23 dezembro, 2014

Cientista português no combate à malária


 Um investigador de Penafiel, doutorado pelo Instituto Karolinska da Suécia (instituição responsável pela atribuição do prémio Nobel de Medicina) publicou há dias um artigo sobre a malária na revista "Science", em coautoria com 31 cientistas de 11 países. O trabalho gera as bases para salvar milhões de vidas de uma maleita que ceifou outras tantas devido à resistência a antimaláricos, algo que demorou mais de 40 anos a concretizar.
A maneira humilde como se relaciona socialmente esconde o talento do cientista, de 33 ano, filho de um empregado de mesa e de uma cozinheira de Penafiel.
Depois de conseguir o bacharelato e licenciatura em Engenharia Biotecnológica no Politécnico de Bragança, obteve, em 2004, uma bolsa europeia. Integrou, desde então, o Instituto Karolinska, frequentando o doutoramento em Ciências Médicas.
Investigador biomédico desde há dez anos, presentemente afiliado na Nanyang Technological University de Singapura, dedica-se ao estudo da malária (parasita transmitido ao homem através da picada da fêmea de mosquito que causa anemia e patologias cerebrais).
Pedro Ferreira explica que, para lá da importância da descoberta dos mecanismos biológicos básicos de resistência ao antimalárico mais usado no mundo (392 milhões de tratamentos em 2013), "o estudo demonstra que é possível reduzir para menos de uma década a detenção dos mecanismos de resistência para o parasita da malária". " É algo que demorou mais de 40 anos a atingir. O nosso trabalho gera bases para salvar milhões de vida, porque podemos desenvolver intervenções para retroceder o desenvolvimento à resistência", explicou.

Publicado em 'Jornal de Notícias' de 21/12/2014.

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