23 novembro, 2006

Alunos do politécnico analisam estratégia face ao processo de Bolonha em congresso 

Lusa
I Congresso Nacional do Ensino Superior Politécnico
As associações de estudantes do Ensino Superior Politécnico promovem hoje o I Congresso Nacional do Ensino Superior Politécnico, que decorre até amanhã no Fundão, para debater analisar a implementação do processo de Bolonha, produzir um documento sobre o estado do sector e aproximar as associações.
A organização está a cargo da Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP) que prevê acolher cerca de 150 participantes no edifício Cidade do Engenho e da Arte.

"Numa altura de grandes mudanças para o Ensino Superior, com a implementação do Processo de Bolonha, é importante juntar os representantes dos estudantes, dos politécnicos e os responsáveis pela educação em Portugal", justifica João Abrantes, presidente da federação.

O processo de Bolonha foi um compromisso assumido em 1999 pelos estados da União Europeia que visa harmonizar até 2010 os graus e diplomas do ensino superior. O principal objectivo é facilitar a mobilidade e empregabilidade dos estudantes na Europa.

No entanto, face a este processo, a FNAEESP entende ser necessário verificar "as dificuldades e as potencialidades das várias áreas de conhecimento patentes no ensino politécnico".

"É preciso encontrar caminhos estratégicos, de acordo com as necessidades do tecido empresarial e a amplitude da livre criação e transmissão de conhecimento", alerta o presidente da FNAEESP.

Nesse sentido, o congresso vai editar "um documento amplo, coerente e e lucidativo, onde se refiram as potencialidades e as ameaças no ensino superior politécnico".

O documento será posteriormente entregue "às entidades competentes, constituindo assim um óptimo documento de análise, reflexão e trabalho para o futuro", acrescenta.

O encontro do Fundão serve ainda para reunir associações de estudantes que, ao longo dos anos, "se têm vindo a afastar e a desinteressar dos vários assuntos discutidos no seio do movimento associativo", lamenta João Abrantes.

A FNAEESP foi criada em 1989, representando cerca de cem mil estudantes de mais de quarenta associações de estudantes em todo o território nacional.


Publicado no jornal 'Público' de hoje.

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