24 abril, 2012

Estudantes estão a desistir de programas de mobilidade por falta de dinheiro

Os politécnicos portugueses estão a registar «uma quantidade anormal» de desistências de alunos dos programas de mobilidade, como o Erasmus, devido a dificuldades financeiras, revelou hoje o representante daquelas instituições de ensino superior, Sobrinho Teixeira.
O programa Erasmus foi criado pela União Europeia para dar uma oportunidade aos estudantes de conhecerem novas culturas e realidades, fazendo parte dos seus estudos num país diferente do seu e inspirou outros programas de mobilidade entre instituições de ensino superior.
Os estudantes beneficiam de bolsas para estas experiências, mas que parecem estar a revelar-se insuficientes face às dificuldades financeiras ditadas pela crise, a causa apontada pelos jovens em mobilidade para desistirem do programa.
«A quantidade de alunos que está a desistir é anormal e o argumento é que os pais não têm dinheiro para suportar o encargo que já tinham normalmente (com os estudos) mais o encargo adicional (da estadia no estrangeiro), já que a bolsa não cobre tudo», disse à Lusa o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
Sobrinho Teixeira apontou o caso do instituto que dirige, o de Bragança, «onde se está a notar uma redução com uma expressão muito forte, porque é a instituição que maior nível de mobilidade tem, com mais de 700 alunos, que representam 10 por cento» do total da comunidade estudantil.
Segundo disse, «35 por cento dos estudantes em Erasmus desistiram».
O representante dos politécnicos defende que Portugal devia «sensibilizar a União Europeia para aumentar o valor das bolsas», sob pena de os alunos com menos capacidade económica não poderem beneficiar desta oportunidade.
O presidente do CCISP sublinhou que «uma experiência de mobilidade é muito importante para a empregabilidade» e os dados disponíveis mostram que «o empregador aprecia especialmente experiências que mostrem pro-actividade e ganho de cultura dos alunos».
A ideia com que Sobrinho Teixeira fica, depois de ouvir os argumentos dos estudantes, é que as famílias portuguesas estão a cortar em «tudo aquilo que não pareça essencial», apesar de continuar a fazer «todos os esforços que podem para suportar a qualificação dos seus filhos».
O responsável sustenta a afirmação com dados da generalidade dos politécnicos que indicam que, até 31 de Janeiro, «não há um aumento com um significado estatístico das desistências».
No caso do politécnico de Bragança, «até houve uma redução relativamente ao ano passado, das desistências, de cerca de 20 alunos».
A data de 31 de Janeiro serve de referência por ser aquela até à qual um aluno pode desistir sem ser obrigado a pagar o resto das propinas.
O incumprimento no pagamento das propinas poderá ser um indicador mais objectivo desta realidade, mas que só poderá ser aferido «mais à frente» no ano lectivo e, ainda assim, pode não ser «100 por cento verdadeiro», segundo disse.
«Pode estar a acontecer que as pessoas estão a atrasar ligeiramente o pagamento das propinas sem que estejam a desistir», ressalvou.
Publicado em 'SOL'.

6 comentários:

  1. Estudantes desistem do programa Erasmus devido à crise
    Há cada vez mais alunos de ensino superior a desistir dos programas de mobilidade, como é o caso do programa Erasmus. A constatação é do presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. Sobrinho Teixeira, que é também presidente do Instituto Politécnico de Bragança frisa, que nesta instituição de ensino, que é a que tem mais estudantes em mobilidade a nível nacional, a taxa de alunos que desistiram de ir estudar para o estrangeiro neste tipo de programas ronda os 35 por cento.“Dado que Bragança é, de longe, a instituição que tem um maior nível de mobilidade é que há um número de alunos a desistir superior àquilo que era normal nos anos anteriores. Naturalmente que essas bolsas são substituídas por outros alunos, porventura que possam ter mais recursos financeiros para poder suportar essa mobilidade”. Sobrinho Teixeira admite que, em altura de crise, as famílias estejam a cortar naquilo que lhes parece menos importante. Mas sublinha que um estudante que participe num programa semelhante ao Erasmus enriquece o seu currículo e tem mais possibilidades de conseguir um emprego.“Dá ideia que as famílias, apesar da crise, tentam de facto orientar os recursos para a qualificação daquilo que julgam que é essencial, que é o curso de licenciatura mas depois não têm recursos para suportar aquilo que lhes parece menos essencial que é um programa de mobilidade”, salientou.“Mas estes programas são essenciais para que o aluno adquira um conhecimento de uma outra cultura, uma universalidade do próprio conhecimento e perceba também como é que funcionam os outros sistemas académicas. E isso traz repercussões ao nível da empregabilidade. Ou seja quando um aluno acaba o curso e procura emprego, é apreciado pela entidade empregadora que o aluno tenha participado num programa de mobilidade”, acrescentou.Apesar destes números o presidente do IPB está satisfeito com o facto de os estudantes do ensino politécnico não estarem a desistir das licenciaturas em que se matricularam por causa da crise. E no caso de Bragança até há menos alunos a desistir em relação ao ano passado.“Fui questionado acerca do número de desistências deste ano. Os dados que temos acerca de Bragança é que não há um aumento mas até diminuiu em 20 alunos o número desistências em relação ao ano passado, o que me apraz porque, apesar da crise há um esforço por parte das famílias para qualificarem os estudantes”.No Instituto Politécnico de Bragança, apesar de haver mais alunos a desistir de programas de mobilidade como o Erasmus este ano lectivo, o número de estudantes a desistir dos cursos de licenciatura contraria a tendência nacional e até diminuiu em relação ao ano passado.
    em Brigantia

