18 abril, 2008

Vila Real e Bragança juntam esforços para a construção de um parque tecnológico

António Garcias

Projecto prevê dois pólos, um dedicado à área agro-industrial, em Vila Real, e outro para energias renováveis, em Bragança.








Projecto priviligia os domínios do ambiente e das energias renováveis.





• As câmaras de Vila Real e de Bragança, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), e a PortusPark - Rede de Parques de C&T e Incubadoras assinam hoje um protocolo para viabilizar as condições de acesso e as regras de financiamentos da União Europeia, através do Feder, a aplicar no domínio do Sistema de Apoio às Estruturas Científicas e Tecnológicas, para a construção do primeiro Parque de Ciência e Tecnologia (PC&T), de todo o Interior Norte de Portugal.

O Parque de Trás-os-Montes e Alto Douro deverá ser dividido em dois pólos; um em Vila Real, ligado à área do agro-industrial, e outro a construir em Bragança, aglutinado ao negócio da vertente ambiental e das energias renováveis, associados às novas tecnologias nos domínios do ambiente e da paisagem, da biotecnologia, das ciências florestais e veterinárias.

Nos termos do protocolo, os promotores do projecto “pretendem que este investimento em Trás-os-Montes e Alto Douro se enquadre nas novas políticas de revitalização económica ao abrigo do Programa Operacional Regional e que a eventual concretização da candidatura ajude a atrair investidores e inverter o actual fluxo de recursos humanos para o litoral”.

Face à proximidade geográfica da Região Demarcada do Douro, num primeiro momento o parque poderá privilegiar o domínio do vinho e da vinha, envolvendo algumas componentes relacionadas com este sector, designadamente no plano da biotecnologia, do desenvolvimento de tecnologias e processos da viticultura, do ambiente, da qualidade e do marketing.
Fontainha Fernandes e Pedro Melo, pró-reitores da UTAD, lembram que esta é uma área de intervenção que “não está contemplada na actual rede de parque de ciência e tecnologia”, o que, na sua opinião, “irá permitir desenvolver uma nova centralidade, promovendo a competitividade regional e potenciar o desenvolvimento económico de todo o Interior Norte”.

Os dois investigadores da UTAD realçam o “bom entendimento” registado entre as autarquias e as duas instituições de ensino superior envolvidas no projecto, que ambos consideram de "âmbito nacional" e catalogam de “fundamental e estruturante para a região”. Os docentes referem ainda que “as principais linhas de intervenção do parque estarão centradas em áreas de negócio em que a UTAD possui reconhecidas competências de investigação e de conhecimento, designadamente ao nível dos seus centros de investigação”.
Fontainha Fernandes explica que “os investigadores das instituições proponentes irão participar em projectos de investigação e desenvolvimento e de prestação de serviços nas áreas de intervenção equacionadas para a futura estrutura”.

“Queremos que os antigos alunos, que desenvolvem a sua actividade profissional em áreas de negócio que se enquadram nas linhas de actuação estratégica previstas para o PC&T, sejam convidados a investir e participar neste plano”, defende o pró-reitor
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Desafio ao tecido empresarial

Empresas e instituições podem aderir

• Além da vertente económica e de desenvolvimento regional, Fontainha Fernandes e Pedro Melo, pró-reitores da UTAD, sublinham que o Parque de Ciência e Tecnologia (PC&T) visa ainda “aproveitar e potenciar as sinergias entre as instituições de ensino superior, as instituições de desenvolvimento e as empresas de base tecnológica, constituindo um motor de projectos-âncora”.
O processo, de integração de eventuais interessados em fazer parte da associação constituinte do PC&T, é “dinâmico e aberto”, afirma Fontainha Fernandes. E frisa que “instituições e empresas, públicas ou privadas, poderão a qualquer momento subscrever o protocolo e participar como membros de associações ou sociedades gestoras a criar no futuro”.
Foram já efectuados contactos com o Parque Tecnológico de Valladolid, em Espanha – com linhas de negócio similares, ligadas às agro-indústrias e biotecnologias –, para promover intercâmbios futuros, a fim de potenciar um trabalho em rede entre os parques de ciência e tecnologia geograficamente próximos e, ao mesmo tempo, facilitar a troca de informações e conhecimentos em áreas de interesse comuns. A.G.<
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Publicado no jornal 'Público, – Local Porto – p. 31' de hoje.


1 comentário:

  1. Bem, quem ler a noticia pergunta-se se este blogue é IPB ou UTAD!!!

    Se as entidades são igualmente participantes no projecto, sem duvida que o gabinete de imprensa da UTAD funciona MUITO melhor ....

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