14 maio, 2015

Novos cursos profissionais “terão empregabilidade muito alta”


 O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vai propor a criação de 31 cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP), um novo modelo que entrará em vigor no próximo ano lectivo. Tratam- se de cursos que, segundo o secretário de Estado da Educação, José Ferreira Gomes, “terão grande empregabilidade” por serem criados em proximidade entre as instituições do ensino superior e as empresas.
O envolvimento do sector empresarial e das escolas secundárias e profissionais acabam, destacou o governante, por levar os politécnicos “a criar cursos direcionados para os interesses do mercado de trabalho e de acordo com a economia da região”, afirmou durante uma sessão de esclarecimento sobre os TeSP, realizada no IPB na passada quinta-feira.
Os TePS têm duração de dois anos - com uma forte componente técnica dirigida para o posto de trabalho - e meio ano de estágio integrado. Sendo possível, após a sua conclusão, prosseguir estudos para a licenciatura. “Não tenho dúvidas que as primeiras gerações de alunos têm emprego garantido “, sublinhou José Ferreira Gomes.
Convencido do sucesso deste modelo, o secretário de Estado disse que “é uma nova forma de estar no ensino superior, onde há a preocupação de entrada rápida no mercado de trabalho” indo de encontro aos anseios dos jovens e das famílias.
A criação destes cursos não implica o encerramento de licenciaturas nos institutos politécnicos que os irão desenvolver, mas acaba com os Cursos de Especialização Tecnológica. No IPB eram 36, com a duração de um ano. “Os TeSP são muito dirigidos aos estudantes do ensino profissional, no secundário, porque estes alunos têm mais dificuldade em entrar diretamente numa licenciatura. Estamos a oferecer-lhe a possibilidade de tirar um curso vocacionado para entrar no mercado de trabalho. Os estudos referem que 40% destes jovens gostavam de prosseguir estudos, como têm mais dificuldade entrar nas licenciaturas, agora estamos a oferecer estes novos cursos”, afirmou José Ferreira Gomes.
Por estar em causa uma modalidade nova de ensino superior têm surgido algumas questões por todo o país, que o governante tem vindo a esclarecer. “Surgiram dúvidas e incompreensões”, daí que seja necessário esclarecer o que vai mudar.
Os TePS foram criados a título experimental este ano lectivo, com 94 cursos em vários politécnicos, com capacidade para 2700 alunos, mas nem todos funcionaram. “Porque foram aprovados tarde”, esclareceu.
Para o próximo ano lectivo foram submetidos a aprovação cerca de 500 cursos a nível nacional, que podem permitir a entrada de 15 mil alunos.
No IPB serão privilegiadas as TIC e as Ciências Agrárias, ainda que os novos cursos “cubram todas as áreas da instituição”, garantiu Sobrinho Teixeira, presidente do politécnico brigantino. O IPB vai ministrar os TeSP em Bragança, Mirandela, Mogadouro, Valpaços, Régua, Amarante, Santo Tirso, Guimarães e Chaves.

Publicado em 'Mensageiro de Bragança'.

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