No próximo ano lectivo já deve estar a funcionar o mestrado em Agroecologia, uma formação que resulta de uma parceria entre a Escola Superior Agrária de Bragança (ESA) e três universidades estrangeiras, nomeadamente a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade de Léon e a Universidade Autónoma de Chapingo. Representantes das várias instituições estiveram em Bragança nos dias 24 e 25 de Março para participar num workshop sobre Agroecologia. Foram estabelecidos acordos para começar a trabalhar no mestrado, que o presidente da ESA, Albino Bento, considera poder avançar dentro de poucos meses. Foram ainda estabelecidas parcerias com vista à mobilidade de docentes e alunos a nível da investigação com a universidade mexicana, tal como já sucede com as restantes. “Parece-nos muito interessante para os alunos, porque o mestrado tem titulação conjunta. O título obtido aqui em Bragança é reconhecido nos outros países”, explicou o presidente da ESA. O plano de estudos está pronto e vai ser enviado para os respectivos ministérios da tutela para ser aprovado. “Até início do próximo ano lectivo deve haver novidades”, acrescentou. Até ao final de Abril deverá elaborado um projecto Erasmus Mundus. “Porque se prevê que os alunos possam fazer uma parte do mestrado na instituição de outro país”, referiu o responsável pela escola brigantina. O intercâmbio de estudantes e professores agrada ao representante da universidade mexicana que considera ser uma vantagem. “Cada instituição pode oferecer os seus pontes fortes e experiências”, disse Juan Rodrigues, professor do departamento de Agroecologia da Universidade de Chapingo, cujos 22 cursos são relacionados com a agricultura. Esta instituição está a investir na Agroecologia e já tem uma licenciatura. “Por ser uma área pioneira e fundamental para a agricultura”, esclareceu. A Agroecologia pode ser uma área com saídas interessantes no futuro, tanto mais que a agricultura sustentável está cada vez mais na ordem do dia. Xavier Lopez, director da Escola de Engenharia Agrária de Léon, é dessa opinião e defende que com o mestrado conjunto “podem ocupar um nicho de mercado que merece um trabalho de desenvolvimento”. Carlos Carvalho, pró-reitor de pesquisa e pós graduação da Universidade do Recôncavo da Bahia, sublinhou a importância da cooperação entre instituições.
Publicado em 'Mensageiro Bragança'.
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