28 outubro, 2010

Milhares de estudantes no IPB

Politécnico ultrapassou os 7300 alunos, tendo captado, neste novo ano escolar, mais de dois mil estudantes, a maioria proveniente de outras regiões do país.

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) ultrapassou os sete mil alunos. Este ano, apesar da contracção global que afectou o país, o Politécnico registou mais de dois mil novos alunos matriculados, a maioria deles vindos de outras regiões do país, ultrapassando, ligeiramente, os números do ano passado.

Uma marca que o IPB quis assinalar com a organização de uma recepção aos novos alunos, na qual marcaram presença as cinco escolas do campus académico. Com este acto solene, o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, pretendeu, ainda, reforçar a componente da integração: “sabemos que a maioria dos novos alunos não é da região e queremos que eles sintam que têm aqui uma nova família, que esta é uma cidade acolhedora e que sabemos receber”.

Também Rui Sousa, presidente da Associação Académica, realçou a importância de acolher bem os novos alunos, mostrando-lhes a cidade e ajudando-os a uma boa integração. Por isso, foi promovida a componente solidária da praxe académica, que culminou, no dia 21 de Outubro, com a entrega de mais de uma tonelada de alimentos ao Lar de São Francisco e ao Centro Social e Paroquial dos Santos Mártires. Agora, de 9 a 13 de Novembro, será Festas de Recepção ao Caloiro, mas, até lá, as praxes estão oficialmente terminadas.

“Há já um acumular de matérias nas aulas e queremos que os novos estudantes saiam daqui os melhores caloiros, mas também os melhores alunos”, notou Rui Sousa. Ao longo dos últimos anos, o IPB tem vindo a manter um número de alunos que se situa acima dos sete mil, um crescimento anual que mexe com a economia local e com o desenvolvimento do próprio IPB, que se tem conseguido afirmar a nível nacional e internacional.

No entanto, Sobrinho Teixeira considera que é necessário não criar “expectativas exageradas sobre uma capacidade contínua e crescente”. A aposta, agora, é nos novos públicos, na formação de adultos através de mestrados e nos Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s).

Já relativamente ao futuro de cursos, como Engenharia Agronómica, que, ano após anos, deixam várias vagas por preencher, o presidente da instituição nota que são cursos mantidos pelos novos públicos.

“Engenharia Agronómica, por exemplo, preencheu as vagas com as inscrições dos novos públicos. Os novos públicos começam a representar, a nível nacional, cerca de 60 por cento das entradas no ensino superior”, notou.

Ainda assim, Sobrinho Teixeira considera, até como presidente do Conselho Coordenador dos Politécnicos, que Portugal tem “uma componente excessiva” de Ensino Agrário para as necessidades do país e necessita de “reorganizar o número de cursos”

IPB fornece mestrados nos PALOP’s

Sobrinho Teixeira defende, por isso, a necessidade de exportar essa capacidade dos politécnicos e recorda que, nesse sentido, o IPB ajudou já a criar as Escola Agrária de Kwanza do Sul, em Angola.

Ainda ano, o IPB vai já começar a ministrar um mestrado, na área da Segurança Alimentar, e outros dois na área da formação de professores, em São Tomé e Príncipe. Os Governos portugueses e de São Tomé aprovaram uma prerrogativa especial que vai permitir ao politécnico ministrar cursos de mestrado fora de Portugal ainda este ano. “Os mestrados vão funcionar em São Tomé, mas serão alunos do IPB”, explicou Sobrinho Teixeira, apontando que, também por esta via, haverá um ligeiro aumento do número de alunos.

Campus vai entrar em obras

Ainda este ano, o IPB vai dar continuidade a um projecto de recuperação de todo o património edificado do instituto iniciado no ano passado. O instituto tem 200 mil euros inscritos em PIDDAC que se destinam à construção da nova sede e de um campo relvado sintético.

A nova sede vai ser construída em frente à Escola Agrária, com a frente virada para a cidade e o concurso já entrou em Diário da República. Já o campo sintético vai ser construído junto ao actual campo e vai permitir uma utilização de 24 horas, em favor dos alunos e da própria região.

A par dessas duas grandes obras, cuja conclusão está prevista para 2011, há a visão de recuperar as escolas do campus, como já foi feito no ano passado.


Publicado em 'Mensageiro Bragança'.

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