O presidente do Conselho Coordenador do Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) defendeu esta terça-feira a elaboração de 'rankings' de politécnicos e universidades para melhorar a imagem do nível de ensino que representa.
Sobrinho Teixeira atribuiu a redução "abrupta" do número de entradas de alunos no ensino superior à maior dificuldade dos exames do 12.º ano, argumentando que não é a crise ou outros factores que explicam a diminuição de quase seis mil candidatos, mas sim "a aleatoriedade da dificuldade dos exames".
O presidente do CCISP evoca as estatísticas de outros anos, como 2005, em que não entraram sequer 40 mil anos, ou 2008, em que o ensino superior recebeu perto de 52 mil estudantes, e encontra uma correspondência com o grau de dificuldade das provas.
"Não há uma variação a este nível do número de alunos no secundário, nem da capacidade de ensino e aprendizagem do sistema", considerou, apontando como exemplo da maior exigência das provas "a descida muito acentuada das notas a matemática e português, duas disciplinas nucleares para a maior parte dos cursos".
O presidente do CCISP defende que "o País não pode continuar a ter como única política de acesso ao ensino superior a maior ou menor dificuldade das provas" e que deve "reflectir e definir uma estratégia sobre aquilo que pretende para o futuro".
Sobrinho Teixeira entende ainda que a actual fórmula "é injusta para os próprios alunos, porque os estudantes de um ano vão ficar mais excluídos do que os de outros anos em função dessa própria dificuldade".
Segundo o presidente do CCISP, os politécnicos acabam por sentir a diminuição de entradas de forma mais acentuada, também devido ao peso do que classificou de "uma avaliação estereotipada que leva os alunos a preferirem normalmente as universidades".
Segundo disse, "os índices do Instituto de Emprego têm demonstrado que há uma maior empregabilidade dos alunos provenientes do sistema politécnico", mas "não é fácil fazer passar esta mensagem se não houver uma entidade independente e credível que faça uma comparação" entre as instituições.
"Eu acho que nós devíamos começar a introduzir 'rankings' das instituições, porque é muito difícil fazer passar uma imagem de qualidade sem um parâmetro de avaliação em conjunto", defendeu.
Os institutos politécnicos são aqueles que aparecem nos resultados da primeira fase de acesso ao ensino superior com o maior número de cursos com as vagas totalmente por preencher, o que para o presidente do CCISP "pode conduzir a avaliações erradas da frequência destes estabelecimentos".
Sobrinho Teixeira não acredita que a segunda e terceira fases alterem os resultados da primeira, mas sublinha que "as entradas de outros regimes de acesso ultrapassam as do regime geral no sistema politécnico".
Apontou ainda como exemplo a instituição que dirige, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), onde "este ano o curso de Educação Social nocturno teve zero entradas, mas já tem a turma praticamente preenchida com o acesso pretendido por outros alunos".
Publicado em 'Correio da Manhã'.
O presidente do CCISP evoca as estatísticas de outros anos, como 2005, em que não entraram sequer 40 mil anos, ou 2008, em que o ensino superior recebeu perto de 52 mil estudantes, e encontra uma correspondência com o grau de dificuldade das provas.
"Não há uma variação a este nível do número de alunos no secundário, nem da capacidade de ensino e aprendizagem do sistema", considerou, apontando como exemplo da maior exigência das provas "a descida muito acentuada das notas a matemática e português, duas disciplinas nucleares para a maior parte dos cursos".
O presidente do CCISP defende que "o País não pode continuar a ter como única política de acesso ao ensino superior a maior ou menor dificuldade das provas" e que deve "reflectir e definir uma estratégia sobre aquilo que pretende para o futuro".
Sobrinho Teixeira entende ainda que a actual fórmula "é injusta para os próprios alunos, porque os estudantes de um ano vão ficar mais excluídos do que os de outros anos em função dessa própria dificuldade".
Segundo o presidente do CCISP, os politécnicos acabam por sentir a diminuição de entradas de forma mais acentuada, também devido ao peso do que classificou de "uma avaliação estereotipada que leva os alunos a preferirem normalmente as universidades".
Segundo disse, "os índices do Instituto de Emprego têm demonstrado que há uma maior empregabilidade dos alunos provenientes do sistema politécnico", mas "não é fácil fazer passar esta mensagem se não houver uma entidade independente e credível que faça uma comparação" entre as instituições.
"Eu acho que nós devíamos começar a introduzir 'rankings' das instituições, porque é muito difícil fazer passar uma imagem de qualidade sem um parâmetro de avaliação em conjunto", defendeu.
Os institutos politécnicos são aqueles que aparecem nos resultados da primeira fase de acesso ao ensino superior com o maior número de cursos com as vagas totalmente por preencher, o que para o presidente do CCISP "pode conduzir a avaliações erradas da frequência destes estabelecimentos".
Sobrinho Teixeira não acredita que a segunda e terceira fases alterem os resultados da primeira, mas sublinha que "as entradas de outros regimes de acesso ultrapassam as do regime geral no sistema politécnico".
Apontou ainda como exemplo a instituição que dirige, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), onde "este ano o curso de Educação Social nocturno teve zero entradas, mas já tem a turma praticamente preenchida com o acesso pretendido por outros alunos".
Publicado em 'Correio da Manhã'.
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