14 novembro, 2011

IPB vai perder 1,7 milhões do seu orçamento mas não vai haver aumento de propinas

O Instituto Politécnico de Bragança deverá sofrer um corte de oito e meio por cento no seu orçamento do próximo ano. São cerca de um milhão e setecentos mil euros. Mas Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, entende que deve haver uma discriminação positiva para aqueles que têm feito maior esforço de contenção.

“O corte foi igual para todas as instituições. Percebemos o esforço que temos de fazer, mas não podemos pagar todos por igual se fazemos esforços diferentes. Não há nada do memorando da Troika que indique cortes no Ensino Superior. Não podem ser aqueles que já estão dentro dos parâmetros de eficácia e eficiência a pagar o mesmo que outros serviços da Administração Pública que não têm os mesmos níveis de eficácia”, frisa.

Sobrinho Teixeira entende que essa diferenciação deve ser feita no orçamento de estado de 2013. Para já, as primeiras conversações entre os Institutos Politécnicos e Governo já deram frutos.

“Havia a necessidade de constituição de uma reserva de 2,5 por cento e apenas o Ensino Superior fica isento. Até porque não há uma única instituição de Ensino Superior que tenha défice. Também não vai haver cativação de verbas próprias”, explicou.
A salvo estarão também os saldos afectos a projectos, como o programa Erasmus.

Mas devido ao corte de quase dois milhões no orçamento de 2012, que nos últimos anos chegava aos 25 milhões, o IPB terá de encontrar algumas formas de poupar. E Sobrinho Teixeira até já sabe quais.

“É possível fazermos algum redesenho da nossa rede de formação, que até pode trazer um aumento do número de alunos. Mas só poderá ser feito a partir de Setembro. E terá de haver alguma redução nos serviços de limpeza, segurança, haver maior sensibilização para a poupança de energia e alguma redução ao nível de docentes contratados.”

No entanto, pelo menos para já, não haverá aumento de propinas.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

3 comentários:

  1. INSTALAÇÕES?! Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (EsACT) INSTALAÇÕES?!

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  2. É necessário ver certas situações que contribuem para as receitas dos institutos e universidades que até à data têm vindo a ser cobradas de forma injusta, tais como as multas no pagamento das propinas a alunos bolseiros. O Estado atrasa-se no pagamento e o aluno é penalizado por esse atraso nos serviços académicos da instituição, quando a lei é totalmente contra essa prática.
    E já agora se o Estado se atrasa no pagamento, porque é que ele não paga juros de mora?

    Injustiças...Injutiças...

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  3. Olá anónimo, infelizmente e graças a este país das bananas em que estamos essa lei foi revogada e substituída pela lei 37/2003 em que o item que se refere a esse atraso nesta nova lei(a anterior era a lei n.º 113/97, artigo 19 e alínea 9)...
    Continuemos com o estabelecimento de leis que só prejudicam o cidadão perante o Estado.
    Vergonha!

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