O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vai ajudar Cabo Verde a implementar um Centro de Investigação sobre o Clima e Recursos Naturais no Universo Lusófono.
As bases foram lançadas durante esta semana, num workshop internacional dedicado à temática, que contou com a presença dos Países de Língua Portuguesa.
O Centro de Investigação vai ter a sua sede em Cabo Verde, mas terá pólos em Portugal e no Brasil. No entender de Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, Bragança “seria um bom local para a instalação desse pólo”.
“Temos massa crítica, nomeadamente através do Centro de Investigação de Montanha, que é reconhecido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e que engloba mais de 50 doutorandos que estudam a agricultura de montanha, parte essencial da agricultura praticada em inúmeros países da CPLP”, apontou.
O presidente do Politécnico considera que o conhecimento disponível que já existe em Bragança faz desta cidade “um local apropriado para fazer parte da rede de investigação climática”.
A criação de um Centro de Investigação nesta área é considerada “vital” por Ester Brito, presidente do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Cabo Verde. A responsável explicou que, actualmente, a África Ocidental baseia a informação meteorológica noutros centros de investigação, estando muito “dependente” dos países desenvolvidos.
“Com este Centro vamos procurar preparar programas para a previsão sazonal, de modo a que poder responder não só a Cabo Verde, mas a toda a região da África Ocidental”, considerou.
As mudanças climáticas e a problemática do bom uso da água e dos solos são um tema muito “pertinente” da actualidade internacional e, em particular, de Cabo Verde, um país que, pelas suas características geográficas, pode estar algo “vulnerável”, como apontou Ester Brito.
“Cabo Verde é um país insular e que, devido à sua situação geográfica, pode sofrer consequências com o aumento do nível do mar, e com outros fenómenos climáticos, como seja, a formação de tempestades tropicais ou de tempestades de poeiras do deserto. Temos, ainda, a problemática das secas e das chuvas torrenciais”.
O projecto para a criação de um Centro de Investigação na área climática foi apresentado já em 2008, na Ilha do Sal. Neste II Workshop Internacional que se realiza em Bragança, Portugal, espera-se poder dar os passos definitivos para avançar com a sua materialização no terreno.
Para além da sede em Cabo Verde que, numa primeira fase, poderá ser apenas virtual, o Centro de Investigação terá pólos em Portugal e no Brasil.
Os vários países presentes no encontro, bem como directores, presidentes ou representantes de todos os institutos de meteorologia dos países envolvidos, embaixadores e representantes da CPLP, devem concertar as estratégias para a implementação desse e de outros serviços ao longo desta semana. O ministro de Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos de Cabo Verde estará presente na sessão de encerramento, agendada para amanhã, 19 de Novembro.
Publicado em 'Mensageiro Bragança'.
As bases foram lançadas durante esta semana, num workshop internacional dedicado à temática, que contou com a presença dos Países de Língua Portuguesa.
O Centro de Investigação vai ter a sua sede em Cabo Verde, mas terá pólos em Portugal e no Brasil. No entender de Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, Bragança “seria um bom local para a instalação desse pólo”.
“Temos massa crítica, nomeadamente através do Centro de Investigação de Montanha, que é reconhecido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e que engloba mais de 50 doutorandos que estudam a agricultura de montanha, parte essencial da agricultura praticada em inúmeros países da CPLP”, apontou.
O presidente do Politécnico considera que o conhecimento disponível que já existe em Bragança faz desta cidade “um local apropriado para fazer parte da rede de investigação climática”.
A criação de um Centro de Investigação nesta área é considerada “vital” por Ester Brito, presidente do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Cabo Verde. A responsável explicou que, actualmente, a África Ocidental baseia a informação meteorológica noutros centros de investigação, estando muito “dependente” dos países desenvolvidos.
“Com este Centro vamos procurar preparar programas para a previsão sazonal, de modo a que poder responder não só a Cabo Verde, mas a toda a região da África Ocidental”, considerou.
As mudanças climáticas e a problemática do bom uso da água e dos solos são um tema muito “pertinente” da actualidade internacional e, em particular, de Cabo Verde, um país que, pelas suas características geográficas, pode estar algo “vulnerável”, como apontou Ester Brito.
“Cabo Verde é um país insular e que, devido à sua situação geográfica, pode sofrer consequências com o aumento do nível do mar, e com outros fenómenos climáticos, como seja, a formação de tempestades tropicais ou de tempestades de poeiras do deserto. Temos, ainda, a problemática das secas e das chuvas torrenciais”.
O projecto para a criação de um Centro de Investigação na área climática foi apresentado já em 2008, na Ilha do Sal. Neste II Workshop Internacional que se realiza em Bragança, Portugal, espera-se poder dar os passos definitivos para avançar com a sua materialização no terreno.
Para além da sede em Cabo Verde que, numa primeira fase, poderá ser apenas virtual, o Centro de Investigação terá pólos em Portugal e no Brasil.
Os vários países presentes no encontro, bem como directores, presidentes ou representantes de todos os institutos de meteorologia dos países envolvidos, embaixadores e representantes da CPLP, devem concertar as estratégias para a implementação desse e de outros serviços ao longo desta semana. O ministro de Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos de Cabo Verde estará presente na sessão de encerramento, agendada para amanhã, 19 de Novembro.
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