT

A escola superior de comunicação, administração e turismo do Instituto Politécnico de Bragança sediada em Mirandela vai ter um novo espaço


Exibido em 'LocalvisãoTV'.

08 janeiro, 2015

Investigadores procuram cura para doenças da oliveira

Um grupo de investigadores do Centro de Investigação e Montanha do Instituto Politécnico de Bragança, o CIMO, está a desenvolver um projecto para combater as três doenças da oliveira mais frequentes no olival de Trás-os-Montes.
A gafa, a tuberculose da oliveira e o olho de pavão têm vindo a aumentar de incidência. A investigadora da Escola Superior Agrária, Paula Baptista, explica que o estudo tem como objectivo identificar meios de luta biológicos para controlar estas doenças que provocam perdas na produção e as quais, até agora, não é possível combater de forma eficaz.
O próximo passo da investigação, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, é testar os agentes no campo, para verificar se os níveis de eficácia se mantêm. O objectivo é, no futuro, utilizar os agentes de luta autóctones identificados, para produzir biofungicidas.
As pragas são outro dos problemas que os olivicultores enfrentam. Sónia Santos, docente do IPB, adiantou que este ano a mosca da azeitona provocou perdas na ordem dos15 a 20 por cento.
As doenças e as pragas da oliveira foram temas abordados no seminário dedicado ao olival e integrado na Festa dos Reis, em Vale de Salgueiro. A iniciativa realizou-se pela primeira vez e é considerada por António Branco uma boa inovação. O presidente da Câmara Municipal de Mirandela entende que é salutar a abertura das instituições de ensino à comunidade:
O seminário sobre a produção de oliveira foi, a par da feira de produtos, uma novidade no programa da Festa dos Reis, que a Junta de Freguesia de Vale de Salgueiro promete continuar nos próximos anos.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

07 janeiro, 2015

ENDA vai realizar-se em Bragança


Dirigentes associativos vão reunir, pela primeira vez, na capital do Nordeste Transmontano Bragança vai acolher, pela primeira vez, o Encontro Nacional de Dirigentes Associativos, que reúne representantes de todas as associações de estudantes de Ensino Superior do país.
O ENDA funciona como fórum de discussão e análise das posições dos estudantes em relação a questões sociais, nomeadamente no que diz respeito a matérias sobre Ensino Superior e Política Educativa.
O presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança explica que a organização do ENDA era um dos objectivos para este mandato. “Era um desafio também desta direcção, visto que assumimos o compromisso de, este ano, estarmos mais virados para a Política Educativa. Acho que estamos à altura do desafio”, salienta o representante dos estudantes do IPB.

Publicado em 'Jornal Nordeste'.

05 janeiro, 2015

D. José ceou com estudantes estrangeiros

Quase meia centena de estudantes presentes na ceia de Natal
Repetindo a experiência que tão bem sucedida foi em 2013, o bispo de Bragança- Miranda, D. José Cordeiro, desafiou para a sua mesa de Natal os estudantes estrangeiros que passavam o Natal longe das suas famílias, dois deles muçulmanos, que aceitaram o repto do prelado.
Participaram cerca de 50 estudantes, de dez países e quatro continentes, dando um outro colorido à ceia, pontuada por diversos cânticos de Natal em várias línguas.
“É muito interessante para o contexto da cidade de Bragança e a presença do politécnico e, no contexto das periferias, entendo cada vez mais que os jovens são os pobres dos tempos de hoje. E, sobretudo, os estudantes do ensino superior em mobilidade, os estudantes de Erasmus e de outros protocolos”, sublinhou D. José Cordeiro.
Este foi o segundo ano em que a iniciativa decorreu e com “muito fruto”. “Permitiu, não só, a relação entre culturas mas, também, entre religiões. Tivemos dois jovens muçulmanos e com os quais estabelecemos uma relação muito fraterna e percebemos que a relação da fraternidade assenta na própria humanidade e Jesus é o máximo esplendor e expoente nesta noite mas é para ser vivida em todas as noites da nossa vida”, concluiu o bispo diocesano.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

ESACT de Mirandela vai ter centro de investigação no valor de 1 milhão de euros

A Escola Superior de Mirandela vai ter um Centro de Investigação nas áreas da Comunicação e Turismo. As novas instalações, deverão estar prontas a tempo de receber os alunos no próximo ano lectivo
Luís Pires, director da Escola Superior de Administração, Comunicação e Turismo, acredita que este centro vai significar uma evolução para a instituição. “Vai ser um centro que permita ao mesmo tempo fazer investigação e transferir esta investigação para as empresas e para as comunidades locais. Só assim conseguimos evoluir”, explica Luís Pires.
Os vários laboratórios vão dispor de equipamentos de audiovisual, multimédia, som e de captura de movimentos, o que representa um investimento de cerca de um milhão de euros.
Sobrinho Teixeira, presidente do Instituto Politécnico de Bragança, está convicto de que as novas condições físicas da EsACT vão permitir a afirmação da instituição como uma escola de referência. “Acho que esta Escola tem agora uma possibilidade de afirmação muito forte, como uma Escola de referência e disponível para acolherem, não só alunos, mas também profissionais dessas áreas que possam utilizar esses laboratórios”, considera Sobrinho Teixeira.
O crescimento do número de alunos poderá estar também associado ao aumento da oferta formativa. O IPB já propôs novos cursos de comunicação e mestrados na área de turismo.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.