17 junho, 2009

Professores do IPB contra o Governo

Foram mais de meia centena os professores do IPB que se manifestaram esta terça-feira em frente à instituição de ensino superior protestando contra a proposta de revisão do estatuto da carreira docente.
Consideram que os docentes dos institutos politécnicos estão a ser prejudicados.
Por isso reivindicam uma igualdade com os professores universitários, refere João Paulo Castro, um dos protestantes.
“Uma das coisas que pretendíamos era que nos fosse dado o mesmo tratamento ao Ensino Superior universitário. Quando um docente faz o doutoramento tem automaticamente acesso à evolução na carreira. Nós não. Temos muito que poderão mesmo vir a ser dispensados. O ministro fala em 80 por cento que poderão vir a ser admitidos mas nós queremos cem por cento”, diz.

Na revisão do estatuto está previsto que cerca de metade dos docentes passem a deixar de exercer funções a tempo inteiro.
No IPB estão em causa cerca de 140 professores.
Miguel Vila Boas considera que seria insustentável para a instituição.
“É uma quantidade impossível. A instituição não conseguiria sobreviver. Se uma instituição tem contratos de dez, 15 ou 20 anos, não está em causa a qualidade da pessoa. É uma precariedade do próprio sistema, com contratos precários. Estamos numa zona desfavorecida onde as segundas oportunidades não existem.”
Os docentes esperam agora que a proposta de revisão do estatuto da carreira docente seja alterada.

Publicado em 'Rádio Brigantia'.

2 comentários:

  1. 140 professores em risco de entrar em regime de meio tempo
    Docentes do IPB protestam

    A par dos protestos em Lisboa, os professores do Instituto Politécnico de Bragança também se manifestaram esta terça-feira frente a uma das escolas da instituição. Em causa, a revisão do estatuto da carreira docente.
    Os professores do IPB contestam principalmente a realização de concursos públicos para entrada nos quadros, quando, nalguns casos, possuindo doutoramento, estão nas instituições há diversos anos.
    Esta alteração pode empurrar para um regime a meio tempo, cerca de 140 docentes da instituição.

    "Uma situação insuportável para o IPB" como refere Miguel Vilas-Boas, docente no instituto.
    José Castro, também professor no IPB, refere que não se pode levar 140 pessoas a procurar outro emprego na região de Bragança, dizendo mesmo que “nem a lavar escadas”, conseguem o rendimento necessário.
    Miguel Vilas-Boas refere que todos os professores estão no instituto, no mínimo, há cinco anos, e não podem ser tratados como "pessoas descartáveis".
    Os professores dos politécnicos reclamam os mesmos direitos dos professores universitários que, com doutoramento, entram para os quadros sem serem avaliados.
    Protestos contra a revisão do estatuto da carreira docente que coloca cerca de 140 professores do Instituto Politécnico de Bragança em risco de terem de procurar um part-time.
    RBA

    ResponderEliminar
  2. Docentes em protesto

    Um grupo de 50 professores do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) exigiu, na passada terça-feira, os mesmos direitos e regalias dos docentes do ensino universitário.
    Os professores consideram estar a ser prejudicados por leccionarem em Politécnicos, em especial no que toca à progressão na carreira. “No ensino universitário, quando um docente faz o doutoramento tem automaticamente acesso à evolução da carreira, mas nós não e até existem aqui muitos colegas que poderão vir a ser dispensados”, lamenta João Paulo Castro, um dos docentes que se manifestou em frente ao IPB.
    Recorde-se, por outro lado, que à luz da revisão do estatuto da carreira docente, cerca de metade dos professores podem deixar de exercer funções a tempo inteiro.
    No IPB estão em causa cerca de 140 lugares, um número inaceitável, na óptica do Miguel Vilas Boas, docente da instituição. “Estamos numa zona desfavorecida onde as segundas oportunidades não existem”, referiu o professor, acrescentando que o IPB não conseguirá sobreviver com tamanhos cortes.

    Jornal Nordeste

    ResponderEliminar