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  2. Estudantes em dificuldades
    Os politécnicos portugueses estão a registar “uma quantidade anormal” de desistências de alunos dos programas de mobilidade, como o Erasmus, devido a dificuldades financeiras, revelou ontem o representante daquelas instituições de ensino superior, Sobrinho Teixeira.

    O programa Erasmus foi criado pela União Europeia para dar uma oportunidade aos estudantes de conhecerem novas culturas e realidades, fazendo parte dos seus estudos num país diferente do seu e inspirou outros programas de mobilidade entre instituições de ensino superior.
    Os estudantes beneficiam de bolsas para estas experiências, mas que parecem estar a revelar-se insuficientes face às dificuldades financeiras ditadas pela crise, a causa apontada pelos jovens em mobilidade para desistirem do programa.
    “A quantidade de alunos que está a desistir é anormal e o argumento é que os pais não têm dinheiro para suportar o encargo que já tinham normalmente (com os estudos) mais o encargo adicional (da estadia no estrangeiro), já que a bolsa não cobre tudo”, disse à Lusa o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
    Sobrinho Teixeira apontou o caso do instituto que dirige, o de Bragança, “onde se está a notar uma redução com uma expressão muito forte, porque é a instituição que maior nível de mobilidade tem, com mais de 700 alunos, que representam 10 por cento” do total da comunidade estudantil.
    Segundo disse, “35 por cento dos estudantes em Erasmus desistiram”.
    O representante dos politécnicos defende que Portugal devia “sensibilizar a União Europeia para aumentar o valor das bolsas”, sob pena de os alunos com menos capacidade económica não poderem beneficiar desta oportunidade.
    A ideia com que Sobrinho Teixeira fica, depois de ouvir os argumentos dos estudantes, é que as famílias portuguesas estão a cortar em “tudo aquilo que não pareça essencial”, apesar de continuar a fazer “todos os esforços que podem para suportar a qualificação dos seus filhos”.
    em Jornal Nordeste

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  3. Alunos desistem do Erasmus por dificuldades financeiras
    Os politécnicos portugueses estão a registar "uma quantidade anormal" de desistências de alunos dos programas de mobilidade, como o Erasmus, devido a dificuldades financeiras, revelou hoje o representante daquelas instituições de ensino superior, Sobrinho Teixeira.
    O programa Erasmus foi criado pela União Europeia para dar uma oportunidade aos estudantes de conhecerem novas culturas e realidades, fazendo parte dos seus estudos num país diferente do seu e inspirou outros programas de mobilidade entre instituições de ensino superior.

    Os estudantes beneficiam de bolsas para estas experiências, mas que parecem estar a revelar-se insuficientes face às dificuldades financeiras ditadas pela crise, a causa apontada pelos jovens em mobilidade para desistirem do programa.

    "A quantidade de alunos que está a desistir é anormal e o argumento é que os pais não têm dinheiro para suportar o encargo que já tinham normalmente (com os estudos) mais o encargo adicional (da estadia no estrangeiro), já que a bolsa não cobre tudo", revela o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).

    Sobrinho Teixeira aponta o caso do instituto que dirige, o de Bragança, "onde se está a notar uma redução com uma expressão muito forte, porque é a instituição que maior nível de mobilidade tem, com mais de 700 alunos, que representam 10%" do total da comunidade estudantil. Segundo disse, "35% dos estudantes em Erasmus desistiram".

    Aumentar valor das bolsas

    O representante dos politécnicos defende que Portugal devia "sensibilizar a União Europeia para aumentar o valor das bolsas", sob pena de os alunos com menos capacidade económica não poderem beneficiar desta oportunidade.

    O presidente do CCISP sublinha que "uma experiência de mobilidade é muito importante para a empregabilidade" e os dados disponíveis mostram que "o empregador aprecia especialmente experiências que mostrem pro-actividade e ganho de cultura dos alunos".

    A ideia com que Sobrinho Teixeira fica, depois de ouvir os argumentos dos estudantes, é que as famílias portuguesas estão a cortar em "tudo aquilo que não pareça essencial", apesar de continuar a fazer "todos os esforços que podem para suportar a qualificação dos seus filhos".

    O responsável sustenta a afirmação com dados da generalidade dos politécnicos que indicam que, até 31 de Janeiro, "não há um aumento com um significado estatístico das desistências". No caso do politécnico de Bragança, "até houve uma redução relativamente ao ano passado, das desistências, de cerca de 20 alunos".

