09 junho, 2010

Cliente Mistério pode ser oportunidade de negócio em Trás-os-Montes

O mistério pode ser uma forma de ajudar o comércio do interior transmontano a combater a crise.

O cliente mistério Confunde-se com o cidadão comum, comprador no supermercado do bairro ou da loja de informática do shopping, mas é quase um agente secreto ao serviço dos próprios donos, com o objectivo de avaliar o serviço prestado pelos seus empregados nas suas lojas.
“Serve sobretudo para identificar oportunidades de formação, falhas graves em termos de serviço de retalho e sobretudo competências de venda e atendimento por parte operadores” explica Manuel Forjaz, director de uma das empresas que se dedica a esse mundo.

Este especialista esteve em Bragança a dar um curso, inserido nas primeiras jornadas de Gestão do Instituto Politécnico de Bragança.
E está convencido que no Nordeste Transmontano há um enorme potencial de negócio.
“Estou convencido que o retalho local está muito longe desta realidade do cliente-mistério” refere.

Manuel Forjaz sublinha que ser Cliente Mistério é uma boa oportunidade para os alunos que agora terminam os seus cursos. “Eu tenho 10 mil clientes mistério e em Bragança sou capaz de ter dois” por isso “a prestação de serviços às grandes empresas de Lisboa que normalmente não têm redes locais de apoio é uma das áreas onde estes jovens pode constituir o seu negocio e criar a sua própria fonte de riqueza” sugere.
Até porque o distrito de Bragança ainda recorre pouco a esta ferramenta, sobretudo, por falta de concorrência entre os comerciantes.

Ideias expressas nas primeiras jornadas de Gestão, que ontem terminaram no IPB.
E para Daniel Andrade, da organização, esta poderá ser uma forma de os alunos que agora chegam ao mercado de trabalho poderem obter alguns rendimentos.
“Pode ser uma forma de os alunos tentarem ganhar algum dinheiro enquanto estão cá a estudar, tendo algum tempo disponível” afirma.

Há dez anos, em Portugal, apenas cinco por cento das maiores empresas recorriam aos clientes mistério.
Actualmente são mais de metade aquelas que o fazem.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.

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