15 novembro, 2013

Cursos com poucos alunos devem fechar como as escolas primárias - secretário de Estado

O secretário de Estado do Ensino Superior comparou hoje os cursos com pouca procura às antigas escolas primárias, defendendo que também devem encerrar por falta de alunos tal como aconteceu com centenas de estabelecimentos do primeiro ciclo.
José Ferreira Gomes falava, em Bragança, no Congresso de Ensino Superior do Interior, que reuniu dez associações académicas de universidades e politécnicos e no qual foi reclamado um tratamento diferente para as instituições das zonas mais deprimidas do país.
O presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Sobrinho Teixeira, expressou ao governante que "não pode ser usado o mesmo padrão para encerrar um curso com 10, 15 alunos no litoral e no interior".

Publicado em 'Notícias SAPO'.

2 comentários:

  1. Cursos com poucos alunos devem fechar como as escolas primárias - secretário de Estado
    O secretário de Estado do Ensino Superior comparou hoje os cursos com pouca procura às antigas escolas primárias, defendendo que também devem encerrar por falta de alunos tal como aconteceu com centenas de estabelecimentos do primeiro ciclo.

    José Ferreira Gomes falava, em Bragança, no Congresso de Ensino Superior do Interior, que reuniu dez associações académicas de universidades e politécnicos e no qual foi reclamado um tratamento diferente para as instituições das zonas mais deprimidas do país.

    O presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Sobrinho Teixeira, expressou ao governante que "não pode ser usado o mesmo padrão para encerrar um curso com 10, 15 alunos no litoral e no interior".

    "Toda a gente aceitará que não terá o mesmo impacto quer para os jovens quer para as populações desses locais quer para dinamização da economia regional e nacional", vincou.

    O secretário de Estado reconheceu que "há condições diferentes no Interior do país", mas considerou que é necessário "melhorar a eficiência do Ensino Superior e que cursos com muito poucos alunos não podem manter-se tal como escolas primárias com um aluno ou com meia dúzia de alunos não puderam ser mantidas por muitas razões e até pela qualidade"

    "Esses cursos não são bons e são injustos para os estudantes que lá estão, que poderiam em muitos casos ir mais longe na sua natural ambição de jovens e que são limitados por haver condições mais deficientes, não porque as escolas não pudessem oferecer, mas termos de criar um grupo menos competitivo entre si".

    O governante concluiu que "é o mesmo problema de uma escola primária".

    José Ferreira Gomes desafiou ainda os agentes locais, nomeadamente os autarcas a aproveitarem os fundos do próximo quadro comunitário de apoio para ajudarem à sustentabilidade do Ensino Superior nas suas regiões, nomeadamente através da criação de incentivos à atração de estudantes.

    O presidente da Câmara de Mirandela, cidade onde estudam mil dos sete mil alunos do IPB, respondeu que os municípios já cumprem o seu papel e deu como exemplo a autarquia que dirige e que canalizou parte das verbas que lhe couberam dos apoios comunitários para a construção de uma escola superior.

    António Branco sublinhou que nesta matéria "quem tem a decisão final é naturalmente o Governo".

    A academia vai continuar a promover pelo país debates sobre o Ensino Superior no Interior, estando já agendado para o final do ano letivo um novo congresso, na Universidade da Beira Interior, na Covilhã.

    O presidente da Associação Académica do IPB, Ricardo Pinto, adiantou que no próximo congresso serão apresentadas propostas concretas de um grupo de trabalho criado em Bragança para estudar o custo de um estudante e o acesso ao Ensino Superior no Interior.

    Para o dia 15 de janeiro está marcado, na Guarda, um encontro entre dirigentes e presidentes de Câmara que têm instituições de Ensino Superior nos seus municípios.

    em Porto Canal

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  2. Cursos no superior podem fechar como as escolas primárias
    Secretário de Estado defendeu, em Bragança, que turmas com poucos alunos limitam os jovens
    Só com o aumento do número de alunos é que as instituições do ensino superior do Interior vão conseguir manter os cursos abertos. O alerta foi deixado pelo secretário de Estado do Ensino Superior, em Bragança. José Ferreira Gomes participou, na passada sexta-feira, no encerramento do 1.º Congresso de Ensino Superior do Interior, onde comparou os cursos do superior com poucos alunos às escolas do 1.º Ciclo.
    “Temos que melhorar a eficiência do Ensino Superior. Cursos com muito poucos alunos não podem manter-se, tal como escolas primárias com meia dúzia de alunos não puderam ser mantidas. Esses cursos não são bons e são injustos para os estudantes que lá estão, que poderiam em muitos casos ir mais longe na sua ambição natural de jovens e que são limitados por haver condições mais deficientes, no sentido de criar um grupo menos competitivo entre si”, justifica o governante.
    O presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Sobrinho Teixeira, até concorda com uma reestruturação da oferta formativa, mas rejeita a ideia de encerrar cursos por não haver interessados.

    Cursos de dois anos

    “Há uma quantidade enorme de jovens com capacidade, com vontade de ingressar no Ensino Superior, que não custam mais dinheiro ao País e que no retorno estarão muito mais capacitados e o País estará muito mais competitivo. Para que as instituições possam de facto receber essa juventude, sem o aumento do financiamento por parte do Estado, se tiver que se fazer um enquadramento da oferta formativa deve ser feita. O que eu acho que deve ser combatida é a visão de que se vão reduzir cursos porque há poucos jovens ou porque há poucos alunos”, enfatiza o presidente do IPB.
    O secretário de Estado anunciou, ainda, em Bragança, a criação de novos ciclos de estudos, que vão passar a ser geridos pelos politécnicos.
    “Os ciclos curtos vão ser organizados e vão depender muito da imaginação dos Institutos Politécnicos, que já têm a experiência com os Cursos de Especialização Tecnológica. O que pretendemos é que os institutos criem uma rede desse ciclo curto sobre todo o território, muito mais dispersa do que a própria rede de politécnicos, para estar perto dos jovens. A área de incidência do curso vai depender da economia regional, pode num sítio ser turismo, noutro metalomecânica e noutro agricultura”, explica o governante.
    Estes cursos vão ter a duração de dois anos, não conferem nenhum grau académico, mas garantem um diploma.
    O 1.º Congresso do Ensino Superior do Interior foi organizado pelas associações de estudantes. No final, o presidente da Académica, Ricardo Pinto, anunciou que o próximo congresso vai decorrer na Covilhã.

    Destaque
    Governo quer avançar com cursos de dois anos virados para o ensino profissional coordenados pelos politécnicos

    em Jornal Nordeste

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