    A data de 31 de Janeiro serve de referência por ser aquela até à qual um aluno pode desistir sem ser obrigado a pagar o resto das propinas. O incumprimento no pagamento das propinas poderá ser um indicador mais objectivo desta realidade, mas que só poderá ser aferido "mais à frente" no ano lectivo e, ainda assim, pode não ser "100% verdadeiro", segundo disse.

    "Pode estar a acontecer que as pessoas estão a atrasar ligeiramente o pagamento das propinas sem que estejam a desistir", ressalva.

    em Público

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  4. Bragança: IPB regista desistências no programa de mobilidade Erasmus
    Os politécnicos portugueses estão a registar “uma quantidade anormal” de desistências de alunos dos programas de mobilidade, como o Erasmus, devido a dificuldades financeiras, e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) não foge a esta realidade.

    Os estudantes que beneficiam de bolsas ao abrigo do programa europeu ERASMUS para realizarem experiencias académicas, e que parecem estar a revelar-se insuficientes.

    Fazer às "dificuldades financeiras" provocadas pela crise, é uma das causas apontada para os jovens em mobilidade para desistirem do programa Erasmus.

    O argumento é as dificuldades financeiras, são avançadas por Sobrinho Teixeira presidente do IPB, sublinhando ainda que a quantidade de alunos a desistir é uma quantidade anormal e o argumento é que os pais não têm dinheiro para suportar um encargo que já tinham normalmente mais um cargo adicional da bolsa, por isso.
    " Penso que poderia haver uma relação com a União Europeia para ver se se conseguia aumentar o valor da bolsa de mobilidade porque ela não cobre os custos todos”, justifica.

    O IPB conta com mais de 700 alunos no programa ERASMUS os quais representam 10 por cento da comunidade estudantil, “ onde se está a notar uma redução com expressão muito forte em termos da desistência dos alunos e no Politécnico de Bragança é acentuada porque é a instituição que mais mobilidade tem”, termina Sobrinho Teixeira.

    O programa ERASMUS foi criado no seio da União Europeia para dar uma oportunidade aos estudantes de se conhecerem e de conhecerem novas culturas e realidades fazendo parte dos estudos de um país diferente do seu e inspirou outros programas de mobilidade entre instituições de ensino superior.
    em RBA

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  5. Ministério admite desistências de programa Erasmus por dificuldades financeiras
    O secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró, admitiu nesta quinta-feira que há estudantes a desistir de programas como o Erasmus por dificuldades económicas, mas sublinhou que não há alterações sensíveis de anulação de matrículas.

    A 23 de Abril, o representante do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Sobrinho Teixeira, informou que os politécnicos portugueses estavam a registar “uma quantidade anormal” de desistências de alunos dos programas de mobilidade, como o Erasmus, devido a dificuldades financeiras.

    “Pode haver menos aproveitamento dos programas de mobilidade que têm uma despesa adicional. Um estudante que quer ir para um programa Erasmus tem uma despesa adicional, porque a bolsa que tem não cobre as despesas, e portanto não me admira que isso aconteça”, declarou João Queiró, à margem do IV Congresso do Ensino Superior Politécnico. O Secretário de Estado do Ensino Superior admitiu que é “mais uma preocupação, mas não tão preocupante do que um eventual abandono do próprio ensino superior por motivos económicos”.

    João Queiró afirmou que se tem mantido em “contacto regular” com os presidentes do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e do CCISP para tentar avaliar a situação do abandono do ensino superior. “O que me dizem refere-se ao indicador de anulação de matrículas e, não se nota uma alteração sensível em relação aos anos anteriores”, acrescentou João Queiró, classificando, todavia, de “extremamente preocupante” haver estudantes com dificuldades em manter-se no ensino por dificuldades económicas.

    “A informação actualizada que vou obtendo é que não se nota aumento sensível da anulação de matrículas, mas este indicador não é o mesmo que o abandono por motivos económicos e que é mais “silencioso” e “difícil de avaliar neste momento”, referiu.

    O representante dos politécnicos portugueses defendeu na terça-feira uma mudança de paradigma do ensino naquelas instituições, com cursos mais direccionados às pequenas empresas, mas o secretário de Estado do Ensino Superior escusou-se a comentar, referindo que não tem “dados estatísticos” sobre o assunto.

    “O país não pode estar, apenas e só, a preparar pessoas para as grandes empresas. Não vai ser a partir daí que nós vamos conseguir dar o salto económico”, considerou o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos Portugueses.

    em Público

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  6. Dificuldades económicas afastam estudantes do programa Erasmus
    Vinte e cinco por cento dos candidatos do Instituto Politécnico de Bragança ao programa Erasmus desistiram por razões económicas. O presidente do Instituto diz que as bolsas dos alunos portugueses deveriam sofrer uma majoração, tendo em conta a situação que o país atravessa.

    Dificuldades económicas afastam estudantes do programa Erasmus - País - Notícias - RTP

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