As empresas transmontanas ainda têm um longo caminho a percorrer ao nível da eficiência energética. A conclusão é de um estudo liderado pelo professor do Instituto Politécnico de Bragança, Luís Fraullen Ribeiro, que abrangeu 15 empresas de diferentes ramos de actividade. O estudo foi apresentado ontem num seminário sobre “Energia e Sustentabilidade no sector industrial”, que decorreu no NERBA. Luís Fraullen Ribeiro afirma que da amostra estudada apenas 30 por cento das empresas têm um bom desempenho ao nível da eficiência energética.“Deu para ver que nós temos empresas a fazer uma óptima gestão da energia e outras que ainda têm um caminho a percorrer, é preciso melhorar alguns aspectos quer no consumo de electricidade, quer no consumo de combustíveis fósseis e aproveitamento de energias renováveis. Em termos globais cerca de 30 por cento das empresas já tem preocupações a sério, mas elas não podem ser agrupadas num mesmo conjunto, porque temos empresas com mais de cem pessoas a trabalhar e empresas com cinco ou seis trabalhadores, portanto não é a mesma medida”, salienta Luís Ribeiro. O aumento do IVA da electricidade e do gás poderá obrigar as empresas a investir na eficiência energética para poupar recursos. O presidente do NERBA afirma que o número de empresas da região a investir na eficiência energética é muito reduzido. Rui Vaz lembra, no entanto, que a evolução económica do País obriga os empresários a repensar os gastos em energia.“Esta já é uma forma forçada para levar as empresas a procurar a compensação neste acréscimo deste custo que vai, de facto penalizar as empresas. Por isso, mais do que nunca serão sensíveis a esta questão de eficiência energética. As empresas associadas a investir na eficiência energética ainda são um número muito reduzido, mas neste momento há factores na nossa economia que levam a uma atenção redobrada nesta matéria. Por isso, estou convencido que aqueles que já se envolveram neste processo vão arrastar outros e acho que em pouco tempo teremos muita gente sensível para esta questão”, realça Rui Vaz. Para os empresários estes seminários são importantes para adquirir novos conhecimentos. Eduardo Malhão e José Gonçalves consideram pertinente debater estas questões relacionadas com a eficiência energética para garantir a sustentabilidade das empresas.“Contribui de uma forma directa e fundamental para a competitividade das empresas. A questão ambiental é cada vez mais importante em termos de sustentabilidade não só das empresas, mas também da sociedade em geral”, afirma Eduardo Malhão.
“É bom continuar com estes eventos, porque isto traz-nos ideias novas e ajuda-nos a reforçar a força que nós já temos e sermos mais competitivos”, enaltece José Gonçalves.
Publicado em 'Rádio Brigantia'.
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Empresas desperdiçam energia
ResponderEliminarAs empresas transmontanas ainda têm um longo caminho a percorrer ao nível da eficiência energética.
A conclusão é de um estudo promovido pelo NERBA e liderado pelo professor do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Luís Fraullen Ribeiro, que abrangeu 15 empresas instaladas em Trás-os-Montes. O estudo foi apresentado, na passada terça-feira, num seminário sobre “Energia e Sustentabilidade no sector industrial”, que decorreu no NERBA.
Luís Fraullen Ribeiro afirma que da amostra estudada apenas 30 por cento das empresas têm um bom desempenho ao nível da eficiência energética.
“Deu para ver que nós temos empresas a fazer uma óptima gestão da energia e outras que ainda têm um caminho a percorrer. É preciso melhorar alguns aspectos, quer no consumo de electricidade, quer no consumo de combustíveis fósseis e aproveitamento de energias renováveis”, constata o investigador.
O aumento do IVA da electricidade e do gás poderá obrigar as empresas a investir na eficiência energética para poupar recursos. O presidente do NERBA, Rui Vaz, afirma que o número de empresas da região a investir na eficiência energética é muito reduzido, mas lembra que a evolução económica do País obriga os empresários a repensar os gastos em energia.
“Neste momento há factores na nossa economia que levam a uma atenção redobrada nesta matéria. Por isso, estou convencido que aqueles que já se envolveram neste processo vão arrastar outros e acho que em pouco tempo teremos muita gente sensível para esta questão”, realça o presidente do NERBA.
Para os empresários estes seminários são importantes para adquirir novos conhecimentos.
em Jornal Nordeste