04 dezembro, 2015

IPB reforça cooperação com os PALOP na área das Ciências Agrárias


A Escola Superior Agrária de Bragança (ESAB) recebeu a reunião anual da Associação de Ensino Superior em Ciências Agrárias dos Países de Língua Portuguesa (ASSESCA- PLP), que teve lugar na passada segunda-feira, onde mais uma vez ficou implícita a vontade de aumentar a cooperação entre as instituições portuguesas e as dos restantes países da lusofonia.
Há vários projetos em curso, como a mobilidade dos alunos, dupla titulação de cursos, bem como a ministração de licenciaturas e mestrados nos PALOP. “Há um objetivo comum, o de fortalecer e fomentar a área agrária nos países da lusofonia e da CPLP, porque representa uma reserva estratégica para os países e para a eliminação e erradicação da pobreza e da fome”, explicou Sobrinho Teixeira, presidente do IPB.
Está ainda a ser perspectivada uma ligação estreita dentro da CPLP para aumentar a produção alimentar. “Pode ser feito através da extensão da área agrícola de acordo com a realidade de cada país e o aumento da qualificação de pessoas e técnicos para que eles possam induzir o desenvolvimento da atividade agrícola dessa região”, adiantou o responsável. Já estão agendadas ações de formação cá e lá.

Agrária tem 850 alunos 
O IPB mantém estreitas relações com institutos politécnicos de São Tomé e Príncipe, Moçambique, Angola e Timor Leste, para onde deslocam docentes. “Esta reunião tem como objetivos juntar todos os intervenientes, bem como reitores e presidentes das instituições, no sentido de podermos encontrar novas formas de aprofundamento”, acrescentou Sobrinho Teixeira. As técnicas de combate a algumas pragas, como a mosca da azeitona, podem ser estendidas a produções tropicais.
O presidente da ASSESCA-PLP, Hortênsio Comissal, que presidiu à reunião em Bragança, referiu que a agricultura é um sector fundamental, mas em alguns dos países dos PALOP “a investigação ainda não está muito desenvolvida, daí que seja fundamental esta troca de experiências para alavancar os países do terceiro mundo”.
A análise de programas de financiamento para programas de investigação e desenvolvimento foi outro tema em destaque. O presidente da Escola Agrária, Albino Bento, deu conta que são muito procurados por alunos estrangeiros, mas não só dos PALOP. “A Agrária tem este ano 850 alunos. Nos últimos dois anos a procura tem aumentado”, notou. Os mestrados desta escola são mais frequentados por alunos estrangeiros do que pelos nacionais. “Se não fossem os que vêm de fora provavelmente só tínhamos um mestrado em funcionamento, assim temos sete em curso. Não temos só alunos de língua portuguesa, pois temos também de Marrocos, Tunísia e outros”, acrescentou.

Publicado em 'Mensageiro'.

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