12 junho, 2013

Pontes também se fazem de esparguete


O Instituto Politécnico de Bragança recebeu o 3.º Concurso de Construção de Pontes em Esparguete.
Neste evento foram ensaiados 29 modelos de pontes à escala reduzida, construídos pelos alunos das licenciatura em Engenharia Mecânica e Engenharia Civil.
A ponte vencedora foi construída pelos alunos João Ginjo, João Melo e André Custódio. Com 129g foi capaz de suportar uma carga a meio vão de 18,3 Kg, correspondendo a um rácio entre carga suportada e peso próprio de 142. A organização do concurso esteve a cargo dos professores Hernâni Lopes e Débora Ferreira.

Publicado em 'Jornal Nordeste'.

1 comentário:

  1. Afinal, o segredo está mesmo na massa
    Os alunos dos cursos de Engenharia
    Mecânica e Engenharia Civil
    do Instituto Politécnico de Bragança
    encarregaram-se de provar,
    mais uma vez, que o segredo não
    está no molho, está na massa. Este
    ano foram 29 as equipas que participaram
    em mais uma edição do
    concurso de pontes de massa esparguete,
    realizado no âmbito de
    algumas cadeiras daqueles cursos,
    a cargo de Hernâni Lopes (Mecânica)
    e Débora Ferreira (Civil).
    O desafio é simples e passa pela
    construção de pontes em miniatura
    com recurso a fios de massa
    esparguete. “A massa total da
    ponte não pode exceder as 550
    gramas. Cada barra só poderá ter
    até oito fios de massa esparguete
    e deverá ter uma área útil no seu
    interior de 10cm por 6cm. E será
    necessário vencer um vão de 30
    cm”, explicou ao Mensageiro Hernâni
    Lopes.
    Este concurso tem como aliciante
    o facto de valer cerca de um terço
    da classificação dos alunos. Mas,
    acima de tudo, “é um fator de motivação,
    até porque são cadeiras
    com muita matemática e física”.
    explica Débora Ferreira.
    Este ano, o concurso esteve particularmente
    renhido e os vencedores
    conseguiram que a sua ponte
    suportasse mais de 18 quilos de
    peso, ultrapassando o anterior
    recorde em um quilo.
    “Procura-se é construir estruturas
    cada vez mais eficientes, reduzindo
    os custos”, frisa Hernâni
    Lopes.
    Para os alunos, esta é uma forma
    divertida e diferente de estudar.
    Victor Barata, Hugo Mateus
    e Rui Loureiro, por exemplo, só
    ao terceiro modelo é que ganharam
    confiança para avançar. E os
    cálculos foram precisos no ponto
    de quebra da estrutura mas falharam
    na sua capacidade. A sua
    ponte aguentou mais de 13 quilos,
    eles achavam que não aguentava
    tanto.
    Entre os participantes estava,
    também, uma equipa de alunos
    italianos de Erasmus, pouco habituados
    a ver a massa fora da panela
    ou do prato. “Em Itália só uma
    universidade é que faz este tipo
    de experiências”, diziam, confessando
    ter mais jeito “para comer”
    do que para fazer pontes com o
    esparguete. Mesmo assim quase
    surpreendiam os colegas da casa.
    No final, ficaram-se pelos 100,2
    newton (12 quilos), num rácio entre
    o peso da estrutura e a carga
    aguentada.

    em 'Mensageiro de Bragança' de 13 junho 2013.

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