07 agosto, 2010

Estudantes chineses visitam Bragança

Um grupo de dez estudantes chineses, da Universidade de Pequim, está de visita, esta semana, a Bragança.

Trata-se de um intercâmbio entre os Institutos Politécnicos de Bragança e de Macau que envolve alunos de uma licenciatura em Português que tem a duração de quatro anos.

Chegaram ontem e vão estar por cá durante uma semana, seguindo depois para outras localidades do país.

O objectivo é praticar a língua e conhecer a cultura portuguesa.

“Estão a estudar português dentro do novo desígnio que a China tem de pôr pessoas a falar português” refere o presidente do Politécnico de Bragança, acrescentando que “o Politécnico de Macau foi encarregue de fazer a ponte entre a China e a Lusofonia e como nós temos uma parceria estratégia com o Politécnico de Macau, esta visita insere-se neste âmbito”.

“Estes estudantes estão no terceiro ano de português e querem agora conhecer a cultura portuguesa” afirma Sobrinho Teixeira.

Lui Pal e Marília Ma, dois dos estudantes deste grupo, dizem que a língua portuguesa é difícil e falam das expectativas em relação a esta visita.

“No início é difícil, em termos de construção frásica e eu nunca tinha visto masculinos e femininos, mas depois de três anos já há um grande progresso” afirma Lui Pal. “Eu gosto muito de línguas e tive a oportunidade de escolher entre Português e Coreano. Preferi Português por ser mais difícil” refere Marília Ma, acrescentando que nesta visita quer “conhecer a cultura, as paisagens pois é muito diferente da China e esta é uma boa oportunidade”. Já Lui Pal diz que nunca visitou “um país da Europa e aqui a cultura e o povo é muito diferente da nossa cultura oriental”.

Cândido Azevedo, professor de Português do Politécnico de Macau destacado na Universidade de Pequim, acompanha estes alunos e diz que eles já têm um futuro garantido graças à aprendizagem da língua portuguesa.

“Ao fim de oito meses eles já falavam português pois não é qualquer estudante chinês que entra na Universidade de Pequim e todos os que entram o Governo vai buscá-los para carreiras diplomáticas. Estes já foram escolhidos para estudar português porque vão ser os próximos diplomatas para os países lusófonos” refere, acrescentando que “eles estudaram muita coisa que agora vêm ver na prática”.

Nos próximos anos, poderá haver a oportunidade de alunos do IPB se deslocaram à China e a Macau no âmbito desta parceria.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

Institutos politécnicos enviam professor de Português para Malaca

Sobrinho Teixeira espera que projecto promova a preservação da língua junto da comunidade luso-descendente da Malásia
Os institutos politécnicos vão enviar professor de Português para Malaca, na Malásia. As aulas de Português vão começar ainda no próximo ano lectivo, no segundo semestre. O projecto prevê ainda a atribuição de 6 bolsas de licenciatura a estudantes luso-descendentes, para que possam prosseguir os estudos no nosso país.

Os institutos politécnicos de Portugal, a cujo conselho preside actualmente Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, vão enviar um professor de Português para Malaca, na Malásia.
O projecto irá ser implementado em parceria com uma instituição de ensino superior local. Vão ainda ser atribuídas seis bolsas de licenciatura a jovens luso-descendentes para estudar em Portugal, como explica o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira. “Vamos fazer uma deslocação a Malaca no sentido de, com uma entidade de ensino superior daquela cidade, garantir um professor de Português para os próximos anos que ajude a desenvolver o Português nessa comunidade luso-descendente. Também irá ser oferecido um conjunto de bolsas para que os luso-descendentes de Malaca possam vir estudar em Portugal numa série de institutos politécnicos”.
A comunidade de ascendência portuguesa de Malaca ronda os 5 mil indivíduos, descendentes de portugueses que se fixaram na Malásia durante a época dos Descobrimentos Portugueses, e que mantêm uma forte ligação com as origens lusas. “É uma comunidade descendente ainda dos tempos em que Portugal dominava os mares do Oriente e continua com uma ligação muito forte a Portugal. É possível encontrar pessoas com o nome de Carlos Costa e Nunes Silva e que continuam a achar que o seu país é Portugal”.
Os luso-descendentes de Malaca mantêm uma forma de português antigo, conhecido como papuá cristang, compreensível pelos falantes do português moderno. Sobrinho Teixeira acredita que a presença de um professor de português na localidade irá não só aprofundar o conhecimento da língua portuguesa, como vai ajudar à preservação do dialecto local. “Uma comunidade tão restrita, na ordem das quatro a cinco mil pessoas, não tem capacidade para, ela própria, desenvolver a língua e manteve o Português como era escrito e falado há cerca de 300 anos, mas é possível comunicar em Português com essa comunidade. O professor de Português também irá ajudar a aprofundar o papua cristang, que é falado apenas por essa comunidade, que pensamos que é uma riqueza que se mantenha, para além da própria aprendizagem do Português moderno”.
Publicado em 'RBA'.

Matrículas mais rápidas para estudantes estrangeiros

Os alunos estrangeiros do ensino superior do distrito de Bragança vão ter a sua vida facilitada a partir do próximo ano lectivo.

Dalila Araújo, Secretária de Estado da Administração Interna, apresentou em Bragança um novo programa informático que permite maior rapidez no acto de matrículas.

“Consiste em agilizar e flexibilizar as matrículas do cidadão que frequenta o ensino superior” explica. Actualmente “tem de vir primeiro ao SEF buscar uma declaração da sua situação” acrescenta e “esta aplicação foi desenvolvida para permitir que o IPB, quando digita o nome do cidadão sabe de imediato se ele tem a sua relação documental estável que lhe permita fazer a matricula”.

O Interface SEF Universidade deverá estar a funcionar já no próximo ano lectivo.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.