24 abril, 2012

Politécnicos querem exportar conhecimento para países emergentes

Institutos politécnicos portugueses pretendem fazer parte da estratégia de internacionalização do país e ambicionam tornar-se exportadores de conhecimento e serviços para países emergentes, nomeadamente os de língua oficial portuguesa.
O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos Portugueses (CCISP) diz está a preparar-se para firmar acordos com Angola e Brasil para ajudar os dois países na criação de redes internas de ensino superior.
De acordo com as declarações prestadas à Lusa, Sobrinho Teixeira vê a aposta dos países emergentes numa rede de ensino superior uma oportunidade estratégica para os politécnicos portugueses.
"Estou a falar de olharmos para o nosso sistema politécnico como um sistema exportador de serviços, um contribuinte líquido, para, de facto, conseguirmos que haja um retorno financeiro para o país", afirmou o presidente do CCISP.
A oportunidade oferecida por este "sistema politécnico emergente", tanto na Europa, através das universidades de ciências aplicadas, como nos PALOP (Países de Língua Oficial Portuguesa), é um dos temas que vai estar em debate no congresso que vai juntar, no Porto, os 15 institutos politécnicos portugueses, na quinta e sexta-feira.
A internacionalização "é a estratégia do momento" e será materializada, em breve, com a assinatura de acordos com Angola e Brasil, no âmbito dos quais os politécnicos portugueses vão receber e dar formação a alunos e professores dos dois países.
Sobrinho Teixeira recordou que "Angola criou sete regiões académicas, tem sete institutos politécnicos a serem criados e o Brasil está a apostar, com determinação, neste sistema, com a criação de institutos federais" que ministram desde ensino técnico a doutoramentos.
O presidente do CCISP acrescentou ainda que, apesar do sistema politécnico português ser encarado como "jovem" em Portugal, "é um sistema maduro a nível internacional com capacidade de ajudar a desenvolver outros sistemas, tornar-se num contribuinte líquido para o Estado português, e vir a fazer parte da diplomacia económica".

Publicado em 'JN'.

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